Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 34
Capítulo 34 - "Ela está maluca, ela está doidinha"


Notas iniciais do capítulo

Oieee!!

Demorou? Demorou sim, mas vocês PRECISAM se acostumar. Muitas vezes sou pega de surpresa com compromissos e outras coisas, e eu PRECISO atrasar um pouco. :3 Perdoem então queridos.
Agora, falando de coisa importante mesmo, OBRIGADA SEUS LINDOS E CHEIROSOS! 4 recomendações fazem meu coração quase parar! Fiquei FELIZ pra caramba ♥ Todos vocês são uns lindos, então, dessa vez vou recomendar a vocês quatro seus lindos, então, um beijo para vocês: Dreammaker (nunca vi leitora tão fiel ♥ amo tuh *-*), Pamela, sua linda, Marii (Fofa linda de mais ♥, amo sua presença flor!) e Emily Guns (Os nossos dois roqueiros agradecem do peito junto comigo flor, obrigada mesmo por uma recomendação tão linda :3).
Beijokas a todos os outros, pq também são todos uns cheirosos ♥
Ami ~



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Vinícius -

Tá, eu sei que não sou eu quem vocês querem ver. Minha irmã vai começar a abrir a bocona dela para falar o momento "incrivelmente emocionante" com o idiota espancado já já. Mas eu estou aqui, vindo do futuro, para avisar que July está perto de sair do hospital, e como imaginaram ela perdeu o voo dela. Pois é, trágico. Não para ela, claro, mas para mim que estaria fazendo coisa melhor que narrar isso, tipo acabar com a raça do Paul no Steve, e etc., mas nada é tão justo assim. E... Não, não contarei o que aconteceu não. Só vim aqui mesmo para deixar vocês putos por não verem minha maninha logo, e provavelmente ficarem se perguntando quanto tempo ela vai ficar ainda.

E você ainda está ai perdendo tempo comigo. É, tipo, agora.

E agora também.

E agora.

Agora.

Agora.

Cara, acho que ganhei algum dom com esse negócio de vir do futuro, estou prevendo muita coisa.

Tipo que você continua lendo isso.

Viu?! Não sou infalivel? Sei, sei, você deve estar com inveja, mas para sua tristeza só os abençoados por Jeová conseguem esse dom. Agora eu vou indo, acho que já deu.

Não, pera, antes de ir NÃO LEIA ISSO.

Nossa, como você é rebelde...! (corre)

July -

Calma... Muita calma nesse momento.

Aquilo tinha sido apenas uma provocação. Claro, abracei e beijei meu irmão porque realmente fiquei com pena do coitado, quem não ficaria? Mas, nunca, never, jamais, absolutamente em momento algum, pensei que ele me retribuiria o beijo. Nossa, por um momento ele ficou como... Tão parecido com... Um irmão.

E eu estava lá, de olhos arregalados para a parede na minha frente, provavelmente com a maior cara de quem acabou de sair da cadeira de choque, quando um cara todo coberto de curativos surgiu pela porta. Por um segundo pensei que fosse algum dos pacientes do hospital errando de quarto, mas meu rosto de recém tirada da cadeira de choque voltou logo em seguida.

Só que um pouco, um pouquinho mais assustador.

- PAUL?

- Ei calma! Tem certeza que já está boa para ficar berrando de emoção por me ver? - E ele sorriu. Quer dizer, quase isso, porque tinha uma marca roxa gigante perto do canto esquerdo da boca dele que estava inchada.

- O que...? - Olhei ele mais uma vez, então tentei falar de novo - O que aconteceu com você?!

- Eu? Nada. Só tropecei no caminho para o hospital, não se preocupe comigo - Disse enquanto se sentava ao meu lado, então uma veia quase estourou na minha testa.

- TROPEÇOU? COMO DIABOS ALGUEM SE FERRA TANTO COM ISSO?! - Ia gritar mais com ele, mas paro quando uma pontada constante de dor de cabeça surge, e fica pulsando ao longo de toda ela. Me encostei nos travesseiros atrás de mim com as mãos na cabeça e Paul se aproximou, preocupado. Cerrei os olhos para ele e o afastei com uma das mãos - Pare agora, eu estou bem.

- Me desculpe - Respondeu. Acho que foi mais uma ação automática dele a minha cara feia.

- Esqueça... - Afastei a outra mão da cabeça quando a dor voltou ao leve pulsar de antes e coloquei as mãos na barriga, agora olhando-o cuidadosamente - Eles te esfolaram vivo, não foi?

- E como pode ter certeza?

- Paul, tem um punho desenhado no roxo da sua bochecha.

- Droga... - Ele colocou a mão em cima, mas afastou logo depois de uma careta dolorosa - Acho que não dá mesmo para fugir não é? - Ele colocou os olhos em mim, sorrindo de leve - Acho que até mesmo de coma você é capaz de acabar comigo se eu mentir.

- Exatamente - Sorri, mais aliviada por ele parecer desistir de mentir que nem um certo cara que conheço a mais ou menos dezoito anos, mas o sorriso desaparece quando vejo a parte mais ferida do corpo dele que foi o braço, e sinto uma leve ponta de culpa no peito - E... Como fez isso? - Ele olhou o braço por um instante.

- Isso... Foi quando tentei acertar um grandão careca no rosto, mas o cara é o demônio - Entortou os lábios - Ele agarrou meu braço e acabou com ele antes que eu pudesse ter feito algo.

Dei uma risadinha baixa.

- Então você brigou mesmo... Deve ter sido de lascar.

- Foi, mas não fique com ciúmes. Você sempre será a mais forte... - Ele levantou a cabeça para me olhar de novo, mas ele parou de falar assim que viu meu rosto - July...?

Foi então que uma maldita lágrima caiu no meu antebraço e escorreu até sumir por debaixo do meu pulso.

- Aqueles malditos... Sequestraram uma mulher e ainda esfolam o namorado dela... Devia ter matado todos eles quando chutei aqueles imbecis...! - Então outra maldita lágrima surgiu, e mais outra, outra e outra. Mas só percebi que a coisa estava séria quando o Paul levantou da cadeira e se sentou na beira da minha cama, me envolvendo com o braço esquerdo bom.

Pelo menos a enfermeira tirou aquela agulha horrível do meu braço antes de ir, assim eu pude segurar a camisa dele e chorar que nem uma pirralha.

- Eu não vim aqui para roubar cena não July! - Protestou - No mínimo eu teria que estar chorando que nem um idiota por ver minha namorada assim e não você...

- Cala boca Paul, isso seria absurdamente gay - Resmunguei.

- Pensei que as garotas gostassem de garotos sensíveis.

- Eu não gosto de garotos sensíveis, gosto de você, idiota.

- Isso é uma ofensa?!

- Não nesse caso - Sorri, mas eu ainda me sentia muito mal. Não, não é porque tenho um corte imenso na nuca, e não, não é pela dor de cabeça ou pela dor incrivelmente chata junta da marca roxa no meu abdômen, é porque é horrível ver ele assim por causa daqueles imbecis - Você ainda não perguntou se estou bem - Mudei de assunto, percebendo que ficou tudo muito quieto.

- Bem, está um pouco obvio que não - Afastei um pouco dele, então me senti esquisita quando vi ele sério.

Paul sério nunca é um bom sinal.

- Mesmo assim! É bom mostrar que está preocupado perguntando se estou bem! - Disse, aumentando um pouco a voz - E se eu não estou bem é por culpa sua e daquele idiota ali fora! - Credo, acho que estou de TPM, de repente senti muita raiva enquanto ainda chorava - Como você tem a ideia estúpida de ficar e levar uma surra dessas Paul! Você é burro?!

Há, até parece que deixei ele responder. Eu fiquei muito puta, tipo, muito mesmo. Tanto com os caras que deram os murros no Paul, quanto com o próprio Paul por quase ter morrido.

- O que deu na sua cabeça para você se usar como saco de pancadas?! E olhe que eu sei que você fez isso para eu sair de lá! Isso é óbvio! - Apertei a camisa dele, irritada só de pensar nele fazendo isso - Seu idiota! Você é um maldito idiota! Se eu estivesse morta e você também tivesse morrido, eu agarrava você pela camisa e mandava todos os anjos que estivessem te puxando para o céu se catarem enquanto puxava você para o inferno comigo! seu idiota! - Então finalmente parei de chamar ele de idiota e encarei o rosto dele, irritada, chorando e um pouco mais irritada. Mas ele não moveu um músculo. Mas some tudo. Ar. Raiva. E até o hospital. Tudo no momento que ele repentinamente me beijou.

Afrouxei a mão na camisa dele, confusa, mas estranhamente aliviada, e a passei para a curva entre seu pescoço e seu ombro, recebendo-o enquanto a dor na minha cabeça adormecia também. Cara, beijos deveriam ser usados na medicina para substituir analgésicos e acho que todos estariam satisfeitos.

Quando finalmente acabou, acho que uma vida depois, Paul voltou a sorrir do jeito natural dele, e sem se afastar muito disse:

- Eu sei que foi idiota. Foi completamente imbecil da minha parte apanhar daquele jeito com o tamanho que tenho. Mas é que eu não consigo parar de bancar o idiota perto de você. Sempre me sinto mais corajoso e maluco, a ponto de enfrentar o Vinícius e trinta caras quando você aparece, tipo, sem pensar se vou sair morto depois. Juro que há um mês a trás eu teria saído correndo de lá para o Vinícius chegar esfolado em casa enquanto eu comia Cheetos.

- Eca, odeio o cheiro disso - Franzi o nariz, mas sorri logo depois, olhando seu rosto tão próximo do meu - Mas... Pensando nisso, acho que essa pode ser uma explicação válida do porque o Vinícius foi tão bocó por tanto tempo.

- Sério?

- É. Porque eu tenho um dom. O dom de deixar as pessoas idiotas.

Então o puxei pela camisa e o beijei. De novo.

Vinícius -

- COMO ASSIM A JULY NÃO PODE VIR AO BRASIL VINÍCIUS?! OQUE VOCÊ FEZ?! - Me encostei na porta do carro, revirando os olhos internamente para a minha mãe. Será que nunca passa pela cabeça dela que a culpa pode ter sido da pirralha? - E mesmo que não viesse, como não avisou antes?! Eu esperei por ela três horas e meia e seu pai estava prestes a xingar o segurança do aeroporto!

- Mãe...

- Cala sua boca Vinícius! ESTOU FALANDO COM VOCÊ! - Então ela parou por um segundo e deu para imaginar ela respirando longa e profundamente para não me matar via telefone - O que houve de errado? Ela disse que precisava vir cedo para se preparar para a faculdade.

- Foi nada de mais mãe. A pirralha pegou uma gripe forte na noite antes de ir, e ela não levantava de jeito nenhum - O que os filhos fazem para as mães não enlouquecerem - Eu não poderia ter deixado ela ir assim, e antes que grite comigo, ela não teve muito prejuízo. Eu consegui adiar as passagens dela milagrosamente para amanhã a noite. Ela deve chegar pela manhã.

- Gripe? Na Califórnia a essa época do ano?

- Ahn, desculpe mãe, você mora aqui? - Dei uma risada antes que ela me xingasse pensando que eu tinha falado sério - Os ventos daqui são bem fortes, e eu e a Pirralha estávamos molhados de água fresca do mar. Junte os dois e tenha uma...?

- Eu realmente espero que você não esteja fazendo nada com ela Vinícius. Foi difícil convencer seu pai que poderia cuidar dela. Se ela vier com algum problema...

- Eu vou para o quinto dos infernos, eu sei - Balancei a cabeça, mas parei assim que vi a Pirralha sair do hospital com a ajuda do Paul - Ela acabou de sair do hospital, preciso levar ela para casa mãe.

- Desde que faça ela me ligar mais tarde...

- Vou sim mãe, fica tranquila, já sou maior de idade, sabe?

- Sei. - Então ela fez outra pausa, e eu esperei com toda santa paciencia - Me ligue mais vezes Vinícius, eu fico insegura quando fica tanto tempo sem mandar um e-mail se quer.

- Eu sei - Admiti, então sorri, imaginando a pobre da minha mãe andando em volta do telefone como costumava fazer quando um de nós saiamos - Eu te ligo quando a July estiver no hemisfério Sul do continente.

- Muito amável de sua parte. Estarei esperando então.

- Até mãe - E desliguei o telefone no momento que a pirralha para junto do Paul do outro lado do carro, na porta do carona. Quando percebeu que eu olhava ela, ela olhou para mim e franziu a boca.

- O que foi?

- Não é que você está a cara da mãe.

- Entra no carro Vinícius - Revirei os olhos, agora de verdade, e me meti no banco do carro assim que o Paul fecha a porta de trás. Quando tirei o carro da vaga, a pirralha me olhava com cara de quem vai perguntar alguma coisa.

- Era a mamãe?

- Você ainda chama ela assim?

- Você ainda tem um macaco de pelúcia?

- Touché - Paul deu uma risadinha atrás e eu encarei ele pelo retrovisor com a carranca de volta.

Ignorei ele e assenti.

- Há! Então duvido que você falou a verdade - Ela abriu um sorriso e olhou a pista - Eu teria ouvido a "conversa" do hospital se tivesse falado.

- Não é estar em outro país que vai tirar meu medo de ser morto por ela.

- Naturalmente - Ela continuou a sorrir e olhei ela de relance. Graças aos deuses tiraram a faixa da cabeça dela, mas apesar de já ter tirado os pontos, ela fazia questão de esconder o corte fechado com os cabelos soltos.

Frescura... Marcas de guerra são para dar orgulho.

- Quer ir ao apartamento? - Perguntou Paul atrás, e ela concordou.

- Preciso arrumar as minhas malas afinal de contas. Ainda nem toquei nelas.

- Finalmente! - Abri um sorriso gigante e ela virou o rosto para mim, contrariada.

- "Finalmente"?

- Afe Pirralha, você passou tempo de mais aqui. Lembra que prometeu que sairia para eu ter minhas férias?

- Ah, foi mal Vinícius. Da próxima vez avise a seu amigo traficante que os amigos drogados dele não podem sair sequestrando suas irmãs e talvez você possa ter férias!

- Vou lembrar disso.

- Idiota... - Ela virou a cara para a janela, me ignorando.

E como sempre, Paul apenas sorria como se estivesse vendo a cena mais feliz dos EUA na sua frente.

- Vocês vão sentir muita falta do outro.

Então eu e a pirralha viramos a cara para ele e berramos juntos:

- NUNCA!

Paul -

Depois de quatro dias de muita ação e emoção, eu lia tranquilamente um dos mangás do quarto do Vinícius na poltrona na sala quando pela segunda vez, uma manhã depois dela sair do hospital, a July aparece furiosa na porta do corredor que dá para a sala.

- CADÊ?! - Ela andou ao redor da mesa de jantar como se o Vinícius pudesse estar de baixo da cadeira e então pisa fundo até poltrona - CADÊ AQUE VERME IDIOTA?!

- Acho que está na cozinha... Mas o que foi que hou... ?

- VINÍCIUS! - Me encolhi na poltrona quando ela berrou na direção da cozinha, e então um cara comento Doritos apareceu na porta com a cara da tranquilidade.

- Que?

- QUE?! QUEEE?! COMO ASSIM QUE SEU FILHO DE UMA...!

- Ei, mete a mãe na história não.

- DANE-SE! ONDE VOCÊ COLOCOU?

- O que?

- VOCÊ SABE!

- Hmmm... - Ele colocou um Doritos na boca e pensou um pouco, mas logo negou - Não, sei não.

- Eu só vou perguntar uma vez. ONDE.ESTÁ.A.BETTY?

- Aaah, a guitarra?

- NÃO, A MINHA VACA JAIRO!

- Afe garota, você não sabe nem encontrar uma parente sua...?

E antes que eu pudesse piscar de novo, a pirralha já tinha literalmente pulado em cima do Vinícius.

Acho que ela já se recuperou dos ferimentos.

- SAAAAAIII VERME! SAI DE MIM!

- DEVOLVE! DEVOLVE! DEVOLVEEEEE! - Então ela meteu o pé nas costelas dele e ele soltou um urro de dor antes de cambalear e cair no tapete da sala. Foi nesse instante que vi os olhos dele brilharem de sangue.

- AGORA EU TE MATO CRIATURA DE LÚCIFER!! - Então ele derrubou ela e os dois começaram a rolar que nem dois cachorros brigando.

Meu Deus, que é isso?

- PARO, PARO! LARGA MINHA NAMORADA AGORA! - Levantei e andei até onde eles estavam arrancando o cabelo do outro, e quando a garota fica em cima das costas dele, prestes a meter o cotovelo na coluna dele, pego ela pelas pernas e arrasto ela até longe.

- PAUL! SOLTA, SÉRIO!

- Não.

- SOLTAAA, ELE PEGOU A BETTY!

- Depois eu pego ela, agora vem cá - Puxei ela pelo braço e a levei comigo para a porta do apartamento.

Vinícius levanta do chão na hora, então prega os olhos em mim.

- Onde você vai com...?!

- Shhh - Peguei a maçaneta, no lado de fora, e abri um meio sorriso - É a minha vez de brincar com ela.

- OQUE VOCÊ VAI...?!

- Tchau - E fechei a porta, apenas me virando para olhar a garota meio descabelada e pegar sua mão. Ela olhou, confusa.

- O que foi? - Apertei a mão dela e a puxei de leve para mim. Ela corou - Paul...?

- Acho que ainda te devo uma aula de mergulho.

- Mergulho? De novo? - Então ela olhou para si mesma - E eu não estou de roupa de banho Paul - Aproximei o rosto perto da orelha dela e quase ri de como ela arregalou os olhos quando eu disse:

- Não precisamos disso.


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Notas finais do capítulo

Meeeeeeeee... eeeee... eeeereço uns tapas? Levanta a mão quem acha o////o//o//// XD



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