O Raposa De Nove Caudas escrita por Holly


Capítulo 23
A Raposa e a Curiosidade


Notas iniciais do capítulo

Peço mil desculpas pela demora, mas tive uns problemas e atrasou tudo.

Espero que gostem e prometo que continuarei postado um capitulo por semana ^^



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Desceu os degraus com cuidado, um passo de cada vez, esgueirando-se como um gato, astuto e silencioso, para que ninguém o visse ali.


O brilho dourado preenchia todo o compartimento do navio, pilhas e pilhas de ouro e pedras. Seus olhos azuis não poderiam contar a quantidade de ouro que estava ali, mas pouco lhe importava.

O verdadeiro tesouro estava em um baú mediano, pintado em bordô, bem mais ao fundo do local.

Ao aproximar-se era possível enxergar uma luz azulada escapando da fechadura.

O menino avançou devagar, fixando seus olhos azuis no baú, abaixou tocando a caixa, encaixando a chave que pegara escondido de seu pai na fechadura e em um baque surdo o cadeado abriu. Bem fácil, pensou o menino.

Os olhos brilharam quando levantou a tampa do baú e visualizou o tesouro, no fundo da caixa de madeira vermelha estava ele, o Livro do Destino, não era maior que um livro comum, mas ele parecia de alguma forma vivo, quando olhou sua capa, era possível enxergar um mar revolto em meio a uma forte tempestade.

Tão real, que sentia o frio do vento arrepiar sua pele e gostas de água salgada respingarem para fora da caixa, podia até mesmo ouvir os barulhos dos trovões que misturavam-se ao barulho do mar revolto.

Aos poucos a luz azulada que envolvia o livro ganhou um brilho mais forte e o menino sentiu a tentação de tocá-lo, e em segundos um sorriso matreiro se formou em sua face.

Que mal teria dar apenas uma pequena expiada no destino?

Assim ignorando sua racionalidade retirou o livro do baú e o abriu.

Imagens começaram a desprender-se das paginas tomando formas e tamanhos estranhos, o menino pulou para trás e o livro caiu no chão.

BAM!

Os olhos arregalaram-se e respirar tornou-se difícil, as palavras prenderam-se em sua garganta e os músculos recusaram-se a movimentar.

O menino apenas olhava as imagens crescendo e crescendo, e aos poucos o lugar inteiro mudou quando uma rajada de vento e água salgada brotou do livro em uma onda que pegou o garoto desprevenido.

O garoto sentia o desespero de estar se afogando. Sufocava sentindo a água invadir os pulmões mexia-se lutando para não perder a consciência, mas uma força o puxava para baixo.

Ele descia rápido, caindo cada vez mais fundo e em um tempo que durou uma eternidade, fora engolido pelo mar.

Primeiro achou que estivesse morto, mas mortos não poderiam pensar sobre a morte, riu por seu próprio pensamento insano e tratou de abrir os olhos.

Para sua surpresa não estava mais no Raposa, ele definitivamente não estava no navio de seu pai.

Olhava atônito a batalha travada a sua frente, brotara no meio do convés de um dos galeões.

Duas imponentes naves, presas por um emaranhado de cordas, com homens surgindo de todos os lados.

Era ao que parecia uma batalha entre piratas, pode perceber pela violência com que combatiam e porque era difícil definir ambos os lados.

Abaixou rápido quando uma lâmina passou por sua cabeça acertando um pirata que estava a trás.

Surpreendeu-se quando nenhum dos adversários o viu e no susto desequilibrou-se caindo sentado e fora aí que se deu conta do navio em que estava, madeira escura, quatro mastros sustentando velas vermelhas, e o Jolly Roger preso no topo do mastro principal, aquele era o Vingança, mas como foi parar no Vingança da Rainha Ana?

Percorreu o olhar por todos até fixa-lo em uma cabeleira rósea que passou rápido por ele.

Toda a sua atenção então se voltou para a figura feminina que pulava ao outro navio.

Ele correu desviando dos tripulantes, queria alcança-la.

Com um sorriso no rosto e nenhum pingo de bom senso, levou a mão a uma das cordas que a rosada usara para pular para o outro navio e preparou-se para abortar.

Respirou fundo, segurou a corda, tomou distância e pulou.

Sendo mais leve acabou caindo desajeitado no outro navio, mas estava inteiro, percorreu o olhar procurando por ela.

Olhando bem ela estava bem mais alta, e o corpo mudara também, já era uma mulher feita e conseguia estar ainda mais bonita do que o menino se lembrava.

Entretanto havia algo que chamava a atenção do garoto, a moça sustentava na cabeça o chapéu de Kuroro.

A donzela caminhava impiedosa, a espada afiada com o cabo vermelho arrastava pelo chão gotejando sangue daqueles que ousavam meter-se em seu caminho.

Não era possível ver sua expressão devido a distancia que estava, mas sabia que ela procurava por alguém.

O menino correu tentando aproximar-se, porém a batalha ao redor era feroz e acabou perdendo-a de vista.

Quando a encontrou seus olhos safira arregalaram-se e lágrimas involuntárias surgiram, escorrendo pelo rosto infantil.

Era como se alguém lhe arranca-se o coração, nada mais fazia sentido ou tinha importância.

Sakura Haruno estava ali, diante de seus olhos com uma espada cravada em sua barriga.

–Não, não, não... – Balbuciava para si mesmo em uma tentativa vã de negar o que estava a frente.

O sangue rubro escorria da ferida e os olhos verdes brilhavam de uma forma que o menino nunca tinha visto.

Ele fez menção de correr e abraça-la e dizer que tudo ficaria bem, mas para seu espanto, já havia alguém fazendo isso.

Era ele mesmo e uma versão mais velha, a pessoa que fora protegida pelo corpo de Sakura, ele chorava e a abraçava, chamava por ela desesperado, não poderia perder a mulher que amava, ele não aceitaria perdê-la, nunca aceitaria. Enquanto ela apenas lhe devolvia um sorriso fraco, e por fim seus olhos se fecharam.

O menino caiu ajoelhado, chorando impotente, ela havia morrido.

...

Naruto acordou assustado, seu coração batia acelerado e fora do ritmo, sentia todo o seu corpo tremer, olhou o redor, estava na cabine do capitão, mas Sakura não estava lá.

Fez menção de levantar-se mais uma voz, que até então não notara se fez presente no cômodo.

–É melhor você ficar quieto – Disse displicentemente um Konohamaru sentado em uma poltrona perto da cama.

–Preciso ver Arashi, onde ela está? – Perguntou ignorando o aviso do garoto.

–Já é de manhã, você desmaiou do nada e eu ajudei o Capitão a trazê-lo para cá, seja um pouco mais agradecido e fique quieto aí – Devolveu rispidamente o menino.

O Uzumaki voltou a deitar na cama, não que ele estivesse ouvindo o Sarutobi, mas porque precisava reorganizar os pensamentos antes de encontrar com Sakura.

Precisava pensar sobre tudo aquilo, mas algo estava certo se esse era o destino deles, ele definitivamente iria encontrar o livro e mudar isso.

–Obrigado Konohamaru, mas poderia por gentileza me dizer onde o nosso estimado Capitão se encontra? – Perguntou novamente o loiro com falsa polidez e muito sarcasmo.

–Com o imediato – Respondeu simplesmente.

–Pode chamá-la para mim? – Perguntou ainda meio nervoso por todo o ocorrido.

O garoto iria responder, mas fora interrompido por uma batida na porta da cabine.

–Ouvi dizer que apagou de novo – Disse o moreno com um meio sorriso ao loiro já adentrando o cômodo.

–Sasuke?

[...]

O Sombra do Vento chegara aquela manhã no porto de Konoha e uma comitiva já o aguardara.

Jiraya era o primeiro a querer notícias, sendo seguidos por Mikoto Uchiha e Hiashi Hyuuga, entretanto havia ainda alguém ao qual o jovem capitão nunca imaginaria estar ali.

Inochi Yamanaka estava mais ao longe observando toda aquela movimentação logo cedo.

Seus cabelos longos em tom marfim estavam presos por uma fita branca e trajava uma bela capa negra, por cima das roupas caras e bem alinhadas.

Sua expressão era indecifrável, olhando tudo atentamente. O nobre estava acompanhado por Asuma Sarutobi, seu braço direito.

Ino Yamanaka esquece-se de todos quando avistara o pai indo diretamente ao seu encontro.

E Gaara Sabaku sentiu um nervosismo estranho com aquele encontro familiar.

E um nervosismo ainda maior ao lembrar-se de que não carregava boas notícias com relação a Naruto e Sasuke.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, já me desculpei pela demora e dizer que voltarei a postar regularmente um capitulo por semana ^^

Espero mesmo que tenham gostado e aviso, devo postar uma shortfic essa semana se tiverem interesse dêem uma lida ^^

Até o proximo.

Jolly Roger = Bandeira pirata

Nota: sobre os fatos do capítulo, não fiquem tão chocados e lembrem-se nem tudo o que parece é, Naruto tem um quebra-cabeça de lembranças hehehe

Por favor comentem ^^



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