Era Ele escrita por Biaa Black Potter


Capítulo 13
Capítulo XII - Fall To Pieces


Notas iniciais do capítulo

Eu gosto desse capítulo porque começa a falar sobre o natal... E... Eu vou explicar algumas coisas no natal... Já estamos chegando perto do fim da fic :).
E como me perguntaram no cap anterior como o James sabia de Amos e eu achei uma boa dúvida, aqui está a minha resposta: o James não sabia o que Amos tinha dito para a Lily, mas sabia que ele era uma das poucas pessoas que conseguem deixar ela assim e que eles estavam muito próximos ultimamente. E Lily esta agindo de um modo muito estranho, parecia que estava escondendo alguma coisa dele. Ele imaginou que o que ela teria mais motivo para esconder era algo sobre outro cara, e o mais próximo a ela, era Amos. Então, na verdade, foi mais um palpite.



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A aula estava interessante. O professor Filius Flitwick estava nos ensinando como ciar um retrato bruxo que falava, como os espalhados pelo colégio. Não era somente criar uma pintura, e dizer algumas palavras mágicas. Na verdade, era um processo simples, mas bastante demorado.

– Mas, professor, o quadro só adquire o conhecimento que a pessoa tinha até a época em que foi feito, não é? - perguntou Josh, um aluno da Sonserina.

– Correto.1 Veja, se pintarmos... - começou Flitwick e eu deixei de prestar atenção. Novamente, estava com dificuldades de me concentrar e o motivo era James.

Rabisquei no meu pergaminho. A aula parecia estar demorando mais que o normal. Comecei a bater minha pena na mesa, impaciente. Dorcas me lançou um olhar preocupado, mas depois sorriu rapidamente. Olhei ao redor da sala e muitas pessoas estavam prestando atenção a Flitwick. James e Sirius faziam parte de um grupo que não estava, é claro. Remus estava tomando notas e parecia concentrado. Peter não estava aqui. Ele não conseguiu tirar notas altas o suficiente para essa matéria, pelo que eu soube. James percebeu que eu estava olhando para eles e piscou. Corei. Black se virou curioso para saber quem o amigo olhava e revirou os olhos, dando um sorriso arrogante. Olhei de novo a sala e percebi que Severus tinha faltado. Franzi o ceno. Mas, bem, eu não me importo mais com ele,pensei.

Encostei minha cabeça na cadeira. Passei o resto da aula tentando prestar atenção ao professor, mas não consegui. Só conseguia pensar que eu estava apaixonada por James Potter. O que eu ira fazer? James sempre falava que era apaixonado por mim. Mas... nunca achei que fosse verdade. E se ele não gostasse de mim? Eu não iria arriscar minha amizade. Melhor ser só amiga dele, do que tentar e perder tudo.

– Estão dispensados - falou Flitwick.

Guardei minhas coisas rapidamente. E fiquei parado do lado de fora da sala, esperando as meninas. Marlene e Dorcas chegaram rápido. Observei que Dorcas andava pálida. Ela ficou irritada.

– Lily, eu estou igual ao que eu sempre fui! - gritou ela, seus olhos estavam estranhos. Eram um mistura de medo, descrença, esperança e algo mais que eu nunca tinha visto.

– Desculpe-me - pedi, vacilante. Marlene também encarava Dorcas e pareceu que tinha algo estranho também.

– Tudo bem - Dorcas respondeu. E então ela pareceu voltar ao normal. Nem precisei falar com Lene para saber que mais tarde tentaríamos entender o que estava acontecendo com Dorcas - O que vocês vão fazer no feriado de natal?

O feriado de natal iria ser daqui a quatro dias. Eu não estava ansiosa para ele, porque esse ano iria passar em casa. E eu amo meu pai e minha mãe, realmente amo. Mas eu teria que ver Petúnia também. E talvez até aquele traste do Válter Dursley. Eu queria que eles tivessem terminado, ele era somente um cara burro, covarde e feio (se bem que eles se merecem). Mas sabia que se eles tivessem terminando, minha mãe me avisaria em uma carta de tão feliz que iria ficar.

– Nada. Eu só vou ver o meu pai, a minha mãe e a Petúnia - respondi.

– Eu vou ficar em Hogwarts - disse Marlene, distante.

Encarei-a com preocupação. A família de Marlene me preocupava. Sua mãe, Jaqueline, fora morta já, em um ataque aleatório dos Comensais. Não podia nem imaginar nem a dor que Marlene sentiu sendo muito apegada a mãe. Mesmo ficando aqui em Hogwarts, ela sempre contava algo sobre a mãe ou conversava com ela por carta. Seu irmão, Julian, ² estava fazendo uma faculdade em outro país e raramente mandava notícias, parecendo totalmente feliz... e distante. Abandonara Marlene a própria sorte. Nunca parece realmente estar preocupado com que está acontecendo a garota, que ele chama de irmã. E o seu pai... John McKinnon, nas poucas vezes que Marlene vira ele depois da morte de Jaqueline sempre estava bêbado. Há três anos, eu não o via sem uma garrafa de bebida na mão. Ela crescera sozinha. Independente. Vazia. Não, não, pensei. Ela tem uma família. Eu e Dorcas.

Dorcas nem hesitou antes de responder.

– Venha para a minha casa.

Marlene sorriu agradecida. Sem nem pensar antes de responder, sorriu.

– Obrigada. Eu adoraria.

– E você pode ir lá para casa, dar uma passadinha, se quiser Lily - disse Dorcas sorrindo.

Sorri também com a ideia de ver as meninas no natal. Fiquei animada. Mesmo sabendo que eu iria passar um natal terrível antes.

– A menos que queira passar o natal com James - provocou Lene.

Corei ainda mais que o normal. Não era como se eu não quisesse passar o natal com James, mas isso era uma ideia idiota. E mesmo que eu conhecesse James há muito tempo, e já tinha sido amiga deles, e que eu estava apaixonada por ele agora, não era justo com as meninas que eu quisesse estar mais com ele do que com elas nesse dia especial, embora perfeitamente comum.

– Não seria ruim - confidenciei e elas sorriram - Mas eu também queria passar junto a vocês. E nada disso vai acontecer - acrescentei. E como sempre eu estava errada.

Chegamos na frente do salão comunal, e sem cerimônia nos jogamos nas poltronas disponíveis. Ficamos conversando relaxadamente, até que os Marotos chegaram. Era incrível a capacidade que eles tinham de se destacar naturalmente, todos pareciam atraídos a olhar para eles - e não só as garotas. Eles eram um exemplo do que minha irmã chamava de populares: Nunca fizeram nada tão útil assim, mas eram bonitos e estilos. E isso bastava.

Os Marotos pareciam se completar de um jeito estranho: Peter dava a atenção que James e Sirius precisavam, Remus os colocava sobre controle, e James e Sirius retribuíam fazendo a vida de todos a mais divertida o possível. Era um grupo de delinquentes, sim, porém, eram inofensivos. Na maior parte do tempo, eles são as pessoas que vão te fazer rir por semanas... contudo, eles também podem ser insuportáveis. E James e Sirius pareciam estar constantemente partindo o coração das garotas que se apaixonavam por eles, pensei. Remus fazia isso também, mas de modo muito inconsciente; ele não parecia gostar de fazer isso, ao contrário dos outros dois. Será que James iria fazer isso com mim também?, me perguntei, sentindo um aperto no peito. Tentando abandonar esses pensamentos, sorri. James pareceu me notar somente nessa hora, sorrindo de volta e se sentando ao meu lado (e assim forçando a Remus, Sirius e Peter a sentarem também, desconfortáveis).

Ninguém pareceu pensar em nada para dizer e fiquei observando a lareira, destetando a situação.

– E então, Sirius - falou Marlene e todos os olhos se voltaram para ela - Já pegou a menina de hoje? - perguntou em um tom frio, distante.

– Ainda não - respondeu o Black, sem se deixar abalar - Por quê? Quer se voluntariar? - replicou, dando um sorriso cafajeste.

James riu e o repreendi com o olhar.

– Não estou tão entediada assim - respondeu Marlene simplesmente.

Eu ri, entretanto Sirius não achou graça, fechando a cara.

– Como foi o dia de vocês? - perguntou Remus, educadamente.

– Foi bom - respondeu Dorcas, sorrindo.

– O dia de Lily foi ótimo– disse James com ironia.

– O que você está insinuando? - perguntei raivosa.

– Nada - respondeu, com raiva também.

– O que aconteceu?- perguntou Peter curioso.

– Vem aqui um segundo, James - falei e puxei o braço dele, o arrastando. Quando estava longe o suficiente, soltei o braço e coloquei um feitiço silenciador no local que estávamos.

– O que você pensa que está fazendo POTTER? - gritei com James, irritada.

– Bem, Evans– disse - Eu só estou falando que você estava agindo de modo todo estranho hoje. E quando eu perguntei se era sobre o Diggory, você ficou mais nervosa ainda. Então, é óbvio que ele fez alguma coisa. Bem, ele sozinho não. Vocês ficaram - acusou.

Senti raiva. Quem ele era para ir assumindo isso? Que eu fiquei com o Amos, quando eu queria ele?

– Isso não te interessa. Se eu estou ficando com ele ou não.

James olhou para mim magoado.

– É assim que vai ser, Lily?

– Enquanto você agir como se fosse meu dono, sim - respondi, perdendo a calma - Volte ao normal, e eu voltarei também.

Encarei James por longos segundos, que sustentou o olhar.

Quebrei o feitiço silenciador e voltei para onde todos estavam.

– A primeira discussão? - perguntou Sirius, com um sorriso debochado. Remus deu uma cotovelada no amigo, que virou a cara, parecendo uma criancinha.

Senti minha raiva, enquanto James não falava nada.

– Não somos um casal, Sirius - respondi.

Sirius nem pareceu notar que eu estava lá. Estava ocupado demais encarando a parede, com uma careta, e ocasionalmente olhando para Marlene. Ela não o encarava de volta. Os únicos que estavam se falando normalmente, eram Dorcas e Remus e fiquei feliz de estar ali, mesmo com toda a tensão de todos, só por ver eles dois se dando tão bem.Talvez Dorcas realmente consiga ficar com Remus, pensei feliz. Remus parecia totalmente entretido com a conversa e sorria facilmente, muito mais do que eu estava acostumada a ver e parecia totalmente relaxado ali. Já Dorcas parecia contar algo engraçado, sorrindo o tempo todo, e com os olhos brilhando.

Eu só não queria ver nem Dorcas nem Lene feridas, e duvidava que Remus iria machucar Dorcas.


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Notas finais do capítulo

1 - Eu li isso em James Potter e a Travessia do Titã, e me pareceu realmente lógico.
2 - Ninguém sabe realmente quem foi Marelene McKinnon, muito menos a família dela, ok?



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