Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 8
Capítulo 8 - A revolta da Pirralha.


Notas iniciais do capítulo

Oiee!
*-----* AWNNN GENTE!! Valeu por me darem seis Reviews num só dia!! Estou muito feliz por isso! BRIGADÃÃÃÕ! >.
Enfim, eu sei que muita gente deve ter imaginado que se iniciaria um romance super dez com o Paul e a July e todos acabariam felizes correndo na beira da praia... - Que viajem heim -, mas como eu amo vocês, coloquei uma coisinha bem leve para deixar todos felizes - AHAAAAM, SEI Ò.Ó -. He he... Aproveiteeem!
Esperarei suas opiniões nos Reviews para começar a produzir o proximo capítulo! ~.^
* Vamu lá povo! Em rumo aos 60 reviews!! XD
Ami ~



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July –

Não pera... Isso é um sonho né?! Ou melhor, um PESADELO DOS MAIS DIABÓLICOS, CERTO?!?!

MERDA!! O MEU PRECIOSO BVVVV!!

Eu guardei meu primeiro beijo por dezoito anos esperando que o cara certo aparecesse em vez dos boyzinhos que eu conheci na minha vida inteira!  E agora..

Agora... EU TO BEIJANDO O PAUL NA FRENTE DO MEU IRMÃO! QUE MERDA!!

E PORQUE DIABOS O GURI NÃO ME SOLTA?!

Eu encarava aquele cara de olhos arregalados enquanto ele fazia sua ceninha para as loiras – e a morena do mal chamada Ever -, e uma cena maior ainda para o idiota do meu irmão!

Ainda me arrependo profundamente por abrir a boca, sério. Só pirou as coisas.

T-Tudo bem que o Paul é bonitinho que nem os caras dos filmes da TV e ele beija bem pra caramba... Mas eu ainda não... Eu estou... Eu não estou pronta psicologicamente e... DROGA! PORQUE EU TO DIZENDO QUE ELE BEIJA BEM NUMA HORA DESSAS?!!

- MALDITO! - E então o Paul descolou de mim, finalmente!

Nunca fiquei tão grata por respirar na minha vida. VALEU DEUS! O SENHOR NÃO ME TROLLOU DESTA VEZ!

Enquanto eu buscava o oxigênio que faltava, as loiras me encaravam com um ódio supremo.

- Merda... – Murmurei enquanto virava o rosto para o lugar onde o loiro diabólico estava.

- SEU MALDITO! QUE MERDA ESTAVA FAZENDO COM A MINHA IRMÃ?! – Minha cara quase despenca quando vejo o Vinícius incorporar o diabo e segurar o Paul pela gola da blusa enquanto a namorada dele olhava tudo mais assustada que eu.

Perae... O bocó realmente estava saindo com uma garota?!

- B-beijando ela? – Paul ainda deu um sorrisinho de desculpas.

Você é uma anta, rapaz.

- Aaah, não brinca? Assim eu fico mais aliviado! – Vinícius fez um rosto feliz fingido que me assustou porque a aura de ira dele dizia exatamente o contrário – Caramba... Eu VI que você beijou ela seu idiota! Eu quero saber é que tipo de problema você tem na cabeça para fazer isso com a MINHA IRMÃ!

- Calma Vinícius... – A garota ao lado dele reagiu com um rosto dizendo claramente que estava com medo de ter um assassinato ali. Eu também estava com medo disso – Solta ele, assim ele pode falar alguma coisa direito.

Gostei dela.

Vinícius segurou o Paul por mais um momento e então suspirou de forma bem audível e soltou a blusa verde escura dele.

- Ok... Agora, pelo amor de Deus, me explique que droga foi essa?

Paul passou a mão por trás do pescoço e então olhou para mim como se pedisse socorro.

SE VIRA MULEQUE, FOI VOCÊ QUEM ME ATACOU!

- Bem... É que no momento a July é a minha... Namorada.

- SUA OQUE?!

Afe, agora o meu irmão tem o mesmo problema de audição das namoradas do Paul por acaso?

- Namorada! Pelo menos foi isso que o Paul disse para nós antes de beijá-la – A loira natural se declarou na maior cara de pau do planeta.

- Gente, deixa que eu responda as perguntas se tem amor a minha vida – Paul falou entre dentes para a outra criatura loira.

- Isso é verdade July?! – Vinícius pregou os olhos enfurecidos em mim e então eu congelei. Acho que aquela veia na testa dele vai estourar a qualquer momento...

- E-Er... Sim?

Vish...

- PAUL SEU TARADO MALDITO! OQUE VOCÊ METEU NA CABEÇA DA MINHA IRMÃ?! – Caramba... Eu gelei quando percebi que o Vinícius ia dar um soco no Paul e então eu reagi na hora.

Paul levou um soco incrível no rosto, tipo aqueles socos de brigas de rua em que a coisa realmente fica feia. Então eu fiquei furiosa com meu irmão.

Não.

Não pelo motivo que você está pensando.

É que eu não suporto esse tipo de brigas com socos e tal. Sempre achei a coisa mais infantil e babaca do planeta, e a coisa ficou ainda mais infantil quando o motivo da briga era um beijo. UM BEIJO!

QUAL O PROBLEMA NISSO?!

Será que o retardado do meu irmão acha que é tão ridículo assim eu ser beijada? Ele acha MESMO que vou ser uma velha solteira, virgem e BV?

Nem em mil anos. E foi esse o único motivo que me fez fazer ISSO:

Parei na frente do Vinícius e dei um tapa estalado no rosto dele que ecoou pelo quarteirão inteiro.

As três Barbies e a namorada do bocó ficaram com as mãos no rosto, com medo de mim de repente.

Engraçado... Não foi o Vinícius que deu um soco no Paul?

- VOCÊ É RETARDADO?! – Gritei com ele, puta da vida.

Vinícius não me respondeu, ele só ficou me olhando com os olhos esbugalhados e a mão no rosto.

- Como você pode dar um murro no seu próprio amigo?! Pelo amor dos deuses, que coisa mais babaca – Fiz um rosto furioso para ele e me virei para o Paul que pelo visto fazia a mesma cara do meu irmão, mas com uma marca vermelha horrível no rosto. Suspirei, cansada por tanta bagunça – Dói muito?

- Sim... Mas não se preocupe com isso. Eu estou legal.

Bufei.

- Fala sério. É uma droga levar um soco no rosto Paul. Enfim... Deixe eu ver isso – Apontei para a marca vermelha que ele cobria com a mão e então ele tirou, meio hesitante. Eu apenas encostei na marca vermelha no rosto dele e o cara já fez uma leve careta.

Uhum, você está muito legal.

- Porque você fez isso...? – Afastei a mão do rosto do Paul e me virei para a criatura que me perguntou aquilo.

- Por quê? Isso é sério?

- Lógico que é sério! Eu sou o seu irmão!

- E ele não é nenhum criminoso para levar um soco. Desde quando você é tão infantil?

- INFANTIL?! – Ele fez um rosto completamente aborrecido, e pior, achando que tinha toda a razão – Ele te beijou! O PAUL beijou a pirralha da minha irmã!

Pirralha?

- Não... Espere um momento – Ergui o indicador e umedeci os lábios, digerindo aquele troço que acabei de escutar – Você acha que eu tenho que idade Vinícius? Pelo oque eu sei, quando se tem dezoito, não é tão incomum uma garota beijar um cara.

- Mas esse cara é o...!

- E OQUE ISSO IMPORTA?! – Ignorei o “UUI” que as namoradas do Paul soltaram e continuei a enfrentar o meu irmão irracional – Eu sou uma garota livre, maior de idade, e eu posso sair com quer eu quiser!

- Não enquanto eu estiver do seu lado. Não quando for o idiota do Paul! – Ele finalmente tirou a mão do rosto e se aproximou de mim, vermelho de raiva – Você não pode se quer pensar ter um tipo de relação desse tipo com ele, entende?! Tem ideia de quantas namoradas essa criatura tem?!

- Quantas? – Ever se intrometeu na conversa com o rosto interessado. Nos viramos para ele com a santa incredulidade no rosto e então ela se afastou.

Melhor ignorar...

- Olhe Vinícius, nem venha com está história de “enquanto estiver do meu lado”. Desde que eu pisei os pés aqui você não tem feito outra coisa a não ser puxar o meu pé, me chamar de pirralha e falar que não me queria metida nas suas férias “preciosas” apesar de não nos vermos a três anos! ATÉ AGORA VOCÊ NEM PERGUNTOU SE EU ESTOU BEM! QUE TIPO DE IRMÃO FAZ ISSO COM A PRÓPRIA IRMÃ?!

Todo mundo ficou quieto do nada, e então olhei para o povo, confusa com o súbito silêncio.

- Você... Você está...? – Vinícius apontou para o meu rosto e então eu percebi.

Toquei minha bochecha e notei que tinha apenas uma lágrima ali, e eu nem tinha percebido o surgimento da maldita lágrima.

- Que saco... – Passei a manga da minha blusa azul escura no rosto e fiz a melhor cara de irritação para camuflar a traiçoeira que escapou do meu olho não sei por qual motivo! – Enfim Vinícius... Só deixe de ser tão idiota. Já aturei essa sua personalidade por toda a minha infância e adolescência então já chega.

Fiquei tão irritada com a lágrima idiota saiu sem ser chamada que apenas tive vontade de sair furiosa dali. Mas antes eu tinha que pelo menos falar alguma coisa para o Paul...

Me virei para ele e soltei o ar pela boca.

- Vê se coloca um gelo ai e se cuida – E dei um sorriso rápido por mais que tenha sido ele quem me meteu naquela fria, e finalmente, sai dali para o único lugar que eu conhecia.

- Até garotas – Falei assim que passei pelas Barbies e então me afastei de vez daquela gente com o rosto irritado e as mãos na calça jeans escura que eu vestia.

Deus me livre de passar por isso de novo.

Vinícius –

Aquele tapa estava latejando no meu rosto até agora. A pirralha podia ser menor que eu, mas era bem forte. Bem... Deixando o tapa de lado, eu sei que estava no meio de uma baderna. Por mais que eu ainda ache que o Paul mereceu o soco que levou, todos me encaravam como se eu fosse o culpado por tudo ali, mas claro que eu não sou. Humpf, até parece.

...

TÁ!! TÁ BOM!! De certa forma eu realmente sou o culpado, mas não completamente.

O que eu falei era sério. Paul era um cara divertido, mas ele tinha o péssimo habito de ter várias garotas de uma vez e todas caiam na dele só porque elas pensam que ele é bonito.

Até parece que ele é tudo isso...

Enfim, eu simplesmente não quero que a July seja mais uma na coleção de garotas dele. Ela é a minha irmã, e apesar de ser chata pra caramba, eu não quero nem imaginar ela com esse idiota.

Será que é tão difícil compreender meu ponto de vista gente?! Agora a minha irmã saiu toda irritada daqui por causa do soco merecido dele achando que eu era o vilão

Mas tenho que admitir que me assustei quando vi ela chorando. Por um segundo eu tive quase certeza que era por causa do Paul, mas... Algo me diz que sou o maior culpado nisso tudo.

AFE! SÓ PORQUE EU NÃO PERGUNTEI SE ELA ESTAVA BEM?!

Que garota fresca...

Mas essa maldita culpa continua aqui e tudo por causa dessa frescura de mulher carente. É melhor eu falar com ela depois e perguntar tudo que ela quer que eu pergunte de uma vez e acabar com essa sensação chata dentro de mim.

Perai... Falando em mulher, a minha namorada não estava aqui?

- Lisa? – Me virei para a garota atrás de mim e então engoli em seco quando vi que ela me olhava de um jeito assustado e irritado ao mesmo tempo.

- Ela realmente era a sua irmã? – Ela perguntou com a voz um pouco baixa.

- Sim, ela é minha irmã.

- E só por isso socou o namorado dela?

AAAAH NÃO. VOCÊ TAMBÉM NÃO LISA!

- Mas o Paul é um irresponsável! Ele não pode sair pegando a mulher que ele quer.

- Você é um grosso mesmo! – Ela ficou mais irritada de repente – Quer saber? Não quero mais ficar com alguém tão selvagem como você! – E então ela deu um tapa no outro lado do meu rosto e saiu dali.

MERDAAAA!! OQUE TEM DE TÃO LEGAL NO MEU ROSTO PARA ELA BATEREM TANTO?!

PAFF!

Pisquei algumas vezes depois de receber meu terceiro tapa e então me virei para a loira natural que estava na minha frente.

- OQUE EU FIZ PARA VOCÊ?!

- Nada, só achei que devia ser legal fazer isso – E então sorriu e saiu pulando dali, se mandando com as outras duas garotas.

- QUAL É GENTE?! – Encarei o grupo de patricinhas com as duas faces do rosto vermelhas pra caramba de tanto apanhar.

- Ei Vinícius – Paul surgiu do meu lado com um meio sorriso – Melhor colocar gelo nisso. Está muito vermelho.

Revirei os olhos para o idiota ao meu lado.

- Valeu, e o seu está começando a ficar roxo.

Ele ainda teve a coragem de rir da situação.

Será que ele tem algum problema? Eu acabei de dar um soco nele.

- Vamos comprar gelo. Eu pago o seu já que eu fui a causa disso tudo – Falou com certo humor e então saiu caminhando normalmente pelo parque.

Olhei ele sem me convencer que ele era realmente tão calmo assim, mas resolvi dar de ombros. Deve ser porque ele mora no meu apartamento.

***

- A-Aii... – Reclamei assim que encostei o primeiro saquinho de gelo no lugar que eu recebi dois tapas e então juntei coragem para colocar o outro.

Paul ficou rindo da minha cara do meu lado, com o saquinho dele encostado sem problemas no rosto.

Encarei o cara com estranhamento.

- Você é humano? – Perguntei devagar. Eu estava começando a ter minhas dúvidas.

Paul deu outra risada, mais leve que as outras risadas idiotas dele.

- Não vou ficar chateado com você por causa do soco e nem nada disso Vinícius. July só ficaria mais nervosa, e sendo sincero... – Ele afastou o saco de gelo do rosto e apontou para ele – Eu não quero levar outro soco.

Desviei o olhar dele.

- É, isso faz sentido – Dei de ombros.

- E... Só para deixar as coisas claras, July e eu não estamos namorando de verdade.

HEIM?

- NÃO ESTÃO?!

- É. Apenas nos beijamos para as garotas acharem que eu tinha uma namorada e elas se mandarem. E a July aceitou me ajudar, então não precisa se preocupar com nada – Ele falou com tanta normalidade que pareceu que ele passava por aquilo todo santo dia.

- Então eu passei aquilo tudo por nada?! – Perguntei, começando a suar de nervosismo.

Ele assentiu tão tranquilo quanto antes.

- Foi mal ter beijado sua irmã. Eu sei que não sou o tipo de cara que seria decente o suficiente para ela... – Apesar de já ter 22 anos - Então me desculpe. – Ergui as sobrancelhas de surpresa. Paul reconheceu mesmo a culpa dele?!

Acho que bati com força de mais.

- Tudo bem... Deixa para lá essa história, e... Foi mal pelo soco. Por mais que ainda ache que você o mereça, aquilo foi desnecessário.

- Beleza, todos os três tapas que você recebeu foram suficientes para quitar as coisas.

Revirei os olhos.

- Como eu disse, vamos deixar para lá essa maldita história.

Ele riu, divertido e então voltamos ao silêncio. Cada um observando a paisagem do lado de fora da loja de bebidas, no banco público ao lado dela.

- Quer saber se ela beija bem?

- Só que quiser levar outro soco, desta vez no meio da cara.

- Calma! Só estou tirando uma! – Ele levantou a mão livre com aquele sorriso irritante de volta no rosto – Mas, falando sério agora... Acho que você deve procurar a July.

- Porque faria isso? Ela quem decidiu sumir. – Me fiz de desentendido e virei mais o rosto para o outro lado.

- Eu procuraria ela se pudesse, mas a situação simplesmente não permite isso – Ainda bem, se não eu não hesitaria em te dar outro soco – E parece que tem um problema entre vocês, então passou pela minha cabeça que você deveria conversar com ela.

Bufei, apertando mais um dos sacos de gelo no rosto.

- Não tenho culpa se ela decidiu ter um surto de carência logo agora. Ela devia saber que eu não sou o tipo de irmão grudento que se vê nos filmes bocós que as garotas assistem.

Ele curvou as sobrancelhas para o meu rosto virado.

- Tem certeza que não se sente culpado? Acho que agora é uma boa chance.

- Eu não vou sair procurando a July quando nem se quer sei onde ela está.

Ficamos em silêncio de novo e Paul soltou um suspiro, olhando para o lado contrário que eu enquanto balançava a perna.

- Só espero que ela ache o caminho para o apartamento – Paul murmurou, sem tirar os olhos de um canto qualquer.

Ficamos mais um tempo quietos, ele fazendo um rosto tranquilo e eu com um saco de cada lado do rosto corado de tantos tapas. O silêncio ali era enorme.

Cri cri...

Cri cri...

Cri Cri...

Criiii....

Soltei um suspiro monstruoso e então sai do banco e comecei a andar. Paul se virou para mim e abriu um meio sorriso.

- Pensei que não queria procurar a “fresca da July”...

- Cala a boca Paul – Resmunguei enquanto andava de volta para o parque para então seguir a direção que a pirralha seguiu e achar ela de uma vez.

Aquela guria estava começando a me fazer tomar decisões que eu nunca faria.

Melhor ela me agradecer mais tarde.


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Notas finais do capítulo

HAHAHA, MUITA PORRADA PARA UM DIA SÓ >.<. Enfiiim, ainda sou merecedora de Reviews? :3