"Existem dias que tudo o que você precisa é de um abraço, silêncio, e paz."

P.O.v’s Ashley.

Pipoca pronta, e o filme no DVD.

Descobri que o senhor Wesley é viciado por aparelhos trouxas por isso, aqui na Toca tem de tudo. Desde televisão a radio, o que é super maneiro.

Me joguei no sofá e as pessoas se acomodaram nos outros sofás e pufes enquanto outras conjuraram colchões e se deitaram no chão.

O Potter se sentou ao meu lado e eu tive que contar a te 10 pra não chuta-lo de lá. Cara, como uma pessoa pode ser tão irritante e bonita ao mesmo tempo? Perai, eu falei que ele é bonito?

Será que eu bati com a cabeça?! Ou fumei pó de flúor?!

Ok, não podemos negar que ele é bonito, mas ainda é o Potter. E por ser o Potter ele extremamente irritante o que mascara sua beleza.

Ou seja, o Potter é mais chato do que um grindellow apaixonado. Cara, eu sempre filosofando. Tou começando a cogitar a ideia de realmente escrever um livro.

Enfim, filme rodando e todas as garotas presentes vidradas na televisão. Eu gostava de Titanic. Na verdade, quase todas as garotas gostam de Titanic.

No final, não tinha um ser produtor de ovários que não tivesse se debulhando em lagrimas, enquanto aos meninos tentavam nos consolar e não rir ao mesmo tempo.

Me agarrei a alguém que eu nem sabia quem era, só sabia que cheirava bem pra caramba. E tinha músculos. E era gostoso. Enfim...

Me agarrei a pessoa encharcando sua blusa e falando coisas desconexas como “ tão lindo” e “ porque ela deixou ele morrer? Usava um feitiço nessa joça.”.

A pessoa acariciava meus cabelos enquanto eu tentava parar de chorar. De repente eu ouvi a risada dos meus amigos e eu levantei o olhar e percebi que eles olhavam para mim divertidos e maliciosos, exceto a Dominique que me olhava com raiva.

Mas porque eles estão me olhando assim?

Wait... eu não tou vendo o Potter com eles. De repente meus olhos se arregalaram e eu me virei lentamente para ver com quem eu estava agarrada dando de cara com o mentecapto me olhando com uma cara extremamente divertida e maliciosa enquanto tentava não rir.

Dei um grito de susto e me empurrei dele caindo de bunda no chão e ouvindo as gargalhadas dele e dos meus amigos.

Me levantei massageando a minha linda bundinha que doía para caralho. Olhei com raiva para o idiota.

- Que foi meu Lírio? – ele perguntou inocentemente para mim. Tai, uma coisa que o Potter nunca foi e nunca será é inocente. E que inferno de apelido é Lírio?!

Eu só pude ser o tio Voldy-sem-nariz na outra vida.

Não. Eu não fui. Ninguém é tão bizarro quanto ele. Nem eu.

O cara não teve nariz! E perseguiu um garotinho como uma adolescente apaixonada! É nessa hora que as pessoas acham que ele torcia para o lado rosa purpurina da força.

- EU NÃO SOU SEU LIRIO POTTER. – berrei para ele. O pessoal riu.

Ele bagunçou os cabelos num gesto profundamente irritante. De repente me perguntei se eu raspasse aquele seu cabelinho, o que ele faria.

Provavelmente gritaria como uma garotinha.

- Sabe ruiva, desse jeito você vai deixar todo mundo surdo. – falou sorrindo para mim.

- Vá pro inferno. – falei pra ele.

- Você bem que gostou de estar abraçada comigo. – ele falou sorrindo maliciosamente fazendo o povo rir e foi aí que eu percebi que tinha mais gente vendo a cena.

Olhei e vi que Harry, Gina e todos os outros adultos estavam ali. Provavelmente o trabalho já acabou e eles vieram ver seus filhos antes de ir pra casa.

E comer a comida da senhora Wesley. Dizem que é divina.

- Você se aproveitou de mim. – falei exasperada. – Nunca se aproveita de uma garota que esta assistindo um filme romântico. – falei colocando as mãos na cintura. Ele riu.

- Onde esta essa regra? – perguntou levantando as sobrancelhas.

- Essa regra esta no livro de etiquetas. – mentira, não estava em porra de lugar nenhum. Mas ele não precisa saber disso.

- Nunca respeitei regras. – respondeu rindo e dando de ombros. O pessoal riu junto.

- Potter... – comecei baixinho e num tom de voz letal.

- Sim? – perguntou com um sorriso brilhante.

- É melhor você correr se não quiser perder seu “amiguinho”. – falei para ele. Ele me olhou por um tempo e quando percebeu que eu não tava brincando, ele correu como se sua vida dependesse disso.

Corri atrás dele, passando por todo mundo que gargalhava. Ele foi parar na cozinha.

Acontece que eu sou mais ágil e pratico artes marciais. Então num gesto habilidoso, enrolei minhas pernas nas suas (não pense maldades seus pervertidos.)o fazendo tropeçar e cair.

Eu vi que todo mundo correu atrás da gente para acompanhar a briga.

Foi aí que fudeu e vez. Eu posso ser mais ágil mais ele é mais forte que eu. Então ele se virou ficando por cima de mim e prendendo meus braços enquanto ria da minha pessoa.

- E agora? – perguntou para mim se aproximando.

- Se tem amor a sua miserável vida, saia de cima de mim. – praticamente gritei. Ouvi todo mundo rindo.

- Não. – ele falou gargalhando e se aproximando. Eu fiquei hipnotizada pelos seu olhos castanhos esverdeados por um tempo e vi que ele olhou para a minha boca e descobri sua intenção. Isso me despertou do transe.

Mas não mesmo James Sirius Potter.

Ele prendeu meu braço, não minha perna. Dei um chute digno de uma pessoa que pratica karatê bem na sua barriga. Sorte dele. Eu queria acertar o “Junior”.

Ele saiu de cima de mim ofegando e eu levantei rapidamente pegando a colher que estava em cima da bancada e apontando para ele como se fosse uma arma.

- Mais um passo e essa colher vai parar em um lugar que vai incomodar e que você não vai tirar por tão cedo. – ameacei e a gargalhada do pessoal aumentou.

- Cara, tem algo mais engraçado que a briga deles? – o Fred falou rindo e eu lhe lancei um olhar irritado.

- Não mesmo. – o Scorpius falou. Apontei a colher para os dois.

- Vocês são farinhas do mesmo saco, seus projetos de boy bands fracassados. – falei e o povo riu do bico deles.

- Quem esta com fome? – a senhora Wesley perguntou agente. A algazarra foi geral. Ela riu.

- O jantar esta quase pronto. Vão se lavar. – ordenou agente que fomos obedientemente, eu largando minha arma mortal em cima da bancada novamente.

Depois de todos prontos para o jantar, nos sentamos na sala todos juntos. Eu sentei ao lado do Harry.

- Sabe... –e ele começou sorrindo para mim. – eu já vi uma vez brigas iguais a sua e a do James. Na verdade até as pessoas eram idênticas a vocês. – ele completou divertido.

Eu o fitei curiosa e vi que todo mundo reprimiu sorrisos. O Potter tinha um imenso sorriso bobo;.

- No final o garoto acabou num destino trágico em que envolvia ele careca e estéril? – perguntei inocentemente e o pessoal riu.

O Harry riu mais um pouco, achando muito divertido o que eu tinha falado.

- Você se surpreenderia. – falou pra mim com um sorriso divertido e um olhar de quem sabia mais do que eu imaginava.