Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 29
Capítulo 29 - Louvada seja a Amnésia!


Notas iniciais do capítulo

Oiii!!!
Novamente, não posso falar muito, então só peço que aproveitem o capítulo de hoje e que deixem seus reviews de domingo!! Acho que vão acabar gostando do cap de hoje >.
Beijos seus lindos!!
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/29

July -

Bem, antes de qualquer coisa vinda de minha parte, deixe eu dizer uma coisa:

OBRIGADA SENHOR!!! O PAUL SUMIU!!

- Droga! - Ouvi ele dizer, provavelmente ainda na minha frente - Como diabos a luz pode ter acabado agora...?

Fácil, isso são os deuses me ajudando.

- Hm... Melhor a gente pegar umas velas.

- Eu tenho uma lanterna no meu quarto - E tipo, do nada, Paul pegou a minha mão (sei la como ele achou) e me puxou com ele.

Ai socorro.

- P-Para onde você está me arrastando?!

- Meu quarto - Respondeu  - Acho mais seguro você vir comigo que ficar sozinha num apagão.

E DESDE QUANDO IR NO QUARTO DE UM CARA QUE ACABOU DE DIZER QUE GOSTA DE VOCÊ, NO MEIO DO ESCURO, É MAIS SEGURO?! TÁ LOUCO GURI?!

Mas do que adiantou gritar com ele nos meus pensamentos? Mal tinha terminado e já havia ouvido o som da porta dele sendo aberta.

Merda.

- Eu posso esperar aqui fora! - Parei na porta, na tentativa de despertar o bom senso dele, mas ele voltou a me puxar.

- Melhor não.

Uhum.

To entendendo o que você quer Paul.

Safadinho.

- De qualquer maneira, onde está a sua lanterna? - Olhei para o quarto, mas eu enxergava quase nada porque logo hoje, o dia estava meio nublado e pouca luz passava pela janela. 

- Acho que na minha escrivaninha, espera aqui - Então ele me soltou.

FINALMENTE!

Pela luz da janela, dava para ver a silhueta do Paul perto da escrivaninha. Aproveitei que ele não me olhava e caminhei devagar até a porta aberta. Por sorte, eu conseguir chegar ao corredor sem que ele percebesse, e logo comecei a andar por ele na tentativa de entrar no quarto do Vinícius e pegar meu celular. Mas assim que estou quase alcançando a porta, do nada eu ouço algo parecido com uma porrada na parede, então eu paro. Olhei para trás achando que era o Paul, mas o corredor estava vazio ainda. Então a porrada se repetiu.

MERDA! QUE BARULHO É ESSE?!

- Paul? - Sussurrei não sei pra quê (acho que foi o clima do momento), mas assim que ia voltar para o quarto para ver se ele estava bem, ouço o barulho da porta do Vinícius sendo aberta.

Então a anta vira.

- Mas o que...? - No exato momento que me viro, um relâmpago surge,  iluminando toda a cara de zumbi da criatura na minha frente.

Claro que só sobrou uma coisa sensata a fazer.

- AAAAAAAAA! DEMONIO!!

E o Paul surge logo em seguida com a lanterna ligada na mão.

- OQUE HOUVE?! - Então ele joga a luz da lanterna na cara do zumbi,  e depois de ver a cara babada, os olhos vermelhos e as olheiras dos olhos vesgos dele, o Paul agiu como um verdadeiro homem - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MATAAAAA, MATAAAA! - Berrou, e logo em seguida deu um soco na cara do zumbi tamanho o desespero. Então virou para mim e DO NADA, me colocou no ombro como se eu fosse um saco de batatas e correu para a sala.

- PAUL ME SOLTA SEU LOUCO!!

- OQUE?! É ASSIM QUE VOCÊ FALA COM ALGUEM  QUE ESTÁ SALVANDO A SUA VI... - Então ele desliza que nem um sabonete no tapete atrás do sofá.

Sim, salvar minha vida, claro.

- MERDA! - Berrei pouco antes de eu meter a cara no sofá, rolar para o chão, e logo em seguida ser esmagada pelo Paul.

Pronto, acabei de rachar meu crânio.

- Minha cabeça... - Reclamei com a voz rouca com a falta de ar.

- Opa! - Ele finalmente percebe que estava em cima de mim assim que começo a ficar roxa, e se afasta de mim com as duas mãos no chão, ao lado da minha cabeça - July? Tudo bem?

Deus que pergunta imbecil.

- Sim Paul, estou ótima. Quem se importa se quebrei minha cabeça e que um cara está em cima de mim... - Então calei a boca, parando para pensar um pouco.

Pera... Eu disse em cima de mim?

Foi então que eu enxerguei a cara do Paul logo a cima da minha.

- PAUL! - E então eu me debati para sair daquela posição estranha, mas sem querer eu meto meu joelho na barriga do Paul e nós dois voltamos a cair com uma pancada.

E a luz volta.

O Vinícius aparece com a mão no interruptor e a cara roxa.

Ele está olhando para cá.

E o Paul ainda não saiu de cima de mim.

- Paul? - Então ele vira o rosto para mim - July...? Mas... O que...?

CARAMBA! PAUL SAI DE CIMA DE MIM!

Então o Paul vira o rosto para o Vinícius (ele ainda não saiu de cima de mim) e arregala os olhos. Então ele olha para mim.

E AINDA NÃO SAIU DE CIMA DE MIM!

- Meu Deus - Ele diz, branco como papel. E o esperado acontece.

- MALDITO! - Vinícius corre que nem louco atrás do Paul e puxa ele para trás de uma vez, jogando ele no sofá logo depois - OQUE DIABOS VOCÊ FAZIA EM CIMA DA MINHA IRMÃ?!

- Eu...!

- VOCÊ QUER MORRER SEU PEDÓFILO?! NÃO ESTÁ SATISFEITO POR TER TIRADO O BV DA GURIA, AGORA QUER TERMINAR O SERVIÇO?!

- Cara, isso não é pedofilia, ela é de maior.

CARA VAI SER BURRO ASSIM LÁ LONGE!

E num segundo o Vinícius já estava agarrando o pescoço do Paul.

- MORRE DESGRAÇA! MORREEE!

- MEU DEUS! LARGA ELE VINÍCIUS! - Me sentei no chão, preocupada com a cor do rosto do Paul, mas como ele não tinha me ouvido, me levantei e pulei com tudo para cima do meu irmão - JA CHEGA CARAMBA!!

E meu irmão cai lindamente com a cara no chão na segunda vez no dia.

- P-Pirralha...! - Grunhiu, virando o rosto para o lado, de peito no chão, e eu em cima das costas dele.

- CALA SUA BOCA ANTA! - Fuzilei ele com os olhos, e ele ficou calado rapidinho. Respirei fundo antes de falar algo - Putz, PENSA primeiro antes de esganar alguém seu retardado. O Paul não estava tentando... Fazer coisas comigo.

Conversa esquisita.

- Então o que diabos estava acontecendo...? - Falou com uma voz engraçada por ter a cara no chão.

- Nós caimos porque ele saiu correndo que nem louco comigo nas costas dele depois de um zumbi aparecer no apagão.

- Zumbi? Que droga de Zumbi pirralha?

- É verdade! O Paul até deu um soco nele.

Então o Vinícius levantou do nada, me jogando com tudo no chão. Ele encarou o Paul.

- ENTÃO FOI VOCÊ?!

- Eu o que?!

- VOCÊ ME DEU UM SOCO SEU ANIMAL!

- Ah... Então era você.

- AFE! - Levantei, com os cabelos lindos de tão arrepiados - VOCÊ É LOUCO DE ANDAR QUE NEM UM MONSTRO NO MEIO DA ESCURIDÃO?!

- Mas eu fiz NADA!

Paul ressurgiu.

- Vai ver era só a cara dele mesmo.

É, provável.

Vinícius encarou ele com um ódio terrivel, mas em vez de pular no garoto de novo, ele apenas levantou e saiu marchando para longe do sofá.

- Vinícius! - Chamei, então ele virou a cara emburrada para mim.

- Olha pirralha, antes de qualquer coisa, primeiro: - Levantou o indicador - Eu não vou socar o Paul hoje, então não precisa pular em cima de mim. Segundo - Levantou o outro - Eu já entendi a situação - Olhou para o Paul - Bem até de mais. E terceiro: - Levantou mais outro - Não houve um apagão. Provavelmente a lâmpada de onde quer que vocês estavam tinha queimado, o que teriam percebido se as outras não estivessem desligadas.

Aaah... Isso faz sentido.

-... Então relaxa, eu só vou colocar um gelo na cara e tomar um comprimido para a dor - Então colocou a mão na nuca - Por algum motivo minha cabeça está explodindo. - Paul automaticamente olhou para mim, mas eu disfarcei.

- Pois é, estranho isso. Mas... Vinicius.

- Que?

- Por acaso você se lembra do que aconteceu antes de acordar? - Ele parou um pouco e pensou, mas depois de um bom tempo ele só disse:

- E tem algo para eu lembrar? - Perguntou, confuso.

Ora vejam só!

- Não, só quis conferir se você ainda tem sanidade - Ele revirou os olhos e deu as costas, me ignorando até entrar na cozinha. Abri um sorriso enorme.

- Ai que bom! Pelo menos uma notícia boa hoje! - Sorri satisfeita.

Paul riu de mim e se levantou.

- É, você tem sorte mesmo.

Ah é... O Paul.

- Ah, Paul - Me levantei e limpei a garganta - Aquilo que você disse...

- Esquece.

WTF?!

- Como?

- Esquece o que eu disse antes, ok? - Ele sorriu de novo, como se estivesse tudo bem - Foi idiotice falar aquilo, não acha? - Antes que pudesse responder, ele se virou e caminhou para o corredor.

Que droga, coisas desse tipo SEMPRE acontecem comigo.

- Espera! - Chamei ele, então ele se virou. Pressionei os lábios, culpada - Paul, não queria que terminasse desse jeito...

- Não, tudo bem. Por incrível que pareça, eu já levei foras, e esse não é o pior. Aliás, eu sou homem July, eu não vou sair chorando ou algo assim - Ele abriu outro sorriso, e então voltou a andar para o quarto dele, sumindo de vista.

Gente...

Então porque eu me sinto tão culpada assim se ele realmente está bem?

Pensando bem, essa é a segunda vez que ele disse que gostava de mim, e a segunda vez que eu rejeito ele. O que prova que eu sou mesmo um ser sem coração. Legal né?

- E depois eu sou o "monstro".

AIMEUPAIDOCÉU!

- V-Vinícius?! - Virei a cara pro rapaz me encarando com um saquinho de gelo na cara - O que diabos você está olhando criatura?!

- Sua cara, dã - Revirou os olhos, então caminhou para a poltrona da sala e se jogou nela. Me olhou - Pirralha, você devia ser mais feminina as vezes sabia.

- WHAT?! - Olhei ele chocada - O que você está dizendo?

- Estou falando o óbvio - Ele virou a cara, fazendo uma careta por longos segundos, antes de franzir a testa e voltar a me olhar - Pirralha, eu não quero ficar enrolando nisso porque odeio esse tipo de conversa, então admite logo que você gosta daquele animal.

Hã?

- Vinícius, você está bem? - Ele voltou e revirar o olhos.

- FALA LOGO SE VOCÊ GOSTA DELE OU ENTÃO TE LARGO DE MÃO!

- O Paul? - Quando ele fez outra careta, refiz a frase rapidamente - Ah, quer dizer, ele é muito gentil, bonito e de certa forma, uma pessoa decente - Vinícius deu uma risadinha - Mas... Não sei dizer com certeza sobre isso.

- Pirralha, cala boca. Você vive nervosa quando o Paul tenta alguma coisa, e deixou ele te beijar há algumas semanas. Sério, ou você gosta dele, ou é tão bocó quanto eu.

Deus, ele admitiu que é bocó!

- É... - Concordei, sentindo borboletas surgirem na barriga quando lembrei de agora a pouco - Tá, eu acho que estou um pouco a fim dele - Vinícius continuou me encarando, e então eu apertei os punhos - TÁ LEGAL! EU GOSTO DAQUELE RETARDADO, PRONTO! SATISFEITO?!

- Não, na verdade eu estou odiando isso - Ele se encostou na poltrona, parecendo odiar mesmo aquilo - Mas acho que te devo isso ou algo assim, aliás, como foi que você disse? "EU JÁ TENHO DEZOITO ANOS SEU BOCÓ"  - Franzia  boca diante da péssima imitação de minha voz.

- Você é idiota, não é?

- Que se dane - Deu de ombros - Só estou dizendo para você fazer algo sobre isso para não voltar chorando para o Brasil e botar toda  culpa em mim. Então vai lá.

- Certeza?

- SOME LOGO DA MINHA FRENTE!

- TÁ, TÁ - Virei as costas e corri para o corredor com o coração aos pulos.

Eu ainda estava meio chocada com o que meu irmão fez, mas mesmo assim, tomei coragem para fazer o que ele disse. Fui para a porta do quarto do Paul, e respirando fundo, toquei a maçaneta e abri a porta.

Paul estava sentado de frente a escrivaninha dele, mexendo no notebook que tinha ali, mas ele percebeu que eu tinha entrado assim que abri a porta, e fez um rosto estranho ao me ver. Bem, deve ser nada mais que uma resposta a cara estranha que eu fazia também. Por fim, ele perguntou:

- O que foi?

Que os deuses me deem força.

- Eu... Eu não acho que possa adiar a data de ida para o Brasil Paul, isso realmente seria caro. - Ele assentiu, mesmo que estivesse confuso - Mas, acho que seria um desperdício continuar com todo esse maldito fingimento por mais um dia. Então... Que se dane o fato de eu ir embora - Terminei, e olhei ele esperando que ele tenha entendido o que eu quis dizer. Que bom que milagres acontecem.

- Sério mesmo?

- Não Paul, eu vim aqui falar tudo isso porque estava louca para ver essa sua cara de espanto.

Idiota.

Nem vou comentar sobre o sorriso que ele abriu logo depois disso, nem sobre como ele, novamente, do nada, me abraçou de modo que fui erguida do chão, e muito menos sobre o quanto que meu rosto ficou vermelho quando me peguei sendo beijada por ele pela... (contando) terceira vez, sendo que essa é a única vez oficial, porque... Ah! Que se dane. Paul é indiscutivelmente bonito e isso eu não podia negar, e muito menos me culpar por gostar dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tal Reviews pela pontualidade? :3