Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 37
Meu irmão me odeia e eu também - Final -


Notas iniciais do capítulo

Oieee pessoal!!
Depois de tanta demora com essa manutenção do Nyah, finalmente estamos de volta >.< Enfim, como viram no título, sim, este é o capítulo final. Eu não sei se vou fazer uma continuação para essa fic, tudo vai depender dos seus comentários ;D
Beijos pessoal!! Aproveitem e muito, muito obrigada por todos esses acompanhamentos
Ami ~
P.S.: Leiam as notas finais!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/37

Vinícius -

– Para Caleb! AGORA - Resmunguei pela milionésima vez, eu acho.

– Calma cara, isso tem que ficar perfeito.

– Está ótimo.

– Não, acho que está torto ali - Paul observou apontando para a forma meio irregular onde seria o meu peito - E também não parece convincente para mim. - Caleb andou até ficar do lado do Paul e observou com atenção enquanto eu me esforçava para não meter a mão na cara dos dois.

– Certeza? Para mim parece bom.

– Acredite Caleb, eu sei dizer quando um peito é de verdade quando vejo um - Caleb ergueu uma sobrancelha.

– Os da Ever...?

– Não, mas quase me enganaram.

– Caramba cara, mas eles são perfeitos de mais!

– É que você tem que trabalhar as formas Cal. Observe - Paul se aproximou e enfiou as mãos nos meus peitos.

Quase que eu esmurro a criatura.

– QUE MERDA! TIRA A MÃO DAÍ!

– Pera cara... Hm... Caramba Caleb, eles são bem macios - Paul apertou meus peitos de mentira e olhou para o Caleb com admiração - Como você conseguiu isso?!

– PAUL! - Berrei, mas os dois me ignoraram.

– Nada que balões de água, algodão e duas meias não façam - Caleb sorriu, como se aquilo fosse motivo de orgulho.

– Meus parabéns.

– Agradeça a minha irmã e aos seios falsos dela.

– PAUL CARAMBA...!

– Ok, acho que já arrumei, agora só falta a bunda...

– OQUE?! - Dei um pulo para trás quando o Paul ameaçou tocar "meus preciosos".

Não, não estes preciosos. Estou falando dos de trás.

De qualquer forma, ainda bem que a pirralha saiu para comprar suco de laranja.

– Fica quieto Vinícius, isso é para o bem da July.

– MESMO ASSIM! VOCÊ JÁ TOCOU PARTES DE MAIS!

– Afe cara, você mal tem bunda, deixa de frescura.

WHAT?!

– Pode ir cara, eu seguro ele - Então Caleb surge do meu lado do nada e segura meus braços para trás para logo em seguida me jogar no sofá da sala.

Sério, isso está parecendo abuso sexual.

– Está pronto? - Caleb perguntou, ainda segurando meus braços, então Paul ressurge com dois meiões com grandes balões de água dentro e um sorriso sacana.

– Como nunca estive antes.

– NÃO! - Berrei, quase entrando em desespero.

– Quieto cara! A July vai chegar a qualquer momento!

– Pera, eu já estou colocando... - Paul levantou a saia do meu vestido devagar.

– QUE SE DANE A MINHA IRMÃ! VOCÊS NÃO VÃO COLOCAR NADA NA MINHA... - Mal falo e sinto os balões na área inapropriada, e logo em seguida Paul levantou as duas mãos e as desceu até alcançarem as bundas de balão e sorrir dizendo:

– A bunda está pronta!

E quando meu rosto começa a ganhar um tom meio esquisita de vermelho e meus punhos se fecham de ódio, a porta do apartamento se abre.

– Gente, eu só consegui encontrar suco de framboes...

– TIRE SUAS MÃOS DA MINHA BUNDA PAUL! - Eu levanto do sofá de uma vez, balançando maravilhosamente meus seios e bunda de água no vestido vermelho justo que enfiaram em mim antes de pegar o Paul pela gola da camisa e joga-lo em cima do tapete para então pisar na cara dele com meus lindos saltos - MALDITO - Pisa - COMO SE NÃO BASTASSE APALPAR MEUS PEITOS - Pisa de novo - VOCÊ TEM A AUDÁCIA DE TOCAR NA MINHA BUNDA SEU CAFAJESTE!

– Vinícius - Caleb me cutucou, mas eu meti a bolsa que estava no meu braço no meio da cara dele e ele caiu com um baque do sofá ao chão.

– VOCÊS DOIS VÃO MORRER! - Me preparo para colocar meu pé na cara do Caleb enquanto o Paul estava morrendo no chão quando uma voz me para.

– Vinícius?

Ai que merda.

July -

Meu Deus. Meu irmão virou travesti.

E pior...

Os seios dele são melhores que os meus.

E como que para melhorar a situação, Paul se arrasta no chão até um ponto que eu pudesse ver ele e levanta a mão.

– July... Te garanto que tenho uma boa explicação para isso - Ah, ver o Paul me lembra...

– Você estava mexendo na bunda do meu irmão?

– E para isso também - Completou.

Eu não mereço isso.

– Aah... - Coloquei o suco em cima da mesa ao lado da porta e levanto as mãos - Acho que é melhor eu ir embora.

– NÃO, PERA! - Vinícius começa a correr de forma desengonçada exatamente para o lugar onde o Paul se arrastava, e então o pobre arregalou os olhos.

– VINÍCIUS...!!

– AAAAAAAAAAAAAAAAAA - E o Vinícius cai de cara no chão com um som muito esquisito, e alguns segundos mais tarde, levanta o rosto e olha para baixo - Acho que estourei um dos meus peitos.

Preciso sair daqui urgentemente.

– JULY! - Ouço o Caleb quando sumo pela porta do corredor e logo em seguida entro no quarto do Vinícius, pegando com certa rapidez as minhas malas já prontas para correr para fora do apartamento.

Mas é uma droga quando uma lacraia louca de seio estourado barra a porta do apartamento.

Encaro o(a) Vinicius com uma careta horrível ao ver o rosto exageradamente maquiado do meu irmão somado a peruca loira e meio despenteada que estava enfiada na cabeça dele.

– Vinícius, isso não tem graça - Resmunguei, me esforçando para não ligar para o fato de ele ter só um seio agora.

– Foi mal July, mas você não vai sair até me escutar - Então ele balançou a peruca, afastando um fio do rosto com a mão num movimento meio gay, então, surpreendentemente, o garoto se ajoelha na minha frente (oque aliás, deixou a bunda dele muito maior) e me olha.

MEU DEUS.

MEU SANTO JISUIZINHO.

ISSO NÃO PODE SER OQUE EU ESTOU PENSANDO.

NÃO...

– July... Eu...

– PODE PARAR AGORA MESMO! - Apontei o dedo na cara dele e então a criatura loira e bunduda fez uma cara esquisita - NEM TERMINE ESSA DECLARAÇÃO QUE EU NÃO VOU ACEITAR!

– Que diabos...?! Mas você nem ouviu!

– JÁ DISSE QUE NÃO!

– PUTZ PIRRALHA, ESSA É A PRIMEIRA VEZ QUE EU IA DIZER MEUS SENTIMENTOS PARA VOCÊ E VOCÊ FALA ESSA MERDA?!

– LÓGICO QUE SIM! - Respirei fundo e olhei nervosamente a criatura ainda ajoelhada na minha frente - Primeiramente... Eu sempre notei o quanto você era controlador e tal... Principalmente quando eu estava com o Paul ou o Matt...

– Oque...? Oque isso tem a ver com...? - Bem que ele tentou falar, mas eu logo cortei ele.

–... E eu sei que estes meses podem ter mexido com você, mas... Isso é ilegal, entende?

Então, depois dele continuar me olhando por longos segundos como quem tenta entender que droga eu disse, os olhos dele ficam num tamanho que eu poderia dizer que era impossível de alcançar para um ser humano normal e ele levanta imediatamente.

– PUTA MERDA JULY! VOCÊ ACHOU QUE EU TE PEDIR PARA SER MINHA NAMORADA?!

– Hmm... Sim? - Pronto. Descobri que fiz merda assim que ele meteu a mão na cara e o Caleb começou a rir e a roncar feito um porco louco atrás de nós.

– Caaaara, eu nunca teria imaginado uma cena dessas - Caleb falou antes de ter mais uma crise de roncos e algo parecido com uma risada humana.

E antes que eu pudesse ter feito algo, o Vinícius encara o Cal com uma sombra de ódio no rosto e no segundo seguinte, o salto do Vinícius foi parar na testa dele.

Meu Deus...

O Caleb morreu.

Bem, para a sorte dele (ou não), o Caleb apenas ficou com uma marca super roxa na testa, com o salto caído no colo dele. E então tudo aconteceu só de uma vez. Vinícius pegou o outro salto que ele tinha e correu na direção do cara, em fúria.

Ainda bem que o Caleb corre bem, e num segundo ele já havia passado por mim na direção das escadas do corredor.

– MALDITO, VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR A PORCARIA DESSE SALTO! - O bocó gritou, quase passando por cima de mim para chegar ao corredor e seguir o pobre.

– VINÍCIUS! - Chamei, mas claro que era inútil, e quando ia persegui-lo, só olhar para as malas que eu segurava bastou para eu saber que nunca chegaria para ver o ruivo com vida.

Mas as vezes eu tenho uma sorte do caramba.

– Vamos logo! - Matt, ressurgindo do meu lado para pegar algumas malas depois de ter sido esmagado no chão, agarrou minha mão com a mão livre dele e me puxou para as escadas.

– Paul! Espera... Ei!! -Reclamei, prevendo que daqui a pouco eu tropeçaria nos meus próprios pés e sairia rolando escada a baixo - O que está acontecendo?! E porque diabos meu irmão virou um travesti?!

– Porque essa foi a ideia do Caleb para ele pedir desculpas a você - Falou sem tirar os olhos dos degraus - Ele achou que se ele tivesse peitos, você perdoaria ele ou algo assim.

MAS QUE DIABOS DE IDEIA IMBECIL FOI ESSA?!

E como se lesse meus pensamentos, ele responde:

– Sei lá porque fizemos isso, mas a ideia idiota do Caleb foi a unica coisa que tínhamos.

– Vocês deviam estar no fundo do desespero para ouvir o Caleb, isso sim!

No final das escadas, antes que ele pudesse concordar ou algo assim, nós ouvimos claramente a voz do Vinícius e os gritos meio agudos do Caleb. E assim que chegamos a recepção, encontro o Vinícius segurando oque seria o peito que restou enquanto alguns caras impediam ele de avançar no garoto que se cagava de medo logo a frente.

Pelo menos o salto sumiu.

– SEU RUIVO DOS DIABOS, EU VOU METER O MEU PEITO NA SUA CARA! - Gritou o bocó irracional.

– Cara, Calma, vamos pensar com clareza...!

– CALA A SUA BOCA, EU ESTOU COM DOIS BALÕES DE ÁGUA NA BUNDA E UM PEITO FALSO ESTOURADO POR SUA CAUSA!

– Ei, vamos relaxar e pensar no lado bom de tudo isso!

– E OQUE PODE SER BOM NESSA MERDA TODA?!

– Que... Você fica ótimo de vestido vermelho colado?

Então de uma maneira impressionante, o Vinícius derruba os dois caras que estavam segurando ele e anda na direção do Caleb com metade da peruca fora da cabeça.

– VOCÊ VAI ENGOLIR ESSE NEGÓCIO NEM QUE EU TE FORCE A ISSO! - Berrou ele, pouco antes de alcança-lo, mas graças aos meus instintos ninja, eu me livro do que restou as malas e me meto entre a lacraia e o ruivo antes que qualquer coisa acontecesse, e com um olhar do mal, me viro para o meu irmão.

Ou oque seria meu irmão.

– PODE PARAR COM ESSA PORCARIA AGORA! - Então o Vinícius e o Caleb param um momento e ambos me olham como se nem tivessem me notado antes.

Respiro fundo, juntando toda a santa paciência e aponto para o balão de água na mão do bocó.

– Coloque de volta.

– MAS AQUELE DESGRAÇADO...!

– VINÍCIUS, COLOQUE O SEU PEITO AGORA, OU ENTÃO EU CATO AQUELE SALTO DE VOLTA E METO NA SUA CARA! - Soltando algum tipo de xingamentou ou sei lá oque, ele coloca o balão de água de volta ao seu lugar e cruza os braços, emburrado.

Assim que me viro para ver oque estava intacto no Caleb, vejo uma senhora encarando meu irmão como se fosse o godzilla.

Só que de vestido vermelho, claro.

– Foi mal por isso - Sorrio para ela, mas a senhora apenas se afasta de mim e do meu irmão.

Ai meu pai... Que jeito ótimo de voltar para casa.

– Agora que todos se acalmaram de vez - Comecei - Quero que o Paul leve minhas malas para fora; que você - apontei para o Caleb - suma daqui de uma vez - Ele assentiu e andou com as pernas trêmulas para o elevador, e então eu olhei meu irmão - E quero que você, senhorita, pegue o carro e me leve para o maldito aeroporto, entendeu?

– Sim pirralha - Resmungou, então começou a caminhar para o elevador ao lado do que o Caleb havia pegado.

Afe, ninguém merece isso.

Vinícius -

Havia acabado de estacionar o carro bem em frente a entrada do aeroporto com uma carranca permanente na cara. Paul e a Pirralha saíram primeiro e ele ajudava ela a pegar as malas no bagageiro. Depois de arrumar minha retaguarda dentro do carro, fui para o lado deles ainda no maldito vestido, e reviro os olhos quando vi que conversavam e riam de alguma coisa que eu nem me importava oque era.

– Obrigada pela ajuda - July disse a ele, enquanto Paul fechava o porta-malas.

– De nada, é o mínimo que eu pude fazer depois de... - Ele olhou para mim e depois foi para ela -É, você sabe.

– Obrigado por não parecer óbvio ao mencionar sobre antes Paul - Sorri, ironizando. A pirralha se vira para mim e balança o indicador.

– Vinícius, o certo é "obrigada". Se continuar falando isso podem achar que você é um homem - Então ela sorriu enquanto eu encarava a criatura menor que eu e com seios de verdade tentando não pegar o balão de novo. Já haviam pessoas de mais olhando para eu pegar meu peito.

– Há, há - Fingi achar graça, mas a garota apenas continuou rindo da minha cara.

– Vem, quero vocês bem perto até eu pegar meu voo.

Ora, agora isso daí é novidade.

– Sério? Você não se importa de seu irmão ter seios? - Ela revirou os olhos com exagero quando eu disse isso.

– Primeiro: Não são seios, acho que o correto é "seio". E segundo: Apesar de você quase ter feito um furo na testa do Caleb ao jogar o salto, eu sei que teve uma boa intenção quando se vestiu assim - Arregalei os olhos de surpresa, e até que fiquei um pouco emocionado. Então a pirralha me pega pela mão e o Paul pela dele e nos puxa com ela, cheia de bolsas enquanto Paul segurava a de rodinhas. Mas antes de passar pela porta de vidro, eu solto a mão dela.

– Espera ai - Peço assim que os dois param para me olhar.

– Qual o problema? - Paul perguntou, mas cerrou os lábios para não rir assim que tirei meu seio, como a pirralha disse, e os balões da retaguarda.

– Pronto! - Sorri, com as três balões nas mãos - Vocês não fazem ideia do quanto isso é desconfortável.

– Prefiro me manter ignorante sobre isso - Paul riu.

Olhei em volta atrás de uma lixeira para jogar aquilo, mas não pude não olhar para o segurança ao lado da porta que me encarava. Abri um sorriso para ele.

– E ai cara, pode ficar com isso - Dei os balões para ele e peguei o braço da minha irmã, andando para dentro enquanto ele continuava e encarando - É um ótimo brinquedo para seus filhos! - Falei, piscando, antes de virar para frente.

– Você é louco - Minha irmã disse, balançando a cabeça de vergonha.

– É que eu sou seu irmão - Respondi, e Paul concordou.

Fazer oque, nós combinamos, e acho que isso é algo indiscutível.

–-----

Eu e a pirralha estávamos nos bancos do aeroporto esperando ela ser chamada para seu voo de volta enquanto Paul ia pegar refrigerante para nós. Estávamos a um banco de cadeira de distancia do outro e as pessoas ao redor estavam a uns dois metros, provavelmente sentindo medo da cópia horrível da Betty Boop sentada ao lado da garota normal.

– Sabe... - July começou - Acho que tem algo de bom nisso tudo.

– Sério?

– Graças a seu visual temos vários bancos vagos para eu por minha bolsa - ela me olhou, parecendo se divertir bastante a minha custa.

– É... Parece que eu desviei a atenção dos seus seios pequenos - Revidei, e quando ela fez uma careta eu levantei as mãos - Você que começou! - Ela revirou os olhos e olhou para frente.

– Besta... Você sabe que nada disso teria acontecido se não tivesse enchido meu saco.

– É.

– Tudo isso só aconteceu porque você é um idiota.

– Ei...!

– Calado, você sabe que é verdade.

E desde quando eu admito coisas sobre mim?!

– E o pior de tudo - Olhei para ela quando começou e vi que ela estava ligeiramente vermelha - É que eu vou sentir falta de tudo isso: Da Califórnia, da praia, da rocha chocantemente enorme, do Caleb, do Paul, do Matt e até de você. - Perceba que ela acha mais absurdo sentir minha falta que a do Matt.

Apoiei os braços no encosto do banco e cruzei os pés descalços, dando de ombros.

– Duvido que vá dizer isso de novo assim que colocar os pés no Brasil.

– Você realmente me acha tão falsa?! - Virei o rosto para ela, erguendo a sobrancelha. Ela bufou e virou a cara de novo - Você vai ver quem vai sentir falta de quem mais tarde.

– Há! - Sorri para ela, confiante - Se está se referindo a você mesma, pode esperar sentada que não vai acontecer.

Foi a vez de ela me olhar, mas com um meio sorriso meio sinistro.

– Cuidado, as palavras podem voltar contra você - Então ficamos sorrindo um para o outro que nem dois retardados até o Paul chegar com os refrigerantes.

– Foi mal a demora - Ele entregou a lata da July e depois a minha para então se sentar na nossa frente com a dele - Por exceção desse lugar, todo o aeroporto está lotado de gente.

Assim que ia abrir a boca para falar alguma coisa, uma tiazinha com uma voz meio anasalada falou nas caixas de som que a pirralha já podia tirar a bunda do banco e sair do país.

Claro, não foi desse jeito, mas eu enterpretei assim.

Depois de esvaziar sua latinha de uma vez, oque me deixou levemente chocado, ela acertou ela no lixo ali perto e levantou com bom humor.

– Vamos cambada! Preciso de ajuda com essa bolsa.

Depois que eu "acidentalmente" empurrei o Paul para longe da bolsa até ele cair sentado no banco para pega-la, nós três fomos na direção de um cara falsamente simpático que pegava as passagens. Descobri sua falsidade assim que todo ar simpático estourou quando ele olhou para mim. Ergui uma sobrancelha e coloquei a mão na cintura.

– O que é? Está com inveja desse lindo corpo? - Perguntei e ele disfarçou, atendendo um casal que surgiu com as passagens.

– Bem... - Minha irmã abriu um meio sorriso para nós - Acho que já está na hora de dizer adeus, certo?

Olhei de canto de olho para o ser do meu lado, e quase abro um sorrisinho quando percebo que ele está se segurando para não segurar a garota e carregar ela de volta para o apartamento.

– Acho que um até mais basta - Paul falou, mas assim que a July olhou para ele com um pouco de dó, ele disfarçou - Aliás, você vai voltar para ver o Vinícius, certo?!

Que cara besta meu Deus.

– Talvez, se as passagens não forem caras - Ela brincou, mas em vez de pegar a bolsa de volta e se mandar, ela se aproxima do Paul e abraça ele.

Eca, melhor eu olhar para o falso que pega as passagens mesmo.

Paul levantou a garota do chão num abraço que me pareceu esmagador, e depois desceu ela de volta, se afastando um pouco.

– Mal posso esperar as férias que vem.

– Também - A pirralha sorriu, dando um beijo rápido no idiota.

Meu Deus, eu vou vomitar...

– E você...? - A pirralha ressurge na minha frente, mas por segurança eu afasto um passo.

– Você não vai me beijar não, certo?

– Não, você não tem essa sorte.

– Então pode pegar sua bolsa - Ergui a bolsa para ela segurando a alça - Você não sabe quanto tempo esperei para ter minhas férias de novo. - Ela pegou a bolsa, fazendo cara feia para mim

– Está certo.

– É, está mesmo.

– Então, tchau.

– Tchau.

– Eu realmente estou indo.

– Eu sei, por isso disse tchau.

– Então tchau!

– Vai em bora!

– Vou mesmo! - E com um rosto chateado ela se virou e foi no tiozinho falso entregar sua passagem. Quando ela estava prestes a passar pela porta onde daria ao seu avião, virei as costas e comecei a andar.

Paul correu até me alcançar, me olhando diretamente no rosto como se estivesse esperando alguma coisa. De saco cheio, eu paro e encaro ele.

– Será que pode parar?!

– Você é mais idiota que eu, sabia?

– Nossa, devia existir um premio para se chegar num nível de idiotice maior que o seu.

– Eu estou falando sério! Vai ser a ultima vez que você vai ver ela até sabe quando e você manda ela embora?

– Aah, desculpe mãe, eu devia beijado ela afinal de contas - Paul calou a boca e me encarou, parecendo chateado de verdade.

– Uma hora você tem que admitir que gosta dela.

– Eu já fiz isso, e graças a Deus a sensação já passou.

– Vinícius.

– Paul, esquece isso. Ela já foi e eu realmente estou a fim de tirar essa roupa - Tirei a peruca esquisita da minha cabeça e comecei a andar para fora dali. Paul me seguiu sem opções e numa das raras ocasiões que estou de saco cheio para tocar no volante, deixei ele dirigir para o apartamento. Depois que saímos do aeroporto e eu estava prestes a colocar alguma coisa para tocar no som, sinto minha bolsinha vibrar no meu colo. Nem foi difícil encontrar oque era já que a bolsa era tão pequena que só cabia minhas chaves e meu celular. Coisa inútil. Abri a mensagem de texto pelo atalho que apareceu na tela do celular e ao ler, abri um meio sorriso.

Paul me olhou meio curioso assim que percebe que eu sorri.

– O que é? - Perguntou.

– Uma mensagem idiota de operadora.

– Você precisa de amigos - Paul riu, e eu dei de ombros.

– Não, isso é trabalhoso de mais. Agora trabalhe em silencio.

– Ok, ok...

Me encostei no banco do carona, e li outra vez a mensagem antes de responder:

Acho que você é o irmão mais desnaturado do mundo por não ter se quer se despedido direito. Não entendo como você vai querer minhas desculpas sendo tão idiota, sabe que posso te odiar para sempre, certo?

Então respondo:

Eu sei, mas não foi sempre assim? Eu sempre fui e sempre serei um irmão que você deve odiar, ou então você seria uma pirralha mimada. De qualquer forma, desligue o celular, sabe que isso é proibido não é?

Sempre te odiando, Vinícius.

Enfiei o celular na bolsa e joguei ela no banco de trás logo em seguida, e depois de alguns segundos ela vibra de novo sem que eu percebesse.

Por te amar que eu te odeio tanto (?). Você é um idiota completo e não merece isso, mas acho que você está certo no que disse. Você sempre será um irmão para se odiar, no final das contas. Portanto eu oficialmente te odeio Vinícius.

Obs: Só me mande fazer alguma coisa quando tirar esse vestido, até lá sua moral não existe >.

Até a próxima, July.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes de encerrar essa fic, gostaria mesmo de agradecer as seguintes pessoas lindas do meu coração pelas recomendações e lindos comentários: Dreammaker, Pamela, Marii, Emily Scott, Lara Ariane Valdez e Bruno Moura :3. E claro, que eu agradeço DE TODO O CORAÇÃO seus cheirosos, aqueles que comentaram, mesmo que sem dar as recomendações, mas que infelizmente não pude por o nome aqui porque (ALELUIA) são MUITOS!!! Então eu só posso dizer que os AMO muito, principalmente por me tolerarem nas faltas de criatividade, nos atrasos e etcéteras da vida ^^. Então, obrigada mesmo gente, essa fic não seria tão boa sem vocês.
Aaah, e respondendo aqueles que estão se perguntando se vai continuar, eu não FAÇO A MÍNIMA IDEIA XD. Sério. Eu não sei se vocês querem mesmo uma continuação ou não, então, se realmente quiserem, postem nos comentários que se forem muitos os pedidos, vou começar a trabalhar na fic (além de escrever o epílogo para essa história, mas apenas se quiserem mesmo continuar lendo ela >.<) e mandar uma MP a cada um de vcs quando for postar ela de verdade, ok?!
Então, beijinhos!! Até mais uma fic!!
Ami ~