Invisible escrita por leilane


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

olá....eu tenho algumas coisinhas para falar com vocês, leitoras...
1- eu nao sei quando vou postar de novo, por isso estou adiantando esse cap, mas nao era...eu queria demorar para postar...
2- é um capitulo forte... e agora vcs pensam: "Ah, alguem vai morrer, eles vao se separar, blablabla"... olha, seilá se ta forte...mas minha prima achou e até brigou cmg por fazer uma sacanagem dessas com uma personagem...
3- EU IMPLORO! ME DIGAM O QUE VOCÊS ACHARAM DESSE CAP NA HISTÓRIA!!! PQ ELE É IMPORTANTE...MAS A OPINIAO DE VCS TAMBEM É!
espero que gostem :)



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Charlotte on

E aqui estava eu. Numa biblioteca. Quinta à tarde. “Trabalhando”. Pelo menos, é em um lugar onde eu gosto de estar. O problema é que nem no Confort eu posso ir, pois parece que o mundo está caindo de tanta chuva. Começou a chover faz quinze minutos e eu estou com medo do Confort inundar.

- Não se preocupe, instalaram uma rede de escoamento quando criaram aquele lugar - Sam falou, vendo meu olhar preocupado e ouvindo meus temores.

- Tudo bem - falei- Você acha que vamos demorar? Eu ainda tenho que enfrentar isso -apontei para a janela- para ir para casa.

- Não vai demorar, e qualquer coisa eu te dou uma carona.

- Não daria certo - falei- Eu moro para um lado e você para outro.

Ela ia falar, mas a interrompi antes.

- Sem preocupação, eu posso ir andando. Já sou grandinha o suficiente - falei e ambas rimos.

Voltamos ao trabalho, e eu encontrei alguns livros que quero ler, mas, como está chovendo, não poderia levar agora. Eu amo chuva, mas quando estou em baixo de um cobertor, no meu quarto, lendo ou comendo alguma coisa.

(...)

- Deu, acabamos - Sam falou, colocando o ultimo livro na prateleira e chutando uma caixa para um canto.

- Finalmente!- exclamei levantando do chão- Já estava ficando cansada de trabalhar.

Sam me olhou com sarcasmo.

- Trabalhar? Nessa última hora, você pegou um livro, sentou e começou a ler.

Começamos a rir. Sam pegou sua bolsa e foi apagando as luzes da biblioteca, enquanto me dirigia para fora da mesma, seguida por ela. Caminhamos pelos corredores, agora já vazios e semi iluminados. Não deveria ter ninguém no colégio há essa hora, pois já eram cinco da tarde, e nada no colégio acontecia até tão tarde. Chegamos na entrada da escola, e só tinha um fusca laranja no estacionamento: o de Sam.

- Tem certeza que não quer a carona?- Sam perguntou uma última vez.

- Absoluta - falei, empurrando ela para a escadaria- Vai logo.

Ela assentiu, agradeceu pela ajuda e entrou no carro. Quando o ponto laranja foi se distanciando, voltei ao meu armário para pegar um guarda-chuva, mas não tinha. Abri o da Annie, que eu sabia o código, mas ela também não tinha. Estranhei, pois ela sempre tem essas coisas, porque é muito prevenida. Mas ela tinha um casaco marrom com capuz, que eu peguei. Ela não se importaria de me emprestar, era por uma boa causa. E o casaco ficou gigante, como o de Mason ficou em mim, naquela vez. Voltei para a entrada, vesti o meu capuz e comecei a andar na chuva, sentindo cada pingo bater em mim e escorrer. Alguns até conseguiam bater no meu rosto, outros no capuz e nos ombros do casaco. Um calafrio percorreu minha espinha, mas continuei andando em direção ao portão de saída. Quando passei por ele, uma sombra encapuzada me segurou pelo braço. Vi de relance uma madeixa loira espetada embaixo de seu capuz, mas não tive muito tempo para olhar, pois seus olhos faiscantes se aproximaram de mim e sussurraram com uma voz maléfica.

- Eu disse pro mauricinho que ele ia se arrepender...

Nem tive tempo de raciocinar direito e o cara já tinha me empurrado para o chão, onde caí com tudo. Ele se ajoelhou e sentou em cima das minhas costelas, me fazendo arfar. O homem de estapeava com força, alternando entre socos no rosto, peito e estomago. Eu me sentia fraca e impotente, não conseguia me mover, tamanho peso e força com que ele me segurava. Depois de um último soco, ele se levantou. Eu gemia de dor. Tentei fugir dali, me virando e arrastando meu corpo, ou tentando, para longe dele. Ele apenas riu da minha não bem sucedida tentativa de fuga. A risada dele era muito familiar. Tinha um toque de malvadeza com ironia.

- Ai, ai, ai. Querida Charlotte - ele falou, me segurando pelos cabelos, me forçando a levantar a cabeça e gritar- Sua persistência até me comove. Só que não o bastante.

Ele soltou a minha cabeça, que bateu no chão, e pisou nas minhas costas, apertando seu pé na minha coluna. Gritei abafado, pois o ar se esvaiu do meu corpo. Ele se afastou um pouco e correu em minha direção. Senti seu pé em minha barriga e a dor forte, enquanto ele se afastava e desferia o segundo chute em mim. Me encolhi e fechei os olhos, apenas gemendo de dor. Ele continuou me chutando assim por tempos, perdi até a conte de quantos foram, tamanha a dor que estava sentindo. Até que seu chute foi em meu braço esquerdo e eu gritei. Como se não tivesse bastado, levantou a perna e pisou com tudo em meu pulso. Me contorci e gritei de dor. Meu pulso latejava e fiz a besteira de olhar para ele; estava coberto por uma mistura de sangue e terra molhada, mas o pior era a posição em que se encontrava: retorcido para um lado impossível. Sabia que o cara tinha quebrado meu pulso.  Ele se ajoelhou ao meu lado com um sorriso cruel nos lábios finos e tirou uma faca do bolso da calça. Posicionou-a na minha bochecha e arrastou-a, até formar uma linha não tão profunda de sangue no meu rosto. Então olhou para a faca com meu sangue e uma expressão de insatisfação tomou seu rosto. Penetrou seu olhar no meu e bateu com o cabo da faca em minha cabeça. O mundo ao meu redor começou a girar e a ficar embaçado.

- Charlie!- uma voz masculina diferente gritou assustada.

E foi a última coisa que ouvi antes de apagar.


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Notas finais do capítulo

entao...peguei pesado com ela????? mas é tudo culpa do "homem-mistério"... quem vcs acham que é? e quem que gritou o nome dela???



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