Assim que ouvi seu nome apenas acenei, ele já sabia o meu sem duvida, virei as costas e segui para minha ultima aula, Geometria, a professora ainda não estava na sala, segui calada para a ultima cadeira, ao meu lado um pouco distante se encontrava a loira que eu vi no refeitório, sua beleza era extrema, seus cabelos eram longos e cacheados, ela usava uma blusa vermelha com uma jaqueta preta por cima, uma calça jeans e botas de salto.

 Assim que me sentei ela olhou na minha direção me olhou de baixo em cima e sorriu, ela nada disse e eu também não o fiz, a professora chegou e começou a falar, se apresentou a mim e passou a matéria, assim que bateu o sinal, eu comecei a juntar meu material a loira parou ao lado minha mesa.

-Hei. –Ela saudou.

-Oi. –Respondi colocando minha mochila nas costas.

-Sou Rosalie Halle. –Ela disse, mas não estendeu a mão. –Bella Swan certo?

-Sim! –Eu respondi percebendo o meu apelido novamente. –Bom a Alice você conheceu hoje mais cedo, eu disse a ela para te dar mais um dia de calmaria, mas aquela baixinha é impossível.

-Hum. –Foi o que eu respondi e ela riu voltando sua atenção a mim.

-Desculpa, o menino na sua primeira aula que estava sentado conosco também, Jasper Halle meu irmão, foi ele que nos contou como você parecia durona. –Ela disse e me chamou para sairmos da sala o que eu fiz, andamos na direção do estacionamento. –É difícil encontrarmos pessoas que não são metidas ou piranhas por aqui! –Ela disse e eu dei de ombros. –Bom o cara que estava do meu lado, Emmett Cullen, e o outro de cabelo bagunçado e sem nenhum pudor se chama Edward Cullen, você notará que teimosia é de família.

-Como sabe que eu olhei para a mesa de vocês? –Questionei.

-Você e Edward pareciam em uma batalha de quem desistiria primeiro, foi engraçado. –Ela disse rindo eu rolei meus olhos.

-Além do mais Alice não vai sossegar enquanto você não disser que vai aquela festa, não é porque ela é minha melhor amiga, mas os Cullen dão as melhores festas é claro eu também dou umas ótimas. –Ela disse e sorriu para mim e eu fique inquieta com aquela animação toda. –Vou lhe dizer algo que no futuro próximo eu espero você me ira me dizer que eu tenho razão, Alice é uma manipuladora, mas é a pessoa mais adorável do mundo, ninguém diz não a ela, porque ela sempre da um jeito de você mudar de ideia.

-Bom você não me conhece então... –Deixei no ar.

-Ainda não encontrei ninguém que Alice não consiga manipular, se você for a primeira me diga como mudar isso. –Ela piscou e sorriu, me deu um tchau com a mão e seguiu para perto do seus amigos, eu segui para meu carro notando alguns olharem em mim, não me importei e segui para meu carro, dei ré e larguei a escola para trás indo para casa.

 Assim que entrei e escutei um som alto eu me lembrei de que minha mãe agora era uma desempregada dona de casa, rolei meus olhos e suspirei, quando eu iria me acostumar com isso nem eu mesma sabia, a única coisa que eu sabia é que não queria me apegar para sofrer de novo.

 Entrei em casa e deixei minha mochila em cima da mesa, minha mãe estava guardando algumas vasilhas e cantarolava a musica que passava nos som, passei a mão no capuz o deixando cair e deixando meu cabelo solto, minha mãe se virou e sorriu.

-Olá queria, como foi na escola? –Minha mãe questionou ainda guardando as coisas.

-Estranho. –Respondi ainda a olhando.

-Por quê? Alguém lhe tratou mal? –Ela questionou e eu rolei os olhos.

-Não, mas ninguém me conhecia como Á Isabella Swan filha da promotora e do chefe da Cia, mas apenas como a Isabella Swan filha do novo policial da cidade. –Respondi e respirei fundo. –Foi por isso que Charlie escolheu Forks?

-Sim querida, seu pai escolheu Forks porque é seguro, porque não precisamos de segurança e podemos viver calmos e livres. –Ela disse.

-É diferente. –Eu respondi e lhe dei as costas começando a subir as escadas.

-Bella. –Minha mãe me chamou me fazendo virar. –Diferente bom ou ruim?

-Bom! –Eu respondi e ela sorriu, continuei subindo até entrar em meu quarto, fechei a porta e tirei meus sapatos me jogando na cama, olhei para o teto avaliando meu dia.

1° era bom não precisar de segurança.

2° era bom poder dirigir meu próprio carro.

3° era horrível me lembrar.

4° eu não sabia o que eu senti ao conversar com Edward, Alice, Jasper e Rosalie hoje, então eu não sabia se era bom ou ruim.

5° eu não queria admitir, mas era bom ter minha mãe em casa.

 Fechei meus olhos e suspirei, minhas mãos tocaram o cordão que pendia em meu pescoço, meus olhos lacrimejaram e novas lagrimas desceram por meus olhos, eu sentia tanta falta. Sem notar acabei dormindo.

 Eu estava no sofá e havia uma pessoa deitada em meu colo rindo, era ele, com seus 24 anos estruturado na vida, nós assistíamos a um filme idiota, enquanto minha mãe e meu pai discutiam no escritório a nova ameaça.

-Esquece isso Bells, quantas nós já recebemos e todos nós estamos vivos não é. –Ele disse e eu suspirei.

-Você tem razão. –Eu disse.

 Naquele dia tinha uma festa beneficente onde todos erámos obrigados a comparecer, eu usava um vestido rosa rodado e curto de apenas uma manga e estava de braços dados com ele, nós riamos dos idiotas a nossa volta.

-Quem será seu marido no futuro? –Ele questionou e procurou pela festa.

-Não me casarei com um babaca, Jack. –Eu disse.

-Eu sei que não Bells. –Ele disse rindo. –Você é mais esperta que eles.

 No final da noite enquanto saiamos da festa e nos dirigíamos ao carro, um carro preto parou na nossa frente, quatro caras saíram de dentro e sacaram suas armas e começaram a atirar na nossa direção nossos seguranças começaram a tentar nos tirar da frente, mas era tarde, Jack entrou na minha frente e em seu corpo havia três tiros. Ele caiu em cima de mim, me ajustei puxando ele para meu colo enquanto lagrimas desoladas caiam no meu corpo.

Jack. Jack. Jack. Jack .Jack. Jack. Jack .Jack.

-Jack. –Eu gritei acordando, meu pai rompeu no meu quarto ainda fardado e me abraçou enquanto eu continuava chorando era a primeira vez que meu pai me tocava, era a primeira vez que alguém me tocava depois daquele dia.

-Calma querida, calma! –Ele sussurrou me balançando e me segurando firme no seu corpo, minha mãe que ainda estava na porta, entrou no quarto e se sentou na minha frente alisando minha mão enquanto seus olhos enchiam de lagrimas.

 Não sei quanto tempo passou só sei que mais lagrimas desciam por meus olhos a cada minuto, e meus pais também choravam, assim que nos acalmamos, eu sai do meio deles e segui para o banheiro batendo a porta, entrei na ducha tentando refrescar minha mente, olhei meu pulso que estava cheio de cortes e suspirei fundo, era a única coisa que tirava aquela dor por um tempo de mim sai do box abri a ultima gaveta e achei o estilete voltei para o box e me sentei no chão, fiquei ali e antes que as lagrimas voltassem eu enfiei o estilete no pulso puxando e deixando que o sangue jorrasse por um tempo enquanto a agua batia no corte o sangue secava, levantei me lavei mesmo sentindo a ardência, me sequei e passei álcool no novo machucado, coloquei um curativo e sai.

 Meu quarto estava vazio e a porta fechada, entrei no closet peguei outro moletom e o vesti com um short jeans, coloquei um chinelo e desci sabendo que eles estavam na cozinha a minha espera.

 Nós jantamos em silencio, ninguém tocou no assunto, assim que terminamos, eu lavei a lousa enquanto minha mãe tirava a mesa e meu pai enxugava e guardava foi uma experiência estranha, diferente de tudo que já fizemos.

 Depois voltei para meu quarto e cai na cama, eu tinha minhas duvidas de que eu fosse dormir, mas continuei ali, peguei um livro e comecei a lê-lo, não vi a hora passar, mas eu apaguei e só acordei com o despertar do meu despertador insistente.