Doce Ironia. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 80
Epilogo.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

Bom, é isso. Chegamos oficialmente ao fim e enquanto eu posto isso eu tô tipo: alguém faz as lagrimas pararem.
Não tenho muito parar falar aqui, porque bom... tudo o que eu tenho para falar está no capitulo extra, então depois do epilogo, leiam ele ok?
Já estou imaginando quando eu for marcar um [x] em historia terminada. Eu não to bem. Eu to no chão. Eu to alagando a minha casa.
Sabe é uma sensação estranha, mas que de certa forma eu estou acostumada porque acontece toda vez que eu termino uma fanfic, só que com DI é ainda mais forte e isso me surpreende. Eu estou feliz e triste ao mesmo tempo a ponto de não saber por qual dos dois motivos é que as minhas lagrimas estão caindo. Porque ao mesmo tempo em que eu sei que estou triste porque a historia vai acabar, estou feliz porque bate aquela sensação e dever cumprido sabe? Como se dissesse: eu fiz o melhor que eu pude. Eu terminei. E eu sinto um orgulho tão grande de mim quando eu vejo a quantidade de capítulos que tem em Doce Ironia e o tanto que eu construí com essa historia.
E eu só agradeço a vocês porque eu não esperava nada do que essa fic se tornou. E eu... vou deixar pra vocês entenderem tudo o que eu quero dizer no capitulo extra que também vai ser postado agora por mim.
Sabe todas aquela duvidas que vocês sempre tiveram em DI? Pois bem. Leiam e saberão sobre elas ;3
Então antes de encerrar aqui eu quero agradecer as RECOMENDAÇÕES da:
Dani Valdez Odair: Eu fico extremamente feliz que Doce Ironia tenha te ajudado meu uma fase tão difícil na sua vida amora. Na verdade eu me sinto extremamente feliz e orgulhosa com isso. Obrigada por cada elogio a mim e a fanfic e eu espero que você já esteja bem melhor de tudo o que passou ok? Obrigada pela recomendação. Eu amei ♥
Jéssica Potter: Hauhsuahs, heeello amora. Nossa... eu amei a sua recomendação e eu quero muito agradecer por cada elogio. Obrigada linda ♥
Enfim eu vou deixar vocês lerem e vou parar de falar. Vou postar o cap extra também e depois vou deitar na minha cama e chorar até desidratar.
Amo vocês.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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“Quando sua alma encontra a alma que estava esperando. Quando alguém entra em seu coração por uma porta aberta. Quando sua mão encontra a mão que foi feita para segurar, não deixe escapar. Alguém entra em seu mundo de repente, seu mundo mudou para sempre. Não, não existem outros olhos que poderiam me ver por dentro. Os braços de mais ninguém podem levantar, me levantar tão alto. Seu amor me levanta além do tempo e você conhece meu coração de cor. Quando você é alguém com a pessoa que foi feita para encontrar tudo se encaixa. Todas as estrelas se alinham. Quando você é tocada pela nuvem que tocou sua alma, não deixe escapar. Alguém entra em seu mundo é como se estivesse em sua vida para sempre. Não, não existem outros olhos que poderiam me ver por dentro. Os braços de mais ninguém podem levantar, me levantar tão alto. Seu amor me levanta além do tempo e você conhece meu coração de cor.” – Heart By Heart


P.O.V’s Narrador.


“Cara Petúnia e Valter,


Sim, eu sei que provavelmente ambos estão surpresos de eu estar mandando essa carta para os dois, principalmente depois daquela temporada, ãn... agradável que eu passei na casa de vocês. Mas ultimamente eu estive pensando bastante em tudo sabe? Minha relação com as pessoas e o quanto as coisas mudam depressa e que a vida é curta demais para se guardar rancor.

Essa é a razão dessa carta.

Petúnia... talvez eu entenda toda essa sua raiva de Lily Evans e, consequentemente, de mim. Não aceito, mas acho que sou capaz de compreender. Deve ser difícil estar sempre em segundo plano não é? Mas talvez – bem no fundo do seu coração de pedra – você ame a sua irmã e... me ame também. O Harry me contou algumas coisas e talvez eu tenha percebido que você não seja tão má assim. Eu ainda continuo me sentindo mal por tudo o que você já me fez ou me falou, e não me peça para tentar esquecer isso, porque isso seria demais para mim. Não sei se você se importa, mas tudo o que você já me disse causou um buraco no meu coração que eu só vim descobrir o quanto senti falta de uma avó presente. Mas isso não importa... não mais. A vida segue não é? Uma coisa eu posso te dizer, apesar de tudo Lily Evans te amava. Ela era a sua irmã afinal não era? E sei que no fundo você a amava também e – talvez seja uma esperança tola – espero que isso se aplique também a mim.

Valter... você continua sendo a personificação do trouxa mais asqueroso que eu já tive o desprazer de conhecer. Desculpe a franqueza. Diferente da Petúnia... eu não tenho como entender a razão de tudo o que você já fez porque afinal... você – diferente dela – nunca teve motivos para isso. Talvez seja apenas fruto da sua ignorância e intolerância para coisas bruxas, ou simplesmente porque você é o boboca que eu sempre pensei. Acho que uma mistura dos dois. Você já pensou como a vida seria mais fácil se você simplesmente parasse de agir assim?

Talvez ambos estejam se perguntando por que não os chamei de “avô” e de “avó” nem mesmo com o meu tom de ironia de sempre. Acontece que nenhum de vocês jamais foi um avô ou uma avó para mim. E mais uma vez me desculpem pela franqueza. E acabei de notar que ambos não mereceriam ser chamados assim nem mesmo com a minha típica ironia.

Deixando as acusações de lado, tenho outro motivo para enviar essa carta.

Hoje é um dia especial para mim e provavelmente o dia mais feliz da minha vida... e vocês não estão aqui para presenciar.

Hoje é o dia do meu casamento.

E eu estou aqui, vestida de noiva, sentada em uma cama num dos quartos da Toca, escrevendo essa carta e esperando a minha deixa para descer e ver o meu noivo esperando por mim.

Eu só queria... compartilhar a minha felicidade com vocês e talvez seja uma esperança tola e infantil, mas espero que bem no fundo vocês tenham ficado um pouco felizes por mim. Eu sou a mulher mais feliz do mundo.

Lá nos jardins da Toca estão todos os meus amigos e todos os meus parentes e os dele. Todos os que eu amo e que eu queria aqui estão lá em baixo... menos vocês. Mas mesmo assim eu estou feliz porque não pediria nada diferente.

A Audrey e o Fred já estão casados sabiam? Não sei o porquê estou contando isso a vocês e nem sei se sabem quem é o Fred, mas sei que sabem quem é a fabulosa levando em conta que ela os abominava tanto quanto eu. Ela está gravida sabiam? Pois é. Eu também fiquei surpresa quando eu soube, mas fiquei imensamente feliz. Meu afilhado está a caminho.

Os dois são meus padrinhos de casamento e sei que ambos já estão lá no altar, juntamente com o Albus e a Roxy que são padrinhos do meu noivo. Daqui da janela eu posso vê-los lá e meu sorriso não poderia ser maior.

Talvez eu ainda não tenha comentado qual o nome do meu futuro marido, mas acho que foi mais por um medo infantil que eu vou superar agora. Meu futuro marido é James Sirius Potter.

Será que poderiam tentar ficarem felizes por mim? Eu estou feliz. E sei que estou parecendo patética pedindo isso porque sei que isso nunca importou aos dois e não vai fazer a mínima diferença.

Mas eu queria que vocês soubessem e sou extremamente tola por isso.

Porque nesse momento eu sou a mulher mais feliz do mundo. Estou casando com o homem que eu amo e todos os meus amigos e pessoas que eu amo com a minha vida vão presenciar isso. Meus pais estão lá em baixo, minha mãe já aos prantos e meu pai visivelmente tentando não chorar. Mas ambos felizes por mim. Gina e Harry tem um sorriso que não cabe no rosto de ambos. Eles estão felizes também. Por mim e pelo filho deles. Mas eu sou muito infantil a ponto de querer que – talvez – vocês dois também estivessem aqui.

Esperança tola, eu sei.

Olha só... o Harry chegou aqui no quarto dizendo que está na minha hora. Meu coração está acelerado e meu sorriso é resplandecente... acho que isso é um sinal da minha felicidade. O meu sogrinho também acabou de falar que o meu pai está chorando lá em baixo e que pediu para ele vir me buscar porque não está em condições de me ver vestida de noiva. Essa seria uma cena que eu gostaria que vocês vissem.

Me desculpem, mas eu tenho eu encerrar a carta. Harry está estendendo a mão para mim, me dizendo para me apressar porque Sirius está me esperando no altar nesse momento.

E eu apenas sorri mais porque acho que a minha felicidade não cabe em palavras. E eu meu nervosismo não contribui nada para a situação.

Mas antes de terminar, eu só queria falar uma coisa para vocês dois:

Eu perdoo vocês por tudo. Tudo mesmo.

E espero que um dia eu tenha coragem de superar o meu orgulho e mandar essa carta para vocês.


Com amor, uma neta que precisou de avós.

Ashley Dursley Potter.”


[13 anos depois]


Uma ruiva alta, que tinha por volta dos seus 33 anos, estava de frente a janela em seu quarto na sua casa em Godric's Hollow e tinha lagrimas escorrendo pelo seu rosto. A senhora Potter olhava para a carta que tinha em mãos e que havia acabado de achar no fundo do seu armário. O envelope da carta estava rasgado e encontrava-se jogado no chão, mas a carta em si tinha uma aparência velha e estava amassada pela força em que a mulher segurava e a escrita também estava borrada enquanto algumas lagrimas caiam em cima do papel.

Era natal e lá fora a neve caia com graciosidade, formando um tapete no chão e dando a vila uma aparência ainda mais adorável. Lá fora as outras casas estavam iluminadas e era possível ouvir conversas, risadas e cantos por todos os lugares. Não era diferente na casa dos Potter.

Só que a ruiva não estava muito se importando com isso no momento.

Olha olhava para a carta com arrependimento e remorso.

Ashley Dursley nunca havia enviado a carta aos avós e sabia que agora era tarde demais sendo que ambos haviam falecido há alguns anos atrás em um acidente de carro. Ela não lembrava mais dessa carta, mas reencontra-la foi como uma facada no peito.

Ashley não havia conseguido engolir o orgulho afinal de contas e no final não adiantou nada porque o tempo apagou uma atitude que ela poderia tomar. Ela poderia ter se reconciliado com os avós e tê-los os informado que os havia perdoado por tudo o que haviam feito para ela.

Mas ela não o fez e no final tudo isso se perdeu no tempo.

– Ruiva? – uma voz masculina e rouca invadiu o cômodo e o som da porta do quarto sendo aberta. Rapidamente Ashley enxugou as lagrimas que escorriam do rosto. Não queria que o seu marido a visse chorando, por mais que soubesse que ele perceberia. Ele sempre percebia. – Todo mundo já chegou e estamos apenas te esperando para começar a festa de Natal e... está tudo bem? – completou notando que ela ainda não havia se virado.

Respirando fundo, Ashley se virou para o marido e viu a expressão dele mudar de feliz para preocupado em um passe de magica ao ver os rastros de lagrimas no rosto dela. James Sirius Potter observava a esposa sabendo que tinha algo extremamente errado acontecendo e logo tratou de se aproximar fechando a porta atrás de si.

Ele não havia mudado muito com o tempo. Digo... tanto na personalidade quanto na aparência. Ele ainda tinha aquele lado dele incrivelmente provocador e maroto e o sorriso que ele mantinha sempre no rosto denunciava isso, apesar dele ter uma aparência agora um pouco mais madura.

– O que aconteceu ruiva? – perguntou delicadamente a esposa enquanto a puxava para se sentar em seu colo na cama, e a ninava como um bebê. Ela o abraçava como se ele fosse a sua ancora ao mundo, enquanto em cima do seu criado mudo estava o lírio que ela havia ganhado dele naquele natal do sétimo ano e que até hoje nunca tinha mudado porque o sentimento dele por ela nunca acabou. Apenas ficou mais forte. Algumas coisas nunca mudavam com o tempo.

– Eu sou uma idiota. – ela resumiu tentando reprimir as lagrimas e limpando as que escorriam sem a sua permissão.

– Eu quero saber o motivo de você estar contando uma mentira tão deslavada. – James tentou fazer uma brincadeira e ela deu uma risada baixa. – O que é isso na sua mão? – completou notando a carta.

– Uma coisa que eu deveria ter feito e não fiz por orgulho. – Ashley deu uma fungada de leve e entregou ao marido a carta para ele ler.

James o fez em silencio e no final olhou para a esposa com um olhar doce e compreensivo. Ele conseguia ler as expressões dela com tanta facilidade e ela não se admirava em notar que ele sabia exatamente o que ela estava sentindo e no modo como aquilo havia lhe afetado.

– Eu sinto muito por isso, meu amor. – deu um selinho calmo nela, porque sabia que nada que ele falasse a faria melhorar.

– Eu também sinto Sirius. – ela afundou o rosto no peito dele. – Eu poderia ter feito tudo diferente, eu poderia tê-los perdoado, eu poderia...

– Você não poderia nada. – ele a interrompeu carinhosamente enquanto afagava os seus cabelos ruivos. – Tudo acontece por uma razão ruiva. Por um motivo. Não tente voltar no tempo para mudar algo que já passou. A vida é feita de erros e escolhas. As vezes escolhemos errado. As vezes escolhemos certo. As vezes não escolhemos nada e ficamos perdidos. Mas no final... até os seus erros contam pontos porque eles levam em direção aos acertos. Não se culpe por algo que ficou para trás. Não vale a pena.

A única resposta de Ashley foi abraçar o marido apertado, pelo simples fato dele entende-la tão bem. James prontamente retribuiu o abraço beijando carinhosamente a testa da esposa.

– Eu te amo. – a ruiva sussurrou.

– Eu te amo mais. – James abriu um sorriso. – Mas acho melhor descermos porque todo mundo já chegou e estão nos esperando. Temos que receber os nossos convidados não é?

Ashley copiou o sorriso do marido se levantando e ajeitando o vestido vermelho enquanto se olhava no espelho. Adorava passar o natal com todos os amigos e a família. Já tinha virado uma espécie de tradição que sempre acontecia na Toca, mas que nesse ano havia se mudado para a casa dos dois.

– Onde estão as crianças? – a senhora Potter perguntou ao seu marido enquanto o deixava abraça-la de lado e a guiar em direção a porta do quarto.

– Lá em baixo. – ele soltou uma leve risada. – Ou sendo paparicadas pelos padrinhos, avós e tios ou brincando com os primos.

– Então vamos lá. – Ashley caminhou em direção as escadas, já ouvindo as conversas e risadas no andar debaixo e abriu um sorriso ao ver todo mundo já reunindo e rindo. E que família grande era aquela?

– Demoraram. – o Albus comentou com um sorriso de lado e sentado ao lado de Roxy. – Já pensei que estavam providenciando outro filho.

– Não seja inconveniente Albus. – a esposa ralhou prendendo as gargalhadas ao notar o rolar de olhos de Ashley para o seu marido e a cara safada do James. – Até parece que não controla a língua. – Roxy completou risonha.

– Isso vindo de você é tão irônico. – ele soltou uma risada dando um selinho na esposa.

– Onde está a Lily? – Ashley perguntou indo cumprimentar todo mundo.

– Eu estou aqui! – a senhora Scamander falou ao lado do seu marido. Lorcan olhava para ela como se não tivesse nada melhor para fazer.

– Não é você! – a ruiva rolou os olhos lançando um sorriso para a amiga. – A minha Lily.

– Quer dizer que eu não sou sua? – a outra revidou causando risadas em todos.

– Ela está aqui Ashley. – Rose falou olhando para a garotinha de três anos em seus braços com um sorriso terno. Ela praticamente babava na afilhada. – Como ela consegue ser tão fofa? – a senhora Malfoy completou e Scorpius ao seu lado acenou com a cabeça brincando com a menininha que soltou uma risada gostosa que fez todo mundo rir junto.

Lily Audrey Potter era uma graça. Seus cabelos eram ruivos, em contraste com a pele porcelana e os olhos que havia herdado do pai. Seu sorriso era branco nos lábios vermelhinhos e ela brincava com os cabelos também ruivos de sua madrinha, exibindo aquele sorriso de covinhas que fazia todo mundo querer sorrir junto. Era a caçula mais mimada da família.

– Minha filha é linda. – James se gabou rindo. – Puxou ao pai.

– Mas ela se parece com a divonica. – a Audrey comentou gargalhando e levando todo mundo a rir junto da careta dele. – Ela só tem seus olhos.

– Me dê ela aqui. – Ashley falou rindo e se aproximando da filha que imediatamente estendeu os braços para ela que a pegou no colo e a garotinha abraçou apertado o pescoço da mãe fazendo a mulher sorrir. – Onde está o Richard? – completou perguntando.

– Eu estou aqui. – o Miller comentou ao lado da Dominique enquanto brincava com o cabelo loiro da esposa só para irrita-la e faze-la sorrir depois.

– Não é você. – a ruiva falou novamente e rolou os olhos.

– Que mania desgraçada de ficar botando nome dos outros nos filhos de vocês. – o Fred comentou sentando ao lado da esposa. – Vocês não percebem que isso dá um nó no cérebro quando está todo mundo junto? Porque os Potter tem essa mania?

Todo mundo gargalhou.

– É bom homenagear aqueles que são importantes para a gente. – Albus foi em sua própria defesa, afinal os filhos dele também tinha nome de outras pessoas.

– Não é a toa que essa gracinha é tão perfeita. – Audrey pegou Lily dos braços da Ashley. – Tem o meu nome no meio.

– Sua modéstia me comove.

– E não se esqueça do meu. – a senhora Scamander cantarolou.

– Mas a gente homenageou Lily Evans. – James cortou o barato da irmã fingindo inocência.

– Cala a boca!

– Mas enfim... onde está aquele garoto? – Ashley perguntou se lembrando do filho e não o avistando em lugar nenhum. Na verdade, com exceção da Lily, nenhuma das outras crianças estavam na sala com eles. – RICHARD JAMES POTTER! – a ruiva gritou.

– As cordas vocais da sua esposa vão sempre me surpreender. – o John comentou rindo para o James que sorriu.

– Ainda não acredito que você deu o nome Richard ao seu filho. – Fred soltou uma gargalhada sendo acompanhado pelo Miller que soprou um beijinho e o outro rolou os olhos.

– Chamou mãe? – um garoto de oito anos, moreno e dos olhos intensamente verdes apareceu com um sorriso torto acompanhado dos dois melhores amigos e primos. – Sei lá... quase não deu para escutar a sua voz... no Alasca.

– Perdeu o medo de morrer menino? – a Ashley falou indignada.

– Esse é o meu filho. – James murmurou entre risos, mas fechou a cara quando a ruiva lhe olhou fuzilante. – Foi mal.

– Onde vocês estavam? – ela perguntou desconfiada em direção aos três garotos. Ninguém confiava quando aqueles três estavam juntos. Sempre dava confusão.

Os três sorriram inocentes. Céos Draco Malfoy tinha seus nove anos e era a copia perfeita do pai, sem tirar nem por. Mas acho que tinha puxado seu lado maroto dos Weasley, pelo menos era o que todos diziam. Christopher Longbotton já era a copia de Charlotte, só que a copia masculina claro. Ele tinha a idade de Richard, oito anos. Quando esses três se juntavam...

– Nada demais tia. – Christopher garantiu dando um beijo na bochecha da mulher ruiva que lhe olhou torto.

– A gente finge que acredita. – Fred deu uma risada piscando o olho para o afilhado.

– A confiança de vocês, toca o nosso coração. – Céos comentou passando pela Roxy e dando um beijo na bochecha da madrinha antes de ir se sentar com os pais.

– Estou de olho em você Richard. – Ashley falou para o filho que foi se sentar ao lado do pai sorrindo.

– Mas o que eu fiz? – o Miller brincou do canto dele.

– Cala a boca!

– O Brian está com sono Roxy. – Charlotte comentou entregando o garotinho de quatro anos nos braços da mãe que apenas assentiu sorrindo e se levantando em seguida.

– Vou coloca-lo para dormir. – ela anunciou e olhou pedindo permissão para a Ashley que rolou os olhos e indicou as escadas. Até parece que algum deles precisava pedir alguma coisa naquela casa.

– Pode ir Roxy. – a ruiva deu um beijo na testa de Brian e a morena tratou logo de subir com o filho que já cochilava nos seus braços.

Brian Harry Potter era a copia masculina da mulher.

– Hey pessoal. – os gêmeos Potter surgiram aparecendo com biscoitos na mão então logo concluíram que estavam na cozinha. – Onde está a mamãe? – a garotinha completou dando por falta da Roxy enquanto o irmão ia se sentar com o pai.

– Foi colocar o seu irmão para dormir. – Albus respondeu sorrindo para a filha.

Se o Brian parecia com a Roxy, os gêmeos Remus e Minerva que tinham seus sete anos eram a copia do pai, sem tirar nem por. Nessa hora você percebia a mania dos Potter de dar nome aos filhos homenageando alguém. Algumas pessoas brincavam que quem escolheu o nome de Minerva foi a Rose, simplesmente pelo fato da garotinha se chamar Minerva Hermione Potter. Já o menino se chamava Remus Sirius Potter e todo mundo falava que o Albus não tinha aprendido a lição do que acontecia quando dava o nome de dois marotos ao seu filho e olhe que ele conviva todos os dias com o irmão.

Um grito fino se fez ouvir no andar de cima, o que fez todo mundo olhar assustado para a escada onde uma garota de oito anos de idade descia correndo e apavorada. Só que tinha um problema... seu cabelo estava tingido de vermelho, como se ela fosse ruiva, acontece que a menina era loira.

– Melody, o que ouve com você filha? – Dominique perguntou olhando assustada para a menina.

– FORAM AQUELAS PESTES! – a garota gritou apontando para o Richard, Christopher e Céos que estavam às gargalhadas. – OLHEM O QUE ELES FIZERAM COM O MEU CABELO!

Os garotos ainda riam, enquanto Melody Fleur Miller parecia a ponto de chorar.

– Richard. James. Potter. – Ashley falou pausadamente e ameaçadoramente para o filho que parou de rir na hora e sua expressão mudou para uma de “fodeu a porra toda”. – Peça desculpas a Melody agora! Ou eu juro que tingo o seu cabelo de roxo com um feitiço que só eu vou saber desfazer e só o tiro depois de três meses!

O garoto parecia que tinha sido obrigado a engolir um sapo enquanto olhava emburrado da mãe para a Melody que olhava para a madrinha agradecida pelo apoio. Os outros dois amigos prendiam as gargalhadas.

– Mas mãe...

– AGORA!

– Desculpe. – Richard resmungou baixinho.

– Eu não ouvi. – Melody provocou e Ashley soltou um riso baixo não interferindo porque sabia que o filho merecia. As vezes ele era muito cruel com a afilhada dela.

– DESCULPE! OUVIU AGORA?! – o garoto gritou levando olhares de repreensão e risos de outras pessoas.

– Sim, Potter. – a garota resmungou lhe lançando um sorriso irônico.

– Os outros dois peçam desculpas agora também! – Rose ordenou olhando diretamente para o filho com um olhar que o fez engolir levemente em seco.

– Desculpa. – ambos falaram rapidamente e o Fred, James e John soltaram risadas levando olhares de repreensão das esposas.

– Ótimo. – Ashley se aproximou de Melody. – Me deixe concertar isso querida, apesar de você ser linda ruiva, me acostumei com você loira. – completou piscando para a garotinha que sorriu tímida enquanto a ruiva desfazia o feitiço mostrando novamente os lindos cabelos loiros.

– Obrigada madrinha. – ela agradeceu antes de ir se sentar com a Dominique que sorriu para a filha.

– E Fred, pare de fornecer produtos da gemialidades Weasley para esses garotos! – Ashley ralhou com o homem que fez a expressão de desentendido mais falsa da historia.

– Mas madrinha... – uma morena de onze anos apareceu sorrindo marota ao lado de outra morena da mesma idade. – Aí não teria graça. Quem iria me fornecer coisas para... brincadeiras em Hogwarts?

Todo mundo soltou risadas enquanto a ruiva rolava os olhos.

Ashley sabia que Melanie Ashley Weasley, que a proposito era sua afilhada também, era tão marota quanto o pai além de ter a personalidade esculpida da mãe. Ninguém segurava aquela garota quando ela queria. Principalmente quando ela se juntava com a morena ao seu lado. Ela e Victoria Longbotton – a outra filha do John e da Charlotte – eram impossíveis juntas.

– Venha cá minha Sonserina. – todo mundo riu quando o Fred falou aquilo, porque era realmente engraçado. Melanie estava em seu primeiro ano em Hogwarts, assim como Victoria, e o chapéu seletor a colocou na Sonserina em setembro, o que causou bons risos da cara do Fred. A morena apenas sorriu e foi se sentar ao lado do pai, brincando com a Lily que estava no colo da mãe.

– Porque você se mistura com Sonserinas minha Grifinória? – John entrou na brincadeira chamando a filha que ao contrario da amiga, foi para a casa dos leões.

– Sabe que eu não sei pai? – a resposta da Victoria fez todo mundo soltar risadas e Melanie rolar os olhos e dar um sorriso sarcástico.

– Onde está o Lisander e a Lisa? – a Molly perguntou em direção ao Lorcan.

– Dormindo. – foi a senhora Scamander que respondeu sorrindo.

Seus filhos eram gêmeos e tinham cinco anos. E o incrível era que eles não eram gêmeos idênticos como eram os filhos do Albus e da Roxy. O Lisander era ruivo e a Lisa era loira. Mas ambos puxaram os olhos do pai.

– E a Lucinda e o Liam? – dessa vez quem perguntou foi o Céos do seu canto dando por falta dos únicos primos que ainda não tinham dado as caras.

– Esses dois não se desgrudam. – Christopher comentou fazendo uma careta.

– Estamos aqui. – ambos surgiram com bolinhos em mãos. Cozinha. Claro.

Lucinda tinha seis anos e era ruiva, também com os pais que tinha, loira ela não poderia ser. Ela logo foi se sentar ao lado do pai e Hugo sorriu para a filha.

– Vem cá filhão! – Louis falou chamando Liam e bagunçando os cabelos loiros do menino de seis anos que agora sorria para a mãe. Molly sorriu de volta.

– É muita gente para uma família só, meu Merlin. – Ashley comentou causando risadas em todos.

– Quem manda vocês casarem entre si? – Victoria deu uma risada enquanto a senhora Potter pegava a filha de três anos nos braços da Audrey que fez um bico. Ashely riu indo se sentar com o marido e o outro filho.

– Tanta gente em Hogwarts e vocês foram se casar logo com os amigos mais próximos de vocês. Clichê. – a Melanie completou causando risadas em todos.

– Do que você está reclamando? – James perguntou risonho em direção a afilhada. – Se não estivéssemos ficados juntos vocês não teriam nascido.

– Poupem os detalhes, por favor. – Céos fez uma careta enquanto todo mundo ria.

– Ai, por favor Malfoy. – a Weasley falou empinando o nariz e depois dando um sorriso que ressaltou bem a parte da Audrey que ela tinha. – Até parece que você não sabe que todo mundo namora um dia e que...

– O que você fala para essa menina fabulosa? – a Ashley perguntou para a melhor amiga e interrompendo a afilhada. Audrey soltou uma gargalhada abraçando a filha.

– Não tenho culpa se ela puxou a mim.

– Qual é o assunto por aqui? – a Roxy desceu as escadas perguntando. Já tinha colocado o filho para dormir.

– Como a gente se conheceu e porque ficamos juntos. – o Albus soltou uma risada respondendo a esposa e a abraçou quando ela se sentou ao seu lado.

– Essa é uma historia engraçada. – a morena soltou uma gargalhada acompanhada de algumas pessoas. – Tudo aconteceu quando essas duas malucas e tias de vocês se mudaram para Hogwarts no sétimo ano. – ela completou contando as crianças como se fosse confidencia e indicando a Ashley e a Audrey que riram baixo e sorriram uma para outra. Todos os menores se entreolharam e imediatamente todo mundo se interessou.

– As vezes eu me pergunto se tudo isso teria acontecido se elas não estivessem ido para Hogwarts. – Rose admitiu para os outros adultos. – Se nós ficaríamos juntos ou se um dia iriamos conhece-las.

– Vocês mudaram a vida da gente. – Fred abraçou a Audrey que deu risada o beijando levemente em seguida.

– Tudo acontece por uma razão não é? – Ashley comentou olhando diretamente para o marido que sorriu colando a sua testa com a dela.

– Sim, tudo bem, ninguém se importa. – a voz da Victoria fez todo mundo olhar para ela que estava agora ao lado da Melanie.

– Porque vocês não contam logo como se conheceram? – a outra comentou impaciente como se esperasse uma historia digna de filme. Todo mundo riu.

– Não é uma historia muito interessante não. – Roxy deu de ombros rindo e olhando para todos os filhos deles que prestavam absoluta atenção.

– E tudo gira em torno do casal complicado ali. – Rose apontou rindo para Ashley e James que sorriram um para o outro.

– Complicado? – Richard repetiu olhando para a mãe que sorriu para ele e depois para o marido, antes de acariciar delicadamente o rosto da filha que quase dormia em seus braços.

– Oh, sim complicado. – a Audrey falou dramática.

– Falem logo! – ninguém achava que isso era tão importante para as crianças até a Melody se pronunciar animada.

– Não é uma historia muito interessante. – a Ashley comentou pela primeira vez fazendo todo mundo olhar para ela. As crianças pareciam presas nas palavras da ruiva e os adultos sorriam porque iam ouvir a historia no ponto de vista dela.

– Mas é a nossa historia. – James completou a fala da esposa sorrindo para ela.

– Uma doce Ironia. – a ruiva sorriu para o seu marido o olhando nos olhos, antes de voltar o olha para todos. – Tudo começou em um dia ensolarado na França...

The End.


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