Rainha Do Egito escrita por MayLiam


Capítulo 15
Um coração corrompido


Notas iniciais do capítulo

Gente... Quanto tempo eu não atualizava essa :(
Durante esta semana vou agilizá-la.
Beijos!!!



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Elena inspirou e entrou no quarto. Os olhos do faraó de imediato cairam diante dela, que fez uma reverência simples e esperou na entrada, até obter a ordem de se aproximar. Assim ela fez, quando Alaric acenou para ela.

Aproximando-se da cama, encontrou-se com o olhar escuro de Damon, enfatizado ainda mais pelas antigas faces coradas, agora pálidas pela debilidade. Ea sorriu ele retribuiu o gesto.

–Como se sente, medjay? - sua voz era tão doce. Damon sentiu seu coração aquecer, e por uns segundos, pode-se notar a sombra de um discretorubor vindo de sua face.

–Vivo. - ele disse quase em suspiro, com a respiração lenta.

–Vou pedir para que sua dama entre e faça companhia aos dois. Elena esteve preocupada. - diz Alaric para o filho - Espero vê-o logo de pé. - ele diz curvando-se contra Damon, para afagar seu ombro, e depois bagunçar os cabelos negros. O príncipe sorri. É um gesto que só recebera na infância.

Quando o faraó se vai, Elena o encara deixar o quarto e depois senta-se bem próxima a cama. Há um silêncio no local. Damon a está encarando, mas nada diz. Ela se remexe, e então, Rose entra no quarto, mas se mantém distante. Uma distância que permite que os dois falem de maneira privativa apenas baixado um pouco o tom de voz.

–Não achei que fosse possível convencer seu pai. - Damon corta o silêncio e ela o encara, as mãos sendo esfregadas uma na outra.

–Nem eu. - diz.

–O que aconteceu com você? - a voz dele é clara e firma, embora muito baixa.

–Eu não tenho muita ideia. Os criados já me descreveram a situação, mas é tudo meio confuso para mim. - ela sorri - Eu não sei que gosto do fato de perder os sentidos num lugar e despertar em outro. - ele sorri.

–Você fez muitos isso ao longo dos últimos meses.

–Sim, eu fiz. - eles sorriem, depois ela fica séria e o encara, Damon vai perdendo seu riso também. - Tive tanto medo de que não dispertasse. - ele suspira.

–Bom, eu despertei. - ela assenti.

–Stefan e eu estávamos muito preocupados. - ela diz de forma rápida, sentindo a necessidade de avisar que ela e o marido devem ser considerados quase uma unidade.

–Sim, ele esteve aqui a pouco. Mais arrepio do que o normal. - Damon franze o cenho - Na verdade, mais arredio do que nunca esteve, porque ele não costuma ser arredio. Eu perdi algo importante? - Elena pisca.

–Ele só esteve preocupado. - ela diz, fazendo um bico intrgidado, algo que Damon sentiu o aquecer novamente. Era um gesto que ficava muito doce e atrativo na face dela. Com leves traços infantis. - Muito embora eu o tenha notado mais sério e frio. Ele acaba de me ignorar no corredor. - ela faz uma careta e Damon ergue a sobrancelha.

–Hum. Estranho. Ele é extremamente condecendente com você e tão doce que chega a ser enjoativo.

–Eu sei. - ela sorri e ela estreita os olhos para ela. - Embora eu goste bastante disso. Um pouco de doçura, gentileza e carinho não são demais nunca.

–Certamente que não são.

Eles voltam a ficar em silêncio, e ela volta a esfregar as mãos. Damon apenas a observa, e o olhar deles se encontram um par de vezes, o que os fazem trocar sorrisos sutis e envergonhados.

–Talvez deva deixá-o descansar. - ela diz se pondo de pé.

–Sim, eu receio que sim. Não estou me sentindo eu mesmo esta manhã. Ainda estou... cansado. - isso e o fato dele não querer mencionar para ela nada do que o pai, ou mesmo seu irmão sabiam sobre os dois. Algo que explica muito bem a atitude de Stefan. Muito embora Damon pense que ainda há mais.

–Eu queria lhe fazer uma pergunta, mas... - ela hesita mordendo o lábio inferior.

–O que é? - a voz dele sai meio urgente, ao perceber o incomodo crescendo nela.

– Você precisa descansar. É uma questão deicada. Mais tarde. - ela fala em definitivo, deixando o quarto dele, Rose bem atrás dela.

–Ele ainda parece muito abatido. - diz a criada.

–Ele vai ficar bem.

..........

Algumas semanas depois, a titude de Stefan não havia mudado, pelo contrário. O príncipe mostrava-se cada vez mais frio e arrogante com todos a sua volta.Quem mais sentia eram Elena e Damon. Ela lamentava a perda do carinho e atenção dele. Damon sentia falta do seu companherismo e sua racionalidade.

Stefan estava cada vez mais incomodado com tudo a sua volta. Os boatos de que o faraó faria tudo para que o filho mais velho assumisse o trono que agora lhe era de deireito, que suas esposa estivesse quase sndo oferecida para ele, e que seu pai o julgasse tão inapropriado. Tudo criava uma escuridão em sua alma, que, em algum lugar do Egito, atraia e contribuia com os planos de um certo hicso, que ansiava, acima de tudo, destruir todo o império.

–Meu senhor? - chamou Caroline, uma das mulheres do arém. Stefan não podia, e nos últimos tempos também não queria,estar com Elena, mas nunca abriria mão de uma distração. De todas as mulheres do arém, Caroline era a que mais lhe agradava, muito embora ele tivesse sempre um olhar sob a preferida de seu irmão.

–Entre. - ela obedeceu, sentando-se diante dele, que comia uvas e bebia enquanto encarava a sua sob o deserto a sua frente, da sacada de seu quarto. - Quero que você me dê um banho. - ela assentiu. - Você sabe ler?

–Sim. - ele ergueu a sobrancelha ao encará-la enfim.

–É meio surpreendente numa comcubina, mas devo admitir que é exatamente do que preciso hoje. Quando terminar de me banhar lerá para mim.

–Como quiser, meu senhor. E o que quer que eu leia?

–As crônicas de Isisme.

–A rainha da terceira dinastia?

–Sim. Outra surpresa você a conhecer.

–Eu gostava de Setúbal, apesar de tudo. No fim ele apenas não era compreendido. - Stefan sorri e se põe de pé, levantando-a em seguida, fazendo-a o encarar enquanto segurava seu queixo.

–E é por isso que você é a mulher que passa a noite em minha cama. - ela sorri e ele toma seus lábios num beijo voraz e faminto.

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A noite estava fria. Mas eu gosto de noites assim. O vento em minha face parace me levar a outros lugares enquanto inspiro o ar frio, e me sinto mais livre. Quando estou num momento de meditação, de olhos fechados, desfrutando da sensação, sinto mãos fortes circular em minha cintura e fechar minha boca.

–Não grite! - é a voz dele, suave e soprando em minha nuca um ar quente, que me faz arrepiar mais que o vento frio da noite.

Damon eu eu notamos a longo dos dias que muito do novo humor de Stefan é piorado quando interagimos diante dele. Não bastasse meu pai e o pai deles a todo momento tentando nos coocar em algo grande, tem nossa já conhecida tensão, que antes passava despercebida por todos, mas que agora parece ser a coisa mais natural do mundo.

Damon ama muito o irmão, e eu também sinto carinho por Stefan, é difícil notar como toos tem agido, e ele reagido, e tentar ignorar. Estão querendo que Damon assuma o trono, oa meu lado. E por mais que meus sentimentos por Damon sejam fortes, nem ele nem eu, estamos dispostos a tirar isto de Stefan.

–Você não deveria estar aqui. Sabe disso. - falo me afastando. - Onde está Rose?

–Bem perto da porta. Avisará se houver algo. -me sinto cansada, solto minha respiraçã e sento-me junto à fonte de meu quarto, minhas mãos afundando na superfície da água escurecida pela noite.

–Está havendo algo, e errado, medjay. Você está em meu quarto no meio da noite. E se seu irmão aparecer?

–Ele não vai. - Damon senta-se diante de mim e suspira pesadamente. - Meu pai não deveria fazer isso com ele.

–Stefan seria um bom faraó. - digo e ele me encara, sua testa está franzida e ee parece zangado com o que eu disse.

–E ele será. Esse é o lugar dele. - ficamos em silêncio. Então eu resolvo perguntar algo que Damon tem me negado. Sempre quando vou fazer menção ao assunto ele desconversa. E nas poucas vezes que pudemos estar sós e conversar, ele simplesmente fugiu.

Há olhos sob mim por todo o reino, e eu sinto que os olhares aumentam quando ee está perto. As pessoas sussurram, apontam, mas sei que ele sabe porquê, poisestá sempre suspirando ao notar. Ele pode querer fazer o mesmo agora, mas ele veio até mim. E terá que me dizer o que exatamente aconteceu no deserto.

–O que eles sabem? Porque meu pai está aqui? - ele me encara com olhos suplicantes, e eu sei que é um pedido para que não falemos disto, mas quero saber. - Você vai aos conselhos, sabe o que é.

Damon pigarreia e se põe de pé, caminhando para a sacada de meu quarto, a luz da lua iluminando parte de seu corpo.

–Por favor, Medjay.

–Creem que somos Pertua Iaunt.

–O quê? - meu coração para.

–Almas gê...

–Eu sei o que significa. Por quê acham isso? - ele dá uma tossida. - Medjay.

–Você morreu. - a voz dele é um sussurro - Morreu em meus braços naquela noite no deserto. Os médicos não tinham mais nada a fazer. Não podia mais ajudar. - ele recostasse, segurando o muro diante de si, e solta uma respiração profunda antes de se voltar e me encarar. Estou trêmula, muda, e sinto que não respiro.

–Você estava gelada e pálida diante de mim, e eu não podia deixar você morrer. Não salvando minha vida, que parece tão inútil diante da sua... - ele não para de falar, está gesticuando exasperado, enquanto sinto os tremores aumentarem - E também porque me recusava a lhe perder.

– O que aconteceu? - pergunto recuperando minha voz, mas não a capacidade de respirar, ou o controle de meus tremores.

–Eu a levei pro Nilo, e eu... - ele para, seu olha está distante, como se voltasse pro momento, como se estivesse vendo tudo outra vez. - Eu pedi aos Deuses para que você voltasse. Nunca tinha feito algo assim, mas eu estava desesperado. Você estava morta. Mas de alguma forma... Quando eu já não tinha palavras, nem súplicas, quando só o que eu podia fazer era ninar você em meus braços... De alguma forma... Bem... - ele bagunça seus cabelos, esfrega os olhos e me olha -Você abriu os olhos e falou "Medjay", e foi como se tudo ao meu redor tivesse caído.

–Amon - Rá! Amum... - sinto minha face molhada.

–Eu disse que a amava. - ele fala encarando as mãos - Chamei-a de minha anaã, disse que faria qualquer coisa para tê-la de volta, da forma que fosse, estando comigo ou não. Muita gente ouviu e viu o que aconteceu, mas pedi segredo.

–Agora eles sabem?

–Sim. Mas só descobriram depois do incidente na casa de seu pai em Ati, quando você perdeu os sentidos ao... - ele engole incerto -Bom... eu não sei o que você sentiu naquele dia.

Mas eu sei. Senti que ele estava morrendo, que eu morria com ele. A pior sensação de uma vida.

–Agora eles acham que você é a reencarnação de Ísis, e que eu sou...

–Osíris. - ele assente quando o encaro.

–Porque nunca me contou, amum?

–Eu não sei. Eu não queria acreditar. Teve o dia no rio, com os crocodilos, teve a flecha, ou mesmo os sonhos. Eu estou com medo de seja lá o que me une a você, que possa estragar algo. Nem é medo por estes sentimentos de união e atração em si, mas medo do que eles nos trarão diante de nossos pais. Medo do que tudo isso pode influenciar à nossa volta. Com o reino, com Stefan...

–Eu entendo. Tenho o mesmo medo. Agora muito mais. Estive muito tempo presa num templo para ler sobre ligações entre vidas. Isso é forte, Damon.

–Eu sinto que é. Tem noites que mal consigo respirar e sinto que é porque estou longe de você. Meu medo é correr até este quarto e não ser capaz de largá-la jamais. - meus olhos arregalam e ele está me olhando com tanta determnação agora. Caminha até mim e me põe de pé, depois me guia até a sacada e segura meus ombros com firmeza - Eu amo meu irmão, mas sinto sua falta.

–Você acredita no que somos? - ele fecha os olhos, e quase posso ouvir seu maxilar ranger, com o movimento que faz.

–Não faço ideia de que somos. E estou merguhando em confusão e conflito toda vez que penso no que podemos ser e qual seria o nosso futuro.

–Você me ama?

–Com toda minha alma, Elena.- ele desce as mãos por meus braços e agora segura as minhas com força. Eu as encaro, unidas, entrelaçadas, e assim como ele, sinto que é o único momento em que condigo respirar melhor, como se fosse a única coisa certa.

–Sabe o que você falou... - eu começo, mas não o olho, e ele apenas espera que continue - Sobre estar longe de mim ser algo tão torturante que lhe rouba o ar dos pulmões? - eu o encaro, e ele assenti, com um olhar confuso. - Eu sinto o mesmo. - ele solta sua respiração. - Também o amo com toda minha alma.

Eu me perco na imensidão azul de seus ohos e mal sinto ele me puxar contra si, mas quando ele o faz, é como se tudo ao nosso redor sumisse. Os lábios dele são quentes, seu toque é firme e me deixa segura. É como ser invencível, inabalável e só dele, para ele.

Agarro seu cabelos, percorro suas costas com minhas mãos ávidas por seu toque, seu beijo, tudo dele.

–Ah, Elena... - ele geme ao prender minha face, me oçhando com intensidade, enquanto com a outra mão, leva minha cintura mais cntra si, chocando meu quadril com o seu.- Quero que seja só minha. - ele diz, com a voz rouca e cheia de desejo.

–Eu quero ser só sua.

Ele me ergue e tudo ao nosso redor deixa de existir e somos apenas nós, a lua e o vento frio da noite no Egito.

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E em uma outra sacada no palácio, um punho se é cerrado com fúria, eum corpo inteiro treme. E no fundo mais obscuro de todo um ser, um coração é corrompido pelo ódio, peo sentimento de traição.


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Notas finais do capítulo

Meu L continua com dfeito, e, como não estou revisando, só peço paciência, e um pouco exercício de interpretação rsrsrs
Até amanhã!



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