Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 2
Capítulo 2 - Recepção calorosa.


Notas iniciais do capítulo

Oiiie! Tudo bem com vocês?! *----*
Genteee, fiquei muito alegre com meus dois comentários! Muito obrigado as meninas que comentaram! Que continuem acompanhando até o fim desse rabisco!! >.< E aos leitores fantasmas, estou de olho em vocês! Ò.Ó. Vou estar esperando seus Reviews para postar o próximo capítulo povo! E que venham mais pessoinhas! - e que os fantasmas apareçam Ò.Ó.
=DD
Bjks!!
Ami ~



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EUA – Cálifornia.


July -

– Cuide-se July e ligue para nós quando estiver na Califórnia. Ah! E não se esqueça de mandar beijos para o seu irmão, dizendo que temos muitas saudades. – Me pegou pelos ombros e me beijou a testa – Tenha juízo, nos vemos no final de suas férias.

Foram essas as últimas coisas que minha mãe me disse antes de nos separarmos no aeroporto para seguirmos viagem. Meus pais iriam para a Itália passar as férias juntos. Quando me disseram que iriam para lá eu fiquei louca de animação. Nunca havia passado das fronteiras do país em minha vida! Mas não... Nada é tão legal como parece. Depois de meus ataques de alegria, minha mãe esclareceu que eles iriam sozinhos já que nunca viajavam juntos há dez anos. Cara, isso é problema meu?! Eu nunca viajei para fora daqui há 18 anos! A minha situação parece bem mais urgente que a deles.

Mas e ai? Vou ficar em casa na solidão somente com minha irmã mais velha em casa?

Fiz essa mesma pergunta, e só foi ver o sorriso super suspeito daquela mulher que eu me toquei que uma aventura me esperaria. Boa? Ruim? Só Deus poderia saber no que o encontro de dois irmãos tão ausentes um para o outro por toda a vida poderia resultar. E pior. Sozinhos num apartamento dentro de um país completamente diferente.

Eu agradecia aos deuses por ter feito um bom curso de inglês durante minha adolescência. E para esclarecer as coisas, eu já tenho dezoito anos. Não, não estudo mais no colégio, há poucos meses fui aceita para estudar na UNB, a melhor universidade de Brasília, depois de me matar de estudar durante três longíssimos anos para estudar Biologia nesse lugar. Depois de tudo acabado, eu realmente pensei que teria longas noites de sono e dias inteiros de tédio para jogar fora enquanto lia os livros enormes de Martin. Os meus favoritos. Mas não... Agora meu irmão me espera no fim do mundo, e eu realmente espero que ele tenha mudado a personalidade dele durante esses três anos que ele se mandou para os EUA para trabalhar numa grande empresa de informática, e então essa viajem realmente vai valer a pena. Porém, caso contrário... Ele estará ferrado pelo resto das férias. Ele não foi o único a mudar em algo nesses anos.

Enfim, depois de longas doze horas de voo, eu finalmente toquei o solo norte americano. Me senti uma garota numa terra de alienígenas que agente fica sega só de reparar a brancura da pele. Todos ao meu redor falavam inglês muito rápido, como se houvesse uma competição ridícula de quem conseguia falar mais rápido que o outro e a coisa ficava insuportável aos meus ouvidos tão acostumados com os “pôs”, os “e ai” e os “véis” da vida.

Peguei minhas malas daquela esteira cheia de outras malas e me apressei em fugir dali com a minha mala gigante de rodinhas, uma bolsa maior ainda e outra hiper gigante em cima da mala de rodas, entupida de livros, revistas e mangás já que com certeza não vou encontrar nada daquilo na casa do meu irmão – Talvez eu encontre alguns mangás já que ele é um Otaku assumido desde os dez anos de idade, mas é melhor prevenir qualquer coisa -.

Agradeci novamente aos deuses ao sair da multidão de pessoas mais brancas que minha esclera do olho – por exceção de uns poucos bronzeados - e já do lado de fora do inferno branco, encostei minha mala de rodas numa das pilastras da entrada do Aeroporto junto com minhas bolsas e enfiei a mão no bolso da calça jeans rasgada num dos joelhos e um pouco mais na coxa da outra perna e peguei o celular.

De acordo com minha mãe, o meu irmão concordou em me buscar no aeroporto assim que eu chegasse e então me deu o número do celular dele para ligar caso não o encontrasse na hora certa.

Cliquei no nome “Vinícius” da minha agenda e coloquei o fone na orelha, olhando em volta em busca de algum sinal dele, mas ali só havia táxis amarelos, tipo aqueles que agente só vê em filmes norte-americanos e em algumas cidades brasileiras.

Depois de uma espera infinita, ele não atendeu e uma voz feminina surgiu na ligação falando em inglês que meu irmão não teve coragem de atender a droga do telefone.

– Eu sei disso caramba! Não precisa jogar na minha cara... – Resmunguei em português para ela, ligando novamente para ele.

Novamente, nada.

Tirei o fone do ouvido, encarando o aparelho inocente de cara feia.

– Oque aquele idiota está fazendo de tão importante para não atender o telefone...? – Murmurei enquanto clicava no nome dele de novo e repetia todo o processo irritante de ser ignorada.


Vinícius –


Acabei exagerando no Xbox noite passada outra vez... E tudo por culpa do Paul. Para variar. O sacana do Paul não parava de martelar os botões do controle enquanto jogávamos Blur, provavelmente irritado por não ser capaz de atingir uma esfera explosiva no meu fusquinha enferrujado todo turbinado. Mesmo que eu entendesse a irritação dele em perder jogando para um mestre como eu, ver ele descontar aquilo no meu controle estava me tirando do sério.

– É para você destruir meu carro e não meu controle! – Dei uma cotovelada nele, sem tirar os olhos da TV.

– Droga, me deixa! Você fica muito chato quando o assunto é seus aparelhos eletrônicos. Parece uma minha namorada durante a TPM.

– Cala a boca, você nem tem namorada – Revidei, sem ligar para a reação dele. Fazer oque, era a verdade.

– Mas se eu tivesse você estaria igual a ela.

Revirei os olhos, me perguntando como conseguia conviver com um cara como o Paul. Mas mesmo com o aviso, o cara ainda teimava em quebrar meu controle e eu sempre tinha que dar uma cotovelada nele para ver se ele se tocava do crime.

Ficamos assim até umas seis e meia da matina. E mesmo assim ele não havia ganhado de mim uma única vez.

Fraco.

Fui dormir no meu quarto que por sinal continuava na mesma. Havia me esquecido de arrumar. Ah, tanto faz. Eu arrumo esse lugar num piscar de olhos antes que a pirralha da minha irmã chegasse amanhã. Quer dizer... Hoje.

Joguei minha camisa em cima da cadeira do meu computador e me larguei em cima da cama, sem sequer ter a coragem de me cobrir com o lençol. Soltei um bocejo monstruoso e peguei meu macaquinho azul de pelúcia com boné e camisa listrados debaixo do travesseiro e agarrei-o. Sei que não é nada másculo ter um macaquinho azul, mas o instinto é maior que eu. Eu tenho aquele bicho desde que me conheço por gente e sempre o mantive preso na minha cama. Me lembro de ter sentido um ódio imenso quando o vi fora da minha cama alguns anos atrás e o encontrei com a minha irmã que brincava com ele junto com um cachorro de pelúcia marrom com uma mancha negra na barriga e um gorro de natal na cabeça que se chamava Free Willy. Eu devia ter uns treze anos.

– LARGA O CACO AGORA! – Pedi furioso em ver meu macaco nas mãos destruidoras da minha irmã.

Sim, o nome dele é Caco. Algum problema com isso?

Ela virou o rosto para mim e então apertou os bichinhos para si quando viu que eu tentava pegar o macaco.

– Não! Minha mãe deixou que eu brincasse com ele seu egoísta! – Que é isso? A garota tinha uns oito anos e sabia o significado de egoísta? Eu devia ser muito burro em meus oito anos.

– Estou nem ai se ela deixou, o Caco é MEU! Me dá agora ou então eu pego de você July!

– NÃO! – Ela fez uma cara feia para mim.

Fui na direção dela e a agarrei com os braços, tentando pegar o macaco que ela pressionava para si.

– Me dá o meu macaco droga! – Pedi assim que alcancei o braço azul do meu macaco.

– Nããão! Solta Vini! MÃE! – Ela berrou tão alto que eu fiquei surdo por uns segundos, mas aproveitei a brecha que ela abriu e puxei o macaco.

Soltei ela na hora, e a criança caiu com o cachorrinho de pelúcia enquanto erguia uma das mãos na minha direção.

– Não! O meu macaco! – Ela me olhou com os olhos começando a marejar enquanto olhava desoladamente o meu macaco.

Me afastei dela e olhei para o meu macaco, procurando qualquer sujeira, rasgo, qualquer coisa que comprometeria a vida do Caco, e foi ai que eu encontrei uma mancha roxa na camisa branca de listras azuis dele e então eu andei até a minha irmã e apontei o macaco.

– Você manchou o Caco! Esta vendo? – Apontei mais para ela e então ela começou a chorar.

– Eu estava tomando suco de uva e o Free Willy derrubou o copo! – Justificou.

– COMO UM CACHORRO SEM VIDA PODE DERRUBAR UM COPO?!

Foi ai que ela chorou de verdade, provavelmente assustada com o meu grito.

– O Free Willy tem vida sim!

– Não tem!

– Tem sim!

– Não tem porcaria nenhuma!

– Então o seu macaco também não tem vida!

Me afastei dela, com o rosto chocado. Aquilo foi um insulto imperdoável.

– Tem sim sua pirralha!

– Não tem! Ele é chato e sem sentimentos igual a você! – Ela se levantou com o cachorrinho enquanto chorava – Eu te odeio Vini!! – Ela me empurrou com os braços e correu para dentro de casa.

Fiz uma cara fechada para ela assim que passou pela porta, e para não manter meu orgulho ferido, gritei para ela:

– Eu não ligo mesmo! Pode ir!

A garota reapareceu na porta com o rosto vermelho de lágrimas e o cachorro e me mostrou a língua, fechando a porta na minha cara.

Pelo visto eu devo ter sonhado com esse dia o resto da noite, pois não me lembro de mais nada.

Passaram as horas e eu continuava morto na minha cama com metade do corpo quase caindo dela, o braço caído pendendo o Caco no alto da beliche de cima e a boca aberta, lambuzando minha bochecha e encharcando meu colchão de baba fresca que minava sem parar.

Continuaria assim se o idiota do Paul não tivesse praticamente se jogado na porta do meu quarto para abri-la, fazendo um estrondo muito alto que me fez deslizar de susto da cama até meter a cara no chão com baba e tudo.

– Droga, Vinícius! Já são quatro horas da tarde cara! – Eu teria achado graça do jeito esquisito que ele fala o meu nome por ser estrangeiro, mas a queda tinha sido feia de mais para isso.

– Que merda Paul! – Tirei a cara do chão e limpei a baba enquanto olhava para ele com o rosto irritado – Idaí?! Se atrasou para um de seus encontros de meia hora por acaso?

O cara estava com um blusão de frio cinza e um uma bermuda preta, com uma cara amassada de quem havia acabado de acordar.

– Que droga! Você realmente esqueceu a sua irmã? Ela já deve ter chegado gênio!

Demorei um pouco para entender oque ele disse já que acordar com uma porrada na cara não é uma das melhores formas de começar o dia, mas logo que juntei as palavras entendi que ele se referia a chata da minha irmã.

– MERDA! – Me levantei num pulo e joguei o Caco em cima da cama enquanto corria para o banheiro da minha suíte – Tira o carro da garagem e me espera lá em baixo! – Gritei quando já estava no banheiro.

– Ok – Paul saiu correndo pelo corredor e então foi para a cozinha para pegar as chaves no porta chaves que tinha na parede.

Fiquei pronto num tempo recorde de sete minutos, e depois de enfiar a carteira e o celular no bolso da calça que eu usava, corri para fora do apartamento e praticamente saltei as escadas até a portaria para encontrar o Paul dentro da minha Pickup preta de frente ao prédio.

Depois de eu tomar o volante com o Paul no passageiro, engatei a primeira e começamos a andar, pegando cada vez mais velocidade em direção ao aeroporto. Enquanto eu me preocupava em chegar a tempo, Paul passava os dedos sem parar pelo cabelo que já era arrepiado por natureza enquanto se avaliava no retrovisor do carro.

Revirei os olhos.

– Será que vai demorar a você perceber que fica meio Gay fazendo isso?

Paul simplesmente ignorou, continuando a passar os dedos pelos cabelos loiros escuro.

– Você está é com inveja por eu ser tão bonito mesmo que não tenha tido tempo de me arrumar – Olhou-me de rabo de olho com um sorriso brincalhão, mas eu fiquei de cara fechada.

– Está tão bonito quanto um galo. Seu cabelo está todo para cima – O que eu disse foi sacanagem, mas ele levou a sério, se inclinando mais para o retrovisor para arrumar. Tive vontade de dar um tapa em mim mesmo diante de uma das ações mais gays do mundo, mas não fiz só porque dirigia – Paul, para logo com isso. A July não é como as brasileiras daquela revista nojenta que você lê.

– Pode até não ser, mas continua sendo uma brasileira, e brasileiras são lindas. – Ele finalmente tirou as mãos da cabeça, achando que já estava bom.

– Não quando a brasileira que se refere é a minha Irmã.

Paul tirou os olhos de si mesmo por um momento então me olhou, com seu sorriso idiota de volta ao rosto.

– Cara, tudo bem que é a sua irmã, mas acho que ela não chega a ser tão feia como você.

Destranquei as portas do carro e apertei a mão no volante.

– Que tal você voar do meu carro para vermos se continua tão bonito assim?

– Credo cara, deixa de ser violento. Eu nunca pegaria a sua irmã.

Tranquei as portas novamente sem acreditar numa palavra dele, mas preferir não cometer assassinatos por agora. Seria chato ver minha irmã numa delegacia comigo logo no seu primeiro dia.

Depois de mais uma conversa “animadora” com o Paul, finalmente chegamos ao aeroporto e então ele resolveu calar a boca e olhar as pessoas em volta.

– Me diz uma boa referencia sobre ela – Pediu enquanto ignorava os homens que passavam e dava atenção as mulheres.

Isso não era difícil para mim.

– É só procurar uma garota alta de óculos com malas tamanho jumbo. Ela tem esse hábito de levar todos os livros dela consigo.

– Entendido... – Falou com ar distante já colocando seu olhar investigativo – que funcionava porcaria nenhuma – em ação.

Depois de algumas rodadas pela rua do aeroporto, comecei a pensar que ela quem tinha se atrasado, mas então eu paro o carro quando vejo uma garota sentada em cima de uma mala gigante com um rosto de quem estava ali há muito tempo.

Mas... Não era possível que realmente fosse ela.



July –

Isso não fazia exatamente o meu estilo, mas minha cabeça já armava um plano para punir friamente o meu irmão por ter me esquecido em um aeroporto. Já fazia meia hora desde que cheguei e nada do indivíduo. Nem se quer um retorno das vinte e poucas ligações que fiz para ele.

– Fala sério... Ele podia ser chato do jeito que fosse, mas ele nunca se atrasava – Reclamei, apoiando meu rosto com uma das mãos.

Bufei, levando a mão para o rosto a fim de empurrar meus óculos, mas meus dedos tocam a ponte do nariz sem encontrá-los. Ah... Eu já tinha me esquecido. Eu estava usando minhas lentes de contato agora e meus óculos estavam na caixinha dentro da mala de rodas. Mesmo usando lentes há dois anos, a velha mania de empurrar os óculos permanecia. Mas não é de menos para quem usava óculos desde os sete meses de idade.

Sem exageros.

Sei que é estranho, mas a história é longa e estou com preguiça de contar. Talvez eu conte depois, sei lá. Não tinha cabeça para isso, já que estava ocupada o suficiente pensando no meu irmão mais velho, que me esqueceu no aeroporto depois de três anos sem nos ver nenhuma vez.

Quer saber! Se ele não vem até mim, eu vou até ele e pronto.

Sai de cima da minha mala e arrumei minha regata azul clara de gola “V”, me preparando para pegar as malas e pegar um taxi usando os dólares que cambiei.

Já com as malas prontas, comecei a caminhar até o ponto de taxi mais próximo, mas então alguém me barra assim que estou na metade do caminho.

– Alto lá senhorita! Aonde pensa que vai? - O esquisito estrangeiro sorriu para mim como se me conhecesse e eu me afastei dois passos.

Eu já ia soltar um automático What the hell is that?!, mas me segurei para tentar não pagar mico.

– Eu te conheço? – Perguntei na língua dele, deixando um pouco do meu sotaque aparecer por descuido.

O sorriso do cara aumentou mais ainda, parecendo satisfeito com alguma coisa e então boiei como um peixe morto.

– Caramba, você fala inglês! Cara, eu tenho muita sorte.

Será que é uma boa hora de eu repensar em perguntar aquilo?

– Cala a boca Paul, está deixando ela confusa.

Peralá! Essa voz eu conheço!

– Vini?

O meu irmão olhou para mim e abriu um sorrisinho.

– Oi Jul..

– Vinicius! – Larguei as malas no chão e pulei no meu irmão, dando um abraço super apertado nele.

Tudo bem... Eu sei que estava querendo matar ele há alguns momentos, mas não podia negar que estava com saudades do meu irmão.

O meu irmão ficou estático quando eu o abracei e então um detalhe veio a minha cabeça. Ele odiava quando eu o abraçava, mas apesar disso abraçava a todas as garotas da família, incluindo minha irmã e minha mãe. Sempre ficava de sobra e isso me irritou por toda a minha adolescência.

Larguei o meu irmão tão rápido quanto o abracei e dei um passo para trás.

– Foi mal... É que foi mais forte que eu – Me desculpei em português mesmo e então ele deu um sorriso sem sal, mas um sorriso, e tocou minha cabeça com a palma da mão três vezes como se eu fosse um objeto estranho.

– Sem problemas, agora vamos logo para o carro guardar sua casa – Me respondeu em português também, me fazendo revirar os olhos com a resposta.

– Er... Pessoal, sei que vocês são brasileiros e tal, mas não estou entendendo nada do que vocês estão falando – Paul coçou atrás do pescoço e deu um sorriso de desculpas para mim.

– Não é nada que seja da sua conta Paul – Vinicius voltou a falar em inglês com uma fluência desconcertante.

– Credo, não precisa ser grosso com ele – Fiz uma cara feia para ele então me virei para o tal de Paul enquanto o meu irmão pegava uma das bolsas e a mala de rodas – Eu sou July – Ergui minha mão para ele.

– Eu sou Paul Whitte – Ele pegou minha mão, mas em vez de apertar, a virou e plantou um beijo nas costas dela. Pareci um poste de transito de tão vermelha com aquilo e então ele se afastou e sorriu provavelmente pelo meu rosto ridículo – Eu moro no apartamento que vai ficar, então pode me chamar de Paul.

– T-tudo bem então... – Olhei para a minha mão que ele segurava e depois para ele, sem saber oque fazer já que ele não a soltava.

Ainda bem que tem sempre uma bolsa voadora para salvar a gente... Não, pera.

Paul soltou minha mão para pegar a bolsa antes que caísse e então o meu irmão surgiu com as duas malas.

– Carrega logo as malas e larga a minha irmã – Falou enquanto passava de nós e andava para o carro.

Paul não pareceu se afetar com o meu irmão e continuou com seu sorriso enquanto me acompanhava até o carro com uma de minhas malas.

Só em outro país para um cara querer me acompanhar assim. Pelo menos ele parece ser gente boa.

Depois de colocar as coisas no porta-malas, eu e o meu irmão fomos para os bancos da frente e o Paul se sentou tranquilamente atrás.

Eu não olhei para confirmar, mas alguma coisa me dizia que ele me olhava desde que entramos no carro. Ah, não o culpo, andar com uma estrangeira deve ser no mínimo curioso.

Agora, é só esperar para ver oque vai acontecer daqui em diante.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? :3