Doce Ironia. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 76
Escolhas precisam ser feitas.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP?
Bom, cá estou eu novamente com um capitulo como eu mesma prometi. Hoje eu não tenho muita coisa para comentar e nem tempo para fazê-lo. Tenho que começar a escrever o próximo capitulo, tenho que responder os reviews do cap anterior que vocês mandaram e que eu não respondi ainda e bom... daqui a pouco eu ainda vou ter que sair.
Enfim, sobre o capitulo amoras... ele será surpreendentemente diferente e vocês verão meio que outro ângulo da historia. Como diz o titulo: escolhas precisam ser tomadas.
Vou deixar vocês lerem.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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“Feche a porta, apague a luz. Eu quero estar com você. Eu quero sentir o seu amor. Eu quero estar do seu lado. Eu não posso esconder isso mesmo que eu tente. Coração bate mais forte, o tempo foge de mim. Mãos trêmulas tocam a pele, isto se torna difícil. E as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia. Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo... Você sabe que eu serei, sua vida, sua voz, sua razão para ser meu amor. Meu coração está respirando por isso. Momentos no tempo, eu acharei as palavras pra dizer. Antes que você me deixe hoje.” – Moments



P.O.V’s Ashley.

Sabe aquelas metáforas estupidas que as pessoas sempre fazem quando estão sofrendo, afim de expressar um pouco dessa dor em palavras? Bom, eu estou cheia delas.

Eu poderia dizer que o meu coração estava quebrado, pisado e amordaçado e que a culpa era única e exclusivamente minha. Eu também poderia dizer que era como se um Dementador passasse perto de mim. Aquela sensação horrível de que eu nunca mais seria feliz.

Mas não era exatamente isso.

Era pior.

Porque não era como se eu não pudesse ser mais feliz, porque eu claramente poderia. O problema era... eu não queria. Porque eu tinha feito a pessoa que eu mais amava sofrer e não havia dor maior do que essa. Se engana que acha que sofrer uma desilusão é a pior dor que existe, porque não é.

A pior dor que existe é ver uma pessoa que você ama sofrer e não poder fazer nada. E o pior de tudo... saber que você mesma é a causa do sofrimento.

É estranho como a vida nos prega peças e parece não se contentar enquanto não te ver sofrer.

É doentio.

Porque num momento eu era apenas mais uma garota francesa que estudava em uma escola de magia de lá, com um futuro todo planejado. Em seguida eu já era uma garota que estudava em Hogwarts, que era Grifinória, tinha feito vários novos amigos e que havia se apaixonado pela pessoa que mais odiava.

Mas porque Merlin fazia isso comigo? Sei lá... parecia implicância de alguém de lá de cima.

O que eu havia feito de tão ruim para merecer tudo isso? Porque eu sempre conseguia estragar tudo e ferir todo mundo que é próximo a mim? Porque eu havia conseguido magoar a pessoa que eu mais amava e a pessoa que eu mais queria abraçar porque seria a sensação de estar segurando o mundo nos meus braços. O meu mundo.

As três palavrinhas que toda garota sonha em ouvir um dia havia se tornado minhas três palavrinhas amaldiçoadas. As três palavrinhas que me atormentariam até a minha morte só para me mostrar o quão pateticamente estupida eu era.

Eu não havia saído do meu dormitório desde o meu encontro com o Si... bom, o meu encontro com você-sabe-quem. Não, não é o tio Voldy.

Eu simplesmente não iria conseguir encara-lo. Eu não iria conseguir encarar os meus amigos e toda Hogwarts que provavelmente já sabiam o que tinha acontecido. Então eu me tranquei no dormitório e rezei para ninguém vir me incomodar.

Ninguém veio.

Já era tarde da noite, eu percebia porque a lua já estava alta no céu e os seus raios prateados entravam pela janela aberta e fazia sombras no quarto. E eu ainda não havia conseguido dormir.

Muito pelo contrario.

Eu estava sentada no parapeito da janela, olhando para a imensidão lá fora. Não dava para ver muita coisa da floresta, mas dava para ver claramente o lago negro, levemente iluminado pelo luar. Não que eu estivesse realmente prestando atenção nisso, porque a minha mente voava a um milhão de quilômetros por hora rodeada de pensamentos que eu deveria tentar suprimir.

Pensamentos que haviam sido feitos estritamente para me torturar.

E isso dói mais que um crucio, apesar de nunca ter levado um, eu poderia garantir. Acho que não existe dor física que se compare com dor psicológica, pelo simples fato da dor psicológica ser feita para te atormentar. Na dor física você pode fugir, uma hora ela sempre vai acabar, mas a outra não. Ela vai estar ali, sempre, martelando na sua cabeça.

Porque a consciência, se encarrega, dela própria te incriminar e não há nada pior do que você sentir nojo de você mesma. De odiar você mesma.

– Hey divonica... – uma voz familiar e mais suave do que nunca falou baixinho enquanto a porta do dormitório se fechava. – Achei que estaria aqui, apesar de também ter me passado pela cabeça a torre de astronomia. Acho que todo mundo quando está deprimido vai para aquele lugar.

Virei minha cabeça para ver uma Audrey com um semblante preocupado, mas com um sorriso forte no rosto, caminhar até mim. Era isso que eu mais gostava na minha melhor amiga. Eu sabia que se eu gritasse por ajuda ela largaria tudo só para me ajudar até me ver bem. Esse era um dos momentos que eu precisava dela.

– Fiquei sabendo o que aconteceu. – ela comentou se sentando ao meu lado no parapeito enquanto eu voltava meu olhar para fora.

– Pois é. – sussurrei apenas.

– Você é uma idiota. – ok, Audrey, não é como se eu não soubesse disso. Eu ainda me comovia com o apoio moral dela. E ela falou isso não alterando o tom de voz suave. – Porque fez aquilo com o Jay? – sussurrou acariciando meus cabelos. – Ele esta sofrendo sabia?

– Audrey, por favor...

– Mas você está mais. – ela me interrompeu bruscamente me olhando. – Eu posso ver nos seus olhos que você está tão triste quanto ele. Você é minha melhor amiga Ashley... eu te conheço. Agora eu quero que você olhe nos meus olhos e me diga o motivo de tudo isso.

Eu sabia que se olhasse nos olhos dela eu jamais poderia mentir, porque eu não conseguia mentir para ela, do mesmo modo como eu não conseguia esconder nada. Não conseguia e nem queria.

– Eu sou uma idiota. – foi o que eu falei com lagrimas vindo aos olhos. – Eu sou uma estupida, eu sou uma cabeça dura, eu sou uma imbecil, eu não sei dar valor as coisas que eu tenho...

– Ok, interrompe o monologo e me conta uma novidade. – eu queria socar a Audrey pelas piadinhas sem graça em um momento desses. – Foi mal.

– Eu não mereço o Sirius. Nunca mereci. – olhei nos olhos dela. – Eu nunca mereci o amor dele, porque eu sou uma vadia egoísta que parece ter o dom de fazer todo mundo ao meu redor sofrer.

– Eu nunca ouvi tanta bobagem de uma vez. – a fabulosa me olhava como se eu fosse maluca. Rolei os olhos. – Por favor, ruiva... você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Você acha que eu seria amiga dessa pessoa que você descreveu?

– Eu só o fiz sofrer. – sussurrei apoiando a minha cabeça em mãos. – Eu não conseguiria suportar mais o fato de saber que ele está sofrendo e a culpa é minha.

– Então você não vai gostar de saber, mas ele está sofrendo agora. – a morena constatou.

– Foi melhor assim. – balancei negativamente a cabeça. – Eu não sei nem o que fazer da minha vida fabulosa. Eu não sei nem que decisão tomar e eu não me perdoaria por tomar a decisão errada por estar cega.

– Você também não pode viver das expectativas dos outros. – a Audrey balançou a cabeça negativamente, seria. – Não pode viver a vida para agradar os outros. A escolha tem que ser sua. – citou.

– Alice no país das maravilhas? – me permiti um leve riso ao notar um dos poucos filmes trouxas que ela havia se dado ao trabalho de assistir.

– Exatamente. – ela sorriu de leve para mim. – Olha divonica... eu queria poder tirar a sua dor. Queria poder sentir ela no seu lugar, mas acho que também posso senti-la, porque quando você está sofrendo isso também me machuca. Mas infelizmente eu não posso. Eu também poderia dizer que você está exagerando com tudo isso, que está sendo idiota, estupida, boboca...

– Audrey!

– Na verdade eu acabei de dizer isso! – ela esboçou um sorriso inocente. – Mas eu também não posso te julgar e muito menos te culpar, pois senti um terço da sua indecisão também divonica e sei o quanto é difícil. Sei que a escolha que você tem que fazer é complicada. Mas, infelizmente, eu também não posso te ajudar nela. Gostaria de poder te dizer o que você deve fazer, mas essa é uma decisão sua. De mais ninguém.

– E você? – perguntei querendo sair do assunto antes que eu chorasse. Novamente. – Já decidiu se vai para a AMB?

– Sim, eu já tenho a resposta. – me surpreendi e o choque me fez virar a cabeça rapidamente na direção dela, o que resultou em eu estralando o pescoço e em uma dor não muito agradável.

– E qual é? – questionei ansiosa.

– Eu não vou. – ela falou depois de respirar fundo e eu senti o meu queixo ir ao chão.

– Como? – minha voz era um fio.

– Eu decidi não ir Ash. – ela desviou o olhar.

– Mas fizemos esse plano juntas!

– Você sabe, assim como eu, que muita coisa mudou desses meses pra cá. – ela me olhou calmamente. – Eu não quero ir divonica. A França não é mais o meu lugar e eu sei disso.

– Pela primeira vez você encontrou um motivo para querer ficar. – sussurrei lembrando do Fred e das palavras dela.

– Exato. – ela sorriu de leve. – Pretendo falar com meus pais em breve, acho que eles não vão ficar necessariamente felizes, mas...

– Eu estou feliz por você. – sorri para ela. – Espero que dê tudo certo entre você e o Fred.

– Vai dar. – piscou para mim. – E eu digo o mesmo em relação a você e o Jay. Tudo uma hora vai se acertar, você vai ver.

– Eu queria ter a mesma certeza que você.

[...]


– Hey Dursley! – uma voz enjoada e conhecida chegou até os meus ouvidos, enquanto eu me esgueirava pelos corredores vazios, mais uma vez do no dia, fugindo de todos os meus amigos e bom... dele. – Cabeça de cenoura!

Eu respirei fundo rezando paciência a Merlin enquanto me virava vendo a praga demoníaca caminhar até mim. Incrivelmente meu ódio por ela tinha aumentado, porque – apesar de saber que eu era a culpada – eu não conseguia esquecer que foi a Dominique que tinha acendido o fosforo para a explosão que foi a minha briga com você-sabe-quem. Também não conseguia esquecer que ela estava conversando e rindo com ele antes de eu chegar. Que ela tinha tirado um sorriso dele quando eu não tinha o feito.

Era demais para mim porque paciência tem limite.

E no meu caso ele era quase nulo.

– O. Que. Você. Quer? – silabei irritada.

– Olá para você também. – ela revidou.

– Será que você pode falar logo o que você quer? Porque eu tenho outras coisas para fazer. – falei cruzando os braços, impassível. Achei melhor não ficar com as minhas mãos soltas para elas não ficarem tentadas a voar em um certo pescoço na minha frente.

– Tipo fugir dos meus primos? – ela debochou sorrindo irritante e meu sangue começou a ferver.

– Qualquer coisa é melhor do que ficar aqui olhando para essa sua cara de quem comeu limão. – meus olhos estavam estreitos na direção dela.

– Digo o mesmo. – ela rolou os olhos azuis e balançou o cabelo loiro. – Não importa, porque eu só queria entregar isso. Fui obrigada, para falar a verdade. – completou me estendendo um envelope.

– E o que é? – perguntei desconfiada sem pegar o mesmo.

– E eu lá sei? – ela questionou sem paciência. – Foi a Minerva que mandou. Será que dá para pegar logo ô tomate? Eu to com pressa.

– Foda-se. – falei com um sorriso cínico pegando o envelope e abrindo o mesmo.

Era apenas a diretora requisitando que eu fosse a sua sala. Mas o que ela queria era um completo mistério para mim.

– Esta esperando o que para ir embora? – questionei erguendo os olhos da carta para olhar a veela demoníaca ainda parada me encarando.

– Tenho algo para falar com você. – ela disse simplesmente.

– E eu não quero ouvir. – dei as costas seguindo pelo corredor.

– Você é uma estupida! – a voz dela chegou aos meus ouvidos me fazendo parar no meu do corredor e fechar as mãos em punhos sem nem me virar. – Você é uma estupida egoísta. Você esta fazendo o Jay sofrer sabia disso querida Dursley?

– Cala a boca. – rugi me virando porque eu não suportaria ouvir isso dela.

– Não calo. – ela rolou mais uma vez os olhos azuis parecendo tão irritada quanto eu. – Sabe por quê? Porque o Jay sempre foi a única coisa que eu sempre quis, mas você chegou e tirou ele de mim. Sabe o quanto eu te odeio? Bom, acho que você não tem nem ideia.

– Idem. – debochei.

– Você fala de mim, mas você é a vadia. – continuou como se não me ouvisse. – Porque você o tirou de mim, eu que o amava tanto e que queria faze-lo feliz, para pegar para você que só o fez e o faz sofrer. Como se sente sabendo disso?

– Cala. A. Boca. – falei pausadamente.

– Não, não calo! – ela gritou e eu rolei os olhos. – Porque você teve tudo que eu sempre desejei ter. Você o teve e desperdiçou! Você teve em mãos o garoto que eu amei quase toda a minha vida e o deixou ir embora. Sabe o que você é? Uma vadia Ashley Dursley. Eu quero que você sofra e pague tudo o que você está fazendo a ele, sabe por quê? Porque você não merece o amor do Jay.

Eu não consegui falar nada enquanto ela dava as costas e seguia pelo corredor sumindo de vista. Eu não conseguia falar nada porque ela estava certa.

As lagrimas finalmente saíram dos meus olhos enquanto soluços baixinhos irrompiam o meu peito e eu me sentava no chão, encostada na parede enquanto colocava a cabeça entre os joelhos, permitindo as lagrimas saírem livremente.

“- Você não gritou quando eu te chamei de “ruiva”. Nem um: “É Dusley para você Potter!” – imitou pessimamente minha voz no final enquanto me observava. Eu virei a caixa, fazendo as peças do morcego caírem no chão.

– Eu não gritei? – questionei meio insegura. Sinceramente, tava tentando não me concentrar muito na voz dele, ou ia fazer merda.

– Não, você não gritou. – serio, eu acho que estava assustando o garoto.

– É, eu não gritei.”

Meus soluços ficaram mais fortes quando essa lembrança veio a minha mente, afinal por causa do sonho que tive daquela vez, eu tentava a todo custo esquecer, mas não. Ela, assim como as outras, havia sido retirada do meu inferno pessoal só para me assombrar.

Olhei para a carta da Tia Minnie que estava em minhas mãos e constatei que ela tinha ficado levemente molhada por causa das minhas lagrimas que tinham caído nela. Respirando fundo limpei as lagrimas com as costas das mãos e esperei os soluços diminuírem gradativamente.

Assim que isso aconteceu, me levantei sabendo que a minha cara, provavelmente, era péssima. Olhos vermelhos e inchados de choro e rastros de lagrimas deveriam completar a minha imagem completamente deprimente.

Não me importando com isso, apenas segui pelos corredores em direção a sala da diretora rezando para não encontrar ninguém durante o caminho.

Não encontrei.

– Suco de abobora. – falei a senha que estava na carta e a gárgula pulou para o lado revelando a agora conhecida, escada em espiral. – Com licença. – pedi batendo a sala da diretora.

– Pode entrar senhorita Dursley. – Tia Minnie falou com a sua habitual voz severa indicando a cadeira em frente a sua mesa. Com a cabeça baixa, fechei a posta e me sentei, obedientemente, a olhando em seguida. – Está tudo bem querida? – ela me perguntou, dessa vez com voz branda enquanto olhava com preocupação no fundo dos olhos, os rastros de lagrimas em meu rosto.

– Tudo sim Tia Minnie. – falei com uma voz levemente rouca por causa do choro e limpei a garganta em seguida. – O que a senhora queria comigo?

– Bom... – ela não me repreendeu pelo apelido, então eu deveria parecer mal mesmo. – Como você já deve saber, a senhoria Stuart, já me deu a posição dela em relação a vaga da AMB e eu já dei a posição dela para a Frieda que ficou decepcionada por ela não ter aceitado. Creio dizer que eu também fiquei já que essa é uma chance única.

– Entendo. – falei com o coração apertado querendo saber aonde ela quer chegar.

– Mas eu gostaria de saber... – Miner continuou. – Se a senhorita já tem a sua resposta. Tenho que entrar em contato com a diretora de lá o mais breve possível.

– Eu... b-bom... eu... – eu realmente não sabia o que responder. Limpei a garganta. – Eu ainda não decidi Tia Minnie.

– Compreendo. – ela disse simplesmente me olhando nos olhos como se vesse a minha alma. – Creio que a senhorita deva tomar essa decisão o mais rápido possível.

– Claro. – concordei vazia.

– Minha cara Minerva... – a voz de Dumbledore invadiu o cômodo e nós duas nos viramos para vê-lo nos olhar por trás dos óculos meia lua em seu quadro. – Poderia me deixar a sós com a senhorita Dursley? Creio que tenha algo que queria falar com ela.

– Tudo bem. – Tia Minnie se ergueu depois de pensar um pouco. – Vou aproveitar para verificar alguns detalhes com os organizadores da formatura. A proposito... – se virou para mim. – Como vão os discursos?

– Bem. – falei apesar de não ter feito nada.

– Ótimo. – ela falou simplesmente antes de sair da sala e eu me virar mais uma vez para Dumbledore.

– Quer falar comigo professor? – que pergunta idiota Ash.

– Sim senhorita Dursley... vejo que tem algo que a incomoda. – ele sorriu terno. – Lembro que mencionei que se precisasse de ajuda eu estaria aqui.

– É só que... estou confusa com algumas coisas. Nada demais. – sorri de leve.

– Não acho que seja nada demais. – ele falou com brandura. – Creio que isso tenha haver com o senhor Potter e com a carta para a AMB estou certo? – cara, esse homem que parece o papai noel é bem inteligente.

– Sim. – suspirei derrotada.

– Imaginava. – ele sorriu de leve. – Sabe senhorita Dursley... eu não posso ajuda-la na sua escolha.

– As pessoas andam me falando muito isso. – resmunguei.

– E elas estão certas. – ele me olhava com seus olhos azuis por trás dos óculos. – Essa é uma decisão que cabe apenas a senhorita. Escolhas. Caminhos. A vida sempre nos oferece um leque deles, e cabe a nós escolher. Decidir. Escolher qual caminho percorrer em meio à toda incerteza que existe por trás de cada decisão. Incerteza a qual faz parte da vida. Sabe outra coisa que faz parte da vida? O tempo. Dizem que ele é capaz de curar tudo, mas nem tudo sobrevive a ele, se me permite dizer. Poucas coisas são capazes de sobreviver quando ele interfere: uma ferida mal curada, uma amizade verdadeira e um amor para a vida inteira. São as nossas escolhas que definem quem nós somos, muito mais que as nossas qualidades. – ele sorriu como se estivesse feliz em falar isso.

– Obrigada professor. – por algum motivo eu me sentia mais leve e lhe lancei um sorriso sincero.

– Creio que a senhorita saiba o que fazer agora. – ele tinha um certo brilho nos olhos. – Lembre-se... essa é uma decisão sua. Não deixe ninguém, absolutamente ninguém nem nada interferir nela.

– Obrigada Tio Dumby. – falei animada me erguendo. – Bom acho melhor eu ir. – comentei me dirigindo até a porta. – Esta na hora de eu tomar minha decisão.


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