“Fora isso, não tenho a mínima ideia de por que insisto em continuar vivendo. Eu faço tudo errado.”

P.O.V’s Ashley.

Sábado.

Sabe o que essa linda e perfeita palavra significa?

Liberdade.

Sim, significa centenas de estudantes felizes e animados por não ter que olhar na cara dos professores e muito menos ver um livro a quilômetros de distancia por exatos dois dias. Oh, seja abençoado quem criou o sábado.

Momento dramático de lado, eu tinha passado os últimos dias me questionando o que fazer para juntar os casaizinhos mais fofos de Hogwarts. Só que não.

Aqueles casais não tem nada de fofos! Eles brigam todos os dias e a cada momento!

Milhares de ideias tinham passado pela minha cabeça e modos de como junta-los. Nenhuma boa o bastante e nenhuma que não houvesse um pequeno risco de uma euzinha morta em seguida.

Afinal eu não acho que alguém gostaria de ser trancado dentro de um minúsculo armário de vassouras com apenas um bilhete escrito “Se agarrem loucamente”.

Trágico.

– O que vamos fazer o dia todo hoje? – um Potter entediado questionou.

– Eu vou sair... –a Audrey começou.

– Com o Fred. – completei rolando os olhos. – Porque você simplesmente não o adota como melhor amigo? – falei irritada e ela riu e me abraçou.

– Não precisa ficar com ciúmes ruiva. – ela me contou. – E além do mais eu não vou sair com o Fredoca. – completou.

– Não? – todo mundo questionou junto e o Fred rolou os olhos.

– Não. – ele falou fazendo uma careta.

– Eu vou sair com o Marlon, aquele Corvinal lindinho e loiro do nosso ano. – ela me contou animada.

– Você não estava saindo com o Fred? – a Rose questionou confusa.

– Nosso relacionamento é aberto. – os dois falaram juntos.

– E é por isso que eu vou sair com a Halley. Aquela lufana linda. – o Fred completou com um sorriso de canto. Impressão minha ou eu vi a Audrey reprimi uma careta?

– Vocês são malucos. –a Roxy resmungou. Todo mundo foi obrigado a concordar.

– Mas voltamos para a questão inicial... o que nós vamos fazer o dia todo? – o Albus perguntou.

– Piquenique no lago. – a Lilly falou animada.

– Piquenique? – falei animada.

– No lago? – a Rose falou ficando mais animada do que eu.

– Tou dentro. – a Roxy falou e agente fez um toque estranho.

– É, eu acho que as meninas já decidiram. – o Potter falou com um sorriso.

– É uma pena eu não poder ir. – a Fabulosa falou com um biquinho.

– Aonde vamos pegar comida? – perguntei notando uma falha no plano. O pessoal olhou para o James e o Fred que trocaram sorrisos.

– Na cozinha. – o Potter falou simplesmente;.

– Como vocês conseguem entrar lá? – a Audrey perguntou impressionada.

– Com os artigos certos. – um Potter divertido falou piscando para mim.

– Eu quero conhecer a cozinha. Assaltar Cupcakes é o meu esporte favorito. – falei animada. O pessoal riu.

– Ótimo, então vai você e o James na cozinha. – a Roxy falou para mim. – E eu e o resto do pessoal arrumamos as coisas e vamos esperar no lago. – completou.

– Porque eu tenho que ir com o Potter? E porque só eu e ele? – perguntei cruzando os braços e o bocó riu.

– Porque você não sabe o caminho para ir sozinha e mesmo se soubesse seria pega. O Jay tem as coisas perfeitas para não ser pego, e além do mais só caberia duas pessoas do tamanho de vocês. – a Rose me explicou.

– Caberia duas pessoas aonde? – perguntei confusa.

– Na capa. – a Albus respondeu como se explicasse tudo.

– Capa? – perguntei ainda mais confusa.

– Você vai ver na hora ruiva. – o Potter falou calmamente.

– Ótimo, que bom que nos resolvemos. – a Roxy falou se colocando em pé.

– Cada um vai para o seu salão comunal se arrumar e pegar o que tem que pegar. – a Rose ordenou também se colocando de pé.

– Nos encontramos no lago em meia hora. –a Lilly completou. Os meninos rolaram os olhos e pegaram os seus caminhos. A Audrey foi se arrumar para o seu encontro, e o Fred foi encontrar a lufana, enquanto o Potter me arrastava até um corredor vazio.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei olhando ao redor. Ele fez sinal para eu fazer silencio. Ele checou um dos bolsos e tirou um pergaminho e em seguida um pano, ou melhor uma capa.

Antes que eu protestasse, ele jogou aquilo por cima de nós dois, e olhando a textura dela percebi que não era uma simples capa.

– Isso é... – comecei impressionada.

– Uma capa da invisibilidade. – completou com um minúsculo sorriso. Então ele puxou o pergaminho e apontou a varinha para ele murmurando algo que eu realmente não entendi.

– O que é isso? – perguntei me inclinando para ver. Meu queixo foi ao chão. Era um mapa, mas não qualquer mapa. Um mapa de Hogwarts com a localização de cada pessoa.

“Apenas saiba que, como o filho mais velho do meu pai, eu herdei alguns itens que ele tinha na época da escola que são muito uteis. Então achar essas passagens é muito fácil, e se locomover no castelo sem ser visto também. Além de eu saber sempre onde casa pessoa esta.”

Safado. Então era isso que ele queria dizer.

– Ta explicado. – falei rolando os olhos e ele riu.

– Vamos logo ruiva. – falou entrelaçando minha mão com a sua e me puxando.

– Não sou sua ruiva Potter. – falei para ele, mas não tirei sua mão da minha já que era ele que me guiava. Então ele começou a diminuir o passo, para eu consegui acompanha-lo direito, e quando percebi já estávamos caminhando calmamente e de mãos dadas.

Olhei para nossas mãos entrelaçadas e vi o quanto a minha era pequena perto da dele. Eu iria retira-la de lá, mas quando ele percebeu isso apertou mais forte e ergueu as duas mãos na altura dos nossos olhos.

– Sabe porque a minha mão é maior que a sua? – ele perguntou de repente.

– Não. – falei confusa. Ele sorriu minimamente para mim.

– Porque eu sou homem e você mulher. Porque eu sou forte e você é fraca. Porque eu sou grande e você pequena. Porque eu fui feito para cuidar de você. – completou suavemente. Eu desviei meu olhar do dele sem saber o que falar.

Suavemente retirei minha mão da sua, e apenas lhe dei um pequeno beijo na bochecha. Poderia me arrepender depois mais me pareceu o certo no momento. Ele apenas sorriu e fomos caminhando em silencio até darmos de cara com um quadro de frutas.

Ele fez cocegas na pêra que riu (sim, eu também achei estranho),e formou uma maçaneta. O Potter retirou a capa de cima da gente e abriu a porta da cozinha. Eu tive certeza que meus olhos brilharam.

Elfos. Tinha elfos. Eu só tinha visto um, uma vez na minha vida e eu era absolutamente apaixonada. Eles eram um doce pelo que eu sabia.

– Senhor Potter. – um elfo exclamou animado. Ele tinha uma aparência extremamente velha, mas ainda tinha a sua animação. – Como vai? E como vai o seu pai, Harry Potter?

– Eu vou bem Gougue e você? – o Potter falou sorrindo para o elfo. – Meu pai esta ótimo, você sabe que não é qualquer coisa que o abala.

– Estou ótimo senhor, o que o elfo Gougue pode fazer pelo senhor e pela moça bonita? – perguntou finalmente me notando. Eu o observava maravilhada.

– Gougue, essa é a Ashley. Ashley esse é o Gougue. Um velho amigo da família, ele ajudou meu pai com algumas coisas quando ele voltou para fazer o sétimo ano. – nos apresentou. Eu sorri e me ajoelhei ficando da mesma altura que o elfo e olhando nos seus enormes olhos verdes.

– Como vai Gougue? – perguntei educadamente.

– Vou bem senhorita. – ele me respondeu maravilhado. – É namorada do senhor Potter? – perguntou e o bocó deu um sorriso divertido.

– Não Gougue, ela não é. Ainda. – completou e eu rolei os olhos.

– É um prazer conhece-lo. – falei para o elfo e em seguida me levantei.

– Você se parece muito com outra bruxa que eu vi em uma foto. – ele me falou. Eu sorri para ele.

– Já ouvi muito isso. – concordei rindo de leve.

– O que os senhores vão querer? – perguntou partindo para o modo Elfo eficiente. Pedimos com educação tudo que precisava e no final o Gougue me trouxe a perfeição de Cupcake. Todo de chocolate que fez minha boca salivar sem eu nem ter tocado nele.

Com os olhos brilhando eu peguei na mão do Elfo. – Obrigada Gougue. – falei me curvando levemente pra ele. Seus grandes olhos verdes brilharam e ele colocou a mão na boca. Eu apenas sorri. – Volto para te ver em breve. – completei.

Fui em direção a saída junto com o Potter que sorria brilhantemente.

– Gostou dele não foi? – me perguntou.

– Sim, ele é um amor. – exclamei animada. Ele riu.

– O Gougue é um elfo legal. Ele ajudou meu pai com alguns assuntos que ele precisou quando voltou para refazer o sétimo ano depois da guerra. Meu pai o ajudou a conseguir um emprego em Hogwarts, ele vivia dizendo que acha o Gougue muito parecido com outro elfo que ele admirou muito. – completou com um sorriso. Eu apenas assenti.

– Eu só tinha visto um elfo uma vez na minha vida. Eles são adoráveis. – completei.

– Alguns. – ele concordou rindo de leve. – Você precisava ter conhecido o Monstro, o elfo que pertencia ao meu pai. Ele morreu faz cinco anos, também já era bastante velho o coitado. Ele era rabugento, mas sabia ser bem legal quando queria. Principalmente quando se tratava do meu pai. Ele faz bastante falta de vez em quando. – completou dando de ombros.

– Acho melhor agente adiantar, o pessoal deve estar esperando. – falei e ele sorriu jogando a capa em cima da gente novamente.

– Vamos lá ruiva. – falou me puxando novamente.

– É Dursley para você Potter. – retruquei e ele riu.

Foi aí que eu percebi que eu passei um tempo com ele e não brigamos.

Realmente estamos evoluindo.