A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 32
Lua de cobra




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Remo, Sirius e eu voltamos para casa já que teríamos que sair em missão para a Ordem na manhã seguinte.

- Ainda não consigo acreditar que o James se casou.

- Ele ama a Lily mais do que qualquer coisa e quer prendê-la a ele de todas as maneiras possíveis, acho que se não fosse por esse motivo ele teria continuado solteiro pelo resto da vida. – Comentei embora eu também achasse o fato estranho.

Como eu não tinha nada para fazer e não estava com o menor sono me joguei em um dos sofás para terminar de ler um livro, Remo se jogou no outro com o Profeta Diário nas mãos [Eu não sei como ele ainda consegue ler esse jornal.] e o Sirius estava preparando algo para comer na cozinha, já que pelo que reparei, ele não havia comido nada durante o casamento, ou seja, tudo estava na maior paz até que um cervo prateado surgiu no meio da sala, o patrono por James por definição não significava um bom sinal, na escola costumávamos usá-lo para alertar aos outros que algum professor estava vindo, mas justamente hoje queria dizer que alguma coisa tinha dado muito errado. Minhas suposições se tornaram corretas quando alguns segundos depois as palavras chave foram pronunciadas.

- Ataque. Comensais. Reforço. Agora.

Nós trocamos olhares rápidos e aparatamos imediatamente, para que aqueles dois cabeças duas estivessem nos pedindo ajudas as coisas tinham que ser realmente sérias. Teoria que foi novamente comprovada quando chegamos no terreno do chalé que eles haviam alugado para passarem a lua de mel e nos deparamos com um mar de seres encapuzados.

- Merlin vai precisar se explicar muito quanto à sorte que nos deu quando nós morrermos. – Comentei para ninguém em particular.

- Está vendo o James e a Lily? – Sirius perguntou esticando o pescoço na tentativa de enxergar melhor, só para constar os comensais ainda não tinham reparado que estávamos ali.

- Não, mas acho que vamos precisar passar por esses caras para achá-los. – Remo avisou.

- O que estamos esperando? – Sirius e eu perguntamos ao mesmo tempo e começamos a disparar feitiço atrás de feitiço.

Os primeiros comensais caíram sem nem ao menos saber o que os havia atingido e se tivéssemos um pouco de sorte os outros demorariam a perceber o que estava acontecendo, mas como já comentei em mais de uma ocasião não somos as pessoas mais sortudas desse planeta. Para resumir em menos de cinco minutos cada um de nós duelava com quase cinco comensais, demoramos, mas em fim conseguimos passar por esse obstáculo e chegar até Lily e James que lutavam com ninguém menos do que Lord Voldemort em pessoa.

- Aproveitando a lua de mel? – Sirius gritou, feliz por nossos amigos ainda estarem vivos.

- Você nem imagina o quão divertida ela está. – James gritou irônico enquanto desviava de uma maldição lançada por Voldemort. – Achei que tinha sido bem claro quando disse para virem rápido.

- Viemos o mais rápido que pudemos, mas havia um engarrafamento no caminho. – Retruquei.

E só para reforçar nós não estamos mais loucos do que de costume, porque convenhamos nós já somos um pouco, mas eu quero deixar bem claro que sabíamos do perigo que a situação demandava embora nós fiquemos mais sarcásticos e inconsequentes diante de tal situação.

- Acho que está na hora de darmos o fora daqui. – Remo comentou depois que quase fomos atingidos.

- Não da para aparatar, acredite nós já tentamos. – Lily sussurrou quando paramos ao lado deles.

- Aqui pode ser, mas nem mesmo Voldemort tem magia suficiente para bloquear a aparatação em uma área tão grande. – Eu sussurrei de volta. – Nós chegamos a três metros de onde estamos agora, se conseguirmos voltar poderemos aparatar de lá.

- E o que estamos esperando?

- O momento certo, Pontas, esperaremos pelo momento certo.

Continuamos a duelar com Voldemort nos afastando cada vez mais dele, mas para a nossa infelicidade ele não é burro e percebeu o que estávamos tentando fazer.

- Eu estou ficando cansado dos joguinhos de vocês, porque não vem aqui me enfrentar se são tão corajosos.

- Estamos muito bem aqui, obrigado. – Sirius gritou de volta.

Os olhos de Voldemort adquiriram um brilho perigoso e eu soube que ele estava realmente perdendo a paciência conosco.

- Hei Cara de Cobra se quer tanto assim acabar conosco por que não começa comigo? – Falei dando um passo a frente e parando de uma maneira que julguei parecer protetora na frente dos meus amigos. “Esperem o meu sinal” enviei telepaticamente para os rapazes.

- Saia da frente, você não precisa morrer só quero aqueles que me desafiaram e tiveram a audácia de escaparem.

- Pelo que eu me lembro eu estava lá bem ao lado dele. – Falei apontando na direção de James. – Por que então não acaba comigo?

- Quer tanto assim morrer, Liandan?

- Não, mas se isso for salvar os meus amigos eu realmente não me importo e só para constar o nome é Ravena.

- Você pode ser grande menina basta apenas se juntar ao lado vencedor, ao meu lado. Não desperdice sua vida em vão.

- Claro, por que não? Você ameaçou a vida dos meus amigos, de pessoas inocentes e conseguiu acabar com a vida dos meus pais. Onde eu assino? – Terminei sarcástica. “Comecem a andar bem devagar.”

“E como você vai sair?” O pensamento do Remo chegou até mim.

“Eu penso nisso depois.”

- Não seja tola, eu não matei os seus pais eu sou...

- Pode parar com o seu momento revelação você não é o meu pai é apenas a pessoa que me gerou, infelizmente, mas você matou Mirach Prewet e há dois anos matou os meus pais John e Rilary Wikiman. Acho que não preciso ser mais clara quanto ao lado em que estou a não ser que você prefira que eu desenhe.

- Você é tão tola quanto a sua mãe, ela poderia ter sido grande se não tivesse ousado me desafiar e agora você terá o mesmo destino que ela.

- Uma coisa que você precisa saber antes de me matar. – Falei quando vi que ele levantava a varinha. – Posso ser parecida com Mirach Prewet, mas sou diferente dela em duas coisas, a primeira que não sou apaixonada por você, na verdade eu o odeio. – “Preparem-se” Alertei mentalmente. – A segunda é que possuo uma coisa que ela jamais possuiu.

Meus olhos se desviaram para o céu onde vi uma lua crescente brilhando, não seria preciso muito para fazer o que eu queria ou ao menos era o que eu esperava desde que começara a conversa eu estava capturando os raios da lua e os concentrando em minha mão que agora estava posicionada na direção de Voldemort. Então voltei meu olhar para ele e com um sorrisinho no rosto atirei uma corrente de pura prata que o atingiu em cheio o fazendo voar pelo gramado e preferi não esperar para ver o que aconteceria depois.

- Corram. – Gritei.

E foi o que fizemos corremos até não podermos mais e logo chegamos no campo aonde muitos comensais começavam a se levantar confusos, ignoramos a todos eles, demos nossas mãos e aparatamos para a segurança da casa de James e Lily em Godric's Hollow

- Obrigado por nos tirarem dessa. – James comentou depois de ficarmos sentados em silêncio por um tempo na sala dele.

- Amigos são para isso Pontas, mas o que eu realmente quero saber é o que exatamente aconteceu? – Sirius perguntou.

- Nós saimos da festa e aparatamos no chalé, tinhamos acabado de entrar no quarto quando ouvimos um barulho do lado de fora e fomos ver o que estava acontecendo. – James explicou e só agora me dei conta que eles continuavam com a roupa do casamento. – Quando chegamos nos deparamos com alguns comensais e começamos a lutar com eles, mas eles eram muitos então decidimos aparatar só que não conseguimos.

- Então James mandou o patrono para vocês e do nada Voldemort apareceu e mandou os comensais recuarem porque nós eramos dele, o resto da história vocês já conhecem. – Lily completou a narrativa.

- Nós já sabiamos que eles estavam perceguindo os membros da Ordem e deveriamos ter imaginado que seriamos mais visados porque conseguimos escapar uma vez. – Falei enterrando meu rosto em minhas mãos. – Eu só piorei as coisas hoje quando o desafiei, me desculpem por nos colocar em maior perigo.

- Você nos salvou e por mais que eu odei admitir fez isso de novo, provavelmente não teriamos saido de lá sem você Nix.

- É você colocou o cara de cobra para correr e nos tirou de lá, não dava para fazer mais do que isso, Liandan Riddle.

- Sirius Black me chame assim novamente e Voldemort vai ter que entrar na fila para matar você.

- É bom ter você de volta da depressão, mas tem uma coisa que está me preocupando nessa história toda. – Remo falou e percebi o medo em sua voz. – Como os comensais e Voldemort sabiam onde vocês estavam se apenas os membros da Ordem e os pais de ambos sabiam onde vocês passariam a lua de mel?

Nós cinco nos entre olhamos, não era preciso ser nenhum gênio para entender qual era o medo do Remo e somente um tolo desconsideraria aquelas palavras tão verdadeiras. A Ordem da Fênix não era tão segura quanto pensavamos, havia um traidor entre nós.


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