Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 30
Capítulo 30 - Maldita praia.


Notas iniciais do capítulo

Oieeee.
Foi mal, dessa vez não postei ontem pq esqueci mesmo KKKK, Tipo, tava pronto desde sábado, mas eu simplesmente esqueci ;p. E como passei o dia fora hj, nem deu para postar cedo, então... Sorry people!
Bem, aproveitem o caps e beijokas!!!!
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/30

Vinícius -


Uma bela manhã!

Sol brilhando no céu, quase nenhuma nuvem, céu azul pra caramba, ar fresco e...

– Bom dia cara! - Paul surgiu na cozinha, abrindo um meio sorriso de pura alegria.

... E o Paul pegando minha irmã.

Sim, meu dia estava começando de maneira feliz até esse cara surgir com o maldito sorriso de assediador na cara e me lembrar de quem era a assediada.

E por falar nessa desgraça:

– Bocó - Virei a cara e lá estava a pirralha na porta que liga o corredor a cozinha, me encarando com o cabelo de leão pós caçada - Você pegou a minha escova?

– Por que diabos eu estaria com sua escova pirralha - Resmunguei, então ela ergueu uma sobrancelha.

– Vinícius, eu vi você mexendo naquilo há uns dois dias.

MERDA.

– EU NÃO MEXI PORCARIA NENHUMA!

– Vinícius...

– MAS EU NÃO MEXI.

– Vinícius, sério.

– CARAMBA PIRRALHA, EU JÁ DISSE QUE EU NÃO MEXI NAQUELA PORCARIA...!

– FALA LOGO ONDE VOCÊ COLOCOU A MALDITA ESCOVA VINÍCIUS!

– Mas...!

– FALA!

PORCARIA, ESSA MENINA PARECE MINHA MÃE!

Virei a cara para o lado e cruzei os braços, puto da vida.

– Segunda gaveta... Bancada do banheiro - E a maldita ainda sorriu para mim, toda satisfeita.

– Obrigada - E virou as costas.

A garota mal saiu da cozinha e lá estava Paul, encostado na pia, com um sorriso enorme enquanto segurava uma caneca com café.

– Essa é a minha garota - Disse ele pouco antes de tomar o café e eu encarar dele com a maior carranca do dia.

– Cala a porcaria da sua boca! - Grunhi, então ele inocentemente afastou a caneca da boca e me olhou, confuso.

– O que cara? Não posso elogiar minha namorada? - E abriu outro sorriso, enquanto eu me esforçava em não socar a cara do maldito - E uma coisa... A escova dela não é aquela roxa cheia de purpurina?

Ok, agora estou sentindo a veia da minha testa inchar.

– Merda Paul, eu não usei aquilo!

– Usou.

– Não usei.

– Cara, usou sim. Eu vi como seu cabelo anda arrumadinho - Então subiu a caneca para a boca, escondendo um sorriso.

– QUE MERDA DE CABELINHO ARRUMANDINHO O CA... - Ops - EU NÃO USEI ESSA ESCOVA E NENHUMA OUTRA COISA DA MINHA IRMÃ. NUNCA!

Então a guria reapareceu logo atrás de mim com o rosto irritado e um tubo na mão.

– Merda Vinícius, manera na quantidade de hidratante! O TROÇO TÁ MENOS DA METADE E É O SEGUNDO TUBO QUE EU TENHO QUE COMPRAR!

Então nem a caneca foi o suficiente para conseguir abafar a risada escandalosa do Paul em seguida.

– Cara... - Riu, tentando não derramar o café de tanto rir - Hidratante?!

– MINHAS MÃOS ESTAVAM RESSECADAS DROGA! ERA UMA EMERGÊNCIA!

–--

Um ataque gay depois, acabamos comendo torrada com manteiga derretida. A pirralha estava com o cabelo normal, finalmente. Paul estava todo sorrisos ao lado dela, comendo sua torrada enquanto falava alguma coisa para ela.

Coisa idiota...

E a merda mesmo é que eu ajudei nisso tudo.

Droga.

– Ei, Vinícius - Chamou a pirralha, então virei a cara para ela.

– Que?

– Nós podíamos sair hoje, não? Tipo, pegar um sol e esfriar a cabeça de baixo da água.

– Água? Desde quando você gosta de ficar com a água acima dos ombros? - Ela deu de ombros.

– Acho que já está na hora de superar esse medo bobo... Sei lá.

– Já sei uma atividade perfeita - Paul enfiou o resto da torrada na boca, e finalmente falou - Vamos surfar.

A pirralha foi a primeira a gargalhar com aquela ideia, o que eu quase fiz também.

– Você realmente acha que eu sou capaz de surfar? E pior, em um dia?

Ele deu de ombros.

– Porque não? Se eu fui capaz de ensinar o Vinícius, porque não você? - Foi então que a pirralha parou de rir e olhou para mim com os dois olhos arregalados como quem diz: WTF?! Você?!

– Você surfa?!

– Sim eu surfo, agora para de fazer esse rosto esquisito para mim.

– Mas é estranho, ainda mais depois que te vi usando minha escova, meu hidratante e aquele...

– CARACA PIRRALHA, PARA DE INVENTAR COISA! - Antes que eu pulasse na garganta daquela pirralha, Paul quebra meu clima assassino quando levanta da cadeira.

– Beleza! Vamos para praia minha gente!


July -


Vinícius deu pelo menos uns cinco resmungos de que a praia só teria gente fresca fazendo frescuras no meio de um clima inteiro de fresquidão. Mas apesar da positividade do bocó, não estava tão ruim assim. Tipo, só tinha poucos casais se agarrando numas árvores, rolando na areia e correndo na beira da praia. Nada de mais.

Frescura... Vê se pode. Isso é porque ele é provavelmente o único solteiro dessa praia.

De qualquer maneira, eu tive que ir sozinha para a praia porque o Vinícius e o Paul ficaram de conseguir umas pranchas para a gente usar. Como eu não queria ficar seguindo eles por ai, resolvi ir logo para a praia e esperar eles por ali. E com o meu biquíni, minha camisa por cima e meus chinelos cor de rosa resolvi enfrentar o mar sozinha. Pelo menos, era isso que eu esperava fazer, até uma coisinha de nada acontecer.

Não, não é nenhum Matt da vida não, é outra coisa.

Ah, deixe eu contar isso direito.

Eu estava na calçadão que separa a praia da rua, andando até alcançar a pedra gigantesca em que o Paul tinha me levando na primeira vez. Ok, melhor parar de lembrar dessa pedra antes que aquela queda horrorosa me venha a cabeça. De qualquer maneira, eu estava indo bem, mas quando eu me abaixei para tirar uma pedrinha minúscula do meu chinelo, eu vi de rabo de olho que um cara acabara de parar junto comigo logo atrás de mim e se virou para olhar a praia.

Ok, estranho.

Bem, eu ignorei isso logo porque devia ser alguma estranha coincidência.

Tipo, estranha mesmo.

Então voltei a andar, apressando mais o passo até ficar perto o suficiente da pedra para me misturar com as outras pessoas que estavam por ali. Parecia que todo mundo gostava de ficar perto daquela coisa gigantescamente rochosa e absurdamente escorregadia. Mas quando eu estava prestes a virar para entrar na praia, outro cara surge pela areia, andando tranquilo na minha direção. Foi ai que comecei a ficar com medo de verdade. E eu desviei, claro, e resolvi andar mais um pouco pela calçada até que eles desaparecessem, porque uma hora eles tinham que desviar.

Depois de algum tempo caminhando e desviando das coisas, chegou a um ponto que eu não tinha mais como avançar sem que eu passasse pelo limite da praia, então eu decidi me virar e ir de vez para a praia. QUE SE DANE ESSES CARAS, PUTZ.

Mas assim que eu piso na areia e avanço para o mar o primeiro cara de antes surge na minha frente e me para, com um maldito boné tampando metade do rosto.

Agora vai dar merda.

– Ei, será que poderia parar de me seguir– Falei mesmo, na lata - Que merda! Eu só quero ir para a praia!

– Hmm... Foi mal, eu acho que não vai dar - Falou e deu para ver que o maldito sorriu. ELE SORRIU.

WTF?!

– Vai se lascar - Murmurei, então virei as costas e TCHARAM!! Outro cara surge.

– Acho melhor você controlar a boca garota, falar isso é feio - Esse cara não tinha coisa alguma tampando o rosto, me dando uma visão perfeita de olhos cinza e cabelos loiro claro.

Cara... Pera. Vamos analisar a situação.

Tem um cara me seguindo desde que entrei no calçadão... E do nada aparece mais um e juntos eles bloqueiam minha passagem. O primeiro diz que não posso sair, tem um boné escondendo a cara e o outro tem cara de playboy tarado que da uma de malvado...

Não... Pera. Tem algo de suspeito por aqui.


Foi então que a voz do Vinícius surgiu na minha mente, naquela vozinha aguda que ele faz quando grita.

MERDA PIRRALHA, SE TEM DOIS CARAS TE SEGUINDO, CORRE!

FOGE GAROTA!

E então corri.

Tipo, por um milagre divino, o cara não conseguiu me impedir de sair correndo feito louca condenada no meio do calçadão. Então, a partir dai foi que nem cena de filme norte-americano. Eu corria a toda, e os caras corriam logo atrás. A porcaria dos chinelos me retardavam tanto que eu tive que abandonar eles no meio do caminho e correr a toda até a areia.

Mas a criança aqui esqueceu que a areia é uma famosa retardadora, e logo o loiro playboy me alcançou por trás e me levantou do chão como se eu fosse uma pirralhinha de verdade.

– MERDA! ME SOLTA! - Berrei, vermelha de tanto correr - ANDA! ME SOLTA! OU EU VOU GRITAR!

Detalhe: Estávamos tão no limite da praia, que tinha nenhum santo para fazer testemunho ali.

– Tenta garota! Tenta gritar para você ver o que acontece! - Caramba, ele apertava tanto meu abdômen que gritar era difícil mesmo, mas fazer o que, eu não ia desistir ali.

– EU QUERO QUE VOCÊ SE DANE! SÓ ME SOLTA - Foi então que conseguir meter meu cotovelo no olho dele, o que fez ele me soltar fácil fácil, mas em troca eu cai de joelhos na areia. Assim que eu me levantei para correr o outro cara ressurge das sombras do inferno e me da um golpe do meio do estômago, e tudo foi tão rápido que eu só sentir meu corpo tombar na areia antes de o cara dizer algo como:

– Isso foi pelo taco...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Irmão Para Se (Odiar) amar." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.