“Quando eu vi seu rosto, foi como se um espaço em meu coração fosse preenchido. É como se eu soubesse desde o começo que você era toda outra parte de mim" — Jason Walker :}

P.O.V’s Ashley.

Logo o Neville, que era o diretor da Grifinória, passou entregando os horários. Ele tinha uma cara profundamente divertida enquanto nos olhava.

Não o culpava.

Você também ficaria assim se tivesse que ficar olhando para os seus alunos, que a propósito, a maioria estava vestido de mulher.

Uma cena triste, eu sei.

– Qual é a primeira aula? – a Audrey me questionou.

– Transfiguração. – eu respondi olhando o horário. – Logo depois Feitiços. – falei.

– Quem são os professores? – a Audrey perguntou para os meninos.

– De feitiços é o professor Flitwick. E de transfiguração é a tia Minnie. – o Fred falou dando de ombros.

– Mas ela não é diretora? – falei erguendo as sobrancelhas.

– Sim, mas ela nunca parou de lecionar. Ela nos ama. – o Potter completou risonho. Não pude deixar de esboçar um pequeno sorriso.

– Bom, eu vou indo. – a Rose falou se levantando e aí eu lembrei que ela era um ano mais nova que eu, ou seja, não nos veríamos nas aulas. Triste. – Minha primeira aula é de poções e é conjunta com a Sonserina. Traduzindo: vou ter que aguentar a doninha júnior. – ela completou rolando os olhos e agente riu. – Nossa ô lá em casa viu? – ela falou para um lufano. É ainda tinha a aposta.

Logo ela foi saindo e puxando a Roxy que ainda reclamava da Dominique ser uma “ladra de estilos divônicos”. Sendo seguidas por um Albus que aguentava as piadinhas sobre a sua opção sexual e um Scorpius travestido.

– Um dia quero virar astronauta – o Fred falou para a Audrey. Porque será que eu tou prevendo uma cantada muito estranha?

– Porque? – a morena perguntou o olhando estranhamente.

– Para poder viajar no céu da tua boca. – ele respondeu brilhantemente. Eu ri rolando os olhos.

– Sabe se for assim eu também quero virar Astronauta. – o Potter falou sorrindo malicioso para mim. – O que acha minha ruiva? – eu fiz cara de nojo.

– Me faz um favor Potter? – perguntei docemente. Ele assentiu sorrindo. – Vá se fuder. – mandei com toda a minha delicadeza. Ele gargalhou junto com os outros.

– Só se for com você. – ele respondeu risonho. Eu fiquei vermelha e joguei nele um frasco de sal. Que ele prontamente desviou. Maldita agilidade de quadribol. Ah, sim. Acho que esqueci de comentar.

Ele era artilheiro e capitão da equipe de quadribol dos leões.

“ O melhor dos últimos tempos.”. Como diversas garotas comentavam.

Maldito James Sirius Potter, o senhor “eu sou fodástico”.

– Vá tomar no seu... – comecei irritada e com o rosto vermelho.

– Olha a boca lírio. – ele me falou risonho. Quase dei um grito de frustração.

– Acho melhor irmos para a aula. – a Audrey falou rindo e eu bufei lembrando que teria que ir com o mentecapto, com o Fred e o John, já que os outros eram do sexto ano.

– Vamos logo. – falei irritada e me levantando.

– Sabe ruiva, né por nada não, mas você quente. – o Fred falou tentando não rir e olhando para o meu cabelo.

– Eu já ouvi essa Wesley. – rebati rolando os olhos. O pessoal riu.

– E para de cantar a minha ruiva. – o Potter falou para o amigo.

– Eu. Não. Sou. Sua. Ruiva. Potter. – falei entre dentes.

– Cara, esse ano vai ser tão legal. – o John falou gargalhando. Eu rolei os olhos.

Vocês já notaram que eu faço muito isso? Pois é.

– Vocês vão ficar aí sentados ou vão levantar essas bundas para irmos para a aula? – perguntei batendo o pé.

– A senhora irritada esta de volta. Corram para as colinas. – a Audrey falou rindo, mas se levantando. Os meninos seguiram o exemplo e fomos a caminho da primeira aula.

Assim que chegamos na sala tinha umas meninas na porta que logo barraram o Potter, o Fred e o John, e depois nos lançando olhares não muito legais.

Eu e a Audrey apenas rolamos os olhos e entramos, deixando elas aguentarem as cantadas estranhas do Fred por um tempo.

Como sempre teve uma briga minha e da Audrey. Motivo?

Ela queria sentar no fundão e eu na frente.

Sempre a mesma coisa.

– Olha divônica, você sabe que eu odeio sentar na frente. – ela falou batendo o pé em frustração.

– E você sabe que eu odeio sentar no fundo. – falei cruzando os braços.

– E pra que inferno você quer sentar na frente? – ela me perguntou.

– Porque lá eu presto mais atenção. Quantas vezes eu vou repetir isso? Toda vez é a mesma coisa. – falei jogando os braços para o alto.

– Você é nerd! Não precisa saber mais nada. Você praticamente engole livros. – ela falou estressada.

– Ah claro. – falei irônica. – e você quer sentar no fundo para ter uma “visão” melhor dos garotos não é? – questionei e ela sorriu de canto, confirmando. – você não me engana fabulosa. – completei rolando os olhos.

– Então, já que estamos esclarecidas, sentamos no fundo. – ela falou tentando em puxar.

– Sentamos na frente. – falei irredutível.

– No fundo. – ela exclamou.

– Frente.

– Fundo

– Frente

– FUNDO.

– FRENTE

Foi aí que eu olhei ao redor e corei. Todo mundo tinha chegado na sala, inclusive a tia Minnie e olhava a minha discussão com a Audrey como se fosse um jogo de ping pong.

– Sentem no meio e acabem com isso. – o John falou divertido.

– Bom, elas bem que podiam sentar no meio... – o Fred começou nos olhando maliciosamente e eu arregalei os olhos. Ele não ia nos dar uma cantada dessa!

– SE VOCÊ COMPLETAR ESSA FRASE FRED WESLEY MINHA MÃO VAI SENTAR NA SUA CARA! – falei apontando o dedo pra ele na mesma hora que a Audrey começava a gargalhar, levando todo mundo a rir também.

– Já chega. –a Tia Minnie ordenou. – Sentem-se. – falou para agente. Eu olhei para a Audrey. – AGORA. – gritou quando nenhuma de nós saiu do lugar.

Demos um pulo de susto e nos sentamos nas primeiras cadeiras que vimos pela frente, que por coincidência era no fundo o que me fez bufar e a Audrey comemorar. Do nosso lado estava o Potter e o Fred.

– Tia Minnie, há dezenas de anos acabando com a nossa diversão. – alguém não identificado falou em voz de locutor. Eu ri.

– Detenção. – ela respondeu sem nem olhar na cara do dito cujo.

– Sabe tia Minnie... – o Fred começou. - Perto de você eu fico sem graça... Ainda mais perto eu fico sem vergonha. – ele falou fazendo a sala gargalhar. Ele ainda ia se ferrar por causa da aposta.

– Detenção também senhor Wesley. – ela falou o olhando.

– Tu não é pescoço, mas virou minha cabeça! – ele continuou.

– Uma semana. – ela falou e ele finalmente ficou calado enquanto agente ria.

~*~

Já era hora do almoço.

O período da amanhã passou correndo, já estava na hora do almoço, e sinceramente foi engraçado ver o Fred dando cantadas em plena aula de Feitiços.

Mas, falando das aulas, eu sabia que esse ano seria bastante complicado, por causa que tinha NIEM’S, além dos assuntos serem difíceis.

– Oi Lilly. – a cumprimentei sentando ao seu lado juntamente com a Audrey. O projeto de Boy band fracassada, vulgo Fred, Potter e John, foram se sentar com um pessoal que eu não conhecia.

– Oi meninas. – ela falou alegremente.

– Onde estão a Rose e a Roxy? – a Audrey questionou.

– Ainda não chegaram. – ela respondeu dando de ombros. – Ah, essa é a Julie. – falou apontando para uma menina que parecia ter a sua idade.

– Prazer. – falei sorrindo pra ela que retribuiu o sorriso.

–Eu estou morta de fome. – a Roxy (ou Dominique 2) falou chegando junto com a Rose que ainda dava em cima, descaradamente, dos meninos da escola.

A Roxy começou a montar o seu prato e quando foi pegar uma carne a Lilly se botou na frente, fazendo os olhos da morena se estreitarem.

– Não coma carne. Isso é ruim para as vaquinhas. – a Lilly falou fazendo biquinho. Típica vegetariana.

– Me da a carne Lilly. – a Roxy pediu com os olhos estreitos.

– Não. – a ruiva contra atacou.

– EU QUERO CARNE LILLY. AQUI NÃO É A INDIA PARA EU TER QUE COMER FOLHA PARA PROTEGER AS VACAS. SAÍ DA MINHA FRENTE. – a Roxy gritou perdendo a paciência e eu ri. O salão todo nos olhava.

– Eu só queria proteger as vaquinhas. – a Lilly falou com os olhinhos cheio de agua. Deu dó.

– Pronto, eu como essa comida de lagarto. – falei olhando para a salada. O que eu não faço para deixar meus amigos felizes?

– Boa sorte comendo a floresta. –a Rose falou rindo e eu fiz uma careta enquanto mexia com o garfo na salada.

Nunca fui naturalista.

Sempre comi de tudo, principalmente besteiras.

Me diz: Tem algo melhor do que Doritos com Coca-cola?

De repente, olhando para a salada, imaginei um pântano e meu estomago embrulhou.

Me concentrei: Pense nas vaquinhas. Pense na Lilly. Pense que você esta salvando vaquinhas.

É. Não deu certo.

Foda-se.

– EU QUERO CARNE. – berrei desesperada voando no prato. As meninas gargalharam e até a Lilly esboçou um pequeno sorriso.

Depois que eu engoli um bife, eu olhei para a Lilly e dei um sorrisinho amarelo, que ela retribuiu tacando um bolinho em mim.

Amor de amigos é tão lindo.

Ela riu da minha cara enquanto eu limpava o chocolate do meu rosto. Lhe dei língua.

Agente não era nada normal.

~*~