Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 28
Capítulo 28 - "No escurinho do cinema..."


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Como estou aqui clandestinamente, apenas direi: Desculpe pelas semanas sem postar, estava numa depressão danada então não consegui escrever nada bom *4 textos foram no lixo p ter uma nnoção". Então por favor, apreciem e sejam compreensivos!! Não quero perde-los de modo algum, e prometo que explicarei tudo amanha no meu perfil!!!
Beijos gente, espero que continuem aqui :(
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/28

July -


Incrível como dar um pé na bunda do seu irmão pode te fazer ganhar o dia. Esse era o meu caso, e o principal motivo pelo qual o bocó me encarava com o olhar da morte enquanto mastigava seu estrogonofe.


Bem, pelo menos foi engraçado até...

– Será que poderia parar de fazer isso? - Resmungou depois de um tempo, então Paul parou de dar atenção ao próprio prato cheio de comida para olhar para nós dois.

Alarguei o sorriso.

– Parar com isso o que?

– Exatamente com isso.

– O que? - Repeti, fazendo um bico de confusão para demonstrar inocência. Foi então que percebi que algo estranho começou a pulsar sobre a pele da testa dele.

Vish.

– PARA LOGO MERDA! SERÁ QUE NÃO FICOU SATISFEITA O BASTANTE?!

– Hm, deixe eu pensar... - Larguei o garfo e coloquei a mão no queixo - Se refere ao meu solo perfeito na guitarra ou ao fato de eu ter quebrado sua cara outra vez no Xbox?

– PIRRALHA!

Paul ignorou o Vinícius assim como eu e me olhou.

– Acho que foi o Xbox - Falou, e eu concordei.

– É, faz sentido. Perder no Guittar por duzentos e quinze pontos depois do solo que fiz deve ter sido humilhante. - Paul começou a rir depois de um momento lembrando da cena de agora a pouco.

– Como é que ele disse mesmo? Aquele lance de "menininhas" que ele falou no quarto?

– AH, PERA! Foi tipo assim: - Arrumei minhas costas na cadeira, limpei a garganta e imitei a cara feia do Vinícius - "Pirralha, pode ser boa na guitarra de verdade, mas nada vence Vinícius quando ele pega a sua 'Preciosa' - Refere-se a guitarra do xbox - "Pegue essa guitarra e vamos a sala. Vamos separar os vencedores das menininhas frescas hoje e agora".

E foi assim que Vinícius virou uma menininha fresca.

– MALDITA, CALA SUA BOCA! - Berrou Vinícius, levantando da cadeira de repente completamente vermelho.

Abri um sorriso sacana, apontando com o indicador para a cadeira dele.

– Ei, pode abaixar o tom "menininha". Ataques de frescura na mesa de jantar não faz bem para a digestão.

– DIGESTÃO O CACE... - OPA! - A UNICA PIRRALHA FRESCA NESSA MESA É VOCÊ! E NENHUM JOGO MALDITO VAI MUDAR ISSO!

Paul ergueu as duas sobrancelhas e se levantou para acalmar o bocó em fúria.

– Vinícius, cara, relaxa. Foi você quem desafiou ela no final das contas... - Mas quem disse que adiantou algo? Paul mal tocou o ombro dele e o cara se afastou dele como se tivesse levado um choque. Com fogo saindo pelas ventas e metade do prato vazio, ele abandonou a mesa e saiu marchando para a porta de saída.

Quando vi que a coisa estava séria mesmo, me virei para trás, sentada na cadeira antes que o bocó sumisse pela porta.

– Vinícius! - Berrei, mas ele continuava andando até a porta. Fiz um careta e aumentei o tom - AGORA VAI DAR UMA DE LOUCA FRESCA SEU IDIOTA?! FOI UMA BRINCADEIRA!

– Que se dane - Resmungou assim que abriu a porta, e então se virou para mim com uma cara vermelha e furiosa - Estou de saco cheio de você - E então fechou a porta com força e sumiu.

Fiquei alguns segundos sentada na cadeira, encarando a porta enquanto pensava no que diabos tinha acontecido naquele lugar. Paul fazia a mesma coisa, mas logo tomou a iniciativa de parar com aquilo e sair da mesa para a porta. Pisquei algumas vezes quando vi o Paul surgir na frente da porta e então vi que ele parara com a mão na maçaneta para se virar para mim.

– Vamos atrás dele - Falou, então eu entortei as sobrancelhas.

– Ah não. Quer dizer que foi sério mesmo? - Reclamei.

– Lógico! Não vi ele tão puto desde que você colocou uma langerie no Caco!

– MAS SÓ FOI UMA BRINCADEIRA MEU DEUS!

– Mas é o Vinícius.

– E DESDE QUANDO ELE É TÃO SENSIVEL?!

– July, você insultou as habilidades de gamer dele. Você magoou os sentimentos mais preciosos do moleque!

– DESDE QUANDO OS SENTIMENTOS MAIS PRECIOSOS DELE ESTÃO NUM MALDITO JOGO DE GUITARRA NUM CONSOLE CHAMADO STEVE?! - Então eu me calei logo em seguida. A resposta era muito óbvia.

Ele é um retardado, só pode.

Só me restou revirar os olhos e me levantar. Aliás, não tinha nada que pudesse ser feito além daquilo e a coisa pode acabar piorando.

Bem, principalmente quando se trata de uma menininha fresca. Claro.

–--------

– VINÍCIUS - Berrei, ignorando ao máximo o povo que me encarava enquanto eu gritava pelo idiota do meu irmão em plena praça pública - MALDITO, APAREÇA! SE NÃO EU JURO QUE PEGO A DROGA DO STEVE E FAÇO VOCÊ ENGOLIR ELE ATÉ QUE SAIA PELO UNICO BURACO QUE LHE RESTA!

Paul se aproximou de mim com cuidado ao ver que praticamente todo mundo fazia uma careta enquanto se afastavam de nós, e murmurou:

– July, acho melhor nós ficarmos calmos, ou alguém pode chamar a poli...

– Paul - Cortei ele, e o olhei diretamente nos olhos - Já faz três horas que estamos aqui, eu estou com fome enquanto meu estrogonofe está morrendo no nosso apartamento em vez de ser bem aproveitado pelo meu estômago, E TUDO PORQUE O GAY DO MEU IRMÃO DEU UM PITI IGUAL A UMA GAROTINHA HISTÉRICA! ENTÃO NÃO ME PEÇA PARA FICAR CALMA ENQUANTO MINHAS MÃOS AINDA NÃO TIRARAM A VIDA DAQUELE MISERAVEL!

Ele se afastou quase que automaticamente com as mãos para o alto.

– Está bem! Calma! Só vamos... Vamos tentar não ter um AVC - E deu um sorriso nervoso. Ignorei ele e procurei o Vinícius imediatamente.

Aquele miserável me paga.

ELE NÃO VAI SOBREVIVER MAIS ESTE DIA, EU JURO POR TUDO QUE É SANTO!

– De qualquer maneira, tenho uma ideia melhor - Paul voltou a falar, então segurou meu ombro para que eu parasse de andar. Encarei ele, concentrando minha raiva para longe dali antes que eu desse um troço.

– O que?

– Bem, sabemos que o Vinícius está tendo um piti.

– Claro.

– E ele já teve pitis antes.

– Naturalmente.

– Então, como irmã dele, você deve ter uma ideia do tipo de lugar que ele iria quando dá um piti.

Encarei Paul por uns momentos, realmente pensando onde um guri com um ataque histérico como o do meu irmão iria depois de um barraco daquele no meio de um almoço...

Pera, almoço?

ALMOÇO!

– Lanchonete! - Praticamente gritei aquilo, fazendo o Paul se afastar de susto. - Ele deve está com fome depois de sair sem comer quase nada!

Paul arregalou os olhos, e logo em seguida os revirou como se aquilo fosse muito óbvio.

– Deus, claro! - Bateu na própria testa e então pegou a minha mão logo em seguida - Vem cá! Já sei onde ele foi.

Preciso dizer que o fato de ele me puxar do nada pela mão me deixou levemente... Surpresa?

– T-tá! - Concordei, disfarçando aquilo.

AFE MENINA! Isso é hora de corar por um cara?!

No fim, acabamos correndo juntos até um lugar que não era tão distante dali, num tipo de lanchonete de fast food lotada de gente gorda, surfistas, e poucas, na verdade, raras garotas comendo hambúrgueres. Depois de me comprar uma garrafa da água para acalmar os nervos, antes que ele pudesse que me entregar a garrafa, adivinhe quem apareceu nos encarando como se fossemos duas cópias da Samara cabeluda?

Como o Paul ainda não tinha soltado a minha mão, me afastei dele e fui até o guri antes que ele saísse correndo.

– VINÍCIUS! - Berrei, então bocó começou a se virar para sair correndo, mas eu segurei a gola da camisa dele e o puxei de volta - SEU MOLEQUE!

– PIRRALHA! ME SOLTA AGORA!

– NUNCA! Nem que eu tenha que te levar arrastando para o apartamento, eu não te solto!

– Já chega! - Ele virou para mim e bateu no meu braço para afastar ele. Paul e eu arregalamos os olhos com o que ele fez, deixando uma marca nada bonita no meu braço - Vai embora! Eu só quero andar sem ter sua presença uma vez! ENTÃO ME DEIXA EM PAZ CARAMBA!

Juntei as pálpebras, em fúria com aquilo.

– E EU TENHO MOTIVOS PARA TE DEIXAR EM PAZ?! EU FIZ NADA! NADA MESMO!

– Ah, sério?! - Ele abriu um sorrisinho sem graça - Preciso repetir a lista de coisas ridículas que você me fez passar desde que chegou?

Hã?

–... Hoje, depois daquele jogo estúpido no Xbox, eu sai para pegar a correspondência na portaria do prédio, e depois que sai, o porteiro começou a rir nas minhas costas! Fui perguntar porque diabos o cara tinha começado a rir, e então ele falou que tinham feito boatos sobre mim. BOATOS.

– Nossa, que horrível - Falei - Sabe, você devia processar esse cara na justiça.

– É SÉRIO JULY! - Estourou, ficando vermelho de novo - Descobri que TODO MUNDO no prédio me caçoa pelas costas, porque dizem que eu sou o "cachorrinho de guarda da irmazinha", e que meu parceiro de apartamento pega minha irmã pelas minhas costas enquanto eu tento "proteger minha irmãzinha de dezoito anos dos outros caras'''"! VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUANTO EU FIQUEI LOUCO DE RAIVA?!

WTH?! Quem diabos disse isso?!

– IDAI GAROTO?! DESDE QUANDO VOCÊ DÁ ATENÇÃO AO QUE ESSE POVO FALA?!

– FOI PORQUE ESSE NÃO FOI O ÚNICO BOATO! FALARAM MILHARES DE COISAS RUINS SOBRE MIM E TUDO, TUDO MESMO TEM HAVER COM AS COISAS QUE VOCÊ TEM ME FEITO PASSAR!

Tá, eu fiquei pálida com aquela reação exagerada dele. Tipo, como eu imaginaria que o orgulho dele era tão grande?!

– Vinícius, para - Paul parou do meu lado ao ver minha cara assustada - Sério cara, chega. Dessa vez você está exagerando.

– QUE.SE.DANE - Repetiu pausadamente - EU SÓ QUERO PASSAR ESSE DIA SOZINHO! SÓ ISSO! - E se virou para sair bufando de raiva.

Não...

Não pode...

NEM PENSAR!

ESSE FILHO DE UMA QUE RONCA E FUÇA NÃO VAI SAIR NUMA BOA DEPOIS DE METER MINHA CARA NO ASFALTO!

Automaticamente roubei a garrafinha de água da mão do Paul, e com uma mira certeira, corri atrás do animal e na primeira oportunidade joguei a garrafinha na direção dele.

– VAI TE CATAR! - Berrei pouco antes da garrafa voar na nuca dele com um baque alto e ele cair com a fuça no chão.

Ah, foi a parte da tampa que atingiu a nuca dele, só para constar.

– VOCÊ É UM SER REPUGNANTE! O PIOR DE TODOS SEU VERME! ESPERO QUE MORRA NO ASFALTO! - Terminei de berrar, e então encarei ele esperando uma reação igualmente irritada, mas ele continua com a cara no chão - VINÍCIUS, LEVANTA AGORA! NÃO ADIANTA FINGIR DE MORTO QUE ISSO NÃO COLA! - Senti alguem me cutucando o ombro, e com sangue nos olhos me virei - OQUE FOI?!

– July...

– FALA LOGO PAUL!

– Acho que o cara não está fingindo.

– AFE! Até parece que ele está... - Parei por um segundo, então virei o rosto de volta para o cara no chão e meus olhos triplicaram o tamanho - MEU DEUS! EU MATEI MEU IRMÃO!

Agora faz sentido aquele negócio de ter cuidado com o que deseja.

– MEU DEUS! PAUL - Puxei o garoto pela gola da camisa desesperada e o balancei - OQUE EU FAÇO?! OQUE EU FAÇO?!?!

– CALMA MULHER! - Segurou meus pulsos e me afastou com certo medo - Calma... Eu acho que ele apenas desmaiou.

– ISSO NÃO MELHOROU NADA!

– Tá, espera! Eu tenho uma solução! - Paul se afastou e foi até o bocó inconsciente. Depois de certo trabalho, ele havia colocado o bocó nas costas dele.

Isso não é cena mais hetero que vi hoje mas...

– Vamos levar ele no apartamento, assim podemos esperar ele acordar lá - Explicou enquanto eu encarava ele com uma careta esquisita pelo susto de agora a pouco.

– E-Está bem...

Mesmo que ele tivesse dito aquilo, ver o meu irmão com a bochecha espremida no ombro dele com uma marca vermelha na nuca não me deixou nada tranquila. Além daquela cena ser nada boa. O que importa é que, apesar dos olhares e algumas risadas, chegamos ao prédio. E só para me certificar, ameacei o porteiro com o olhar antes de irmos ao elevador.

Maldito porteiro.

– Finalmente! - Disse Paul, assim que jogou o Vinícius na minha cama já que colocar ele na de cima seria muita covardia.

Olhei o Paul ainda preocupada enquanto meu irmão permanecia desmaiado.

– E agora? - Perguntei.

Ele deu de ombros enquanto limpava as mãos batendo uma palma na outra.

– Vamos deixar assim por enquanto até que ele acorde - E virou o rosto para mim, sorrindo de leve - Ele já passou por coisa pior.

– Uhum... - Juntei as sobrancelhas, me perguntando o que diabos pode ter acontecido com ele nesses últimos três anos. Balancei a cabeça, deixando isso para lá, e voltei a realidade - Bem... Vou ver se a comida pode ser resgatada - E sumi pela porta.

Bem, para minha total infelicidade, a maior parte do almoço tinha tido uma trágica morte, virando ninho de ovos de mosca, sendo que uma acabou morrendo no meu estrogonofe. Eca.

Depois de tudo limpo e arrumado no seca louças da cozinha, eu me virei para secar a mão num pano na bancada quando a assombração do Paul surge na minha frente. E o que eu fiz?

– AMEUPAIDOCEUSOCORRO! - O susto foi tamanho que acabei falando tudo em português mesmo, o que deixou o Paul totalmente confuso.

– O que?

Ai deus!

– Nada! Esquece... - Limpei a garganta e desviei do Paul, andando um pouco trêmula até o pano de prato.

– De qualquer maneira... - Paul se virou para mim - Seu irmão ainda não acordou, mas ele mostrou alguns sinais de vida, o que é bom.

– Ah... É, muito bom - Sorri, tentando disfarçar o tremor.

– É.

Silencio.

Um silencio eterno e meio esquisito surgiu de repente com o Paul olhando alguma coisa na pia atrás dele, e eu secando minha mão seca.

Vish... Tinha alguma coisa ali.

– Paul? - Tomei a iniciativa - Você quer dizer mais alguma coisa...?

– Hmm... - Ele deixou a pia em paz e me olhou, novamente, de um jeito esquisito - Não é nada de mais... Só queria saber se essa coisa de você ir embora é definitiva.

Dã.

– Paul, meu país de origem é o Brasil, uma hora eu tenho que voltar - Falei.

– Eu sei, é que eu imaginei que você tivesse o mês de Fevereiro inteiro de férias ainda... E estamos na metade da primeira semana apenas - Apesar de não ter muita graça nisso, eu ri. Ri porque ele era muito inocente mesmo.

– Paul, eu tenho faculdade em Março, e tenho muita coisa para arrumar no Brasil antes de voltar às aulas, então eu não vou ter exatamente "férias" depois de amanha.

Não... Pera! Foi uma careta que eu vi o Paul fazer ali?

– Droga! - Resmungou, caminhando para o outro lado da cozinha enquanto resmungava alguma coisa. Enquanto eu encarava pasma, ele virou para mim e disse - Só mais essa semana!

– O que?

– Eu soube que tem como adiar as passagens de avião para depois se você ja tiver comprado!

– Mas é caro fazer isso!

– Eu pago!

– Paul.

– Tudo bem que eu não sou rico, e sim seu irmão com a grana que ele recebe do trabalho... então ele paga!

– Paul! - Falei mais alto, então ele se calou. Depois de eu dar um suspiro, repeti - Não posso fazer isso. Mesmo - DEUS! A cara de tristeza que ele fez em seguida foi tão dolorosa que eu quase mudei de ideia, mas eu não podia. Olhei ele por mais um tempo, confusa, e perguntei - Porque você está fazendo isso? Não combina com você, sério.

Paul colocou uma das mãos na bancada, na outra ponta dela e disse:

– Eu não quero que você vá embora.

Ai Deus...

– Paul, eu já percebi isso, o que eu quero é o porqu...

– Eu gosto de você, droga.

Hã? Não, pera.

Não... Perai.

ESPERA AI!

Mas antes que eu pudesse falar algo, Paul caminhou até mim um pouco rápido de mais, e a menos de um metro de mim, disse com todas as sílabas:

– Eu acho que posso estar apaixonado por você July.

AI DEUS!

DEUS SOCORRO! NÃO IMPORTA A MANEIRA! ARRANJA UM JEITO...!

UM JEITO APENAS!

UM JEITO PARA QUE EU SIMPLESMENTE DESAPAREÇA!

E então, como uma resposta divina, nesse exato momento a luz acabou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sou digna dos reviews ainda?