Rainha Do Egito escrita por MayLiam


Capítulo 12
Pertua Iaunt (almas gêmeas)


Notas iniciais do capítulo

eita, volti ^^. amanha tem ele e vivo por ela. bjos ^^
boa leitura.



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-Elena! – ouço a uma voz distante me chamar, estou presa num agonia que não me deixa despertar. Damon. Amon-Rá... O que está acontecendo?
-O que está tentando dizer John? – minha mãe pergunta a meu pai. Consigo ouvir todas as vozes ao meu redor, mas não consigo me mover, ou dar sinais de que estou ali, com eles, estou presa numa escuridão de inconsciência e aos poucos sinto-me sendo puxada pra longe deles.
-Você sabe muito bem. Os sacerdotes nos avisaram, ela tem a marca. Só não sabíamos a quem estava ligada. – ele diz com voz severa.
-Do que está falando? –Stefan, pergunta com voz aflita e de repente meu corpo todo se entrega e eu sinto uma força me arrastar. Uma força tão forte que me faz arfar agressivamente. E então, eu consigo abrir meus olhos, mas não estou em minha casa, nem em Ati. Reconheço estas paredes.
-Por favor, Enaium. Fique comigo. – Rebekah está diante de mim. E eu estou confusa, quando vou tentar abrir a boca para falar uma dor horrível invade meu peito outra vez. – Escute, por favor, abra os olhos. Vai ficar bem. – ela está desesperada, luto contra a dor para ficar de pé e então eu percebo... Ah, não pode ser! Mãe terra...
...
-Pertua Iaunt? – Stefan está tentando entender o que o rei de Ati a minutos lhe explica.
-Mãe Terra! – Isobel ofega, sentando-se na cama ao lado da filha. Elena está inconsciente desde que perdeu os sentidos diante do pai.
-Elena está ligada ao seu irmão. Um vínculo através de vidas. – John explica em tom impaciente e irritadiço a Stefan.
-Não entendo o que quer dizer.
-Vidas passadas príncipe. Almas gêmeas. Pertua Iaunt. – Stefan engole.
-Elena é a encarnação de uma Deusa que amou um Deus. Como pode estar dizendo isso senhor de Ati? Se sua filha é a herdeira da casa de Ísis pro meu irmão ser sua alma gêmea, teria que ser herdeiro da casa de...
-Osíris. Eu sei.
-Meu irmão é um Medjay. Guerreiro dos deuses e não a encarnação de um.
-Jovem príncipe. Almas gêmeas nem sempre se encontram em vidas em semelhança com as originais. Elas podem vir em forma de um amigo querido, de um pai, um irmão, um protetor. Minha filha é a encarnação de uma Deusa em tempos de guerra entre dois impérios. Seu irmão nasceu com a centelha de um protetor dos Deus na terra. Para poder proteger a encarnação de Ísis.
Stefan tenta digerir tudo, assim como Isobel. Ao lado deles estão os curandeiros do palácio e alguns conselheiros. Estão a espera do sacerdote que cuidava de Elena no templo da deusa. Respostas são tudo o que buscam. Quando ele finalmente chega o rei logo lhe bombardeia com questões para saber se tudo aquilo é possível. Afinal, a muito tempo atrás, foi este mesmo sacerdote que lhe disse sobre a possibilidade, quando Elena ainda era pequena.
-O amor de Ísis e Osíris foi um amor doativo. Ela fez de tudo para manter o amado vivo e ao seu lado. Mesmo tendo que lutar contra Seth, seu irmão invejoso. Com a ajuda de Anubis ela lutou pelos dois. Usou magia para o trazer de volta a vida. Concebeu um filho e as nações que adoram e tiveram a chance de adorar suas encarnações em vida, nunca foram tão prósperas. Ela é mãe da família e fertilidade, da terra. Ele deus das ideias, dos campos, das plantações. Cuida do que Ísis oferece aos homens, administra. E ela oferece uma terra fértil.
-Acha mesmo que o filho mais velho da casa de Rá pode ser o Iaunt de minha filha? – John pergunta. E a expectativa é tremenda. O sacerdote encara Elena inconsciente, sorri docemente para sua menina e encara o rei.
-Quando sua filha foi levada parar o templo, pouco antes dela fazer os votos a deusa, algo aconteceu. Ficamos assustados. Ela parecia em transe, longe dali. No dia que o príncipe da casa de Rá invadiu o templo, ela não precisou que ele dissesse muito, ele ascendeu nela o desejo de ajudar, de sair dos muros e o seguir para onde quer que ele a levasse, e então eu entendi. No dia dos votos ela sussurrou um pouco antes algo que nunca esqueci. “Ainda seremos um só. Eu vou esperar você iaunt.”
-Você me disse isso. – John falou impaciente- Por isso está aqui. Falou que era pra eu prestar atenção, pois minha filha tinha uma ligação com alguém neste mundo. Uma missão bem dificultosa. Até aquele dia.
-Sim, nele o senhor viu que a alma dela não estava tão distante.
-Por Amon-Rá do que estão falando? – Stefan pede impaciente. Só há compreensão entre o rei e seu sacerdote.
-No dia que seu irmão foi escolhido como o último medjay da casa de Rá, como ele estava?
-Cansado. – Stefan responde a John sem reserva. – Ele havia ficado semanas no Oasís de Anubis, passou por muitas provações lá.
-Ele voltou ferido. – John o interrompeu. – Onde se feriu? – Stefan fica cada vez mais confuso.
-Uma flecha. Um ferimento a flecha logo abaixo de seus pulmões.
-Mãe terra! – Isobel ofega.
-O que está acontecendo? – Stefan se desespera ficando de pé em busca de respostas. John não diz mais nada, apenas senta-se e dispensa todos ao redor, menos o sacerdote. Isobel, ofegante, responde a Stefan.
-Elena passou dias na cama. Não havia nada errado com ela. Os curandeiros não encontravam nada. Mas ela se queixava da dor e sentia as febres. Falava da flecha. Amon-Rá!
-O príncipe herdeiro da casa de Rá é o Iaunt de sua filha senhor. Eu não a teria deixado ir, se não soubesse que era o seu destino. Pertua Iaunt, devem estar juntas. Numa causa, num relacionamento, no que for. Mas não devem ser afastadas.
Stefan ouve tudo e fica atônito, ele se aproxima de Elena e a olha, em seguida engole e acaricia de leve seus cabelos.
-Mandarei que um de meus soldados vá até a casa de meu pai. Saberemos notícias do que está acontecendo. Se meu irmão estiver ferido nós saberemos.
-Ela só ficará bem se ele estiver. – o sacerdote completa. – E talvez só ela consiga curá-lo. Talvez precisemos levá-la daqui. – Stefan o encara irritado.
-Não vou tirar Elena daqui. Se a casa de Rá está sendo atacada, e, principalmente se meu irmão está tão gravemente ferido, ela não terá proteção. Damon é o melhor guerreiro da casa de meu pai. Sem ele as defesas estão abaladas. Ela deve ficar aqui.
-Eles tem que ficar juntos. – sacerdote insiste.
-Não me diga o que fazer. – Stefan o olha com fúria se aproximando dele. O homem se mantém parado e o encara firme.
-Está com medo príncipe. Vejo dentro de você. Ama a princesa e isso se nota a distância. Seu trono não é seu. – Stefan engole e desvia de seu olhar - A inveja é um sentimento perigoso. – ele diz finalmente e Stefan lhe dá as costas, vai até Elena e lhe beija na testa.
-Vou enviar o soldado. Tenho que saber se meu irmão está bem e meu pai. – ele fala e sai do quarto.
-Eu olhei dentro dele e não gostei do que vi. Tem amor pelo irmão, mas também tem amor por ela. E ele só pode ser leal a um. – o sacerdote diz ao rei.
-Ficarei de olho nele. – John completa e o sacerdote relaxa.
-O que faremos com ela? Até quando ficará assim? – Isobel pergunta aflita, ainda ao lado da filha.
-Ela não está aqui senhora. – o homem diz com voz serena – Ela está com ele.
Isobel olha para John e encontra no olhar do marido o conforto que esperava.
-É a missão dela. – John diz a esposa.
...
Eu estou ligada a ele. Sua a alma e a minha se conectam numa só. E eu estou aqui, por que é onde devia estar. Era como ele queria, e no fundo, eu também.
-Como ele está? – é Jeremy, ele pergunta a Rebekah. Que está ao lado de Damon, assim como eu. O ferimento a flecha tão perto de seu coração me aflige, sinto toda a angústia tomar conta de mim. Estou como um fantasma, assistindo a tudo sem poder ajudar, sem poder o tocar. Clamo a deusa por intervenção e converso com ele para que me escute e desperte.
-Eu não sei ao certo. Aquela flecha veio do nada. Alguém tentou matar o Damon.
-Tinha veneno não tinha? – Jeremy pergunta.
-Os curandeiros já vieram, disseram que sim, numa quantidade letal, não sei como ele ainda respira. Tenho que ministrar essa toxina, para que ele possa expelir cada vez mais.
Escuto atentamente a conversa dos dois, tentando entender o que aconteceu aqui.
-Ninguém sabe como aconteceu. As entradas estavam proibidas Ninguém de fora entrou. Se pelo seu irmão estivesse aqui. Na ausência dele só o príncipe nos guia. Não sabemos por onde começar. Já tomei as providências quanto ao faraó. Se há alguém infiltrado na cidade cede ele deve ser protegido. Chamei provadores reais, para que toda comida oferecida seja três vezes mais controlada. A guarda está erguida em todos os postos do castelo é o máximo que posso fazer.
-Está certo. Eu irei pegar mais uns panos para compressa, a febre dele está alta. Fique aqui, eu não demoro. – ela diz e se inclina sobre Damon e o beija nos lábios. – Ficará bem Enaium. – fale e se vai.
Sento-me na cama ao lado de Damon, seu peito enfaixado. Baixaram a maior proteção da casa de Rá e agora o faraó está em perigo. Seja lá quem foi, sabe perfeita mente que a mente por trás do exército da cidade cede agora está inconsciente. Eu me aconchego ao seu lado na cama e fico o olhando.
-Damon, estou aqui. Não sei como nem por quê. Mas estou com você. Seja forte. Vai ficar bem. - me inclino e beijo seu rosto. Sua pele está molhada e quente pela febre. –Sai da escuridão e me ouça. Me ouça Damon.


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Notas finais do capítulo

esta sem editar. agradeçam a minha amiga michely, ela me lembrou de postar aqui kkkkkk tvd me fez esquecer.