A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 8
Descobrimos a verdade sobre o Remo




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Os meses vieram e se foram, mas pegadinhas foram feitas assim como mais detenções, pontos foram ganhos e perdidos, há e Dora voltou a falar comigo, mas Marlene e Lily não, aquelas duas são mais cabeças duras que um dragão. Por falar em Lily o James tentou convidá-la duas vezes para um encontro e levou os foras mais bonitos de toda a história, coisa pela qual está sendo zuado até hoje. Fui para casa no Natal e na Páscoa esse ano e ganhei de presente uma nova vassoura devido ao meu desempenho no time de Quadribol, estou evitando que mamãe descubra que sou a única menina a jogar no time porque se não o tempo vai fechar, o que me lembra que ganhamos as duas partidas que disputamos, contra a Corvinal (250 a 20) e contra a Lufa-Lufa (150 a 50), como podem ver temos nos saído muito bem e apesar de ser uma menina já consegui conquistar o respeito de todo o time devido aos ótimos resultados.

Hoje é a tão esperada final Grifinória versus Sonserina e sem querer ser chata, mas tenho uma péssima sensação quanto a esse jogo, uma vez que Lucius Malfoy faz parte do time e ele ainda não se esqueceu da nossa pequena vingança no ano passado.

- Vamos time. – Wood falou enquanto nos guiava para o campo que estava lotado de gente, até os pais dos jogadores estavam lá, PERÁ AÍ, MEUS PAIS? Minha mãe vai querer me matar quando descobrir.

- Como está? – Sirius perguntou voando perto de mim enquanto esperávamos a chegada do time da Sonserina.

- Prestes a ser morta.

- Por quê? – James perguntou se metendo na conversa.

- Minha mãe vai surtar quando perceber que jogo contra e com meninos, afinal eu sou tão frágil e delicada.

- Dá onde sua mãe tirou isso? Você é mais durona que muito garoto por aí. – James falou confuso.

- Fala isso para ela então. – Eu resmunguei enquanto ia para o gol já que o jogo estava para começar.

Depois que o apito soou iniciando o jogo fiz minha mente esquecer de todo o resto e se concentrar no campo. Já fazia um tempo que estávamos jogando e o placar estava o seguinte: Grifinória 60 e Sonserina 10, pois é fazer o que se eu sou de mais e só deixei uma goles entrar? [Meu Merlin falei igual ao Sirius agora. Que medo]. Eu estava prestando atenção em Wood que estava próximo de fazer mais um gol quando um balaço acertou o lado esquerdo do meu corpo, o que inclui braço e costelas. No momento em que Wood marcava o gol meus olhos localizaram o Malfoy com um bastão nas mãos sendo que ele é artilheiro e ao mesmo tempo Madame Hoot apitou parando assim o jogo. Quando se deram conta do que tinha acontecido meus colegas de equipe voltaram para me acudir enquanto a torcida prendia o fôlego em expectativa, que belo dia para minha mãe vir ver um jogo.

- Eu nunca vi nada igual, não se pode jogar balaços no goleiro a não ser que a goles esteja na área. – Ela brigava com os membros do time da Sonserina.

- Rave! – James e Sirius gritaram sendo os primeiros a chegar até mim. – Como você está.

- Dolorida.

- Deixe-me ver. – Adolf falou se aproximando junto com o resto do time, ele pretendia ser medi-bruxo quando se formasse em Hogwarts e já havia passado nos NOM’s. – Rave posso estar enganado, mas acho que seu braço esta quebrado e vai ficar com um hematoma desse lado do seu corpo.

- Vai precisar sair. – Wood disse decepcionado. – Não pode continuar no jogo nesse estado.

- Ficou maluco? Se eu sair a Grifinória fica sem goleiro, não podemos fazer substituições depois do começo da partida.

- Eu conheço as regras, Ravena, mas não temos escolha, você está muito machucada. – Wood claramente se esforçava para não gritar.

- Eu sei que meu braço esquerdo está ruim, afinal eu estou sentindo a dor, mas ainda tenho o braço direito e uma vassoura, minhas defesas não serão tão boas quanto antes, mas será melhor do que nada. Eu vou continuar.

- Tem certeza? – Kristan perguntou me analisando.

- Tenho, vamos ganhar esse jogo. – Eu falei e pude ver as expressões de surpresa até em meus amigos, mas fazer o quê? Eu sou dura na queda.

- Grifinória o tempo de vocês acabou, a jogadora vai continuar?

Wood olhou uma última vez para mim que confirmei com a cabeça, então se voltando para a platéia continuou.

- Ela vai.

Gritos de alegria ecoaram por toda a platéia enquanto os sonserinos me encaravam atônicos.

- Você vai ficar mesmo bem? – James perguntou antes de voltar para o seu lugar.

- Não se preocupe só tente ser rápido para capturar esse pomo. – Eu falei os fazendo rir e me virando para o Sirius acrescentei. – Pode mandar um balaço no Malfoy por mim?

- Com todo o prazer. – Sirius responde com um sorriso maroto seguindo o James.

Enquanto Wood cobrava a falta para a Grifinória eu buscava a melhor posição na vassoura, é claro que o meu braço estava doendo, mas depois de tudo que o Malfoy fez eu não ia dar o gostinho de deixar a Sonserina ganhar, era uma questão de honra.

Não demorou para começar o contra ataque sonserino que depois de desvia de todos os artilheiros lançou a goles no aro esquerdo que obviamente era defendido pelo meu braço avariado, conclusão eles fizeram o ponto e mais três dessa maneira, preciso dizer que estou ficando muito irritada? É claro que ninguém está me culpando afinal eu levei uma balaço em uma área do meu corpo que não tem proteção, mas estou pegando o jeito da coisa, entretanto o jogo está quase empatado.

A Sonserina só cometeu um erro que foi mandar o Malfoy finalizar a jogada, eu fiquei com tanta raiva que dei a volta nos aros chegando a tempo de bloquear com a vassoura e apanhar a goles com o braço direito a lançando para Wood. O Malfoy ficou vermelho grifinorio de raiva [não resisti a piada] e o publico foi a loucura, juro que ouvi minha mãe gritar:

- Essa é a minha garota.

Depois dessa defesa eu reencontrei o meu ritmo e isso aumentou a moral do nosso time o que intensificou os ataques, claro que perdi varias goles, mas levando em conta o meu estado até que me estava me saindo relativamente bem. Porém tudo piorou quando o Malfoy [sempre ele] fez um novo ataque, o placar estava 90 a 100, se ele conseguisse o ponto empataria conosco e não quero nem pensar nessa possibilidade, por esse motivo me joguei na frente da bola sem me importar com os machucados, não havia como protegê-los se quisesse impedir o gol, infelizmente a goles atingiu o meu braço machucado e apesar de conseguir mandá-la para Wood a dor ficou quase insuportável, minha única esperança era James, porque eu não conseguiria fazer mais nenhuma defesa.

- James Potter acha logo a droga desse pomo. – Eu berrei para ele enquanto tentava me preparar para uma nova bola.

Essa, porém nunca veio porque, Merlin devia estar com pena de mim, James deu um mergulho capturando o pomo sem deixar nenhuma brecha para o apanhador Sonserino. Com cuidado desço minha vassoura até o chão e o rosto do time corria para fazer o mesmo. Quando estávamos todos em solo as comemorações começaram e o tio Dumby [apelido inventado pelo Sirius] entregou a taça de Quadribol para o Wood que chamou todo o time para uma foto e depois passou, junto com os outros jogadores, o troféu para James e para mim.

- Eu nunca vi tanta determinação quanto a sua Ravena e nem tanta habilidade quanto a sua James. – Ele falou sorrindo. - Vocês merecem.

Nós ainda comemorávamos quando Remo e Peter conseguiram se aproximar de nós sendo arrastados pelo Sirius que se jogou em cima de mim me abraçando fortemente o que me fez gritar de dor e todos se lembraram de que eu estava machucada.

- Levem-na para a enfermaria. – Wood instruiu os meninos que saíram me guiando pelo caminho que se abrira para nós.

- Eu sinto muito mesmo, Rave, eu juro que esqueci. – Sirius se desculpava depois que deixamos a multidão.

- Sirius não foi sua culpa, eu sei que não teria feito de propósito não precisa se culpar.

Como o castelo estava vazio não demoramos para chegar na enfermaria onde fui atendida por Madame Polferm que rapidamente curou o meu braço e costelas, quando ela terminou meus pais estavam entrando na enfermaria e sendo seguidos pelos Potter.

- Como você está querida? – Mamãe perguntou preocupada.

- Estou bem, foi apenas um balaço, mãe.

- Você foi incrível, foram umas das melhores defesas que já vi na minha vida. – Papai me elogiou afagando meus cabelos.

- Podia ter sido melhor, ela quase deixou empatar. – Sirius falou aparentemente tinha recuperado seu bom humor.

- Vá voar em um hipogrifo, Sirius.

- Ravena! – Minha mãe me repreendeu, eu esqueci que ela estava aqui. – Que linguagem é essa minha filha?

- Desculpa mãe. – Falei enquanto todos, incluindo meu pai, prendiam o riso, digamos que nunca fui conhecida por ser boca limpa.

Depois de algum tempo eu fui liberada da enfermaria e os meus pais foram embora, sei que parece inacreditável mais estou devendo uma ao Malfoy, pois graças ao balaço que ele mandou em cima de mim mamãe nem se preocupou com o resto do time ser composto inteiramente de meninos, voltamos a sala comunal da Grifinória onde acontecia uma festa de comemoração pela vitória do campeonato, com muita música, comida, [Já contei que descobrimos a entrada para a cozinha, para alegria do Peter?] cerveja amanteigada e wisk de fogo preciso comentar que contrabandeamos isso do Três Vassouras para Hogwarts?

Obviamente nós trocamos de roupa para a festa, eu usava um vestido vinho, sapatos de salto [problema de ser baixinha] e o cabelo bem preso em um coque, sabe como é, primeira noite de lua cheia e tal. Eu estava dançando quando dei falta do Remo, o que é muito estranho já que ele estava conosco a alguns minutos, eu o procurei por todo o salão e frustrada me sentei no beiral da janela [todas as poltrona estavam ocupadas] e foi quando vi a coisa mais estranha da minha vida, Remo sendo guiado pela professora Mcgonagall e por Madame Polferm até algum lugar que não consegui ver.

Não foi preciso pensar muito e corri atrás dos outros, afinal vínhamos tentando descobrir o por que do desaparecimento do Remo uma vez por mês o ano inteiro [Apesar de eu ter uma leve suspeita do motivo]. O primeiro que encontrei foi o James, meio que cantando uma terceiranista.

- James, eu vi o Remo lá fora indo na direção da Floresta Proibida. – Sussurrei para que a menina não ouvisse.

- Acha que está indo por aquele motivo?

- É o que parece.

- Vou buscar a capa. Chame os outros.

Eu concordei e fui atrás do Sirius e Peter, mas acho que devo uma explicação sobre a capa, no Natal desse ano o senhor Potter a deu para o James, achávamos que era uma capa comum até o James jogá-la por sobre o seu corpo e ele desaparecer, descobrimos dessa forma que tínhamos diante de nós uma legitima capa da invisibilidade, como aquela do conto dos três irmãos, o senhor Potter assim como o papai adorava ajudar em nossas atividades, digamos que ilícitas. Como nós cinco não cabíamos de baixo da capa fui incumbida de fazer um feitiço de expansão, mas ele tem que ser renovada a cada mês porque aparentemente a capa suga a energia acabando com o feitiço.

Agora voltando ao presente, não foi difícil achar o Peter parado ao lado da mesa de comidas e o Sirius cercado de garotas e com um copo de cerveja amanteigada na mão, reboquei os dois até o quarto deles onde o James já nos esperava e repeti o que tinha visto.

- O que estamos esperando? – Sirius perguntou pegando a capa de James e jogando-a sobre o seu corpo, desaparecendo totalmente.

Eu e James demos de ombro e entramos sob a capa, o Peter não queria muito ir, mas o convencemos a nos seguir por livre e espontânea pressão. Uma vez que todos estávamos invisíveis foi extremamente fácil sair do castelo e não demoramos a chegar a borda da Floresta Proibida, estávamos prestes a entrar nela quando escutamos um barulho vindo, acreditem se quiserem, do salgueiro lutador, mas não era um barulho qualquer, parecia um tipo de uivo, um som muito comum vindo de um...

- Lobisomem. – Sirius falou antes que eu completasse o raciocínio.

Eu não precisava olhar para o céu para ter certeza da lua cheia, afinal eu era filha dela, mas isso era um mal sinal porque queria dizer que as minhas teorias sobre o desaparecimento do Remo estavam corretas.

- Vamos voltar para o castelo. – James falou nos puxando nessa direção.

Assim como quando fomos não tivemos problemas para voltar e nos encontrávamos no dormitório dos meninos, o colega de quarto deles ainda estava na festa, Sirius estava jogado na cama dele, James brincava com um pomo de ouro que nós demos de aniversário para ele, Peter, para variar, comia compulsivamente e eu estava sentada na janela.

- Isso não pode ser verdade. – James murmurou pela milésima vez. – Ou pode?

- É o que parece. – Respondi.

- Mas por que ele não contaria? Somos amigos dele e ele devia confiar em nós.

- Não é tão fácil assim contar um segredo desses, deve ter achado que não aceitaríamos, que teríamos medo dele.

- E não temos? – Peter falou pela primeira vez desde que voltamos.

- Mas você contou. – Sirius lembrou ignorando Peter completamente.

- Primeiro de tudo, não temos medo do nosso amigo, Peter, ele ainda é o mesmo Remo que conhecemos. – Falei enquanto o fuzilava com os olhos. – Segundo, há uma grande diferença entre contar ser uma filha da lua e um lobisomem.

- Não sei por que se todos são ligados a lua. – James falou me fazendo rir, mas depois continuou sério. – E o que vamos fazer?

- Vamos esperar a lua cheia acabar e conversaremos com o Remo, precisamos tirar essa história a limpo.

- Você fala como se não estivesse surpresa. – Peter me acusou.

- Eu tinha uma ideia de que poderia ser isso, afinal andei pesquisando na biblioteca, por isso tenho uma sugestão para pormos em pratica o quanto antes.

James, Sirius e eu trocamos olhares marotos, já havíamos combinado tentar e o Remo sendo lobisomem ainda nos dava mais motivos, eu só não entendi porque o Peter engoliu em seco depois do que eu disse. Assim fica parecendo que ele não gosta dos nossos planos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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