Era Ele escrita por Biaa Black Potter


Capítulo 9
Capítulo IX - I Found You


Notas iniciais do capítulo

Então gente, sei que eu demorei, mas eu estava tendo jogos internos e depois começaram as provas. Não tive como escrever antes.
Uma boa notícia: Eu estou de férias, o que PROVAVELMENTE, quer dizer que eu vou poder escrever mais!
Esse cap é só de ligação mesmo, mas acho que o próximo vai ser melhor.



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Quando todos se convenceram que era realmente eu e James naquelas fotos o silêncio permaneceu. Um silêncio desconfortável.

Encarei as meninas que pareciam que não sabiam onde colocar a cara, por tudo que disseram a James. Peçam desculpas a ele, mandei com o olhar. “Como?”, respondeu Lene. Só peçam, insisti. Lene se virou e sussurrou algo para Dorcas. Nem tentei me forçar a ouvir, sabendo que estavam falando sobre como pediram desculpas a James. E eu não queria interferir nisso. Elas erraram e agora precisam encarar isso.

Abracei James.

– Ei, vocês vão ficar eternamente calados? – perguntou o moreno, nervoso.

– Cara, você tem que nos deixar absorver a noticia que você era melhor amigo de Lily Evans! Não é como se não fosse algo meio estanho...

– Ei, Black! Você está me chamando de estranha? – gritei, falsamente ofendida.

– Isso me lembrou da Lily que eu conheço – murmurou Dorcas.

Ignorei o comentário. Eu continuava a mesma. Só porque eu era amiga do James não quer dizer que eu estou diferente. Quer dizer, um pouco. Mas nada demais.

– É irônico – falou Remus – Muito irônico. Sério. Muito irônico mesmo. É até um eufemismo, para a situação... É como dizer que Merlin era um bruxo razoável ou como se Roma fosse só uma sociedade antiga... Como é dizer que Sirius faltou com a verdade com todas as meninas que ele ficou... É como dizer que um mendigo vive de caridade pública... Como dizer que no céu há algumas estrelas... Como falar que alguém foi convidado a sair de uma escola, ao invés de falar que foi expulso... – tagarelou ele.

Nossa. Eu acho que nunca tinha ouvido o Lupin falar tanto (pelo menos fora de uma aula). Ele parecia diferente do que normalmente é.

– Entendemos, cdf – falou James, revirando os olhos.

– Remus fica tagarela quando está nervoso ou chocado – explicou Sirius.

– Jura? Eu nem tinha percebido – ironizou Lene.

Marlene já estava nervosa. E não ia conseguir aguentar Sirius por muito tempo. Eles não conseguem ficar juntos sem brigar, que nem eu e James... antes de eu descobrir quem ele era. Porém, eu acho que no caso de Marlene e Sirius, é amor reprimido. Agora se eu sequer sugerir isso para ela... Vamos dizer que não vou estar viva no outro dia. Claro que no meu caso e de James não era amor reprimido. Somos só amigos.

– Lene vai acabar matando Sirius se não sairmos daqui logo – sussurrei para James.

Ele riu. ELE RIU! SERÁ QUE ELE NÃO ESTÁ ENTENDENDO A SERIEDADE DA AFIRMAÇÃO? Desgraçado! Ok, Lily, calma, pensei. Talvez ele realmente não entenda.

– Ok. Vocês dois eram melhores amigos, ai passaram a se odiar, quer dizer só a Lily odiava James, enfim... E agora vocês voltaram a ser melhores amigos... Contanto que isso não interfira na minha vida, eu vou sobreviver – falou Sirius, revirando os olhos – Podemos ir, James?

– Mas aqui ‘tá tão bom... – Jimmy murmurou. Corei.

Sirius deu um sorriso malicioso.

– Então o viado tá aproveitando? - perguntou.

– To bem aqui, sim. E é cervo. C - E - R – V – O.

Sirius revirou os olhos. Ri da clássica discussão deles. Até eu que odiava os Marotos e não prestava a mínima atenção neles sabia dessa brincadeira/discussão.

– Ahn, viado. Vamos? – perguntou entediado.

– Vamos.

Os braços de James me soltaram e vi ele, Sirius e Remus se afastando, quando de repente me ocorreu uma coisa.

– Ei, meninos – eles pararam – Esse não é quarto de vocês? – eles pararam, confusos – Então, porque vocês que estão saindo? Nós que devíamos sair – falei e as meninas confirmaram.

– Tudo bem – falou Remus.

Nós saímos do quarto sem falar mais nada.

– Pra onde vamos?- perguntou Dorcas.

Olhei para Lene e gritamos juntas:

– A Floresta Proibida!

Certo. Só para deixar claro: Não, não somos malucas. É que uma vez fomos para a Floresta Proibida para averiguar se ela era mesmo perigosa como diziam (só tínhamos 11 anos, ok?) e acabamos achando uma casa desabitada e quase caindo aos pedaços. Suspeitamos que alguém tinha construído a casa há uns trinta a quarenta anos, enquanto ainda estudava aqui. Como ninguém falava dela? Eu acho que todos que já a acharam preferiram manter segredo sobre ela, afinal não queriam ter que disputar o local – que não é grande – com outros estudantes. E nem daria para fazer festas lá, como alguns estudantes (vulgo Black e James) fariam. Então, podíamos aproveitar elas sozinhas.

– Deixa só eu pegar o som! (n/a: Lembrando de novo que, na fic, tecnologias trouxas pegam em Hogwarts, ok?) – falou Dorcas, se referindo do som que normalmente usamos para dançar feito doidas.

– E eu preciso pegar os doces! – falou Lene rápido.

– E eu vou pegar o papel – falei animada.

Nem uma de nós precisava falar isso, porque era o que cada uma falava sempre que a ideia de ir para A Casa surgia. Mas era legal.

Fomos pro nosso dormitório correndo. Pegamos tudo que precisamos de lá rapidamente, esmagando tudo na sacola e depois ainda “voando” fomos à cozinha e pegamos doces. Com tudo na mão, corremos na direção da casa, que ficava no local oposto da casa de Hagrid. Quer dizer, não é exatamente o oposto, mas... Ah, quer saber? Não sei explicar, deixem para lá.

Vimos a casa, com toda a sua falta de beleza. Sério. Ela era muito feia. Era construída com um material bruxo que era um pouco mais consistente que palha e sua cor era um marrom quase preto. Suas janelas não eram simétricas, uma era de um tamanho super grande e outra pequena, com o trinco já um pouco enferrujado. A casa também tinha um degrau, que rangia quando pisávamos.

A casa tinha quatro cômodos: dois quartos, um banheiro e uma sala. Os quartos e o banheiro eram apertados, o que nós fazia lembrar que a casa ficava dentro da escola. Contudo, a sala era até grande. Era bom. Assim, tínhamos espaço para dançar livremente.

Entramos na sala. A sala tinha um piso de madeira e... Só. Não tinha nada mais sala, só alguns posters colocados na parede, de bandas bruxas. Nem uma lâmpada tinha.

– Eu adoro essa casa – falamos juntas e rimos.

A casa simbolizava nossa amizade para nós.

– Vocês decidem: dança, comer ou escrever planos maléficos que nunca colocaremos em prática? – Lene perguntou.

– Comer – gritei junto com Do.

– Bem, comer ganhou – falou Lene com voz de apresentadora de TV.

– Foi uma surpresa muito grande isso... – balancei a cabeça e fiz uma voz séria enquanto falava.

Dorcas riu.

– Parem de ser idiotas! – falou e depois começou a gritar feito uma desesperada - Comida! EU PRECISO COMER – falou indo em direção ao quarto.

– Depois nós que somos idiotas – murmurei.

Rindo, nós a seguimos. Entramos no quarto que chamamos de quarto A, que tinha uma bicama, uma prateleira de livros (obscuros, que alguém já tinha deixado ai há anos. Claro que nós nunca lemos. Sabíamos disso pelos títulos), duas poltronas e um pequeno armário. Imediatamente me joguei da cama, que – graças aos nossos cuidados – não estava coberta de poeira como deveria estar. Trocávamos o lençol da cama toda vez que íamos lá, levando os lençóis encolhidos no bolso.

– Onde está a comida Lene? – perguntou Do, num tom quase desesperado.

Franzi a testa.

– Por que essa fome toda?

Dorcas baixou os olhos e olhei preocupada para Lene, que devolveu o olhar.

– Eu... Gastei energias demais ontem, só isso – resmungou e passou a encarar o teto.

Estranho. Ela parecia estar escondendo alguma coisa... Por outro lado, podia ser só uma impressão... Melhor continuar calada por enquanto.

– Passe a comida para a gorda aí, Lene – brinquei.

Dorcas fez uma careta. Lene jogou um pote de sorvete de tamanho médio para Do, depois de ela pegar uma barra de chocolate para ela mesma.

– Vai me deixar de fora? – perguntei.

Lene revirou os olhos e jogou um pote de sorvete para mim. Delicada ela, não? Nem perguntou o que eu queria.

– Então, Lily queremos mais detalhes sobre você e o Potterfalou, enfatizando o Potter. Como se risse de mim. Idiota.

– Com certeza – Do apoiou.

– Bem, vocês já sabem como ele era pequeno certo? Eu já contei para vocês... Ele era muito fofo. Lindo também – acrescentei antes que elas perguntassem - A principal diferença dele pequeno para agora é que ele não se achava quando era pequeno.

– Espera, James Potter não se achava? Como assim? – perguntaram Do e Lene juntas.

Dei de ombros. Também não tinha ideia do motivo pelo qual ele mudou tanto assim nisso.

– Ele não se achava. Não sei porque agora ele é tão metido, mas... Antes não era – falei pensativa.

Perdi-me em pensamentos sobre teorias do que poderia acontecer para ele está assim. Mas sentia que nenhuma delas era a verdade. O que será que tinha acontecido com James para o deixar arrogante assim?

– Ok... Ele morava perto de você não?- Lene perguntou e eu assenti.

– James morava em uma rua trouxa. Não me lembro por quê. Eu posso perguntar mais tarde a ele. Enfim, todos os dias quando saímos para brincar inventávamos brincadeiras novas... e... quando estávamos juntos, não tinha um dia ruim.

Suspirei.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho uma pergunta: Vocês gostariam que eu escrevesse um bônus? Seria um capítulo só com uma cena de Lily e James pequenos. Se quiserem, eu vou tentar fazer o máximo para não demorar, mas mesmo assim pode ser que demore um pouco, já que não é o foco da história.



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