A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 33
Jovem Potter a caminho




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Fazia um ano que havíamos enfrentado Voldemort, durante esse período pela graça de Merlin não voltamos a nos encontrar pessoalmente com o Cara de Cobra, já os seguidores dele, bem digamos que encontrar com eles já fazia parte da nossa rotina. Preferimos por hora não revelar aos outros nossas suspeitas sobre um traidor dentro da Ordem, pois podíamos ter entendido errado e nos todos sabíamos que essa revelação abalaria a já frágil estrutura de nossa organização.

A guerra por outro lado continuava a correr pelo mundo bruxo e perdemos muitos amigos como, por exemplo, a Dora, nossa colega de quarto por sete anos fora morta assim como toda a família pelas mãos de Voldemort, mas infelizmente também perdemos pessoas que amávamos sem que a guerra tivesse qualquer culpa sobre isso. E com isso me refiro aos pais do James.

O senhor e a senhora Potter pioraram da doença e acabaram falecendo dois meses depois do casamento, a morte deles foi algo que abalou a todos nós porque eles foram pais para todos os Marotos no momento em que mais precisamos. Os pais da Lily também vieram a falecer alguns meses atrás por morte natural, mas eu acho que ela até que ficou aliviada, porque finalmente eles estavam em segurança.

Eu voltei de uma missão da Ordem ontem à noite, mas pela primeira vez em muito tempo conseguimos marcar uma reunião com todo o grupo na casa do James, por isso me obriguei a acordar cedo e junto com Remo e Sirius aparatamos em frente à casa do nosso amigo. Quando entramos percebemos que apesar de ainda ser bem cedo fomos os últimos a chegar, James e Lily estavam abraçados sentados em um sofá, no outro Frank acariciava a barriga da Alice que descobrira estar grávida na semana passada, Peter como sempre estava comendo e Marlene já corria para se jogar nos braços do Sirius. [Só para curiosidade Remo e eu continuamos juntos embora raramente tenhamos tempo um para o outro]

– É bom ter a galera toda reunida. – Comentei depois de já estarmos a um tempo conversando tal como fazíamos nos velhos tempos quando a guerra não era ainda uma preocupação.

– Deveríamos poder fazer isso mais vezes. – Alice comentou chateada.

– Não vamos falar disso agora, não quero me lembrar da guerra quando temos uma noticia tão boa para dar. – Lily falou com um sorriso de orelha a orelha. – Eu estou grávida.

– Ruiva, e quem exatamente seria o pai? – Sirius perguntou com seu característico sorriso maroto.

– É claro que sou eu, Almofadinhas. – James berrou.

– É claro que é o James, Black. – Lily gritou ao mesmo tempo.

– Calma eu só estava checando, afinal todos sabemos que o James é um veado.

– Eu já falei que é cervo, quantas vezes preciso repetir?

– E também é um fato indiscutível que o James também já tem os chifres então eu não vejo qual é o problema em perguntar.

– Sirius Black! – James e Lily gritaram saindo correndo atrás do Almofadinhas, eu por outro lado quase morri de tanto rir.

Foram preciso quase dez minutos para que alguém, lê-se Frank, conseguisse impedir o casal Potter de cometer um assassinato.

– Fique sabendo que nós íamos te chamar para ser o padrinho, mas depois dessa você pode esquecer. – Lily falou furiosa.

– Isso não é justo, era só uma brincadeira. – Sirius falou indignado.

– Pediu agora agüenta. – Marlene comentou e se virou na direção da Lily. – Agora vem cá, por acaso é alguma competição entre você e a Alice? Porque uma casa e logo depois a outra, agora uma engravida e a outra também.

– Pois é, ciúme é fogo. – Comentei brincando.

– Eu já ia esquecendo, pedimos para o James e a Lily serem os padrinhos do nosso bebê. – Frank falou sorrindo.

– Nossa ideia original era que fosse o Sirius e a Marlene. – James falou me lançando um olhar de desculpas, mas eu entendia, Sirius e eu éramos os mais colados com ele, só que a Lily jamais deixaria que o James escolhesse os dois e por mais próximas que nós fossemos sua melhor amiga sempre foi a Marlene.

“Relaxa, eu sei que não foi culpa sua.” Eu mandei em pensamento e ele sorriu na minha direção.

– Como assim ideia original eu vou ser o padrinho dessa criança e ponto final. – Sirius falou fazendo birra como uma criança de três anos.

– James deixa, pelo menos a criança vai ter alguém com a mesma idade mental que ele para brincar. – Remo comentou iniciando uma nova rodada de risos.

– Valeu Remo, agora não vou mais contar um segredo para vocês. – Sirius falou continuando emburrado.

– Que segredo seria esse Sirius? – Lily perguntou enquanto servia cerveja amanteigada para ela e Alice e wisk de fogo para o resto de nós.

– Já disse que não vou contar.

– Sirius para de ser melodramático e conta de uma vez ou eu juro que faço você contar. – Eu reclamei, Sirius conseguia tirar qualquer um do sério quando queria.

– Eu vou contar só porque a Nix pediu desse jeito doce dela.

– Vai ver se eu estou em Hogsmeade.

Ele não me respondeu e caminhou até a frente da Marlene onde se ajoelhou.

– Eu não acredito. – James, Remo, Peter e eu gritamos ao mesmo tempo cuspindo nossas bebidas fora. – Ele só pode estar brincando.

Seus olhos cinza se viraram para nós piscando marotamente enquanto ele tirava uma caixinha do bolso.

– Marlene Mackinnon quer casar comigo?

Todos os outros que estavam bebendo alguma coisa tiveram a mesma reação que nós e cuspiram a bebida fora, enquanto nós quatro ainda não podíamos acreditar que era verdade assim como a Marlene, afinal vamos combinar quais eram as chances de Sirius Black, vulgo o maior cachorro de todos os tempos, estar propondo casamento para alguém?

– Isso é sério? Sirius Black eu juro que se você estiver brincando comigo eu mesma te castro seu cachorro pulguento.

– O que todos vocês pensam ao meu respeito me magoa profundamente. – Ele falou fingindo estar magoado.

– Meu Merlin ele está falando sério mesmo. – Ela falou se jogando em cima dele antes que Sirius acabasse mudando de ideia. – Sim.

– Por todas as roupas sujas de Merlin e Morgana, eu achei que jamais viveria para ver o dia em que alguém colocaria a coleira definitiva em Sirius Black. – Eu falei ainda em estado de choque. – Posso morrer em paz agora.

– E depois você ainda fala que eu sou dramático.

– Você é Sirius. – Todos nós retrucamos ao mesmo tempo criando uma nova onda de risos.

Eu não queria ter percebido depois que essa fora a última vez em que estivemos todos juntos e gostaria de nunca ter descoberto que já nesse encontro que tinha a cara dos velhos tempos nós não éramos mais os mesmos de Hogwarts, a guerra mudou a todos nós de uma maneira que eu jamais acreditara ser possível.


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