“Seguir e perceber que tudo mudou. Entender e acreditar que o que está por vir pode ser muito melhor do que aquilo que se foi, do que aquilo que se perdeu para sempre.”

P.O.V’s Ashley.

Depois do choque inicial do momento “eu tenho um clone”, me virei para olhar a família do primo do meu pai que ainda me olhavam intensamente.

Pisquei uma vez, duas ,três. Eu nunca vi tantos ruivos reunidos juntos.

- Meu Merlin, quantos ruivos. – falei olhando para eles. Isso foi o suficiente pra todos caírem na gargalhada e eu acompanhar na risada.

Tinha muitos da minha idade, ou por volta disso. Poucas pessoas ali não eram ruivas. E eu achando que minha cor de cabelo era rara.

O garoto “gostoso mais idiota”, é assim que eu vou chama-lo enquanto eu não souber o nome, me olhava intensamente e eu retribui seu olhar indulgentemente. No maior estilo “Você se acha fodástico? Eu sou mais.”. Ele pareceu se divertir com isso.

Como se tivesse acostumado a ter qualquer garota aos seus pés, o que eu não duvidava. Ele parecia achar que eu seria mais uma, o que nesse momento eu jurei para mim mesma que não seria.

Eu odiava meninos metidos, arrogantes e prepotentes, ele parecia a combinação disso tudo.

- Ashley. – a voz do meu pai me tirou dos meus pensamentos. Olhei para ele que fez o sinal para eu me aproximar. Andando lentamente fui até lá. Eu tentei não olhar para trás porque eu sentia os olhos dos meninos da minha idade no meu corpo, o que era constrangedor.

Uma por uma as mulheres da família foram me abraçando, as mais velhas, porque as mais novas olhavam irritadas para os meninos que babavam em mim. Isso não vai dar certo.

Alguns se dirigiram a mim me apresentando o resto do pessoal.

- Prazer Hermione Wesley. – uma mulher com pose formal, mas com um sorriso largo e sincero falou para mim. Sorri de volta pra ela. – Esses são meus filhos Rose e Hugo. – apontou para uma ruiva, realmente bonita e de olhos azuis e um garoto de cabelos castanhos da cor do dela e que aparentava ser mais novo do que eu.

Eu sorri sinceramente para os dois que retribuíram o sorriso. A ruiva com sinceridade e o menino um pouco corado.

- George Wesley. – um homem se apresentou. Ele tinha um largo sorriso no rosto e eu soube que ele era um maroto de primeira e esse nome não me era estranho. Ai eu me lembrei que meu pai já tinha falado dele. – Essa é minha esposa Angelina, - eu sorri para a mulher ao seu lado. – E esses são meus filhos Fred II e a Roxy. – apontou para uma menina e um menino que pareciam ter por volta da minha idade. George tentava não rir do olhar vidrado de alguns garotos.

A menina se levantou sorrindo para mim, eu gostei dela, e me abraçou. O menino veio até a mim e beijou minha mão galanteador. Me fazendo erguer as sobrancelhas.

- Ao seu dispor. – falou sorrindo para mim. Ele me fez lembrar da Audrey. Rolei os olhos para ele rindo. O que fez muita gente rir comigo.

- Percy Wesley. – se apresentou outro adulto. Ele tinha um jeito pomposo. – Essas são minhas filhas Molly e Lucy. Sorri para as meninas que retribuíram meu sorriso.

Uma loira realmente bonita se levantou. Ela me fez lembrar das veelas da escola que eu estudava. Ela provavelmente era uma descendente.

- Fleur Delacour. – se apresentou pra mim. Eu podia notar um sotaque Francês na sua fala.

- Bonjour Fleur- a cumprimentei em Francês. Ele sorriu encantada.

- Parlez-vous français? – ela perguntou. (Você fala Francês?)

- Oui. – respondi sorrindo.

- Alguém esta entendendo o que elas estão falando? – o Fred II perguntou.

- Ninguém. Mas Francês é uma língua muito sexy. – o garoto “gostoso mais idiota” falou olhando para mim, o que me fez rolar os olhos.

- Esse é meu marido Gui Wesley. – me apresentou eu sorri para ele. – E meus filhos Victorie e seu marido Teddy– uma loira linda veio até a mim e me abraçou, sendo seguida por um homem de cabelo azul. – Louis. – apontou para um garoto também loiro. Eu sorri e ele retribuiu. – e Dominique. – meus olhos bateram na loira que me olhava com desdém. De cara percebi que não seriamos amigas. Olhei para ela e depois em virei.

- Aqueles são o Lorcan e o Scorpius. – o Harry apontou para dois loiros. Um tinha olhos cinzas e o outro olhos azuis. Eles sorriram para mim e eu retribui.

- Gina Potter. – uma ruiva se apresentou pra mim sorrindo. – Esses são meus filhos, Lilly – uma ruiva saltitante veio até mim e me abraçou. – Albus. – um moreno de olhos verdes, um mini Harry, sorriu largamente para mim e eu retribui. – e James Sirius. – apontou para o garoto “bonito mais idiota”.

Ele se levantou sorrindo torto, veio até mim e me abraçou. Ele cheirava bem, retribui o abraço sem empolgação.

- Você é linda sabia? – ele perguntou ainda me abraçando. Me separei dele rolando os olhos.

- Isso não cola comigo Potter. – falei pra ele e muita gente riu enquanto ele esboçava um sorriso torto. Bocó.

~*~

Os adultos tinham saído da sala e ido para outro cômodo, deixando apenas os adolescentes. Segundo eles precisávamos nos conhecer melhor.

E estávamos nos conhecendo, acredite.

Eu estava certa sobre o James Sirius, ou como eu vou chama-lo de agora em diante, o projeto do que não presta. Ele é um idiota, egocêntrico, e insuportável.

Eu estava aqui a pouco mais de duas horas e ele já consegui acabar com a pouca calma que eu tenho. Cai entre nós, eu não sou chamada de esquentada a toa.

Nós estávamos brigando fazia minutos. O garoto não parava de me dar cantadas o que eu odiava. Ele parecia se divertir com a minha irritação. Os outros assistiam a briga como se estivessem em um jogo de ping-pong. As pessoas no quadro da parede tentavam não gargalhar da briga.

- Olha aqui seu projeto do que não presta... – comecei irritada, mas ele me interrompeu. Nunca. Me. Interrompam. A não ser que queiram uma morte lentamente dolorosa.

- Olha ruivinha, você precisa controlar seu gênio. – completou risonho quando viu meu rosto ficar vermelho de raiva. Eu fechei os olhos contando até 10. Não vale a pena mata-lo Ash. Respira.

- Não. Me. Chame. De. Ruivinha. – falei pausadamente. Eu era chamada por muita gente de “ruivinha” por razões obvias, mas só ouvindo isso sair da boca do desgraçado, me fez querer nunca ter tido esse apelido.

- Sai comigo e eu paro de te chamar de ruivinha. – ele propôs o que fez muita gente colocar a mão na boca tentando não rir, porque eu estava a um passo de voar na sua garganta.

- EU PREFIRO SAIR COM UM TRASGO DO QUE COM VOCÊ POTTER. – falei/berrei. Isso foi a deixa para todos explodirem em gargalhadas, inclusive o pessoal do quadro, o que eu não entendia. A Dominique que não parecia gostar nada disso.

Os adultos entraram na sala, provavelmente atraídos pelo meu grito e as risadas do pessoal. Franziram a testa diante da cena.

Eu e o bocó em pé. Eu com o rosto vermelho de raiva e ele com o rosto completamente divertido. E os outros rindo loucamente.

- O que esta acontecendo? – o Harry perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Você provavelmente só vai ter dois filhos até amanhã. – eu respondi e o imbessil riu.

- Você, realmente, precisa controlar seu gênio. Eu posso te ajudar nisso. – falou galante. De repente eu me imaginei raspando o cabelo dele.

- Nem se você fosse o ultimo homem no mundo. Se é que você é isso.– eu praticamente cuspi as palavras. Os adultos começaram a rir também.

 - Eu posso te provar que eu sou. – ele falou se aproximando.

- Mantenha uma distancia segura, antes que meu pé acerte na parte do corpo que você mais gosta. – falei rispidamente e as gargalhadas recomeçaram.

- Ok – a Gina falou ainda meio que rindo. – Vamos todos nos sentar e conversar. – ela propôs. Eu lancei um olhar nada bonito para o energúmeno e me sentei entre a Roxy e a Rose, que foram as duas que eu mais me dei bem. Ficamos nos olhando em silencio, onde voavam faíscas de mim.

James e Lilly no quadro pareciam achar isso ainda mais interessante, o que eu não entendia. No momento minha raiva estava centrado, no projeto do capeta do outro lado da sala.

Respirei fundo tentando acalmar meu gênio. Pensei em pinguins. Pinguins são aves fofinhas que andam de um jeito engraçado. Pinguins são divos.

- Como vai a Petúnia? – o Harry perguntou. Eu já tinha controlado meu gênio o que era bom.

- A cara de cavalo? Ta ótima. Já ouviu falar que vaso ruim não quebra? – perguntei inocentemente. Todo mundo riu.

- Ashley. – meu pai ralhou comigo.

- O que foi, eu estou mentindo? – perguntei a ele. Ele me olhou com repreensão. – A bruaca me odeia. – completei. As pessoas tentavam parar de rir.

- Ela não te odeia. – ele falou para mim. Eu lhe olhei descrente. Ele franziu de leve a testa. – Não tem motivos para isso. – completou e eu bufei irritada.

- Claro, nenhum motivo. – digam olá para o meu sarcasmo. – 1º eu sou ruiva. 2º sou a copia de Lilly Evans,. 3º eu sou uma bruxa. Motivo nenhum. – falei ironicamente.

Muitas pessoas cuspiram as bebidas que tomavam, quando eu disse que era bruxa. Franzi a testa. Eles não tinham se dado conta disso ainda? Jura produção?

- Bruxa? – a Rose perguntou espantada.

- Exato. Pensei que vocês já tinham notado. – falei dando de ombros. – Vou para Hogwarts esse ano, junto com a minha melhor amiga. – completei e vi o mentecapito e o Fred trocando sorrisos, a Dominique fazendo uma careta e o resto ficando animados.

- Amanhã todos os meninos vão passar três dias na Toca. Porque não vai com eles? – a Gina perguntou docemente para mim. Abri a boca para negar, porque já tinha visto o sorriso maroto na boca do James, mas a Roxy foi mais rápida.

- Ela vai sim. – falou. Eu a olhei indignada. Tipo, eu podia vim visita-las, mas passar três dias, no mesmo ambiente que o Potter, não estava entre as minhas atividades favoritas. E a Dominique não gostava de mim, e o sentimento era recíproco. Acho que só não discutimos ainda porque não teve chance, já que eu estava ocupada quase estrangulando o Potter.

O desgraçado fazia força para não rir, assim como muita gente, da minha cara de incrédula.

- Vai ser bom filha.- minha mãe falou para mim. – A Audrey só chega daqui a pouco mais de uma semana e pelo visto vocês já ficaram amigas. – apontou para mim, Rose e Roxy. Nós sorrimos. Era verdade. Apesar de serem um ano mais nova que eu, eu realmente tinha gostado delas.

- Tudo bem. – falei num suspiro.

- Ótimo. – a Gina falou animada.

- Amanhã eu aparato aqui, pode ser? – perguntei a ela.

- Claro. – falou sorrindo. - E você vai via pó de Flúor junto com os meninos. – completou. Ótimo. Mais tempo com o Potter. Tudo o que eu queria no momento. Minha ironia as vezes me surpreende.

A Lilly, irmã do Albus, veio saltitante até mim. – Vai ser legal – falou sorrindo. Eu também tinha gostado dela. Ela era uma vegetariana completamente louquinha e muito gente fina. Sorri para ela. O que eu não fazia por esse povo?

- Combinado então. – falei derrotada e as meninas comemoraram.

- Vamos jantar? – o Harry falou sorrindo. Assentimos nos levantando. O Potter veio para meu lado.

- Vou adorar passar três dias com você. – falou para mim.

- Mantenha distancia. – falei rispidamente. As pessoas riram.

Quando agente saiu da sala ainda ouvi a voz de James Potter sair do quadro.

- Parece que a nossa historia vai se repetir Lírio. – falou e depois ouvi risadas. Não entendi e nem tinha tempo para pensar nisso.

A única coisa que eu pensava é que seriam três longos dias.