A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 22
As coisas pioram ainda mais




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É claro que toda a escola não demorou a descobrir sobre a morte dos meus pais, principalmente porque ela foi noticiada no Profeta Diário, mas até que eu estou bem ou pelo menos quero acreditar que sim. A falta que sinto deles ainda é terrível, mas toda a vez que a tristeza ameaça me derrubar novamente lembro a mim mesma que não adianta passar o resto dos meus dias chorando, que devo levantar a cabeça e seguir em frente, assim como eles diriam para eu fazer se ainda estivessem aqui.

A presença dos meninos também tem me ajudado bastante, para ser sincera não sei se conseguiria sem eles, principalmente no dia do enterro. Ao final deste um cara do ministério leu o testamento dos meus pais onde eles deixavam tudo que tinham para mim e entregavam minha guarda aos Potter coisa da qual me permiti comemorar uma vez que eu não tinha uma família para me acolher.

Era o final de tarde e eu estava indo encontrar com os meninos, mas nada me prepararia para ver o que encontrei quando virei o corredor, encostados em uma parede estavam Amos, meu querido namorado, [Espero que tenham percebido o meu sarcasmos] e uma garota da Lufa-lufa, acho que o nome dela é Catarina Smith ou algo assim, se agarrando como se ninguém pudesse vê-los.

- Muito bonito senhor Diggory, muito bonito. – Falei séria enquanto cruza os meus braços e mantinha um olhar fixo sobre os dois.

- Ravena eu posso explicar. – Ele falou se soltando da garota rapidamente ao perceber que era eu.

- Não, você não pode explicar, se não queria uma namorada séria ou havia se cansado de mim podia ao menos ter terminado nosso namoro decentemente. – Disse de maneira calma e acredito que isso tenha o assustado ainda mais.

- Não é o que está parecendo...

- Poupe seu fôlego essa a desculpa mais furada do século, eu sei muito bem o que eu vi Diggory e não sou do tipo de garota que vai ficar implorando por você. Acabou Diggory. – Falei e dei as costas para ir embora, mas ele segurou o meu braço.

- Ravena, por favor. – Como todos já devem saber a essa altura do campeonato eu não sou uma pessoa delicada e muito menos paciente então acredito que talvez tenha sido até um pouco previsível que eu tenha usado a minha mão livre para lhe dar um soco na cara.

- Não me toque novamente ou sequer volte a falar comigo porque se o fizer eu juro que vai sair com muito mais do que apenas um soco. – Eu falei ameaçadoramente e ele me soltou de imediato. – Ainda bem que estamos nos entendendo.

Sai dali em passos firme na direção do pátio onde eu encontraria com os rapazes, entretanto, a minha raiva era claramente visíveis para aqueles que me conheciam principalmente para os quatro rapazes que estavam a minha frente.

- O que aconteceu? – Sirius perguntou distraído.

- Nada. – Respondi com naturalidade tentando enganá-los, mas eles apenas me encararam descrentes. – Encontrei com o Diggory no caminho.

- E daí? – James perguntou.

- Por que o chamou pelo sobrenome? – Remo perguntou ao mesmo tempo.

- Encontrei ele se agarrando com outra garota. – Respondi depois de um suspiro fingindo que nem estava ligando para o fato.

- O quê? – Os quatro berraram ao mesmo tempo.

- Vocês ouviram muito bem, não me façam repetir.

- Eu acabo com a raça desse garoto. – James falou raivoso.

- Pode deixar que eu ajudo. – Sirius acrescentou no mesmo tom.

- Onde eu assino para ir com vocês? – Remo perguntou também com muita raiva.

- Calminha aí cavaleiros de armadura brilhante eu sei me cuidar muito bem sozinha.

- Nós sabemos muito bem disso, mas quem mexe com um maroto mexe com todos os outros. – James falou me desafiando a contrariar.

- O que você fez com ele? – Peter perguntou.

- Eu disse que estava tudo acabado entre a gente. – Falei calmamente, mas novamente os olhares de descrença caíram sobre mim. – E soquei a cara dele.

- Por um pequeno instante estou sentindo pena do Diggory, a Rave tem uma mão pesada que ninguém merece.

- Até você, Sirius?

- O que é que nós estamos esperando? – James perguntou já liderando o grupo e eu tive que segui-los.

Para dizer a verdade eu às vezes tenho um pouco de medo dos meus amigos [Nunca contem isso para eles!] eles com certeza sabem como serem vingativos quando querem, mas dessa vez não posso dizer que o Diggory não merecesse uma boa lição. Eu acabei os guiando até o corredor onde havia encontrado o Diggory e para meu espanto ele continuava agarrado com a garota da Lufa-lufa.

- Acho que precisamos conversar. – Sirius falou sério e mal meu ex namorado viu quem estava ali ficou mais branco que uma folha de papel.

- O que foi? – Ele perguntou e não pude deixar de notar que ele tremia um pouco.

- Você mexeu com um dos nossos e quando você mexe com um maroto está na verdade mexendo com todos. – James repetiu.

Agora pouparei você das narrativas desse duelo, se bem que eu nem sei se ele conseguiu chegar nessa categoria, o importante é saber que o Diggory teve que passar uma semana na ala hospitalar com o rosto cheio de furúnculos e um ou dois dentes a menos. Acabamos levando uma detenção por causa disso, mas os rapazes estava felizes por terem bancado os cavaleiros de armadura brilhante que salvaram a honra de uma donzela indefesa, não que eu sequer consegui imaginar onde qualquer um de nós se encaixe nessa frase, entretanto se os meninos estão felizes eu também estou mesmo que essa felicidade venha as custas do meu ex namorado.

Com toda essa confusão eu só consegui chegar a uma conclusão, meu sexto ano não está correndo da maneira com eu esperava e agora tudo que me resta é rezar para que ele melhore, mas conhecendo a minha sorte eu acho que isso é muito pouco provável.


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