A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 27
Acampamento maroto




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- Para onde vocês vão? – A senhora Potter nos perguntou.

- Bem como você não nos deixou desistir desse acampamento nós vamos para uma floresta no interior onde a Rave acampou com os pais uma vez. – James resmungou a resposta enquanto conferia a mochila.

- É claro que eu não deixaria vocês desistirem, falam desse acampamento desde o primeiro ano de vocês.

- Mas isso era antes de tudo virar de cabeça para baixo. – Eu argumentei.

- Tolice, vocês tem que aproveitar enquanto ainda tem tempo.

Nós permanecemos calados, afinal quando a senhora Potter colocava uma ideia na cabeça não havia que conseguisse fazê-la mudar de ideia sério ela conseguia ser mais teimosa que o James e o Sirius juntos o que não é nem um pouco fácil, mas acho melhor eu explicar toda essa história. Quando nós éramos menores sonhávamos em irmos acampar nas férias antes de nosso sétimo ano porque todos nós já teríamos feito dezessete anos e poderíamos fazer magia e também saberíamos aparatar, um sonho meio idiota, mas mesmo assim nós achávamos que seria um máximo. Então veio Voldemort e tudo mudou, acampar não fazia mais parte dos planos de nenhum de nós, tudo o que queríamos era proteger aqueles que amamos e arranjar um jeito de lutar contra aquele cara de cobra. No último dia de aula acabamos escutando Dumbledore conversando com a Mcgonagall sobre uma tal de Ordem da Fênix, mas ainda não conseguimos bolar um jeito deles nos deixarem entrar.

Nossas prioridades haviam mudado, nós havíamos mudado e a culpada fora essa maldita guerra, mas a senhora Potter ainda acredita que conseguira nos manter em segurança se nos tirar da cidade, nenhum de nós acredita realmente nisso, mas acabamos cedendo para que ela pudesse ficar mais tranquila.

- Só estamos esperando a Lily e a Marlene chegarem para podermos ir. – Sirius explicou ao ver o famoso olhar de “por que ainda estão aqui?”.

Claro que quando inicialmente imaginamos esse acampamento apenas nós cinco iríamos, mas como já comentei nós mudamos e é impossível deixar as meninas de fora dessa principalmente agora que o James conheceu oficialmente os pais da Lily, nesse dia pela a primeira e provavelmente última vez o Frank se permitiu uma vingança. Mas como se apenas esperassem um chamado assim que o Sirius falou sobre elas as chamas da lareira ficaram verdes e quatro pessoas saíram de lá de dentro, a principio imaginei que fosse a irmã trouxa da Lily, que mesmo a odiando decidira vir, mas logo reconheci os cabelos pretos de Alice e Frank.

 - Pensei que vocês não viessem. – Remo comentou com o casal.

- Mudança de planos de última hora. – Frank explicou. – Tem problema?

- Claro que não. – Nos apressamos em dizer para dizer a verdade quanto mais gente mais segura seria essa viajem.

- Divirtam-se crianças e juízo. – A senhora Potter comentou fazendo os três casais corarem.

- Você nos guia Nix. – James falou rapidamente enquanto segurava a minha mão provavelmente em uma tentativa de impedir a mãe dele de falar mais alguma coisa constrangedora.

Nós fizemos um tipo de circulo e eu aparatei levando todo mundo junto, quando voltei a abrir meus olhos estávamos no meio de uma clareira na floresta e próximo a ela passava um riacho, continuava exatamente como eu me lembrava dos acampamentos com os meus pais antes de entrar em Hogwarts.

- Temos trabalho a fazer. – Lily falou depois de examinar o local.

Nós armamos a barraca que continuava igual a quando a utilizamos na Copa Mundial de Quadribol , bem exceto pelo fato haver mais uma cama além dos quatro beliches que já havíamos usado, posso estar enganada, mas me parecia que todos os adultos estavam combinados de nos mandar para fora da cidade levando em conta o quanto estavam preparados para acomodar até mesmo aqueles que nós nem sabíamos que viriam, mas voltando a história original, nós terminamos de desempacotar a comida que seria suficiente para quase um mês.

- Quem vai cozinhar? – Alice perguntou depois que finalmente conseguimos arrumar tudo.

- Pensei que esse fosse trabalho de meninas. – Sirius falou se jogando no sofá como se fosse o dono do local.

- Machismo é fogo! – Comentei enquanto conjurava uma almofada e a tacava na cara do meu amigo.

- Nix, você tem que parar com esse péssimo hábito de jogar almofadas nas pessoas. – Sirius resmungou depois de tirar a almofada do rosto.

- Por que parar com algo que funciona tão bem? E alem do mais eu só queria lhe juntar com os seus parentes Almofadinhas.

- Acho que temos sido uma má influencia para ela. – James murmurou enquanto o resto do pessoal apenas ria.

- Eu tento dizer isso para vocês desde o primeiro ano. – Lily respondeu rindo enquanto eu me limitava a revirar os olhos.

- Que nada, a Ravena é assim desde muito antes de nos conhecer, agora que o James está te levando para o mau caminho ninguém pode negar. – Remo comentou como quem não quer nada.

- Apoiado, para uma monitora nerd, santinha e toda certinha você e esse seu maroto até que estão bem assanhadinhos. – Marlene comentou fazendo o rosto da Lily ficar com mesma cor que os cabelos dela.

Com essa imagem todos nós recomeçamos a rir e no fim das contas acabou que todos nós fomos ajudar nos preparativos do almoço que por algum milagre da natureza não terminou em desastre. [Na verdade quase que o Sirius colocou fogo na tenda enquanto tentava acender o fogão] Depois que estávamos devidamente abastecidos decidimos jogar alguns jogos de tabuleiro trouxas como, por exemplo, banco imobiliário, foi simplesmente a coisa mais divertida e estranha que eu já vi, sério vocês precisavam ver o James e o Sirius brigando para ver que iria comprar a London eye.

Depois que anoiteceu nós acendemos uma fogueira onde assamos marshmallow e pretendíamos contar histórias de terror, mas Sirius e Marlene começaram com os seus amaços antes que tivéssemos a chance de começar as histórias.

- Vão para um quarto. – Peter reclamou.

- Com prazer. – Ele respondeu com um sorriso maroto e puxou a Marlene junto com ele.

- Não! – Todos nós gritamos ao mesmo tempo, mas já era tarde, infelizmente havíamos nos esquecido do pequeno detalhe de só haver um quarto para todo mundo.

- Mas que droga Peter, tinha mesmo que dar essa ideia para aqueles dois tarados? – Alice reclamou.

- Parece que vamos ter que nos virar com a sala. – Lily ponderou.

- Prefiro dormir aqui fora a passar a noite inteira escutando eles fazerem sabe-se Merlin o que. – Eu respondi rapidamente. – Alguém poderia fazer o favor de explicar para o Sirius que eu não quero ser madrinha tão cedo?

- Eu não me importo. – James comentou.

- Não se importa do seu melhor amigo ter um filho com dezessete anos, mas não me deixa sequer sair com um garoto? – Eu perguntei sem conseguir acreditar.

- Não Ravena, não me importo de dormir na sala com os dois lá dentro. – Ele retrucou rapidamente e suspirei aliviada.

- Claro que não iria, Pontas, você e a Lily estariam fazendo tanto barulho que nem ouviriam o Almofadinhas. – Remo argumentou distraidamente, nosso segundo erro na noite.

- Até que você me deu uma boa ideia Aluado, o que me diz meu lírio?

- Por que não? – Lily respondeu apesar de ter corado.

- Remo, está tão ruim quanto o Peter hoje. – Eu reclamei enquanto o casalzinho entrava na barraca.

- Como você queria que eu adivinhasse que Lily Evans fosse topar uma ideia do James, principalmente essa ideia?

- Olha eu acho que a Alice e eu vamos dar uma volta por aí. – Frank comentou como se nenhum de nós soubesse o que eles iriam fazer de verdade.

- Só tomem cuidado e não se esqueçam de se prevenirem. – Eu gritei depois que eles já saiam de mãos dadas.

- Ravena Ciaran Wikiman, cala a sua boca. – Eles berraram ao mesmo tempo e admito que senti um pouquinho de medo.

Sendo assim sobramos apenas nós três, os solteiros do grupo, mas na verdade éramos apenas dois já que mesmo com todo o barulho o Peter acabara dormindo. Eu peguei uma das mantas que havíamos trazido e utilizei para cobri-lo já que a noite estava um pouco fria depois peguei mais algumas e carregadas com elas fui até o tronco de árvore perto da fogueira na qual o Remo estava recostado.

- Posso? – Perguntei enquanto entregava uma das mantas e o Remo chegou para o lado de forma que eu também pudesse me sentar.

Depois que consegui me acomodar passei para o meu passatempo preferido, observar o céu que para minha felicidade estava todo estrelado.

- Você não se cansa de olhar, Nix? – Remo me perguntou depois de um bom tempo de silêncio entre nós que fora quebrado apenas pelos roncos do Peter.

- Eu acho que nunca vou me cansar, a noite me trás paz e calma, sempre foi assim, as vezes me pego imaginando se isso só acontece porque sou filha da lua ou se existe algum outro motivo.

- Me lembro de quando ainda fazíamos Astronomia com você. – Remo comentou rindo, depois do nosso quinto ano eu fora a única que continuara com a matéria. – É incrível como você consegue conhecer todas as estrelas e constelações sem precisar de um mapa, é quase como se elas fizessem parte de você. Sinceramente agradeço todos os dias por isso não sei como algum de nós teria conseguido uma nota boa no NOM dessa matéria se não fosse por você.

- A noite é a hora delas tal como é a minha, podemos dizer que somos primas ou algo assim.

- Com tantas estrelas você tem alguma preferida ou são todas iguais?

- Gosto da constelação de Hercules ele faz a nossa vida parecer fácil até mesmo com Voldemort a solta e como todos vocês sabem tenha uma paixão especial pela estrela Mirach que fica na constelação de Andrômeda.

- É verdade você sempre falava dela para calar a boca do Sirius quando ele começava com o seu momento egocêntrico com a estrela que leva o mesmo nome que ele.

- Mas também o que nós queríamos Aluado, é o Sirius, estranho seria se ele não fizesse isso.

- Nix, mas nunca nos respondeu por que gosta tanto dessa estrela.

- Nunca respondi porque eu também não sei, eu só tenho a sensação de que ela me entende e que por algum motivo é mais importante que as outras embora isso não deva passar de algum sonho loco que tive quando pequena na época em que ainda não conhecia nenhum de vocês e me sentia muito sozinha.

- Ou talvez você tenha uma habilidade até então desconhecida de entender as estrelas, mas pelo menos sabemos que se não conseguir virar Auror já tem um emprego garantido.

- Muito engrado Remo. – Comentei e me virei para encará-lo me deparando com seus olhos castanhos e profundos a apenas alguns centímetros dos meus.

Eu não sei bem quando começou e muito menos como aconteceu, mas de uns tempos para cá eu comecei a sentir algo pelo Remo, algo que era muito diferente do amor de irmão que eu sentia pelo Sirius e pelo James, era quase como se eu estivesse ligeiramente apaixonada o que é claro eu jamais diria porque nossa amizade era mais importante do que qualquer coisa. Só que deitados um perto do outro e sozinhos, bem digamos apenas que meu cérebro não estava funcionando direito e acabei me deixando levar por meus malditos hormônios, por isso quando o Remo começou a se aproximar mais eu não fugi ou resisti, apenas me entreguei ao doce beijo que veio em seguida.

- Não podemos fazer isso. – Falei interrompendo o beijo. – Somos amigos e não quero perder isso.

- Você não gosta de mim desse jeito, não é Nix? – Ele perguntou magoado.

- Eu gosto Remo João Lupin, gosto muito mais do que admito e do que deveria, mas se fizermos isso e algo der errado anos de amizade podem ser perdidos.

- Ravena você melhor do que ninguém sabe que eu não posso e não vou montar uma família por causa daquilo que eu sou, mas por que não podemos tentar? Se não fizermos isso jamais saberemos o que poderia ter acontecido.

- Remo vocês são a única família que me resta não posso correr o risco de perder nenhum de vocês.

- Não vai perder Rave, tem a minha palavra de que se as coisas não derem certo votaremos a ser apenas amigos e esquecemos que qualquer coisa aconteceu.

Eu encarei aqueles olhos castanhos que aparentavam tanto cansaço, mas que eu sabia esconderem um homem corajoso, inteligente e romântico, eu tal como o Remo jamais pensara em construir uma família e muito menos mudei esse pensamento depois que a guerra começou. Eu realmente gostava do Remo mais do que só como amiga, estaria mentindo se dissesse que ele era o amor da minha vida porque eu sabia muito bem que meus sentimentos não eram tão fortes, mas por que não poderíamos arriscar? Afinal nós somos marotos e arriscar é o que fazemos de melhor.

Remo continuava me encarando a espera de uma resposta e acho que colar os meus lábios aos dele foi o bastante para que a mensagem fosse compreendida, nós deitamos mais próximos um do outro, mas como sempre eu não consegui dormir e no silêncio da noite enquanto todos dormiam não pude impedir que uma velha música viesse a minha mente.

- A estrela a brilhar no céu diz seus sonhos vou realizar e serás feliz. A criança a brilhar no chão tem uma rara luz, dos céus vem o seu poder e vou te proteger. – Eu cantarolei baixinho esperando que ela pudesse trazer o meu sono.

- O que é isso?

- Pensei que estivesse dormindo. – Falei na defensiva enquanto virava o rosto para que o Remo não percebesse que eu corava, nunca gostei que as pessoas me escutassem cantando uma vez que não tenho uma voz muito boa para isso.

- Não respondeu a pergunta.

- É só uma velha canção de ninar que a minha mãe cantava quando eu era bebê, às vezes ela me ajuda a pegar no sono mais rápido.

- É bonita.

- É, mas preciso dormir dessa vez quando os outros descobrirem vão querer nos matar.

- Durma Nix e fique tranquila, eles vão entender.

- Eu duvido muito disso.

Eu ainda fiquei rolando nas mantas por algum tempo embora incrivelmente o Remo tenha conseguido manter o braço ao meu redor. Não sei exatamente a que horas consegui dormir, mas sei que acordei com alguém me cutucando e eu tinha certeza de que não era o Remo.

- Querem explicar o que está acontecendo? – Sirius perguntou encarando a nós dois.

- Até alguns segundos atrás eu estava dormindo. – Respondi sarcástica.

- Sabe muito bem que não estamos falando disso, Nix. – James rebateu apontando para nós dois que continuávamos abraçados.

Eu corei levemente, coisa que está acontecendo muito para o meu gosto, mas não desviei o olhar, fazer o que se nunca fujo de nada.

- Vocês sabem muito bem o que aconteceu estavam fazendo bem pior dentro da barraca ontem à noite. – Retruquei.

- Mas vocês são amigos. – Escutei o guincho do Peter em algum lugar atrás de mim.

James e Sirius continuavam a nos encarar em choque, mas eu sabia que eles já haviam percebido que alguma coisa estava acontecendo fazia algum tempo e assim como eu estavam com medo.

- Nada vai mudar, somos a cima de qualquer coisa marotos, amigos para toda a vida, nossa amizade não é um tipo de amor que possa algum dia morrer. É uma promessa.

- Estaremos sempre em primeiro lugar?

- Sim seu cachorro egocêntrico Aluado, Rabicho, Almofadinhas, Pontas e Nix estarão sempre em primeiro lugar em nossos corações.

- Remo João Lupin se magoar a nossa Nix vai passar mais do que uma semana na Ala Hospitalar.

- Depois vamos te visitar e desejar melhoras como bons amigos. – James acrescentou completando a fala do Sirius, fazer o que, esses dois não conseguiam ficar sérios por mais de dez minutos.

- Eu jamais magoaria a Rave, eu já vi o que ela é capaz de fazer como vingança. – Remo brincou e percebi que a cor começava a voltar para o seu rosto.

- Podem me explicar por que a culpa sempre acaba sobrando para mim nessas conversas?

- Só não entendi uma coisa, como é que ninguém percebeu isso antes. – Marlene comentou e ao me virar percebi que o resto da galera estava por trás de nós.

- Marlene querida o nosso Aluado canta a Nix desde o expresso de Hogwarts no primeiro ano, mas a Rave não costumava ligar para esse tipo de coisa. – Sirius comentou risonho.

- Fui obrigada a aprender a não ligar porque certos garotos muitos ciumentos não deixavam que nenhum outro menino além deles falasse comigo.

- Estávamos te preservando para o nosso amigo.

- Me engana que eu gosto James.

- E além do mais Marlene você e a Lily levaram seis anos para perceber o que o Almofadinhas e o Pontas sentiam por vocês duas, não são exatamente as pessoas mais perceptivas do mundo. – Remo comentou o que causou um riso geral. – A propósito obrigado, sem o tempo que ficamos sozinhos porque os outros estavam com vocês eu nunca teria conseguido a Ravena.

- Virei um prêmio agora? – Perguntei, mas como de costume ninguém me respondeu e para ser sincera também não esperava que o fizessem.

Não voltamos para esse assunto depois, afinal também não havia o que discutir. Decidimos então ir até o rio onde começamos a brincar com uma bola, parecia uma mistura de quadribol com futebol americano, o time era de meninas contra meninos e o Peter teoricamente era o nosso juiz embora ele estivesse mais preocupado com a comida do que com o jogo, nós passamos a manhã toda e um pedaço da tarde, com apenas uma pausa para um lanche, nessa brincadeira, mas foi de repente que senti a temperatura baixar e esse frio não tinha nada a ver com o fato de estarmos molhados.

- Quais são as chances de ficar tão frio assim em pleno verão? – Frank perguntou tremendo.

- Não há nenhuma chance, querido. – Alice respondeu carinhosamente.

- São dementadores. – O resto de nós falou ao mesmo tempo e impúnhamos nossas varinhas.

Formamos uma espécie de circulo para proteger todos os lados e impedir que algum de nós fosse atacado pelas costas, não havia nenhum de nós que não estivesse tenso e cá entre nós tínhamos razão porque não foi um dementador que apareceu e sim centenas deles.

- Expectro Patrono. – Gritamos juntos.

Uma fênix, um cachorro, um lobo, um pequeno rato, um cervo, uma corsa, um gato, um coelho e cavalo saíram de nossas varinhas com aquele brilho prateado e protetor. [Eu, Sirius, Remo, Peter, James, Lily, Marlene, Alice e Frank respectivamente]

- O que dementadores estão fazendo aqui? – Peter perguntou com o seu patrono quase se apagando, mas apesar disso estávamos dando conta.

- O que você acha? – Lily rebateu sarcástica de uma maneira que eu nunca havia visto, acho que o pânico faz isso com as pessoas. – Com certeza não vieram cantar ao redor da fogueira.

- Só queria saber como Voldemort está conseguindo controlá-los. – Comentei, aparentemente eles haviam ido embora, espantados pela luz de oito patronos e meio, o que nós deixava relativamente seguros, mas deixamos o feitiço funcionando enquanto voltávamos para o acampamento.

- Não fala o nome dele. – Alice me repreendeu.

- Primeiro, o medo de um nome só aumenta o medo da própria coisa e segundo, esse desgraçado matou os meus pais então vou falar o nome dele.

- Eu sei, mas também não precisa provocar. – Frank tentou acalmar as coisas, mas isso só fez os meninos revirarem os olhos, eles sabiam o que viria a seguir.

- Eu provoco com prazer: Voldemort, Voldemort, Voldemort.

- É uma criança mimada. – Sirius murmurou.

- Olha quem fala, não fui eu que depois de fugir de casa voltei na calada da noite para pichar “Sangues ruins arrebentam!”

- Não acredito que fez isso. – Marlene falou horrorizada.

- Pensei que já conhecesse o cachorro que é o seu namorado. – James comentou.

Eu sei que nesse momento você deve estar pensando que somos completamente loucos, afinal acabamos de ser atacados por centenas de dementadores e estamos brincando como se estivéssemos completamente seguros, mas quero que fique bem claro que não somo idiotas, como já mencionei os patronos estavam ativados enquanto arrumávamos tudo para partir rapidamente, olhos e ouvidos estavam atentes para o menor som estranho, entretanto precisávamos manter o medo afastado se quiséssemos ter uma chance de voltarmos para casa e que modos melhor de fazer isso do que ao jeito maroto?

- Tudo pronto. – Remo anunciou depois de conferir pela segunda vez se não havíamos esquecido nada.

- Acho que no final das contas não era tão seguro quanto todos pensavam. – Peter murmurou quando nos juntamos para aparatar.

- Não há mais lugar seguro na Inglaterra e se ninguém conseguir detê-lo não haverá lugar no mundo onde poderemos ficar a salvo. – Eu falei e minha voz me pareceu agourenta embora essa não fosse a minha intenção.

- Precisamos lutar independente se é perigoso ou não, fazemos partes dessa batalha. – Sirius falou anormalmente sério.

- Não importa o que digam, vamos entrar nessa guerra e vamos ficar juntos. – James completou.

Meu olhar percorreu as oito pessoas que me cercavam, Lily com seus cabelos cor de fogo soltos ao vento e seus olhos verdes brilhando perigosamente; James que bagunçava o cabelo já rebelde e também encarava a todos como se pensasse em um jeito de nos proteger; Alice e Frank estavam abraçados e eu poderia até dizer que estavam com muito medo se não fossem seus olhos me revelando que enfrentariam tudo por aqueles que amam; Sirius encarava o céu como se buscasse uma ideia brilhante para acabar com a guerra; Marlene olhava de Lily para mim preocupada, mas eu sentia toda a raiva que emanava dela; Remo ao meu lado era como uma rocha que poderia aguentar qualquer coisa; e Peter era o único de nós que tinha o medo escrito no rosto, mas mesmo assim continuava conosco. Nesse momento eu soube que a minha lista havia aumentado, eu lutaria para proteger aqueles oito, eu morreria de bom grado para que eles pudessem viver. Voldemort não perdia por esperar, quando entrássemos nessa guerra nós seriamos sua ruína, mal sabia eu o quão certa estava.

- É hora de irmos para casa. – James falou, novamente demos nossas mãos e aparatamos.


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Notas finais do capítulo

Como prometido aí está o romance da Rave, espero que tenham gostado.