Rainha Do Egito escrita por MayLiam


Capítulo 10
Trégua - primeira parte


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!
Sem muito a dizer.Boa leitura!



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Os dias foram se passando e Elena se recuperou totalmente. Agora a prioridade de todo reino era liquidar com as tropas hicsas e retirá-los totalmente do território egípcio. Tal façanha necessitaria da ajuda de um grande aliado.

A cidade de Ati sempre fora muito próspera. Porém seu soberano era muito tradicional, e como tal não aceitou a decisão do rei. Para o pai da princesa Elena nenhum faraó deveria desistir de seu direito ao trono. Era um direito divino, e ele sempre fora ligado demais as tradições e religião, assim como o faraó. O fato do faraó ter aceitado a decisão do filho fez com que Graymond rompesse ao laços com a cidade sede de Rá.

Outro desafio recente era o fato da filha ter abandonado o seu destino e partindo em busca de um casamento. Ele sempre soubera que o destino de sua filha era seguir os passos da Deusa. Elena nunca quisera isto, em seu coração pulsava a vontade de viver fora das paredes do templo. Ela sentia que sua vida era fora de lá.

Por dias o faraó se reuniu com o conselho, pensando no que seria feito. Ele sabia que as mensagens enviadas pela filha nunca foram respondidas. Em seu coração Elena sofria pelo desprezo do pai. Ele teria que entender que no fim, tudo o que ela fazia era pelo Egito e por tudo que ele mais prezava, suas tradições, crenças. Se os hicsos invadissem o território tudo isso se perderia.

Houve uma última reunião. Elena pediu permissão para estar presente e o faraó sempre concedia. Era hora de chegar a uma conclusão.

-Então papai, o que faremos? – Stefan perguntou e o faraó se pôs de pé.

-A aliança com Ati certamente é de nosso interesse. Está mais que claro que nossa desavença vem a atrapalhar ainda mais nesta guerra.

-E então? – Damon, sempre impaciente.

-Elena partirá acompanhada de seu marido e tentará aplacar os ânimos do pai, o convencer a vir visitar a cidade sede. Eu aceitei a decisão de meu filho, talvez ele também possa aceitar a da sua. Stefan, você vai com Elena.

 -Papai... – Damon tentou, mas o faraó levantou a mão para que se calasse.

-Você ficará na cidade sede e eu enviarei Niklaus para fazer a segurança deles.

-Meu pai, com todo respeito, creio que a princesa ainda não está em condições de fazer tal viagem, fora que nem toda a segurança que temos poderia garantir uma saída de segurança com tal comitiva. O príncipe e a princesa da casa de Rá? Seria o mesmo que enviar queijo ao meio de ratos.

-Está decidido Damon. Minha palavra é lei.

Então seria isso. Uma nova comitiva seria levada. Stefan e Elena atravessariam o Egito sobre a segurança de Klaus.

-Deixe-me levá-los então.

-Não Damon. Você é meu melhor guerreiro. Há muitos morrendo pelo reino, precisamos de suas defesas. O general é o seu melhor homem, eles ficarão bem.

Já estava tudo dito, não havia mais o que fazer.

A noite quando Elena estava se preparando pra voltar ao seu quarto, depois da ceia, foi abordada bruscamente o que quase a fez gritar.

-Não faça barulho. – era Damon. – Venha. – ele segurou sua mão e a guiou pelo um vasto corredor, eles entraram numa pequena porta e Damon a trancou as costas de Elena.

-O que você está fazendo? – ela pergunta o encarando, ele está visivelmente aflito. – O que foi?

-Você tem que falar com meu pai. Dizer que você precisa que eu faça a sua segurança. – ele diz num tom urgente.

-Por que eu faria isto Medjay? – ela perguntou especulativa.

-É muito perigoso e embora eu confie na habilidade de meu general, não acho que estaria protegida, nem deveria partir nesta viagem, a poucos dias você... Bem, você se feriu bastante. – ele engole em seco.

Damon não chegou a falar para Elena o que houve no deserto, ela não parecia lembrar. Só tinha em mente que se feriu e se curou rapidamente graças as habilidades dos curandeiros, e que teve sorte. Muita sorte.

-Você ouviu o seu pai. Precisam de você na segurança dos vilarejos, eu não posso pensar que as cidades estão desprotegidas por que você não pode me deixar partir. Niklaus servirá. – Damon inquietou-se.

-É muito perigoso, por favor, meu pai não recusará um pedido seu.

-Não farei isto Damon.

-Como você é teimosa.

-Eu tenho que voltar, antes que deem falta de mim. A decisão de seu pai foi tomada. Ficaremos bem. – ele discorda agoniado.

-Eu... Eu pressinto que não. Por favor, me deixe fazer sua segurança. Por favor. – Elena segurou os braços de Damon e lhe olhou fundo nos olhos.

-Acalme seu coração Medjay. Eu estou em uma missão, os deuses estarão de nosso lado. Eu ficarei bem. E além do mais, sabe que sei me proteger, e não só a mim. Se as defesas de seus homens falharem eu...

-Não está forte o suficiente para isto. Eu não posso deixar você se machucar mais, eu quase... Pelos deuses Elena, nunca mais quero ter que vê-la ferida eu... – ele está alterado de uma maneira que o coração de Elena se aperta.

-O que aconteceu? Por que está tão aflito? O que houve? – ela está o sentindo tremer, os olhos dele estão marejando, ele não fala nada, apenas fecha os olhos e engole forçadamente. – Eu ficarei bem, lhe prometo. Você tem deveres aqui. Me deixe cumprir os meus. – ela se afasta e se vai deixando Damon mais que aflito. O deixa impotente, e ele nunca gosta de se sentir assim.

Na noite seguinte ela recebeu a visita de seu marido. Eles partiriam pela manhã.

-Nunca vi meu irmão tão determinado em uma tarefa.

-Ele ainda continua insistindo com o faraó? – ela pergunta incrédula.

-Damon não acha que você estará segura sem que ele esteja por perto. Isso é quase possessivo. Ele tem disso com você. – Elena engole.

-O general é um homem habilidoso, seu irmão está exagerando.

-Seja lá o que houve com você no deserto, traumatizou meu irmão. Ele não acha que você ficará segura de outra forma.

-Ficaremos todos bem.

-Ela gosta de você. O que é bem divertido. De todos no reino ele era o que menos apoiava sua vinda pra cá.

-Ele nunca foi simpático comigo. – Stefan força um sorriso.

-Bem, acho que agora você tem mais que a simpatia dele. Eu falei que você seria apaixonante.

-Meu senhor... – Elena está corada, mas há um aperto em seu peito, se o príncipe herdeiro desconfiasse do que ela sente pelo seu irmão...

-Não fique assim, não quis incomodá-la. Acredito que meu irmão logo irá casar-se. – Elena o olha bruscamente, é quase uma resposta selvagem ao que ele disse.

-Por que diz isso?

-Ele já está na idade, e além disso, tem a sua enaiumi. Rebekah nunca escondeu o que sente por ele. Acho que ele também gosta dela. E este é o começo não? É uma questão de tempo, ele se esquiva, mas não poderá fugir para sempre. E em todo reino, não há melhor partido. A não ser você, mas... – ele aproxima e segura o queixo de Elena. – Você já é minha princesa. – ele se inclina e a beija delicadamente na testa.

-Estou cansada. – Elena murmura.

-Você precisa descansar. Amanhã partiremos cedo. Devo deixá-la.

-Boa noite meu senhor... – ela diz resignada.

-Boa noite.

Ele se vai. A ideia de Damon se casar com Rebekah não agradava a Elena, mas ela sabia que se acontecesse nada poderia ser feito. Os dois não estavam destinados a ficarem juntos.

...


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Notas finais do capítulo

Até logo.