Romeu e Julieta escrita por AmndAndrade
Notas iniciais do capítulo
Primeira poesia aqui... espero que gostem!
Uma leva de lembranças me leva
Ao passado leve descompromissado
Ao passo de que a treva
Rompe a consciência de meu estado
Estado crítico, mas tenho estado bem
“Bem vindo” os anjos dirão quando eu chegar
E com um “chega” na vida triste
Sem tristeza hei de te encontrar
Encontro marcado, encontrando a paz
Que me traz a este lugar
Lugarejo em que meu corpo dormente
Pode dormir, ou simplesmente vagar
Vaga consciência que vaga
Entre os vagões daquele trem
Em que eu te olhei com desejo
E teu pai me olhou com desdém
Desgostoso, por ver-te sem vida,
A minha vida tive de tirar
Desespero, lugar sem saída
“Julieta! Vás me perdoar!”
O copo vazio em minha mão,
Sinto-me então começar a tremer
E tremendo, pelo forte veneno,
Tento unir as forças para poder te dizer
Dizer que te verei em breve, na glória celeste
Dos amantes proibidos
Mas castigo: vejo-te acordando
E comigo gritando: “Romeu, fique comigo!”
Mas a vida já está se esvaindo, meus ouvidos zunindo
E eu posso te ver
Procurando o punhal e enterrando
Em teu peito brando, e eu preciso dizer
Dizer “meu amor me perdoe”, mas não é necessário
Você segura minha mão
Serena em vestes tão brancas,
Caminha tão franca, rumo à escuridão.
Não te vejo, mas sinto teu cheiro
E mais do que isso, sinto teu coração
Que me abraça, dizendo, “não chore”
“Dará tudo certo, acredite ou não”
Como se não passasse de um sonho, acordo e te olho
Caída então
Agarro o copo de veneno, sinto-o, amargo e tenro
E lanço a taça ao chão
Abraço-te, já inconsciente,
E sinto teu corpo colado ao meu
Sussurro então em teu ouvido:
“Breve estarei contigo, para sempre”
“Romeu.”
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E então? Beijos!