A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 29
A verdade sobre o meu passado




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Quando o feriado de Natal chegou, eu e os meninos fomos para a casa do James, coisa que nos últimos anos vinha se tornando um habito, mas achei melhor deixar que o dia do Natal propriamente dito passasse antes de começar minha busca por respostas e que dia melhor para começar do que o dia do meu aniversário.

Por esse motivo acordei cedo no dia 27 de dezembro, para ser sincera eu não consigo me lembrar se realmente consegui dormir durante a noite, e peguei pela primeira vez o pergaminho que viera juntamente com a carta dos meus pais, se eu queria mesmo as respostas esse pergaminho era o único meio de eu obtê-las. Vesti uma calça jeans e uma blusa branca, coloquei uma jaqueta de couro preta por cima e deixei que meus cabelos descessem lisos e soltos pelas minhas costas.

- Quer mesmo fazer isso? – James perguntou assim que me viu sentada no sofá esperando por eles. – Ainda tem tempo de desistir.

- Eu preciso saber, preciso conhecer quem eu sou e da onde venho, como dizem por aí o futuro se ergue sobre as bases do passado e como vocês bem sabem o meu sempre esteve incompleto. – Eu falei determinada. – Mas vou entender se vocês não quiserem ir comigo.

- Ravena não vai estar sozinha nessa, por mais que tente se livra de nós, estaremos ao seu lado para o que der e vir da mesma forma que sempre esteve ao nosso. – Sirius falou sorrindo enquanto segurava a minha mão. – Quando você quiser.

Eu abri o pergaminho e memorizando o conteúdo aparatei levando os meus amigos junto comigo. Quando paramos pude ver uma rua cheia de casas trouxas que só poderiam ser diferenciadas pelas cores, a que procurávamos era pintada de verde e estávamos parados bem na frente dela.

No jardim duas meninas de cabelos castanhos, aparentavam ter uns dez anos, brincavam no balanço e um menino muito parecido com as duas, por acaso parecia ser apenas alguns anos mais novo do que eu, estava sentado na varanda lendo uma revista de carros. Eu dei um passo à frente e imediatamente os olhos dos três se prenderam em nós e me espantou o fato de nenhum deles ser sequer ligeiramente parecidos comigo.

- O que querem aqui? – O garoto perguntou se levantando do banco e devo comentar que não foi muito gentil.

- É a casa dos Sapecto? – Remo perguntou por mim percebendo que eu havia perdido temporariamente a minha capacidade de fala.

- Sim, por quê?

- Queremos falar com... – Sirius esticou o pescoço para olhar por cima do meu ombro e poder ler os nomes que estavam escritos no pergaminho. – Alexandra ou George Sapecto.

- Igor o que está acontecendo aqui? – Uma mulher perguntou saindo da casa, ela usava os cabelos castanhos escuros, como os das crianças, preso em um coque.

- Não sei, mas eles dizem que querem falar com você ou com o papai.

- Sou James Potter e estes são Sirius Black, Remo Lupin e Peter Pettigrew, nós viemos aqui por causa da nossa amiga...

- Ravena Ciaran Wikiman. – Falei completando a fala do James que apontava para mim. – Embora que tenham me conhecido pelo nome de Líbia.

O rosto da mulher não chegou a formar um sorriso, mas pelo menos não parecia mais tão agressivo quanto antes, os filhos dela, meus irmãos, [É estranho dizer isso] por outro lado continuavam me encarando sem entender nada.

- Eu achei que nunca viria até aqui.

- Eu também achava isso, mas tenho perguntas que só você pode responder.

- Eu entendendo, entrem, por favor. – Ela falou indicando a porta e se virando para as crianças acrescentou. – Não quero que me interrompam.

Nós a seguimos até uma aconchegante sala de estar e nos dividimos para podermos sentar nos sofás e nas poltronas.

- Posso lhes oferecer um chá ou alguma outra coisa?

- Não obrigada. – Respondi rapidamente antes que meus amigos falassem alguma besteira, como era do estilo deles.

- O que quer saber?

- Por que não me quiseram? – Eu conhecia a muito tempo a resposta para essa pergunta, meus pais haviam me contado varias vezes, mas de certa forma eu precisava ouvir dela.

- Você fazia coisas estranhas Líbia...

- Se não se importa, prefiro que me chame de Ravena.

- Certo, me desculpe Ravena, mas como eu dizia você fazia coisas que mais nenhum bebê faria, nós queríamos ficar com você principalmente depois de eu ter perdido o meu bebê, mas as coisas que você fazia nos assustavam muito. – Ela começou a explicar e tenho que admitir que fiquei ainda mais confusa, mas decidi deixá-la continuar antes de vir com mais perguntas. – Não sabíamos como poderíamos criar uma criança como você e estávamos prestes a lhe entregar de volta para a adoção quando os Wikiman intervieram. Eles disseram que queriam ficar com você e passamos a sua guarda para eles. Não vimos mais nenhum de vocês atrás quando eles apareceram dizendo que você queria nos conhecer.

- Espera eu entendi errado ou eu realmente não sou filha biológica de vocês?

- Não, não entendeu errado, eu havia perdido o meu bebê e na manhã seguinte a encontramos na nossa porta, por isso a levamos até o juizado onde conseguimos a sua guarda provisória e depois lhe passamos para os Wikiman alegando que eu não tinha condições no momento de cuidar de uma criança porque ainda estava muito abalada pela perda do meu bebê.

- Ravena, você acha que Voldemort talvez tenha alguma relação com você?

- James eu não sei mais o que eu acho, meus pais e vocês estavam certos, eu devia ter deixado tudo isso enterrado.

- Qual é Nix, você nunca teria paz de espírito enquanto não tirasse essa história a limpo, seus pais sabiam disso e nós também. – Remo falou me abraçando, eu tinha de admitir que realmente estava mal, ser abandonada duas vezes era algo que nem em meus piores pesadelos eu poderia ter imaginado.

- Eu só não entendi porque os seus pais fizeram você crer que era filha biológica dos Sapecto. – Sirius falou e percebi que essa duvida também havia invadido minha mente embora tivesse conseguido afastá-la até o momento.

- Eles não sabiam, apenas meu marido, eu e a assistente social a quem recorremos conhecia a verdade sobre você, para todas as outras pessoas você era realmente a nossa filha. – Os olhos castanhos de Alexandra não se despregavam de mim enquanto falava, e admito que por um momento havia esquecido sua presença na sala. – Eu sinto muito se a fizemos sofrer, mas não estávamos preparados.

- Você não tem do que se desculpar, o destino não quis que vocês me criassem e agora eu entendo isso, talvez tenha sido melhor assim, para todos nós. Obrigada pelo seu tempo.

- Eu queria poder lhe dizer mais.

- Acredite já foi o bastante para mim.

Nós começamos a nos levantar para irmos embora quando ela se levantou rapidamente, em seu rosto havia uma expressão que não consegui desvendar.

- Havia uma carta.

- Como? – Perguntei confusa.

- Havia uma carta junto à você quando a encontramos, nós nunca a lemos porque estava endereçada a você e esqueci da existência dela por isso não a entregamos para os seus pais.

- Como você consegue? – Peter perguntou assim que ela deixou a sala.

-Como eu consigo o quê?

- Não se importar, continuar indiferente mesmo quando tudo no qual você acreditava começa a desmoronar.

- Vocês acham mesmo que eu não me importo? – Perguntei e pelos olhos deles descobri o quão boa em esconder meus sentimentos eu era. – Estão enganados, é claro que eu me importo e que tudo isso me magoa, mas vocês sabem muito bem que eu nunca fui o tipo de garota que chora pelos cantos, quando menor eu fiz a besteira de deixar a tristeza me dominar e cometi o mesmo erro após a morte dos meus pais, entretanto eu costumo aprender com os meus erros. Eu pedi para ouvir essas respostas e não vou me arrepender ou parar agora, eu vou tirar essa história a limpo. Remo estava certo eu não consigo esquecer.

- De qualquer maneira eu sei como é ter as pessoas não ligando para mim, mas ser abandonado? Não consigo imaginar isso.

- Acredite Peter, eu já passei pela fase em que acreditava ser tão detestável que ninguém me queria, para sorte de vocês isso aconteceu antes que nos conhecêssemos, mas percebi que fica menos pior na segunda vez. – Comentei me permitindo um sorriso para que eles vissem que eu estava bem, ok isso não era 100% verdade, mas eu sabia que mais uma vez só precisava de um tempo para que as feridas se fechassem e eu pudesse seguir em frente.

- Aqui está. – Ela falou me entregando um envelope amarelado pelo tempo assim que retornou para a sala.

Eu peguei o envelope e soube imediatamente que viera de um bruxo porque a carta fora escrita por uma pena, parece que no fim das contas eu não era uma sangue ruim.

Minha querida,

Sei que nunca ira entender ou ao menos me perdoar por tê-la deixado, mas fiz isso pensando no seu bem, onde quer que esteja está mais segura do que junto a minha família ou ao seu pai. A última coisa que eu queria era te deixar, mas circunstancias extremas me levaram a isso, não é permitido lhe criar no lugar em que hoje me encontro, mas lembre-se que sempre irei lhe proteger, minha pequena estrela, minha menininha.

Uma estrela a brilha no céu diz seus sonhos vou realizar e serás feliz. A criança a brilhar no chão tem uma rara luz dos céus vem o seu poder e vou lhe proteger.

Espero que isso seja suficiente para que se lembre da velha canção de ninar e do quanto eu te amava. Adeus minha doce menina.

M. P. R.

- Rave, essa não é a...

- Sim Remo é a canção de ninar da qual eu me lembro.

- Do que vocês dois estão falando?

- Eu explico mais tarde, Sirius, mas agora temos que ir antes que matemos a senhora Potter do coração.

Os meninos riram mesmo sabendo que essa era a verdade e deixei que eles fossem na frente para que eu pudesse me despedir de Alexandra.

- Fico feliz que tenha conseguido a sua família. – Disse para ela.

- Digo o mesmo para você.

- Não iremos mais aparecer, não quero colocá-la em perigo, quem sabem daqui a alguns anos nossos caminhos voltem a se cruzar.

- Espero que sim, Ravena. – Ela me abraçou e com isso nos despedimos, eles eram boas pessoas e mereciam filhos que trouxessem menos problemas.

- O que vai fazer agora? – James perguntou quando chegamos a sua casa.

- Vou conversar com Dumbledore quando voltarmos para Hogwarts, ele é minha última cartada e podemos aproveitar para convencê-lo a nos deixar entrar na Ordem.

- Essa eu não perco por nada. – Sirius comentou rindo e me limitei a revirar os olhos.

...........................

O resto do feriado passou normal, ao menos o quão normal pode ser um período de guerra, nós sabíamos muito bem o que acontecia lá fora apesar do Profeta Diário suprimir informações bem como os adultos. Eu sabia que eles faziam isso para o nosso bem, mas será que é tão difícil perceber quem em breve seriamos nós a enfrentar esse mundo?

Mas eu tinha meus próprios pensamentos perturbando a minha mente para conseguir pensar no que se passava na cabeça dos adultos, por exemplo, como eu conseguiria um momento para conversar com Dumbledore e o que acabaria descobrindo se conseguisse esse encontro.

- Algum plano? – Remo me perguntou quando chegamos no Salão Principal.

- Vamos comer e tentamos falar com o Tio Dumby quando todos estiverem saindo.

Os meninos concordaram e começamos o nosso jantar, aos poucos os alunos foram se retirando assim como os professores, restando por fim apenas nós e o diretor que nos encarava como se soubesse que queríamos falar com ele, na verdade eu tinha certeza que ele sabia.

- O que posso fazer por vocês cinco? – Dumbledore perguntou enquanto se aproximava de nós.

- Lembra que o senhor me disse que se precisasse conversar sobre qualquer coisa poderia falar com o senhor?

- Sim eu me lembro disso senhorita Wikiman.

- Teria algum tempo?

- Sigam-me. – Ele disse com um sorriso.

Nós o seguimos até o escritório dele e nos acomodamos nas cadeiras em frente a mesa, acho que essa era a primeira vez que íamos até lá sem ser porque fizemos alguma coisa errada.

- Então sobre o que quer falar?

- Dumbledore o senhor conheceu os meus pais e sei que o senhor sabe que não sou filha biológica deles, até alguns dias atrás eu acreditava ser filha de um casal trouxa, mas depois de nosso encontro com Voldemort eu fui procurá-los e descobri que fui deixada na porta da casa deles.

Eu encarei Dumbledore que permaneceu em silêncio, eu podia estar errada, mas para mim isso significava que ele sabia de alguma coisa.

- Eu acredito que o senhor saiba quem é a minha verdadeira mãe e porque ela me deixou.

- Por que acha que eu saberia disso?

- Você quis saber se Voldemort havia dito algo para a Rave naquele dia, por que teria feito isso se não soubesse de nada? – James veio em meu socorro.

- Não precisa nos contar tudo, só nos diga quem é M. P. R. – Sirius falou rapidamente.

- Como vocês sabem disso? – Ele perguntou parecendo ligeiramente preocupado.

Eu retirei a carta do meu bolso e entreguei para ele, enquanto Dumbledore lia o conteúdo da mesma contei como a havíamos conseguido.

- Muito bem acho que já é hora de vocês saberem, M. P. R. quer dizer Mirach Prewet Riddle, sua mãe, como imagino que já tenha presumido.

- Nix, Mirach não é o nome daquela estrela que você gosta?

- É Sirius, parece que meu subconsciente sempre conheceu a verdade presente no meu passado. – Eu respondi, não era segredo para nenhum deles minha paixão pelas estrelas principalmente sobre a já mencionada, mas admito que nem eu estava esperando por essa ligação.

- Sua mãe era uma aluna brilhante, com certeza uma das melhores alunas da Sonserina e de Hogwarts, mas ela sempre teve um forte concorrente no seu pai. Todos sabiam que eles estavam juntos, mas depois de Hogwarts ninguém mais ouvia falar dele enquanto ela se tornava uma pessoa cada vez mais influente no Ministério, chegava-se a pensar que ela seria a primeira mulher a assumir o cargo de primeira ministra e acredito que isso teria se tornado verdade se ela não tivesse morrido antes. O que quase ninguém sabe é Mirach havia se casado com o seu pai.

- Eu tenho até medo de perguntar, mas quem é o meu pai Dumbledore?

- Seu nome era Tom Riddle embora atualmente ele seja conhecido pelo nome de Lord Voldemort.

- ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA! – Eu gritei, com tantas pessoas para serem o meu pai, por que justamente ele? Em Merlin, por quê?

- Eu entendo que isso seja difícil Ravena, mas...

- Ele matou a minha mãe, não foi?

- Eu temo que sim, entenda que sua mãe era apaixonada por ele e se tornou cega aos seus atos por muitos anos, mas depois que você nasceu ela percebeu quem seu pai realmente era e o enfrentou, infelizmente a única coisa que conseguiu com isso foi a sua própria morte. Mas Mirach era esperta, ela sabia desde o começo que isso poderia acontecer e armou com o elfo doméstico para ele a tirasse da casa e a levasse para algum lugar seguro. Ele a levou até os Sapecto, embora eu jamais tenha compreendido o motivo, e depois veio até mim para me entregar uma carta dela, onde Mirach me contou tudo que acabei de repartir com vocês.

- Como ele pode matá-la? – Remo perguntou em estado de choque, mas posso garantir que não era maior do que o meu.

- Vocês cinco devem entender que Voldemort não sabe o que é o amor, creio que ele tenha se aproximado de sua mãe devido a influencia da família dela e nada mais.

- Voldemort me chamou de Liandan e disse que meus olhos eram uma curiosa variação dos da minha mãe.

- Seu nome era Liandan e sua mãe possuía os olhos cinza.

- Isso é inacreditável, eu nem sei mais quem eu sou. Por acaso seria Liandan Riddle, alguém que é filha do próprio demônio? Líbia Sapecto, a garotinha sempre esquisita e assustadora? Ravena Ciaran Wikiman, que cresceu com pais amáveis e uma sombra negra sobre o passado? Ou seria eu uma mistura de todas essas três, algo como Liandan Líbia Ravena Ciaran Riddle Sapecto Wikiman? – Eu explodi, durante toda a minha vida lutara para descobrir quem eu realmente era, mas agora eu descobrira tudo era ainda mais complicado do que eu sempre acreditara, afinal três faces eram de mais para qualquer pessoa principalmente se levarmos em conta quais eram essas minhas três faces.

- Nix.

- O quê?

- Essa é quem você é de verdade, Nix, a nossa Nix. – Remo falou correndo para me abraçar.

- A garota mais corajosa, maluca, leal, sagas, sarcástica, um pouco violenta, e marota que eu já conheci. Só não falo linda porque se não a Lily me esfola vivo. – James falou também me abraçando e fui capaz de abrir um sorriso.

- Quantas vezes eu te disse que seus olhos eram azuis acinzentados? Você precisa aprender a me escutar mais vezes Nix. – Sirius gritou se jogando por cima de nós e não resistindo comecei a gargalhar realmente era impossível permanecer triste quando seus amigos são os marotos.

- Eu não sei o que seria de mim sem vocês.

- Eu não sei o que seria da gente sem você para nos tirar das furadas. – Remo retrucou.

- E para colocar a gente nelas também. – James acrescentou e dei um soco de leve no ombro dele.

- Vocês querem parar com toda essa frescura, já estou começando a ficar enjoado. – O cachorro do Sirius falou.

- Mas é verdade, vocês me ensinaram que não importa o quão seria seja a situação que a vida exija de nós basta termos um amigo brincalhão ao lado para que tudo volte ao normal e vocês valem por mais de mil.

- Profunda essa, em?

- Fazer o que eu tenho os meus momentos.

- É isso que Voldemort não compreende, que o amor e a amizade sejam magias muito mais poderosas do que qualquer coisa que ele possua. – Dumbledore falou nos despertando para a realidade.

- Por falar nisso, sabe que nada vai nos impedir de lutar e realmente gostaríamos que nos deixassem fazer parte da Ordem da Fênix. – James falou aproveitando a primeira oportunidade real que tínhamos para convencer Dumbledore.

- Como vocês sabem sobre a Ordem.

- Digamos apenas que temos os nossos meios. – Sirius falou com um sorriso maroto enquanto piscava para nós que sabíamos muito bem que os meios nada mais eram do que a capa do James.

- Vocês são muito jovens.

- Não somos jovens de mais para ele tentar nos matar, coisa que alias devo lembra que ele não conseguiu, nós somos o futuro e o senhor sabe muito bem que essa guerra é tão nossa quanto sua. – Eu falei confiante, tudo que eu mais queria agora era acabar com Voldemort.

- O senhor sabe do que somos capazes, sabe que podemos ajudar, por favor, tio Dumby pense a respeito. – Sirius falou e não deixei de notar que nosso diretor não pareceu ter se importado com o apelido.

- Posso tentar, mas existe muito mais na Ordem do que apenas a minha voz.

- Um talvez é sempre melhor do que um não. – Remo comentou filosoficamente.

- Imagino que queiram que as senhoritas Evans, Mackingdon, Greent e o senhor Longbotton também consigam entrar.

Nós nos entreolhamos, a verdade era que assim como os nossos pais queriam fazer conosco não queríamos colocar nenhum deles em perigo, mas nesse ponto eles eram como nós e seriamos marotos mortos se disséssemos não por esse motivo concordamos.

- Prometo a vocês que farei todo o possível para colocá-los lá dentro e Ravena, você é uma mulher forte e poderosa, não deixe que o seu passado te derrube agora.

Eu dei um breve aceno com a cabeça e nos retiramos de lá, mas só quando já estávamos a alguns corredores de distancia que tomei coragem para comentar.

- Sabem o que é engraçado? Meus pais não sabiam sobre a minha real origem, mas tiveram a mesma ideia que os meus pais biológicos ao fazerem trocadilhos sobre os meus nomes. Porque Liandan quer dizer dama da noite.

- Você e essa sua mania pelos significados dos nomes. – Sirius murmurou.

- Mas tenho que admitir que é engraçado que seus nomes sempre tenham alguma relação com quem você realmente é. – James comentou.

- Nem todos. – Lembre a ele me referindo obviamente a Líbia.

O que nenhum de nós sabia naquela época e que jamais poderíamos ter imaginado, uma coisa que eu só vim a descobrir depois que já não pertencia ao mundo dos vivos, era que com tantos lugares para a minha mãe descobrir sobre a gravidez isso acontecera durante uma viajem com o Primeiro Ministro e adivinhem onde eles estavam? Exatamente na Líbia.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que para as pessoas que haviam lido a minha outra fic essa não foi uma surpresa tão grande, mas espero que tenham gostado mesmo assim. Para os leitores que acompanham apenas essa minha outra fic fala sobre a história dos pais verdadeiros da Ravena, então se quiserem dar uma olhada esse é o link: http://fanfiction.com.br/historia/284861/Beauty_And_The_Beast