As mãos eram um mal sinal, e ele sabia. Aquilo era para ser só um mistério, algo para tirar sua cabeça de seus problemas, e dos fantasmas de seus Ponds em suas memórias. Uma garota impossível que ele estava ansioso para decifrar, mas aí as suas mãos começaram a se encontrar.

As vezes nem nota quando acontece, eles estão andando pelo mercado de algum planeta distante ou correndo do perigo (ou correndo em direção ao perigo) e acaba se encontrando com aqueles cinco dedos entrelaçados nos seus. Mas outras vezes acaba a procurando intencionalmente, movendo seus dedos em direção aos dela tentando parecer casual, tentando não parecer sedento demais por aquele pequeno conforto.

Já tinha acontecido uma outra vez, com outra garota de Londres, quando tinha perdido seu planeta e sua espécie. Agora após ter perdido seus Ponds, o mais próximo que ele havia tido de uma família desde sua neta tinha ido embora. Tudo aparecia acabado e quebrado para sempre e aí ela aparece e o faz querer continuar correndo e vivendo, e segurando a mão dela fingindo que dessa vez ele nunca vai ter que soltá-la.