Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 5
Capítulo 5 - Mergulho! Ou quase isso...


Notas iniciais do capítulo

OOOIEEE!
Genteeee! Desculpe a demora *----* Eu passei um tempo sem wi-fi então o resto vcs já sabem ;P. OBRIGADA PELOS REVIEWS!! Estou pirando com meus lindos leitoreees! Valeu :3
Bjjjjks! Já tenho o próximo capítulo pronto, mas apenas postarei quando tiver passado de 20 reviews U-U.
Fuuui
Ami ~



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Paul –

Com certeza eu passaria todos os segundos naquela praia rindo dela se não tivesse me segurado. Nunca vi uma pessoa tão... Sei lá... Diferente como ela.

Pelo oque eu sei, eu já devo ter saído com metade das garotas da Califórnia, ou aproximadamente isso... Af, eu não vou perder meu tempo contando as garotas que pego. Enfim... Só sei que entre todas as patricinhas, as tímidas e as mais ousadas que sai, nenhuma era igual a July. A garota era fogo! No começo eu realmente achei que ela era aquelas certinhas deslocadas que precisa de um cara forte, bonito, seguro, encantador... Para resumir, um cara como eu, para poder se acostumar com o novo país. Mas pelo jeito eu estou sobrando naquele apartamento.

Eu nunca, nunca, nunca mesmo, vi o Vinícius ficar tão irado com alguém. O cara até tinha ganhado uma fama de ser o mais tranquilo do prédio. Bem, eu acreditei nisso até a July dar as caras. A menina virou o apartamento de cabeça para baixo e mostrou o pior lado do Vinícius.

Mas apesar de todo o barraco, nunca me diverti tanto naquele lugar.

- Parece que isso vai ser divertido... – Falei comigo mesmo, com um sorriso divertido só de lembrar do rosto vermelho de raiva do Vinícius.

- O que?

Me virei para a voz, então lembrei que a July ainda estava comigo naquela pedra. Agora ela me olhava com seus olhos castanhos escuros discretamente puxados, como os do Vinícius.

- Nada não, só estava pensando em voz alta – Sorri para ela e ela virou o rosto para o mar.

Era curioso como as brasileiras eram diferentes das californianas. Em sua maioria, elas tinham os olhos claros, pele sempre bronzeada já que 90% delas são patricinhas, e vivem naquelas roupas curtas usando o calor do verão como desculpa. Até parece que eu acreditava, mas eu deixo isso de lado e fico com elas assim mesmo. Ué? Não tenho culpa! Elas são muito bonitas não importa como olhe.

Mas essa brasileira é completamente diferente. Os olhos da July eram escuros, os cabelos eram da mesma cor dos olhos, mas tinha alguns fios mais claros. A pele era morena por natureza, mas era mais clara que a das loiras bronzeadas daqui. O corpo... Falando sem malícia já que era a irmã do estressadinho, era bonito pelo oque podia observar, e olhe que sou bem observador, mas como ela estava vestida eu não poderia falar muito...

Calma! Estou brincando!

Hum hum.... Bem, a July é uma garota bonita e mais comportada que uma californiana já que ainda não deu em cima de mim como costumam fazer. E se torna bem mais bonita quando comparada ao Vinícius. Cara... Será que ele não foi adotado não? Eu tenho minhas dúvidas sobre isso, mas tenho quase certesa que ele é já que é tão revoltado...

- Hm, Paul?

- O que foi? – Perguntei, deixando de lado a minha discurção sobre que tipo de orfanato o Vinícius saiu.

- Acho melhor a gente ir para casa. Já está escurecendo – Ela apontou para onde ela olhava e ao seguir o seu olhar foi que eu percebi que o sol tinha acabado de desaparecer do horizonte.

- Ah! Eu nem percebi, foi mal.

- Sem problemas, acho que é melhor que demoremos mesmo. Assim o Vinícius se esfria mais.

- Tudo bem – Me levantei na pedra com um pouco de cuidado já que era um pouco escorregadia e estendi minha mão para ela – Vem cá.

- Certo... – Ela já estava se levantando com minha ajuda quando lembrei do pequeno detalhe.

- Só seja cuidadosa porque a pedra é meio escorregadia – Avisei e então ela me olhou de um jeito confuso antes de se levantar de uma vez.

- Meio oque...?

Eu senti a mão dela sumir exatamente nesse momento.

Droga! Eu não acabei de avisar que a pedra é escorregadia?!?!

- PAUL! – O corpo da garota caiu para trás para um tombo espetacular na água abaixo da pedra.

- Merda! – Tentei alcançar a mão dela de novo, mas a garota já estava fora do meu alcance, e então só me sobrou uma escolha. Uma escolha que só um homem macho o bastante faria.

Isso ai, eu pulei.

Não foi o pulo mais perfeito que dei na minha vida já que no ultimo momento eu mesmo escorreguei e feio. Ah cara! Mas tinha uma garota caindo ali, oque eu poderia fazer?

Só sei que assim que eu escorreguei para a água com ela, de alguma forma eu alcancei a sua mão e então caímos de cara na água. A única coisa que me lascou de uma vez foi que o idiota aqui esqueceu de fechar os olhos quando meteu a cara na água. Pensa que beleza! Sim... Ficarei cego por semanas.

Depois do tombo na água, dou graças aos deuses que aquela água era funda, se não a coisa tinha ficado feia. E mesmo com os olhos ardendo para caramba, botei minha masculinidade em ação e tentei encontrar a garota.

- July! – Gritei o nome dela, mas a garota havia desaparecido – Droga... JULY?!

Cara, eu não sei oque deu em mim... Só sei que de repente me bateu um desespero quando não a encontrei. Porque diabos a garota não boiava ou nadava para a superfície?!

Não me diga que... OH MEU DEUS, DIZ QUE A GAROTA SABE NADAR?!

Porcaria! Tinha que acontecer algo assim comigo!

Meus olhos ainda ardiam pra caramba, mas mesmo assim eu mergulhei e abri os olhos dentro daquela água salgada atrás da irmã do estressado. Ele me mataria se ela se afogasse... Quero nem pensar nisso.

Para a minha alegria eu encontrei a garota em pouco tempo, se debatendo feito uma doida no fundo da água para alcançar a superfície. Quando ela pareceu me enxergar, ela se debateu mais ainda, mas desta vez na minha direção para literalmente me agarrar. Sem malícias, só estou salvando a garota. E então eu a puxei junto comigo para a superfície.

Depois enfiei o rosto para fora daquele lugar escuro que já estava derretendo meus olhos de tanto que ardia, quase que eu me afundo de novo quando a July agarrou meu pescoço para se apoiar.

- ME TIRA DAQUI! ME TIRA LOGO DESSE LUGAR!

- Calma July! Você já está salva... – Tentei acalmar a garota histérica que tentava me matar afogado, mas ela realmente estava apavorada. E pior... Apavorada com a água.

 - Por favor...!! Me tira daqui...!!  - Ela enfiou o rosto no meu pescoço e apertou minha camisa com uma força brutal, e então eu me liguei que aquilo era sério mesmo.

- Fica calma... Eu vou te tirar da água.

Já que a garota havia colado em mim, resolvi nadar usando os dois braços para a beira da praia, mas mesmo depois de eu ter saído da água, ela não me soltou.

- July...? Já saímos da água.

A garota afastou o rosto do meu pescoço e olhou para baixo, como se precisasse confirmar se era verdade por si mesma.

Meu Deus... Era sério mesmo.

- Você está bem...? – Perguntei desta vez mais preocupado.

- E-Eu... – Ela tirou os olhos da areia e olhou para mim, e então o rosto dela ficou muito vermelho – Ai que droga! – Do nada, a garota descolou de mim e se afastou uns três metros como se eu fosse um tarado psicopata.

Talvez seja... Depende da situação.

- Me desculpe Paul! – Ela colocou a mão no rosto vermelho e olhou para a água – Ah... Droga! Porque isso teve que acontecer?! Eu sou uma idiota... – Fiquei ali, boiando com oque ela dizia enquanto a garota dava meia volta e batia os pés desajeitadamente na areia para a entrada da pedra.

Me aproximei dela com cuidado enquanto andava.

Caramba... A garota tremia. Tremia mesmo.

- July, oque está acontecendo com você?

A garota não me olhou, na verdade ela abaixou a cabeça e continuou andando. Pelo jeito devia estar envergonhada.

- Tudo bem... – Dei de ombros e acompanhei até a entrada – Mas já aviso que não precisa ficar nervosa ou coisa assim. Foi culpa minha você ter caído.

- Não foi culpa sua – Finalmente ela falou algo, mas a voz dela estava mais baixa – Eu estava... Sei lá – Ela balançou a cabeça para os lados de um jeito estranho e eu segurei uma risada – Acho que eu estava muito despreocupada e acabei esquecendo que eu estava a uns quinhentos metros do mar.

- Não eram tantos metros assim...

- Tanto faz... Mas eu agi como uma idiota lá...

- Mas fui eu quem não avisei do perigo...

- E te fiz arriscar a vida para me salvar!

- Não foi exatamente a minha vida, e sim a minha visão – Eu sorri para ela e ela fez uma cara feia para mim.

- Não brinque com isso! Eu... – Ela apertou os lábios e se apressou para entrar na pequena entrada da pedra gigante.

Parei assim que alcanço a entrada, sentindo a minha camisa e minha bermuda colarem na pele de tão molhados, e uma fina, mas infinita cascata de água escorria pelos meus braços e pernas. E... Não sei se é impressão minha, mas eu acho que areia conseguiu entrar em lugares bastante críticos do meu corpo.

 Caramba... Eu preciso de um banho.

Paro de olhar para minha própria situação e observo a July. Como já havia escurecido, o lugar todo estava como breu e era difícil enxergar qualquer coisa.

- Que droga... Onde eu coloquei os meus tênis...? – Dei uma risadinha quando ouvi a voz irritada dela e então entrei no lugar para pelo menos ajudá-la.

- Está difícil? – Perguntei só para sacanear mesmo e pareceu dar certo.

- Muito engraçado Paul – Ela resmungou e então enxerguei a silhueta dela quando finalmente se ergueu – E eu acabei de encontrar meu tênis, e os seus chinelos também – Ela me ergueu o chinelo.

- Obrigado – Peguei os chinelos com uma das mãos e os coloquei do lado do meu corpo – Vamos agora? Deve estar com frio – Dei meia volta para sair daquele breu, mas parei assim que não ouvi a resposta dela – July?

- Paul... – Virei o rosto para onde via a silhueta dela e esperei que continuasse – Obrigada por me salvar. Obrigada mesmo.

- Hm... Não foi nada. Acho que até o chato do seu irmão teria feito o mesmo – Falei com certo humor e ela deu uma risada. Me encostei na entrada e resolvi aproveitar a chance para saber oque diabos aconteceu – July, uma coisa ainda está me deixando... Confuso.

- O que é?

- Porque você ficou daquele jeito quando eu te resgatei...? É porque você não sabe nadar?

- Não! Eu sei nadar.

HÃ?!

- Sabe?! Então porque você não nadou para a superfície naquela hora...?

Ela voltou a ficar silenciosa, e então eu soltei um suspiro.

- Você não vai me contar mesmo, não é?

 - É que... É uma coisa vergonhosa. Você não precisa saber.

- Pode nem tentar? Se quiser eu te conto o dia em que fiquei uma hora conversando com uma mulher quando estava bêbado numa boate e só no fim eu descobri que ela era muda, só para aliviar a vergonha.

Um sorriso se alargou no meu rosto quando ouvi ela soltar uma boa gargalhada.

E para ficar claro, isso aconteceu mesmo. Mas no fim eu acabei pegando a muda, então não ligo.

- Por incrível que pareça, isso já aliviou um pouco as coisas – Falou enquanto ria.

- Então me conta – Insisti.

Eu realmente devia estar preocupado com ela para insistir tanto no assunto. Se fosse uma loira californiana cheia de glíter, caindo daquela pedra, provavelmente eu estaria me rachando de rir até agora em vez de me importar.

- Tudo bem, eu conto se me prometer que ficará entre nós.

Uii, conheço ela há um dia e já estamos compartilhando segredos?

Afe, que reação gay a minha.

- Eu prometo por todas as garotas que já fiquei – Levantei a mão como um escoteiro gordo e cheio de espinhas de 22 anos.

- Hm... Acho que isso vale – Claro que vale! Nunca fiz algo parecido – Bem, a história vergonhosa é que um ano depois do meu irmão vir para cá, eu pulei de cabeça numa piscina, mas a minha cabeça ficou presa debaixo da água acho que pela pressão. Eu tinha ficado tão desesperada de medo que desmaiei e quase morri por isso se não fosse o meu pai – Entortei os lábios. Aquilo deveria ter sido uma droga mesmo... – Então... Desde então eu não tenho coragem de mergulhar e nadar num lugar fundo.

- Só foi isso?

- Só...

- E porque é tão vergonhoso?

Ela parou de falar e então a silhueta dela se aproximou.

- Você... Não achou patético que eu tenha medo de nadar por causa disso?

- Claro que não! Eu sei muito bem o quanto é uma droga se afogar. Eu já me afoguei uma vez quando estava surfando por causa de uma onda repentina e... Quase que eu fico sego do meu olho direito por causa de um coral.

- E mesmo assim continua surfando?

Dei de ombros.

- Surfar é oque gosto de fazer e afogamentos é o há de mais normal no esporte, então se eu quiser me superar eu tenho que aprender a conviver com acidentes assim – O lugar ficou silencioso depois que eu terminei e percebi o quanto eu estava estranho falando de algo tão sério – E apesar do afogamento, eu ganhei uma cicatriz muito legal perto do olho, e as garotas ficam loucas por mim quando eu conto como a consegui.

Me surpreendi quando recebi um soco fraco no ombro e então July apareceu na minha frente com um sorriso.

- Você não perde uma não é? – Perguntou.

- Se eu não quiser ser um homem solitário e solteiro, sim eu não perco uma por nada.

Ela balançou a cabeça de novo com um sorriso e então começou a andar na minha frente.

- Vamos. Eu preciso me secar com urgência.

- Ok...

Só por curiosidade olhei para a July, e então notei que a situação era urgente mesmo. A camisa azul da garota estava colada no corpo e a pele dela aparecia debaixo da camisa. A calça jeans estava tão encharcada quanto a camisa e o cabelo dela pingava, deixando várias gotas escorrerem pelo rosto e pescoço.

Vish... Ela estava muito bonita. Isso é uma droga.

Será que não dava para a irmã do Vinícius ser feia como ele só para facilitar as coisas para mim?! Estou pedindo muito DEUS?! PARA DE ME SACANEAR!!

July –

E eu pensando que parecer uma mulher-macho comendo a pizza era ruim o bastante. Bem, não é de se admirar que a anta aqui seja tão desastrada. Acho que Deus achou que o dia ficaria sem graça sem mais uma pagação de mico minha.

Acho que estou até ouvindo as risadinhas lá no alto...

EII?! DÁ PRA PARAR DE RIR DA MINHA CARA DROGA?!

Pelo menos eu consegui chegar até a porta do apartamento sem tropeçar numa formiga. Já é um começo, não é?

- Só pode estar brincando com a minha cara...? – Olhei para o Paul, a vítima encharcada de meus desastres que agora estava apalpando os bolsos da bermuda atrás de algo que provavelmente perdeu e eu torcia que não fosse a chave.

- Onde está a chave?

Paul enfiou as mãos nos dois bolsos da bermuda e então me olhou com a boca torta.

- Você ficaria surpresa se eu dissesse que ela está no fundo do mar?

- Não se você me disser que está de brincadeira comigo.

- E se eu hipoteticamente tiver falando sério?

- Hipoteticamente? – Levantei uma sobrancelha.

- Você ficaria...

- Sim.

- Estou ferrado – Ele colocou a mão no rosto e eu dei um longo suspiro.

- Olha, como eu sou a principal culpada por isso eu não vou ligar para a perda. E não estamos em uma situação tão ruim! O Vinícius está em casa! – Abri um sorriso positivo e ele deu uma risada.

- Está falando daquele cara que tentou te matar com um abajur?

- Sim, mas sei que apesar de eu ter dado razões para ele ter feito isso, como irmão, ele vai me perdoar – Cruzei os braços e continuei com o sorriso.

- Sério mesmo?

- Claro que sim! Afinal de contas, eu sou a única familiar que ele tem por perto. Não se preocupe, eu cuido disso – Descruzei os braços e me dirigi para a porta a nossa frente.

Limpei a garganta e bati na porta quatro vezes enquanto o Paul se preparava para qualquer eventual tentativa de assassinato. Mas nada de mais surgiu a não ser o barulho de passos pela entrada do apartamento e então a voz estranhamente tranquila dele.

- O que foi Paul, esqueceu a chave de novo?

Ele por acaso olhou no olho mágico antes de perguntar ou eu estou com uma cara tão máscula e eu nem sabia?

- Não, ela quem decidiu me trocar pela água salgada da praia – Respondeu com seu característico sorriso divertido.

- O QUÊ? – A voz dele saiu estranhamente fina como se estivesse incrédulo e eu reprimi uma risada.

- Abre logo a porta cara, estamos congelando aqui!

- Ah, então a pirralha resolveu voltar – O barulho da tranca sendo girada apareceu e junto, a risada maligna do Vinícius – Isso é ótimo.

Afastei-me um passo da porta só de precaução e então eu e o Paul trocamos um olhar cúmplice, ambos achando aquela risada muito suspeita. A porta se abriu e o sorriso do Vinícius surgiu por ela.

- Oi July.

- Oi... Vinícius – Respondi, e então o olhei dos pés a cabeça – Eu posso entrar, certo?

- Lógico que sim, entra logo – Ele abriu espaço e eu e o Paul entramos, ainda desconfiados.

- E ai Vinícius, como foi sua tarde? – Paul abriu um sorriso e tocou o ombro dele.

- Ao contrário do que vocês dois pensam, eu fiz nada de mais. Mas pelo o que eu vejo a de vocês foi muito... Agitada – Vinícius lançou um olhar amedrontador para o Paul como se o acusasse de alguma tentativa de se aproveitar de mim, mas o Paul apenas ri.

- Foi mais que você pensa. Ah e a praia estava ótima, você devia estar arrependido por não ter ido com a gente – Brincou, mesmo sabendo da nova face assassina do Vinícius.

- Hm... Eu vou tomar um banho se não se importam – Revirei os olhos para os dois e comecei a caminhar com meus tênis até o corredor.

- Beleza, eu também vou tomar um banho... No outro banheiro, claro. Para de me encarar Vinícius!

- Para de imaginar coisas, eu não estou te encarando – Fechou a porta do apartamento e a trancou – Ah, e July...

- O que foi? – Parei na entrada do corredor e o olhei para ele.

- Valeu por arrumar meu quarto. Ficou bem melhor.

Meu irmão, tudo ficaria melhor sem aquela zona.

- Ah... De nada – Dei um sorriso para ele e continuei o meu caminho.

Paul tirou os olhos de onde sumi e se virou para o Vinícius com a sobrancelha erguida. O meu irmão ignorou ele e caminhou para o sofá de couro para assistir TV.

- Cara... Oque você armou para ela? – Paul caminhou até ficar do lado do sofá.

- O que você está falando? – Perguntou sem tirar os olhos da TV.

- Você sabe exatamente do que eu estou falando. Você nunca deixaria sua irmã sair impune depois de te fazer engolir um tênis.

Ele virou o rosto chateado.

- Eu não engoli meu tênis.

- Não muda de assunto.

Vinícius deu de ombros e colocou os braços no encosto do sofá.

- Sabe Paul, “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena...”

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!! – Paul quase morre do coração quando ouve o grito que veio da direção da suíte do Vinícius – QUE MERDA VOCÊ FEZ COM O MEU MANGÁ?!! – E então um sorriso cínico cobre o rosto do Vinícius.

- Pena que eu nunca dou atenção para essas coisas que ouvimos na TV – E voltou a assistir TV com o doce prazer acumulado no peito.

Esse cara vai para o inferno quando morrer...


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Notas finais do capítulo

Meeeeereço reviews? =D.