Doce Ironia. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 62
Deixar livre.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP BOYS D GIRLS?
Sentiram minha falta amoras? Tenho certeza que não, levando em conta que tem dois dias que eu estava aqui postando um capitulo. Tou achando que vocês vão enjoar da minha cara. Serio.
Enfim, obrigada pelos reviews do cap anterior amoras. Eu li cada um deles e amei. Estou indo responder agora, porque não deu tempo responder antes de postar do capitulo, já que não estava em casa o dia todo e acabei de chegar do colégio.
Bom, não tenho muita coisa para falar hoje. É. Também acho isso um milagre. Espero que gostem do capitulo minhas amoras e pêssegos (?).
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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“Às vezes você só percebe a importância de um momento, quando ele se torna uma lembrança.”


P.O.V’s Ashley.

– Ashley Marie Dursley... o que você e o Weasley conversaram? – se a Audrey me perguntasse isso mais uma vez eu ia faze-la engolir os dentes.

Como podem perceber meu humor não era um dos melhores no momento.

Tentem entender, hoje é segunda. De manhã! Isso já é um ótimo motivo para querer socar o mundo, já que eu tenho quase certeza que as segundas feiras foram criadas pelo diabo, porque eu vou te contar viu. E outra era que eu estava tentando terminar de me arrumar para descer porque eu estava com fome e a Audrey enchia o meu saco desde que eu acordei com essa maldita pergunta.

– Nada. Nós não conversamos nada. – eu falei rolando os olhos enquanto penteava o meu cabelo.

– Não acredito em você. – a morena resmungou de volta e eu fechei os olhos contando até dez mentalmente. Respira Ash... não vale a pena mata-la e depois ficar sem uma melhor amiga.

– Problema seu. – falei finalmente jogando a escova de cabelo de lado e procurando a caixa do anel que o Rich havia me dado. Tinha decidido usa-lo hoje.

– Serio... o que vocês dois conversaram? – assim que a Audrey perguntou isso, eu ergui a minha cabeça lentamente a olhando irritada.

– Conversamos sobre cachorros, sobre galinhas, sobre o raio que o parta! Nós não conversamos nada demais Audrey! – nossa, mentir estava ficando cada vez mais fácil. A convivência com esses meninos não é uma boa influencia para mim.

– Divônica... – ela falou lentamente me encarando.

– Será que você pode tentar confiar em mim? – perguntei a encarando de volta. – Te garanto que não fiz nada que possa te prejudicar de algum modo.

Ela não quebrou o contato visual por um bom tempo e depois rolou os olhos e deu um suspiro derrotado me fazendo abrir um sorriso.

– Que seja. – disse simplesmente e eu pisquei para ela enquanto pegava a minha bolsa. – Vai usar o anel que o Miller te deu? – ela arqueou uma sobrancelha olhando para o anel nada discreto no meu dedo;

– Sim. Tenho eu conversar com ele. – expliquei.

– Precinto alguém surtando hoje. – a fabulosa riu e eu franzi a testa.

– O que? – do que porra aquela garota estava falando?

– Sabe Ash... as vezes você consegue ser mais burra que uma porta. – a Audrey gargalhou pegando a bolsa dela e me acompanhando até a saída do dormitório.

– Depois minha mão voa acidentalmente na tua cara e você não sabe o motivo. – resmunguei de volta.

– Qual a nossa primeira aula? – ela me perguntou enquanto saiamos do salão comunal a caminho do salão principal. Ao que parecia nenhum dos nossos amigos tinham tido a decência de nos esperar.

Porque amizade é tudo.

– Aula conjunta com as cobras de Estudo dos Trouxas. – respondi prontamente.

– Uhhh, aula com o professor bonitão. – Audrey cantarolou e eu ri concordando com a cabeça.

– Fabulosa... – falei ficando inesperadamente seria. A garota ao meu lado me olhou curiosa. – O que vamos fazer quando terminarmos Hogwarts?

– Eu não sei. – dava para ver no rosto dela que ela não queria pensar sobre o assunto. Rolei os olhos sabendo que discutir isso era algo do qual não podíamos fugir.

– Audrey... – falei, mas ela logo me cortou.

– Temos alguns meses ainda ok? E ainda temos os NIEM’s. E claro... depois de sairmos daqui ainda temos tempo para decidir o que fazer. – ela disse olhando fixamente para frente.

– Você sabe que não é assim. – eu disse suavemente. – Sim, temos mais alguns meses aqui dentro, mas assim que sairmos daqui, você e eu sabemos, que nosso futuro é uma perfeita incógnita.

– Eu não quero falar sobre isso. Não agora Ashley. – Audrey falou me olhando seriamente e eu comecei a me irritar. Porque ela se recusava a enfrentar determinadas coisas? Porque ela gostava tanto de fugir de determinados assuntos?

– Porque não Audrey? – questionei parando quando chegamos as portas do salão principal. Ela parou de frente a mim. – Isso é um fato. Não sabemos se ficaremos na Inglaterra. Não sabemos se voltaremos para a França. Você tem sua família lá, assim como eu tenho uma parte, insignificante, da minha. Temos que decidir o que vamos fazer da nossa vida Audrey. Tem a nossa carreira. Tem a AMB que sempre foi nosso sonho. Será que você pode parar de tentar se esquivar dos problemas e tentar enfrentar eles cara a cara? Eu também não quero sair daqui! Eu também não quero voltar para lá! Mas isso é algo que temos que conversar e decidir.

– Será que você não entende que eu não quero pensar no que vai acontecer daqui a meses, agora? Você já parou para pensar que me dói saber que talvez eu tenha que voltar para a França e que eu não tenho nenhum motivo realmente grande para ficar? Eu realmente não quero pensar no meu futuro Ashley! Eu quero viver o meu presente. Eu quero viver o agora. E o depois... vem com o tempo. – a Audrey disse simplesmente e deu as costas se dirigindo até a mesa dos leões onde estavam os nossos amigos e eu não a segui.

Senti os olhos dos nossos amigos em mim, enquanto a fabulosa, em silencio, apenas tomava o seu café. Porque tudo tinha que ser tão complicado?

– Ashley? – uma voz rouca soou e uma mão tocou de leve o meu ombro. Nessa hora eu percebi o quanto parecia uma idiota parada na porta do salão olhando para a mesa.

– Rich? – soei surpresa ao ver o garoto olhando para mim, legitimamente preocupado. Achei que eu teria que caçar ele.

– Você esta bem? Parece um pouco preocupada. – ele falou me dando um abraço. Soltei um suspiro. Como tinha sentido falta daquele garoto.

– Apenas alguns problemas. – murmurei quando me separei dele. – Nada demais. – acrescentei ao ver ele me encarar preocupado. Ele rolou suas orbes azuis.

– Você esta usando o anel! – ele exclamou alegremente pegando a minha mão e a erguendo. Eu sorri ao ver o seu sorriso.

– Sim. E a proposito... eu amei. – falei calmamente e ele me encarou ainda sorrindo.

– Fico feliz que tenha gostado. Também amei o seu. – ele acrescentou rindo e eu também deixei escapar uma risada. Tinha dado a ele uma espécie de manual Grifinório, com um bilhete acrescentando que ele tinha que melhorar o seu lado Sonserino.

– Posso falar com você? – falei inesperadamente e ele me encarou fixamente. Acho que ele sabia exatamente o que eu ia falar.

– Claro. – disse finalmente e eu sorri olhando nos seus lindos olhos azuis. Tão diferentes do... bem, não importa.

– Vamos conversar em outro lugar. – falei, porque eu sabia que um monte de gente nos olhava fixamente. Principalmente meus amigos. Já comentei sobre povo bisbilhoteiro? – Antes que dê o horário de voltar ao inferno.

Ele soltou uma gargalhada ao ver eu me referir desse jeito a aula e eu simplesmente peguei na sua mão para lhe arrastar para longe dali.

– Espera um pouco. – ele pediu antes que eu o puxasse. Franzi a testa o vendo voltar para a mesa das cobras, e pegar algo e vir até mim novamente. – Toma. Acho que você tem que comer algo.

– Obrigada. – falei com um sorriso brilhante notando o cupcake de chocolate. Dessa vez ele que pegou na minha mão me puxando para fora dali.

Caminhamos pelos corredores agora vazios em silencio. Assim que ele achou uma sala vazia no segundo andar, tratamos logo de entrar. Eu estava ficando nervosa. Conversar com um garoto sobre esse tipo de coisa não estava na minha lista de coisas favoritas a fazer e isso não era tão difícil levando em conta que eu nem tenho uma lista.

Mas eu sabia que se queria ainda ter Rich como amigo, eu teria que esclarecer tudo sobre aquele beijo. Foi injusto com ele, foi injusto comigo, foi injusto com todo mundo.

– Bom, o que queria conversar? – ele me perguntou enquanto se sentava em cima da carteira do professor. Eu fiquei de pé em frente a ele. Cara, eu era tão baixinha assim que consegui ficar da mesma altura?

– Você sabe sobre o que é Rich. – falei desviando meu olhar do seu. – Acho que você já teve tempo o suficiente para... pensar.

– Eu sei. – ele falou dando um sorriso de lado e afagando de leve meus cabelos ruivos. – Acredite... eu pensei demais. E talvez tenha sido esse o problema.

– Como assim? – questionei confusa.

– Meus pensamentos não me levaram a nada sweet. – eu ergui uma sobrancelha e dei um sorriso que foi copiado por ele por causa do apelido carinhoso. – Acho que aquele beijo foi tudo o que eu menos queria e mais queria ao mesmo tempo.

– Você pode falar a minha língua? – sabe qual o meu problema? Fico fazendo gracinhas quando estou nervosa. Ele riu.

– Foi o que eu mais queria, porque desde que eu coloquei meus olhos em você eu sabia que você era diferente. E eu não estava errado. Pela primeira vez na vida eu tinha algo que eu queria mais que tudo. – por mais que eu quisesse eu não conseguia desviar o olhar do dele. – E quando você me beijou, eu achei que poderia ter você.

– Me desculpa. – sussurrei baixinho.

– A culpa não é sua. – ele me garantiu sorrindo. – E foi a pior coisa, porque desde o início, no fundo, eu sabia que você nunca seria minha Ash. Nunca. Mas eu não posso negar... não me arrependo de ter te beijado naquele dia. Não mesmo.

– Eu não quero perder a sua amizade Rich. Eu nunca quis. Pode não ser do jeito que você quer, mas... você é importante para mim. – eu falei sinceramente e eu achava que tinha lagrimas nos olhos.

Ele pulou da mesa e me envolveu num abraço de urso, com minha cabeça repousando no seu peito.

– Você nunca vai perder a minha amizade sweet. Sabe porque? Porque eu vou estra sempre aqui para você, de um jeito ou de outro. E eu nunca vou deixar nada de ruim te acontecer, porque você simplesmente não tem noção do quanto significa para mim e do quanto sempre vai significar. – ele me olhou nos olhos enxugando umas lagrimas minhas que tinha caído. – Porque eu posso me casar com outra um dia, amar outra um dia, mas eu nunca vou esquecer de você. Nunca vou esquecer do que eu sinto por você e esse sentimento nunca vai acabar. Adivinha o motivo? Você é aquele amor que apesar de tudo, eu vou levar para toda a vida.

Se ele queria me deixar chorando igual uma criança, ele realmente conseguiu. Rich me abraçou novamente e eu não sabia o que eu estava realmente sentindo no momento. Se era alivio por tudo que tinha sido esclarecido, ou se era tristeza pelo que eu estava o fazendo passar.

– Mas sabe de uma coisa? – ele falou de repente ainda sem deixar de me abraçar.

– O que? – perguntei com minha voz rouca do choro.

– Acho que no fundo ainda não desisti de verdade. – ele falou me apertando ainda mais em seus braços. – Mas se uma coisa eu aprendi sobre o amor Ash é que se você ama uma coisa, deixe ela livre. E eu te amo o bastante para te ver fazendo outra escolha e sendo feliz de outra forma.

Eu ergui a cabeça olhando fixamente para os seus olhos azuis como o céu, deixando um fraco sorriso escapar.

No final das contas Merlin não havia sido tão ruim assim comigo.

Ele tinha colocado um anjo na minha vida.


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