A Marota escrita por Maria C Weasley


Capítulo 2
O começo de tudo parte 1




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Finalmente o dia primeiro de setembro chegou meu malão já estava arrumado há dias e precisamente as 10 horas eu atravessava a barreira mágica e entrava na plataforma 93/4.

– Vai escrever, não é querida? – Minha mãe perguntou contendo as lágrimas

– Sempre. – Eu respondi a abraçando, eu adorava os meus pais, mas sempre sonhei em conhecer Hogwarts.

– Rave, lembre-se de ser você mesma. – Meu pai falou calmamente e se aproximando mais para que apenas eu escutasse acrescentou. – Não se preocupe com detenções só tente não ser expulsa.

– Pode deixar comigo. – Respondi rindo porque não sou exatamente um anjinho e sou um pouco explosiva.

Eu me despedi mais uma vez deles e entrei na grande locomotiva vermelha que algum tempo depois partiu. Eu comecei a procurar por uma cabine e encontrei uma que me agradou no final do trem, nela haviam dois garotos e uma garota da minha idade.

– Com licença, posso me sentar? – Perguntei abrindo a porta da cabine.

– É claro que pode gracinha. – O garoto de cabelos pretos e olhos cinzentos falou enquanto o outro abafava uma risada. – Eu sou Sirius, Sirius Black a estrela mais brilhante do céu.

– Sério? Eu não sabia que o ego aumentava o brilho das estrelas. – Eu falei sarcasticamente enquanto o outro agora ria abertamente e apontando para mim acrescentei. – E isso é areia demais para o seu caminhãozinho.

– Gostei dessa garota. – O outro que só agora eu reparava também possuía cabelos pretos, mas estes eram espalhados em pontas para todos os lados, e seus olhos eram castanhos. – A propósito sou James, James Potter.

– Prazer. – Respondi me sentando ao lado do Sirius apesar de tudo ele parecia uma boa pessoa

– E você? – James me perguntou.

– Eu o quê?

– Tem um nome ou vamos ter que chamá-la de garota misteriosa? – Sirius falou já recuperando o seu bom humor.

– Me desculpem. – Falei envergonhada. – Sou Ravena Wikiman. – E me virando para a menina perguntei. – E ela?

– Não sabemos quem é. – James respondeu indiferente.

– Lily Evans. – Ela respondeu em um sussurro quase inaudível.

– Eu disse alguma coisa errada? – Perguntei olhando para a bela menina ruiva de olhos verdes sem entender nada.

– Deixa para lá, ela está assim desde que chegamos na cabine. – Sirius falou e mudou o assunto para Quadribol.

Passamos um bom tempo conversando sobre isso já que eles assim como eu eram apaixonados pelo esporte e também queriam fazer parte do time da casa, mas varias vezes durante a conversa meu olhar se voltava para Lily, eu sentia que de alguma forma havia algo errado com ela. Foi de repente um garoto da nossa idade de cabelos pretos, que pareciam não ver um xampu a semanas, e olhos também pretos entrou na cabine sem falar com nenhum de nós três e sentou na frente de Lily.

– Não quero falar com você. – Ela falou mal humorada, mas os meninos nem perceberam e continuaram a conversa.

– Por que não?

– Túnia me odeia porque vimos aquela carta de Dumbledore.

– E daí? – Ele falou e só pude pensar em como ele era uma pessoa sem coração.

– Ela é minha irmã.

– Ela é só uma... – Ele parou, provavelmente a menina era trouxa. – Mas nós vamos! Isso que conta! Estamos indo para Hogwarts!

Ele parecia até eu falando dessa maneira e pela primeira vez pude ver Lily sorrindo.

– Acho melhor você entrar para a Sonserina. – Ele disse animado.

Francamente esse garoto não sabia nada? A Sonserina não aceita nascidos trouxas.

– Sonserina? – James falou entrando subitamente na conversa dos dois. – Quem quer ir para a Sonserina? Eu desistiria da escola, vocês não? – Ele perguntou para mim e Sirius, mas nenhum de nós riu.

– Toda a minha família foi da Sonserina. – Ele falou como se aquilo não fosse motivo de orgulho o que realmente não era.

– Meu Merlin. – Exclamei espantada.

– E eu achando que você era legal. – James brincou.

– Talvez eu quebre a tradição, mas e vocês, para qual iriam se pudessem escolher?

– Grifinória, a morado dos destemidos, como o meu pai. – James falou erguendo uma espada imaginaria no ar, mas parou ao ouvir um risinho do garoto estranho. – Algum problema?

– Nenhum. – Ele falou com um sorriso de deboche no rosto. – Se você prefere ter mais músculo do que cérebro.

– Como se as pessoas da Sonserina fossem muito inteligentes. – Eu comentei.

– E para onde você pretende ir já que não tem nenhum dos dois? – Sirius rebateu assim que acabei de falar.

James ria abertamente depois dessa enquanto eu tentava disfarçar o riso e Lily ficava cada vez mais vermelha.

– Vamos, Severo, vamos procurar outro compartimento. – Ela falou o puxando para fora.

– Agente se vê Ranhoso. – Sirius e James gritaram enquanto eles fechavam a porta.

Eu peguei minha bolsa e me encaminhei para fora da cabine quando a voz de um Sirius cético me interrompeu.

– Vai mesmo embora por causa de uma brincadeira?

– Não vão se livrar de mim tão facilmente. – Eu falei rindo ao entender o que ele pensara. – Eu vou apenas trocar as minhas vestes, não quero chegar com roupas trouxas em Hogwarts, a propósito eu os aconselharia a fazerem o mesmo.

Dito isso eu sai da cabine e fui até o banheiro do trem que provavelmente havia sido aumentando com magia já que era enorme. Eu rapidamente troquei minhas vestes pelo uniforme, prendi meu cabelo em uma trança e voltei para cabine, quando cheguei lá os meninos haviam me escutado e também já vestiam o uniforme, mas agora junto a eles havia mais um garoto de cabelos caramelos e olhos castanhos escuros.

– Oi. – Cumprimentei enquanto sentava. – Sou Ravena Wikiman.

– É um prazer conhecê-la senhorita. – Ele disse sincero enquanto James e Sirius riam. – Eu sou Remo Lupin.

– Parem de rir dele. – Eu os repreendi.

– Não pode ter gostado dessa cantada velha, Ravena. – Sirius disse como se aquilo fosse obvio, coisa que não era.

– Você ainda tem muito o que aprender sobre as mulheres Sirius, pois todos sabem que é muito mais fácil conquistar alguém com gentilezas do que com um ego enorme como certas pessoas fazem. – Eu falei sarcástica enquanto dava uma piscadela para ele que imediatamente fechou a cara.

Nós ficamos conversando e brincando um com o outro durante o resto da viajem, o Remo parecia um pouco perdido a principio, mas rapidamente se enturmou e passou a brincar conosco. Quando chegamos a plataforma fomos levados por um home enorme, que se chamava Rúbeo Hagrid, até o lago uma vez que os alunos do primeiro ano vão de barco e para quem nos visse agora pareceria que havíamos sidos amigos por toda a vida, até mesmo eu estava surpresa com a velocidade com que tudo estava ocorrendo, mas eles eram tão divertidos e carismáticos que era difícil não se entrosar facilmente com eles.

Logo chegamos no castelo, ele era simplesmente lindo, e fomos recebidos pela professora Mcgonagall, que além de dar aulas de transfiguração era diretora da casa Grifinória e vice-diretora de Hogwarts, ela nos explicou sobre as regras da escola e sobre as casas. Depois fomos guiados até um grande salão, que criativamente se chamava Salão Principal, que possuía cinco grandes mesas, uma para cada casa e a outra para os professores.

Mcgonagall foi chamando nossos nomes e um chapéu velho nos dizia para qual casa seriamos selecionados, Remo, Sirius, James e Lily foram selecionados para a Grifinória, mas o garoto Snape foi para a Sonserina.

– Ravena Wikiman. – Ela finalmente me chamou.

Eu me encaminhei para o banquinho com aparente calma, mas por dentro um grande medo me consumia, assim que o chapéu foi colocado em minha cabeça começou a falar em minha mente.

– Onde vou colocá-la? Possui talento que agradam a dois fundadores, você possui a audácia e a coragem requeridas por Gryffindor.

– Coragem? – Eu pensei analisando o medo que sentia internamente.

– Deve entender que a coragem não é a ausência do medo, mas sim a força para enfrentá-lo. Entretanto você também é ambiciosa e orgulhosa, coisas que agradam muito a Salazar.

– Sonserina não! – Eu implorei mentalmente, minha vida acabaria se eu fosse para lá.

– Agora entendo. – Ele falou depois de alguns segundos. – Você possui um segredo que eles jamais aceitariam se descobrissem. Nesse caso melhor que seja... Grifinória. – Ele falou dessa vez para que todos ouvissem.

Eu devolvi o chapéu para a professora Mcgonagall e me encaminhei para a mesa de minha nova casa onde era recebida com aplausos principalmente vindos de James, Remo e Sirius. Eles abriram espaço para que eu me sentasse entre eles, infelizmente acabamos ficando de frente para mesa da Sonserina da onde o Malfoy filho me encarava com raiva, que eu sinceramente não sabia da onde vinha.

– É bom que tenhamos ficados todos na mesma casa. – Remos falou fazendo minha atenção voltar para eles.

– Com certeza. – Respondemos juntos.

Nós comemos uma refeição maravilhosa e conhecemos alguns colegas que cursariam o primeiro ano conosco, depois fomos levados até o nosso salão comunal pelo nosso monitor (Artur Wesley), a passagem ficava atrás do quadro da mulher gorda. A sala era bastante aconchegante, toda decorada em vermelho e dourado, com poltronas, uma lareira e ótimas mesas para se jogar xadrez de bruxo.

– Boa noite rapazes. – Eu me despedi deles enquanto ia para o dormitório feminino. – Nos encontramos amanhã para tomarmos café juntos?

– Tudo bem. – Eles responderam e foram para seus próprios dormitórios.

Eu subi as escadas e entrei no quarto que tinha o meu nome na porta, dentro dele já haviam quatro meninas e dentre elas pude reconhecer Lily graças ao cabelo ruivo. Elas não me deram muita atenção, coisa que não me incomodou, e fui até o meu malão onde comecei a arrumar minhas coisas.

– Meninas. – Uma garota gordinha de cabelos pretos e olhos castanhos chamou as outras. – Acho que acabamos ignorando alguém.

– Não se preocupem comigo.

– Sou Alice Greent, e você? – Ela falou ignorando meu comentário.

– Ravena Wikiman.

– Você era a garota do trem. – Lily disse me reconhecendo. – Seus amigos não são muito simpáticos.

– Sinto muito por aquilo, parece que a língua deles é mais rápida que o cérebro. – Eu brinquei.

– Sou Marlenne Mackinnon. – Disse a menina de cabelos castanhos e olhos azuis.

– E eu sou Dora Meadowes. – A garota loira de olhos esverdeados se apresentou por fim.

Depois disso o clima melhorou consideravelmente, ficamos conversando sobre coisas qualquer e um pouco sobre nós mesmas, como eu suspeitava Lily era nascida trouxa. Por fim perto das onze horas decidimos dormir, mas o meu sono não vinha de forma alguma, sempre tive dificuldade para dormir quando fico ansiosa então nem se fala. Resolvi escrever para os meus pais antes que mamãe tivesse um ataque de nervos e logo que terminei de escrever fiquei observando Morgana voar noite a fora sendo reconhecida apenas pelo envelope branco que carregava. Novamente tentei dormir, mas foi apenas as duas da manhã que consegui tal proeza. De manhã fui acordada por Lily.

– Bom dia. – Ela disse sorridente já usando as vestes de Hogwarts.

– Bom dia. – Respondi me levantando e pegando minhas roupas. – Estou atrasada?

– Não, têm uma hora ainda, mas eu achei melhor acordar todas cedo. – Ela falou se encaminhando para a cama seguinte que era da Alice.

Eu tomei o meu banho e quando sai tanto Alice quanto Dora também estavam terminando de se arrumar, haviam cinco chuveiros para evitar brigas. Eu prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e voltei para o quarto onde uma Lily irritada tentava acordar a Marlenne.

– Quer uma ajuda?

– Agradeceria, essa daí tem o sono mais pesado que uma pedra.

Eu pequei um copo d’água que estava no criado mudo da Lily e joguei em cima da Marlenne o que a fez acordar gritando.

– Devia ter pensado nisso antes. – Lily disse batendo com a mão na própria testa.

– RAVENA! – Marlenne gritou quando percebeu o que tinha acontecido e começou a correr atrás de mim.

Nós continuamos nossa perseguição pelo quarto apesar de Lily quase implorar para pararmos, no fim o que realmente deu fim a perseguição foi termos trombado com Alice e Dora que saiam do banheiro, conclusão fomos as quatro para o chão e começamos a rir. Me levantando peguei minha mochila e me despedi as meninas que esperariam a Marlenne.

Eu desci as escadas do dormitório correndo acreditando que havia deixado os meninos esperando, mas não encontrei nenhum deles quando cheguei ao salão comunal, depois de uns cinco minutos eles finalmente apareceram e vinham acompanhado com mais um garoto, baixinho, com cabelos loiro palha e olhos miúdos quase pretos.

– Ravena. – Eles me cumprimentaram e se virando para o menino que eu não conhecia acrescentara. – Essa é a menina da qual lhe falamos.

– Uau, já falam de mim pelas costas, assim eu me sinto importante. – Eu falei sarcástica fingindo enxugar uma lágrima o que os fez rir.

– Sou Pe... Peter Pet... Pettigrew. – Ele disse gaguejando.

– Não precisa ter medo dela, Peter, ela não morde. – Sirius disse.

– Isso é o que você pensa. – Eu falei brincando, mas aparentemente Peter levou isso a sério. – É só uma brincadeira.

– O que acham de irmos comer? – Sirius falou mudando de assunto e colocando a mão sobre a barriga.

Nós fomos para o Salão Principal rindo com as palhaçadas que um ou outro falava, Peter ainda não tinha se adaptado a nossa troca de “carinhosos nomes”, mas pelo menos parara de gaguejar. Uma vez no salão recebemos nossos horários, a primeira aula seria a de feitiços junto com a Corvinal, conseguimos chegar lá sem problemas e foi bastante divertido, eu fiz dupla com o James, Sirius com o Remo e o Peter com um menino da Corvinal que eu não sei o nome. Todas as aulas foram tranqüilas com exceção da de poções, não porque tenha sido com a Sonserina, mas porque fiz dupla com o Sirius e ele quase explodiu o caldeirão na minha cara. [Nota mental: nunca mais sentar com ele em poções se eu prezar a minha vida]


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