Cinquenta Tons Mais Amargos. [HIATUS] escrita por Beatriz


Capítulo 17
Capítulo 15 - Jogos.


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras lindas!!! Tudo bem com vocês?? Estou muito feliz com a repercussão da fic! Os comentários maravilhosos e as recomendações perfeitas!!! Esse cap. é pra Layla, leticia, Glenda Mariano e pra Amanda Assis Resende que recomendaram a história lindamente e me fizeram chorar!! Um grande beijo pras leitoras novas, pra quem comenta e favorita a história e pras lindas do grupo "Cinquenta Tons a Mais" que estão me motivando muito a escrever!! Bom, chega de lenga lenga e vamos curtir mais um cap..
Boa leitura, xoxo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316226/chapter/17

– O que aconteceu Ana? – pergunta Bradley atencioso assim que entramos em seu apartamento.

– Eu não quero falar sobre isso Brad... – enxugo minhas lágrimas. – Antes de tudo eu tenho que tentar entender o que está acontecendo.

– Isso tudo tem a ver com as fotos que estão rodando pela imprensa, Ana? Aquilo é verdade?

Por um momento a ideia de contar todas as minhas frustrações para Bradley me passa pela cabeça, mas eu sei que não é o certo. Apesar de conhece-lo a muitos anos, ele é praticamente um estranho para mim.

– Não! – falo com a maior convicção que consigo. – Aquelas fotos são falsas. Meus problemas estão longe de ter a ver com aquilo.

– Então me conte o que está acontecendo Ana! Estou aqui para te ajudar. Você precisa desabafar. – ele acaricia meu rosto limpando minhas lágrimas.

– Por favor, Brad, não insista. Não quero falar sobre isso. Eu preciso de tempo.

– Tudo bem então. Você precisa descansar. Quer alguma coisa?

– O mais forte que você tiver, eu aceito.

– Whisky? – ele sorri inocentemente enquanto se levanta e vai em direção a cozinha.

– Com gelo, por favor.

Largo meus sapatos de lado e me acomodo no pequeno sofá que tem no meio da sala. O apartamento tem um estilo contemporâneo e bem moderno, apesar de não ser muito espaçoso. Os móveis são todos de madeira com tonalidade preta e alguns detalhes acinzentados.

– Aqui Annie. – ele me entrega um copo pela metade cheio.

– Você se importaria se eu pegasse uma dose dupla? – tento sorrir. – Quero mesmo esquecer o que está acontecendo.

A única vez em que fiquei bêbada, tive Christian ao meu lado para me salvar como um cavalheiro com seu cavalo branco, mas como o próprio disse, talvez ele fosse o mal, não minha salvação. Dessa vez eu não me importaria em ficar alterada junto de outro homem, eu sei muito bem me defender.

–-

Nós já estávamos na segunda garrafa quando Bradley se aproximou.

– Annie.. – ele me puxa para mais perto e me abraça pelos ombros. – Você está tão che..cheirosa. – gagueja.

– Ok Brad, obrigada. – falo meio sem entender minhas próprias palavras.

– Vamos lá pra dentro. – ele sorri e se levanta tentando me levar junto a ele.

– Não Brad. Eu tenho que ir. Está tarde. – levanto, pego minha bolsa no chão, calço os sapatos e tento me equilibrar em cima dos saltos.

– Vai voltar assim gata? Não posso deixar. – ele sorri para mim e tenta me puxar para seus braços. – Fique comigo.

– Não! – me solto de seu abraço. – Obrigado por me consolar, mas eu tenho que voltar agora. – lhe dou um abraço rápido para que ele não tente me prender novamente e saio as pressas do apartamento cambaleando. Chego ao carro e respiro fundo. Eu realmente não estou em condições de dirigir, mas preciso me concentrar. Não posso continuar aqui.

Por sorte as ruas estão vazias por conta de ser madrugada, os poucos carros por quais eu passo não são me trazem nenhum tipo de dificuldade e consigo chegar em casa bem.

Assim que estaciono, noto uma movimentação estranha dentro da casa. Todas as luzes estão acesas, apesar da hora, e alguns seguranças estão na porta de prontidão. Saio do carro e vou em direção a entrada.

– O que está acontecendo aqui? – pergunto a um dos seguranças.

– Sra. Grey? Finalmente! – ele suspira aliviado.

Abro passagem entre os três homens e entro. Ali dentro percebo o que está acontecendo. A equipe inteira de seguranças reunida e Christian ditando as ordens.

– O que você está fazendo aqui Grey? – grito furiosa.

– Anastasia! Onde você estava? – ele passa as mãos pelos cabelos, nervoso.

– Você ainda não respondeu minha pergunta!

– Você sumiu! Tive que colocar todos atrás de você! Não atendia o telefone, não respondia e-mails e sms’s, sem contar que seu GPS estava desligado. Como você some assim e não deixa nenhuma notícia? – ele vem em minha direção. – Você bebeu? – ele pergunta indignado.

– Oh Grey! Você não tem direito de me cobrar nada! Eu não te devo satisfações. – respondo com um tom de acusação.

– Não tenho o direito? Sou seu marido, esqueceu? Sua mãe está desesperada e não sabe como agir com Teddy que pergunta por você a toda hora.

– Teddy? Onde ele está? – pergunto tentando passar por ele, mas Christian me segura.

– Pedi para que Carla o trouxesse de volta.

– Você esquece de tudo, menos de sua obsessão por controle! – grito indignada. – Eu estava-o mantendo afastado para que ele não soubesse que o próprio pai o esqueceu!

– Não esqueci! Eu lembro de tudo Ana. Assim que você me deixou a tarde, tudo voltou! Cada momento, cada lembrança. – ele me puxa para um abraço mas eu o empurro.

– Mas eu não esqueci. Me lembro muito bem do que escutei pela tarde quando você estava com aquela mostra! O que você fez com ela Christian? Em? Me diga! Eu não vou deixar isso de lado Grey. Agora tire seus capachos daqui e dê o fora. – o empurro e subo as escadas em busca de Ted.

–-

– Mamãe, porque você não me contou que o papai tinha acordado? – Ted pergunta enquanto tento fazer ele dormir em meu quarto.

– Ah meu amorzinho, é complicado. – tento contornar a situação. – Descanse que amanhã conversamos. Você e a vovó fizeram uma viajem muito longa hoje. – faço cafuné na cabeça de meu menino.

– Onde está o papai? Ele não vai dormir com a gente?

– Não Teddy, hoje não! – tento parecer calma. – Durma meu bem, mamãe vai contar uma história pra você.

Só depois da terceira história Ted dormiu. Eu bem que tentei descansar também, mas tudo que aconteceu nesses últimos tempos insistia em tirar meu sono. Decido levantar para procurar alguma coisa para beber.

Droga! As consequências da bebedeira com Bradley começam a aparecer e sinto enjoo. Corro para o banheiro e coloco tudo para fora.

Quando termino, escovo os dentes e olho espantada o meu reflexo no espelho. Estou pálida de mais.

Desço as escadas e vou em direção a cozinha, mas paro quando percebo que a luz do escritório de Christian está acesa.

– Eu me lembro de ter mandado você ir embora. – digo em um tom sarcástico.

– E eu me lembro que essa casa continua sendo minha. – ele me responde no mesmo tom.

– É assim que você quer resolver as coisas Christian? Complicando ainda mais? Você não percebeu que está sendo difícil de mais pra mim saber que você tinha me esquecido, depois que me traiu? Sem contar que eu tive que mentir para o meu filho.

– Eu não pedi para isso acontecer Ana. Não pedi pra esquecer tudo. Você sabe que eu te amo com toda a minha vida.

– Então trate de facilitar as coisas pra mim e me deixe em paz! – tento segurar o choro. – Eu te dei mil e uma provas do meu amor por você, fiz de tudo para ter você de volta e mesmo assim isso não bastou para que você se mantivesse fiel a mim como eu fui a você. Eu não vou te perdoar pelo o que você fez Grey. Agora todos os assuntos que nós temos vão ser resolvidos através de nossos advogados.

– O que? Você vai me deixar? – ele pergunta desesperado. – Ana, você não pode fazer isso comigo. Não! – de gritos sua voz passa para um sussurro, triste e sem emoções. – Vou amar você para sempre. – ele repete as mesmas palavras que me disse a anos atrás quando menti falando que estava o deixando. Era visível a dor em seus olhos. Se eu pudesse enxergar sua alma, ela estaria como um copo de vidro que espatifou no chão. Estaria igual e mim...

–-

Acordo com um sobressalto e a bile novamente volta subindo pela garganta. Corro para o banheiro e vomito. Quando volto para o quarto percebo que Ted não está mais ali. Mas desde quando?

Desço as escadas procurando por meu filho quando me deparo com Christian e Teddy brincando no hall de entrada com um pequeno helicóptero ecológico desenvolvido por Christian. Por mais que minha decepção com Grey fosse enorme, era impossível não me derreter com essa cena.

– Mamãe, você acordou! – Teddy vem correndo em minha direção e pula em meu colo.

– Bom dia querido.

– Ana, vocês está muito pálida. Esta tudo...

– Estou bem. – o interrompo mantendo um tom frio.

– Mamãe, você não vai dar um beijo de bom dia no papai? – Ted ri e eu fuzilo Christian com os olhos tentando achar algum sinal de que aquilo fosse planejado, mas ele parece tão constrangido quanto eu.

Sem pestanejar, Christian se aproxima e me puxa pela cintura fazendo com que eu fique sem reação. Esperei por um beijo quente, mas ele apenas encostou seus lábios nos meus rapidamente e depois afrouxou seu abraço.

– Precisamos conversar. – ele disse por fim.

Eu estou tonta e preciso de alguns segundos para pensar em uma resposta.

– Já conversamos o que tínhamos para conversar. Agora nossos assuntos serão tratados por meio de intermediários. – respondi me livrando de seus braços e me afasto.

– É sério Ana. No escritório. Agora. – ele beija a testa de Ted e vai em direção ao escritório.

– Querido, peça para a Sra. Jones levar você para brincar no prado. A mamãe precisa falar com o papai.

– Ok mãe. – Ted foi em direção a cozinha, saltitante.

A minha raiva é tamanha que se o chão estivesse tremendo por culpa de meus passos eu não acharia estranho. Entrei no escritório quase cuspindo fogo.

– Que palhaçada foi aquela na sala? Você pediu para ele fazer aquilo?

– Você sabe muito bem que não. – ele faz uma pausa. – Mas não é sobre isso que quero falar com você.

– Então diga! – respondi rispidamente.

– Por mais que eu queira tratar de outros assuntos com você, sei que o único que você está disposta a ouvir diretamente de mim são os sobre negócios. Recebemos um convite para ir até Hamptons para a festa dos Grayson, e você sabe muito bem o que a sociedade deles representa tanto para a Grey Interprises quanto para a Grey Publishing. Então acho que seria melhor para nós dois se fossemos juntos, como um casal para a festa. Isso influência muito nos negócios. É apenas uma noite. – ele fala no seu tom mais convincente.

– E quando será a festa? – pergunto impaciente.

– Você topa? – sorri.

– Sim.

– Hoje a noite. Pedi para Gail arrumar suas coisas, partimos em três horas. Carla vai ficar com Teddy. Nós voltamos pela manhã.

– Espero que isso não seja um de seus joguinhos, Grey. – digo e me viro para sair do escritório.

– Ana... – ele me chama e eu me viro. – Não vou desistir de você.

--

Termino de me arrumar e procuro algum defeito em mim mesma. Essa noite eu teria de ser a mulher mais estupenda da festa. Durante todo o tempo que tive durante a viajem no Charlie Tango, bolei um plano para deixar Christian com ciúmes. Ele queria jogar, então eu entraria nesse jogo para valer.

Coloquei o meu melhor vestido e o mais sedutor. Um longo preto com transparência. Deixei os cabelos soltos, mas lisos e optei por uma maquiagem que destacasse mais meus olhos.

(Look da Ana)

Desci para o hall do hotel e lá estava ele em seu smoke, lindo como sempre.

(Look do meu Grey haha)

Essa com certeza seria uma noite cheia de surpresas e jogadas de alto nível, e eu mais do que ninguém estava pronta para jogar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então meninas, gostaram?? O TAMANHO FICOU BOM?? hahaha. Acho que esse é um dos caps. mais longos até agora e eu tive que botar a cachola pra trabalhar bastante até chegar nesse resultado... Espero que vocês tenham gostado e talvez na quarta eu poste com cap. novo beeeem revelador, ele vem pra surpreender bastante!!! NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR, e quem quiser deixar uma recomendação hahaha... Me desculpem por qualquer erro de ortografia e xoxo!

Ah.. as que assistem PLL vão entender..
Game on Bitches! - B.