A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 5
Dando o troco




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Os meninos prometeram me ajudar em meu plano de vingança contra o Malfoy, mas achamos melhor esperar o Remo melhorar para que ele não perdesse a diversão e enquanto isso trabalhávamos nos detalhes do plano para que nada desse errado. Era a ultima noite de lua cheia e nós estávamos sentados sozinhos no salão comunal.

- O Malfoy vai aprender a não mexer com Ravena, James, Sirius, Remo e Peter. – Sirius disse convencido.

- Seu trasgo, sabe muito bem que ninguém pode saber que fomos nós ou estaremos muito encrencados. – Eu o lembre pela milionésima vez na noite. – Agora passa as anotações do plano.

Sirius me passou um pequeno rolo de pergaminho que pela letra logo percebi não ser o meu. Como imaginava era a ideia que o Sirius vinha tentando nos convencer a usar o dia todo.

- Sirius, pela a milionésima vez, não vamos pintar o cabelo do Malfoy de rosa. – Eu falei pausadamente.

- Mas é uma ideia brilhante. – Ele reclamou fazendo birra e eu bati com a minha mão na testa, às vezes o Sirius parecia uma criança de cinco anos.

- Sirius, é uma ótima ideia realmente, mas para esse caso a da Ravena e muito melhor. – James disse calmamente tentando convencê-lo.

- Isso não é justo. – Ele falou cruzando os braços e fazendo biquinho.

- Se isso te deixar mais feliz podemos fazer o seu plano com o Snape depois. – Eu falei cautelosamente e o Sirius se jogou em cima de mim, que estava sentada no braço do sofá, e logicamente nós dois caímos no chão.

- Ops. – Ele falou sem esconder que tinha feito de propósito.

- Sirius Black, saia de cima de mim AGORA. – Eu berrei para o desgraçado que estava sentado em cima da minha barriga.

- Mas Ravena, está tão confortável aqui.

- Pelas cuecas samba canção de Merlin, Sirius, você é pesado. – Eu falei, mas ele nem se moveu. – Se não sai por bem sai por mal.

Antes de tudo precisam saber que apesar de ter um corpo pequeno eu sou bem forte por isso foi relativamente fácil empurrar o Sirius, que caiu de cara no chão, e voltar a me sentar no sofá.

- Como eu estava dizendo. – Continuei ignorando as risadas do James. – Podemos usar o Vingardium leviosa para arrastar a mochila.

- É muito arriscado, outra pessoa pode nos ver. – Peter argumentou e eu sabia que essa era a falha no plano.

- E se trocarmos apenas a mochila? – James perguntou os olhos brilhando de empolgação. – Fazemos um feitiço de copia e só trocamos uma pela outra.

- É uma ideia brilhante Jay, mas onde colocamos a mochila original depois? – Perguntei quase visualizando o plano pronto em minha mente.

- Isso é fácil. – Sirius respondeu normalmente. – Colocamos a verdadeira mochila dentro da falsa com um feitiço redutor e de tempo, ela vai voltar ao normal e ninguém consegue provar a troca.

- Mas vai ficar uma mochila dentro da outra. – James lembrou.

- Encolhe só o material então.

- E se fizermos ao contrario? – Eu disse com os olhos brilhando. – Reduzimos o material trouxa do jeito que o Six sugeriu e colocamos dentro de uma mochila só, vai nos dar muito menos trabalho.

- Eu gosto do modo como você pensa Ravena. – James disse malignamente. – Desse modo vamos conseguir dominar o mundo.

- Está bem o Grande Dominador, eu vou me retirar de sua ilustre companhia. – Falei entrando na brincadeira e dando um beijo na bochecha do James.

- Ei! Eu não ganho não? – Sirius reclamou.

- Ciumento. – Murmurei apesar de repetir o gesto nele e em Peter.

.......

No dia seguinte Remo foi liberado da enfermaria e o colocamos a par de todos os acontecimentos, ele apesar de relutar um pouco concordou em nos ajudar m nosso brilhante plano de vingança, sem querer me gabar. Nós demos mais alguns dias para a poeira baixar e apesar de uma longa, porém indispensável, espera o dia D finalmente chegou.

- Todos sabem o que fazer? – Perguntei e os quatro assentiram. – Então vamos.

- Esperem. – Sirius berrou quando já estávamos saindo do salão comunal. – Vamos acrescentar isso.

Ele nos passou um pequeno envelope.

- Sirius, já combinamos que ninguém pode saber que fomos nós. – Remo falou cansado, eu já perdi a conta de quantas vezes dissemos isso para ele.

-Leia antes de recusarem. – Ele suplicou com aquela cara de cachorro pidão que na maioria das vezes era irresistível.

Eu peguei o envelope das mãos do James e me certificando que apenas nós estávamos no salão o abri e li o conteúdo em voz alta.

Com os melhores votos.

Marotos

            - Eu passei a noite inteira pensando em um nome para assinar.

            - Não acredito que vou dizer isso, mas é brilhante Sirius. – Eu falei realmente surpresa.

            - Obrigado... espera aí, o que você quis dizer com isso?

            - Nada, eu não quis dizer nada. – Respondi enquanto os meninos riam e íamos para o salão principal.

            Como previsto encontramos o Malfoy no meio do caminho já saindo do salão comunal.

            - Black, eu estava mesmo precisando falar com você. – Ele falou ignorando o resto de nós, só que isso não estava previsto em nosso plano.

            - O que você quer Malfoy? – Sirius perguntou fazendo com a cabeça para que continuássemos, inconscientemente o Malfoy estava nos ajudando a acabar com a própria vida social.

            - Como já deve saber estou namorando a sua prima Narcissa Black e você já arruinou o nome da família Black ao entrar para a Grifinória e se associar com sangues ruins então nem pense em fazer algo para agravar isso ou ira se ver comigo.

            Sirius olhou discretamente para nós que indicamos que já estava tudo pronto, ele, então, se virou com o seu sorriso mais, não acredito que vou dizer isso, maroto na direção do Malfoy e acrescentou:

            - Me ignore Malfoy, mas pode me fazer um favor, quando se casar com a Narcissa leva a Belatriz junto assim me livro de duas primas irritantes de uma vez só.

            Acho que o Malfoy ficou um pouco surpreso com a reação do Sirius porque não falou mais nada enquanto nós íamos embora. A etapa 1 estava pronta, graças ao próprio Malfoy acabou sendo muito mais fácil do que imaginávamos, ele não perdia por esperar.

            Tivemos que esperar por algumas horas até a etapa 2 entrar em ação e não me sinto culpada em dizer que dizer que não prestei a menor atenção na aula de História da Magia, menos até do que o normal, já que ela preenchia exatamente o pedaço da minha espera. Eu dei graças a Merlin quando ela finalmente acabou e saímos correndo para cegarmos até a sala de DCAT onde ficamos esperando pelo Malfoy, assim que ele passou por nós com os gorilas 1 e 2 que ele chama de amigos eu desfiz o feitiço e corremos para o salão principal, afinal seria impagável ver o que acontecerá se tudo der certo.

            Como chegamos cedo conseguimos um lugar privilegiado bem de frente para a mesa da Sonserina. Não demorou muito o salão começou a se encher de alunos e no meio deles estava o Malfoy trocando a mochila de um ombro para o outro devido ao peso extra. Até agora tudo bem.

            Eles sentaram no banco e vimos o Malfoy pegar a mochila para ver o que tinha de errado, minha mente era uma comemoração só, ele estava agindo exatamente como havíamos imaginado. Só tenho duas explicações para isso ou nós somos muito bons ou Merlin e Morgana adoram uma boa brincadeira, pensando bem pode ser um pouco dos dois, mas o importante é que tudo está dando mais do que certo. Eu fui despertada de meus devaneios por um cutucão do Sirius que estava ao meu lado.

            - Cinco. – Ele falou apontando para o Malfoy abrindo a mochila.

            - Quatro. – James continuou com um sorriso satisfeito.

            - Três. – Peter falou com os olhos fixos na comida, até agora não sei se ele estava contando para o plano ou para começar a comer.

            - Dois. – Remo disse com um sorriso no rosto apesar de ser o mais certinho de nós cinco.

            - Um. – Eu falei e sorri vitoriosa quando alguns segundos depois ouvimos um grito, meio afeminado, vindo da mesa da Sonserina.

Sem brincadeira o Malfoy só estava piorando o lado dele, o que eu adorei é claro, porque depois desse gritinho todo o salão parou o que estava fazendo para ver o show na mesa da Sonserina e os colegas da casa dele como são muito solidários foram logo ajudar, quem eu quero enganar eles foram ver a mias nova fonte de fofocas e imagine a surpresa deles quando viram a mochila de Lucius Malfoy cheia de artefatos trouxas. Lucius pode até conseguir provar sua inocência algum dia, mas por um bom tempo ele estará no limbo social da Sonserina. Conseguimos ver quando ele por fim achou o bilhete do Sirius e tenho certeza que tentava desesperadamente descobrir quem eram os tais marotos, mas como normalmente alunos do primeiro ano não faziam feitiços tão complexos nós estávamos fora da lista de suspeitos, por enquanto, mas eu avisei ninguém mexe com os marotos, não é que o nome é legal, e sai ileso.

- Nós vamos tocar o terror nessa escola. – Sirius falou convencido enquanto íamos para a aula de Trasfiguração.

- Menos Sirius, quase nada. – Remo falou desinteressado.

- Mas que foi incrível foi. – James falou animado.

Continuamos conversando bobagens até chegarmos à sala onde nos deparamos com vários primeiranistas, grifinorios e sonserinos, conversando sobre o ocorrido no almoço, até que ouvimos uma voz irritante que vinha do nosso querido amigo Severo Snape ou como o chamávamos Ranhoso apesar de eu achar que Seboso combinava mais.

- Tenho certeza que isso não passou de uma brincadeira de mau gosto. – Ele falou olhando diretamente para nós.

- Ranhoso, não é só porque você tem um caso secreto com o Malfoy que precisa defendê-lo sempre. – James falou normalmente enquanto todos os alunos riam e Snape adquiria um tom cada vez mais vermelho.

- Limpe bem a sua boca antes de falar de mim seu traidor do sangue Potter e o mesmo vale para você Black, ficam aí andando com esse mestiço nojento, essa rolha de poço que mais parece um rato e essa sangue ruim imunda.

- Olha só como você fala dos meus amigos, Ranhoso. – Sirius falou já sacando a varinha.

- Sirius, não vale apena. – Eu falei segurando o braço dele e de James que imitara o gesto.

Com a ajuda de Remo e Peter consegui fazê-los virar para irmos, mas o Snape não gostou muito disso.

- Onde está a coragem Grifinória de vocês agora?

Para mim aquilo fora de mais, podiam me xingar, me humilhar, mas nunca se devia falar algo que desmerecesse meus amigos.

Não sei como aconteceu, mas nós quatro puxamos as varinhas simultaneamente e lançamos o mesmo feitiço, parecia até que tínhamos combinado, de alguns segundos para agora o cabelo do Snape passaram de preto para rosa choque, enquanto isso o Peter estava escondido atrás de nós.

- Basta. – Ouvimos a professora Mcgonagall falar, agora sujou. – O que está acontecendo aqui?

- Esses malucos me atacaram sem motivo algum. – Snape falou inocente e Remo e Peter tiveram que me segurar para eu não dar uns bons socos na cara do Snape.

- Senhorita Wikiman, senhores Black, Potter, Lupin e Snape detenção na minha sala hoje à noite.  – Ela falou apenas para nós cinco depois de ter mandado toda a turma para dentro.

- Mas professora...

- Senhor Snape eu não tolero atitudes preconceituosa em minha sala então não tente se justificar ou será pior para o senhor. Agora se sentem e espero vê-los pontualmente às sete horas.

Nós fomos para as aulas seguintes, conseguimos alguns pontos para fazer uma pequena média com os professores e as sete nós estávamos em frente à sala de transfiguração.

No final não foi tão ruim assim, apenas tivemos que ajudá-la a corrigir algumas tarefas e podemos ter descoberto isso apenas muito tempo depois, mas essa pequena detenção iniciou um reinado delas que só conseguiriam igualar mais de uma década depois.


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Notas finais do capítulo

Uma das primeira pegadinhas deles, não sei se ficou muito boa, mas foi o melhor que consegui pensar então espero que tenham gostado.