Eu sempre te esperei! escrita por Belle Darcy, Tatá Mellark


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oiiie *-* Estou aqui de volta com um capítulo fresquinho para vocês!! Dessa vez não demorei neh?
Esse capítulo está cheio de muuuuuitas emoções, essas que atingiram até a mim.
Pois é, dessa vez é forte! Espero que gostem.
Boa leitura ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/314921/chapter/4

Pov. Beca

O amanhã,

Vai ser melhor

Com dias felizes

E sorrisos verdadeiros.

Vou ter te esquecido,

As lagrimas vão ter secado,

O sorriso se aberto

E meu coração curado.

Vou me sentir leve,

Depois que o tempo passar

E as nossas lembranças...

Resolveram me deixar.

Esses dias vão chegar

E vou me sentir mais feliz.

Mesmo no fundo sabendo,

Que eu nunca conseguirei te esquecer.

Terminei o poema e o guardei na minha caixinha juntos com todos os outros. Em minha opinião esse não tinha ficado tão bom, eu tinha outros bem melhores, mas esse expressava a esperança de mudança que eu tinha.

Eu deitei na minha cama e comecei a pensar. Eu tinha o habito de pensar em todas as possibilidades possíveis quando preciso tomar alguma decisão. Essa era a minha hora de tentar “planejar” algo na minha vida.

Por mais que eu não quisesse admitir lá no meu âmago eu ainda tinha esperanças que o Paulo gostasse de mim, isso me parecia absurdo, mas não conseguia extinguir todas as minhas esperanças para seguir em frente. Algo nele ainda me prendia.

XXX

Já eram cinco da tarde quando lembro que a filha de uma amiga da minha mãe com quem eu fiz amizade, tinha me convidado para ir pra festa do irmão dela. Ela me disse que era nova por aqui e que por isso não tinha nenhuma amiga para convidar e não queria ficar sozinha. O nome dela era Amanda, ela me pareceu ser gente fina. Eu não estava com clima de festa, mas a minha mãe me obrigou á ir com a desculpa que eu estava muito abatida ultimamente e que eu precisava fazer novas amizades.

De principio odiei a ideia de ir á uma festa. Primeiro porque eu estava totalmente deprê e segundo porque eu sempre preferi uma festinha intima só com os amigos mais chegados, e dessa vez eu só conheceria a Amanda na festa. Mas depois pensando bem sobre o assunto, essa festa seria uma oportunidade ímpar para eu me desestressar e até mesmo conhecer novas pessoas.

Comecei a me arrumar, tomei um banho, escovei os cabelos para eles ficarem super escorridos e fui escolhi um vestido tomara-que-caia verde claro, da cor dos meus olhos que era bem justo na cintura, mas soltinho na parte de baixo. Fiz uma maquiagem leve que, mas com os olhos um pouco mais escuros para ressaltar os meus olhos verde-claros.

- Vamos filha, você vai se atrasar com essa demora!

- Já estou indo mãe, só falta passar o meu perfume! - disse passando o perfume e descendo correndo.

Chegamos na casa da Amanda, na verdade acho que não era uma casa, era uma mansão gigantesca! Eu logo vi a Amanda que veio correndo até mim, me abraçando e dando graças á Deus pela minha presença. A casa estava muito barulhenta, por causa da musica eletrônica que tocava. Luzes piscavam em todas as direções e sentidos e muitas pessoas já estavam dançando, bebendo e também “se agarrando”. Ela me levou em direção á garagem para conversarmos um pouco melhor.

- Ai mulher que bom que você veio! Sem você eu estariaForeveralone aqui.Como sou nova na cidade e também tímida não conheci muita gente, só você. Já meu irmão como é do time de basquete e é popular já conheceu meio mundo!

- Time de basquete? Não me diga que ele é da seleção municipal? - disse me desesperando pensando na possibilidade dele conhecer o Paulo

- Não, ele não é da seleção municipal! Ele é do time lá do colégio!

- Ufa, menos mal - sussurrei.

- O que você disse?

- Não nada não. Só pensei alto, achei que ele podia conhecer um amigo meu que é da seleção municipal.

- Amigo!? Sei, sei. Não me diga que a senhorita Beca tem um ficante.

- Anh? EU?!Nunquinha! - Aiinw, meu Deus como chegamos nesse assunto. Eu vim aqui pra esquecer isso e não pra lembrar.

- Mulher pode parar de besteira, não vou contar pra tia Márcia. Estamos entre amigas, pode desembuchar!

- Err... Vou ao banheiro já volto! - esse foi o jeito que dei pra fugir desse assunto mega desagradável.

Sai meio que correndo. Não aguentava mais aquele assunto, já estava sufocada. Finalmente achei o banheiro, meus olhos já estavam lacrimando e eu dizia a mim mesma que era por causa da maquiagem.

Quando abri a porta , senti o meu corpo congelar a ponto de não conseguir mais me mexer e uma facada foi dada no meu peito! Não conseguia acreditar no que estava vendo, era demais pra mim. Vim pra cá tentando fugir do assunto e agora eu via o assunto na minha frente. Mas para a minha infelicidade eu o vi da pior maneira possível!

Tinha uma loira com um vestido vermelho, sentada em cima da pia envolvendo a cintura dele com as suas pernas. O vestido dela já tinha virado só uma micro-saia, seus seios só não estavam de fora porque as mãos dele estavam cobrindo-os, ele estava sem blusa mostrando o abdômen que eu tanto admirava. Seus cabelos mais desgrenhados do que nunca e sua boca pintava de forma horrível de batom.

Senti uma lágrima rebelde se libertar dos meus olhos, antes que em um impulso de fuga percorresse meu corpo. Sai correndo daquele local, não pensava em mais nada. Eu só conseguia ver aquele que eu amava além de tudo se agarrando de maneira grotesca com uma loira oxigenada qualquer. Sim, eu ainda o amava e depois da dor que senti, vendo-o naquela cena, não poderia mais negar isso para mim mesma.

Quando dei por mim, já estava correndo no gramado quando todas as lágrimas antes presas resolveram se libertar. Por que tinha que ser assim, porque eu tinha sofrer tanto. Já não bastava todo o sofrimento que eu já tinha acumulado? E eu pensava que essa dor ia passar logo, que eu ia superá-la. E quando acho que tudo estava bem, essa bomba explode!

Todas as esperanças que teimavam ficar comigo estavam sendo massacradas nesse momento. Eu ainda achava, lá no fundo, que ele sentia algo por mim. Como fui idiota, eu fui para ele exatamente como aquela loira estava sendo. Só uma diversão, um passa-tempo. Ele só não me agarrou mais porque estávamos na praça, o beijo dele demonstrava que queria mais. Eu no momento achava que esse “mais de mim” poderia ser meu amor, mas agora percebo que esse “mais” era prazer. QUE ÓDIO!

- Beca, não corre, volta aqui, você entendeu tudo errado! - Essa era voz de Paulo desesperada. Ele vestia a camisa ao contrário, isso até poderia ser engraçado, mas na hora só me lembrava do que eu acabava de ter visto.

Eu não tinha entendido errado, qual poderia ser o outro significado de ter duas pessoas seminuas no banheiro. Eu só conhecia um, e ele não me agradava nem um pouco. Mas uma pergunta me intrigava, porque ele veio correndo atrás de mim?

- Sai daqui Paulo! Você não vê o que fez? - comecei a andar em rumo ao portão quando ele me puxou pelo braço – Me solta Paulo! Eu vou gritar!

- Não grita, precisamos conversar!

- ME SOLTA PAULO! ME SOLTA! SOCORRO! SOCORRO!

- SOLTA ELA AGORA PAULO! - Gustavo, um garoto que nunca nem falou comigo, ouviu os meus gritos e veio correndo me ajudar, serei eternamente grata á ele por isso. Não aguentaria ficar perto do Paulo por mais nenhum segundo.

- Sai daqui Gustavo, esse assunto é entre eu e a Beca. Você não tem nada que se meter! Vai cuidar da sua vida!

- Eu tenho que me meter mesmo, não tá vendo que tá machucando a menina! Acho que você tem outras coisas que para cuidar – disse apontando em direção ao zíper da calça do Paulo. Corei. Isso só piorou a minha situação, as lágrimas que eu tinha conseguido conter recomeçaram a escorrer teimosamente dos meus olhos. Paulo se envergonhou e tentou esconder a sua “animação”, mas sem êxito nenhum.

Não conseguia me pronunciar, meu peito doía de maneira inigualável. Gustavo me envolveu em um abraço protetor que eu sem pensar duas vezes aceitei. Eu não sabia o motivo dele estar fazendo isso, só sabia que precisava desse cuidado.

- Guto, não faz isso cara. Por favor – disse o Paulo sua voz parecia estar implorando isso.

- Você já fez muita besteira Paulo, agora é a minha vez de tentar concertá-la.

Acho que o Paulo desistiu de teimar com ele e saiu. O Gustavo meu levou para fora da mansão, eu soluçava aconchegada nos seus braços. Olhei para ele, que me lançou um olhar de alento. Pelo menos eu o tinha para me ajudar. Começou a chover e eu me encolhi de frio, ele tirou a jaqueta dele, colocou sobre meus ombros e me envolveu no abraço novamente. Era tão bom tê-lo comigo, ele era como um anjo enviado pra me ajudar nessa hora.

Ele abriu a porta do carro dele para mim e em um acordo mudo eu entendi que ele me levaria para casa. Eu iria para casa de qualquer jeito depois disso, meu humor para festa tinha acabado. O trajeto até a minha casa foi silencioso e eu me surpreendi porque ele sabia onde eu morava. As lagrima ainda teimavam a escorrer no meu rosto e eu as secava com um gesto raivoso. O carro parou em frente da minha casa e ele olhou pra mim e disse:

- Pronto está entregue.

- Ah, Obrigada!

- Você gosta mesmo dele, neh?!

- Infelizmente sim.

- Ele é um idiota que não merece o seu amor! Agora vamos secar essas lágrimas, você fica mais linda quando está sorrindo sabia?! – disse isso enxugando o meu rosto, quando recebi o elogio não pude conter um sorrisinho tímido.

- Ah, obrigada de novo! Na verdade, obrigada por tudo hoje! Obrigada por ter me tirado de perto dele e me trazido para casa. Você foi um anjo! Mas porque fez isso? Porque me ajudou, nós nunca nem conversamos?

- De nada, eu apenas não podia deixar uma menina como você ficar sofrendo daquele jeito. Se você quiser nós podemos ser amigos a partir de agora!

- Você? Meu amigo? Tem certeza?

- Absoluta, agora vamos - disse ele saindo do carro e abrindo a porta para mim e me levando até o portão de casa.

Nós paramos um de frente para o outro e eu tive a impressão que ele iria me beijar, mas ele me surpreendeu me dando um beijo na testa e um abraço apertado.

- Boa noite princesa!

- Boa noite para você também!- falei soltando um sorriso. “Que menino perfeito era esse?” pensei.

Entrei em casa e subi para o meu quarto. Não precisaria me preocupar com a minha mãe porque ela aproveitou que eu tinha saído para dormir cedo. Tomei um banho e inevitavelmente pensei no Guto e em tudo que eu tinha sofrido por causa do Paulo. Resolvi que iria dar uma chance á uma nova amizade ou quem sabe até mesmo á um novo amor.

Gente, é meio assim que eu imagino os personagens, deem uma olhada:

Paulo:http://4.bp.blogspot.com/_EhfmNPXGOmk/TCjEiiYH9lI/AAAAAAAAACA/mI_YR2qMCD8/s1600/10.jpg

Beca:http://www.depoisdosquinze.com/wp-content/uploads/2011/12/ruiva-ruiva1.jpg

Guto:http://img2.timeinc.net/people/i/2009/database/taylorlautner/taylor_lautner300.jpg


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? Eu morri de pena da Beca e vcs?! O que vcs acham que vai acontecer???
Comentem please, só assim eu vou saber se foi legal ou não.
Obrigada por lerem e fantasminhas apareçam, quero dar o meu amor para vcs! *-*
P.S: Gente, já ia esquecendo! O poema ali em cima foi a Tatá (minha best beta linda) quem escreveu. Digam o que acharam do poema nos comentários ;D