Eu sempre te esperei! escrita por Belle Darcy, Tatá Mellark


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gente,essa é a minha primeira Fanfic! Esse capitulo é meio conturbado porque ele é narrado pela Beca!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/314921/chapter/1

Pov Beca.

Era uma tarde fresca de sábado, e como de costume lá estava eu indo me encontrar com ele. Eu o vi debaixo da mangueira. Paulo estava indiscutivelmente lindo com o cabelo recém-molhado e com aqueles olhos que mais pareciam duas bolas de gude verdes.

Depois de tantos anos de amizade, ele sempre conseguia ficar cada vez mais lindo pena que não posso falar o mesmo de mim!Eu sei que para ele eu sou como uma irmãzinha, mas infelizmente eu descobrir que para mim ele era mais que um irmão, isso quando ele arranjou a sua primeira namorada á quatro anos atrás. Foi então que eu percebi que o que eu sentia por ele não era só um amor fraternal, era algo mais! Eu não suportava a idéia de ver ele nós braços de outra menina, mesmo que fosse a minha melhor amiga! Nós vivíamos saindo juntos, e eu tinha que colocar uma mascara de “a melhor e mais feliz amiga do casal’’, enquanto o meu maior desejo era chorar.

Depois disso muitas meninas entraram na vida dele, e na minha... Bem, na minha não teve nenhum menino. Eu nunca tive coragem de me envolver com outro garoto que não fosse o Paulo. Era como se eu estivesse o traindo, se me envolvesse com outro rapaz.

A partir desse acontecimento muitas coisas mudaram nas nossas vidas, eu continuei sendo tímida, e dedicada aos estudos, por muitos conhecida como a nerd da turma, meu cabelo ruivo enrolado agora está liso e minhas sardas continuam me incomodando.Ele,antes um menino magro,desengonçado e um pouco maior do que eu,agora se transformou num rapaz forte,bem mais alto,líder da bem-sucedida seleção de basquete do colégio e com varias vacas, quer dizer meninas, aos seus pés.

A minha sorte é que toda essa diferença de status não mudou nada entre a nossa amizade, mas que por outro lado tornou platônico o meu amor!

Já pensei em esquecê-lo á um bom tempo, mas isso se mostrou impossível por causa da nossa proximidade. Eu sei que é irreal eu ter chances, mas é muito difícil não manter expectativas diante da forma carinhosa e atenciosa que ele me trata. O mais doloroso é quando eu no papel de melhor amiga tenho que aconselhá-lo a como agir para conquistar alguma garota.

Por todos esses motivos eu tinha tomado uma decisão: Eu me afastaria dele! Por mais que fosse muito difícil, era necessário!Eu tinha que buscar a minha felicidade, tinha cansado de sofrer.

Mas meus planos foram por água a baixo, quando ele me ligou naquele sábado. Por mais que eu já tivesse tomado uma decisão, ele continuava a exercer um poder quase que sobrenatural sobre mim. Mesmo longe, eu não conseguia parar de pensar, de sonhar, de admirar aquele menino!

–Alô, quem é?

–Oi Bequinha, é o Paulo!

–Oi, Paulo! O que foi? - Meu coração quase saltou pela boca quando eu ouvi aquela voz! Mesmo sendo melhores amigos, ele quase nunca me ligava.

–É que... Eu quero conversar com você!

–Pode falar!

–Não, tem que ser olho no olho. O assunto é sério. Você pode me encontrar na praça, debaixo da mangueira daqui a meia hora?

–Tá, já que o assunto é serio, posso sim. Tchau, te vejo lá.

–Tchau, beijo, até daqui a pouco.

Não pude esconder o meu nervosismo. O tom dele estava muito estranho, o assunto era realmente sério. Nunca tinha visto Paulo com a voz tão nervosa. Voei pra tomar banho, vesti um short jeans e uma regata branca, passei um perfume, coloquei um pozinho no rosto e fui correndo para a praça.

Quando cheguei à praça, eu logo o vi encostado na árvore. Estava lindo e cheiroso como sempre, e como estava cheiroso! ’’Como eu o amo!’’,pensei, “Foco Rebeca, Foco. Não se deixe levar!”. Aproximei-me e ele me abraçou pela cintura me deixando suspensa no ar por alguns instantes. Eu caí na risada, adorava quando ele fazia isso, adorava ficar nos seus braços.

–Oi Beca! Achei que você não vinha mais!

–Oi maninho. Nem demorei tanto – disse fazendo charminho.

Ele me colocou no chão, e eu me encostei-me à árvore. E perguntei,dessa vez séria:

–Paulo, o que você queria me falar de tão sério?

Eu fiquei esperando a resposta, mas ele não respondeu pelo contrário ficou apenas me observando, parecia até mesmo meio confuso. Depois de instantes pude ver um sorriso malicioso no canto dos seus lábios, ele afastou minha franja do meu rosto colocando-o atrás da minha orelha, fazendo um carinho na minha bochecha e deixando suas mãos pousadas na minha face. Foi então que aconteceu uma coisa muito estranha, ele começou a aproximar seu rosto do meu. ”Meu Deus, o que ele está fazendo?” pensei, mas não sei por que fechei meus olhos quase que por instinto. Senti seus lábios tocando os meus, mas demorei a perceber que eu estava sendo beijada, era uma sensação totalmente nova!

Seu braço segurando a minha cintura me puxou mais para perto, e eu tive que ficar na ponta dos pés. Coloquei minhas mãos na sua nuca e fiquei brincando com seus cabelos. Minha mente se tornou como uma papel em branco, esqueci quem eu era, onde eu estava. A única coisa que importava era que estava sendo beijado por ele, meu amor de infância. Parecia uma sonho, ou melhor superava todos os meus sonhos. Todo sofrimento, todas as cicatrizes não importavam mais, era como se tudo tivesse valido a pena.

Sua mão passou a me apertar mais, forçando uma maior aproximação. Minhas costas arquearam, e a língua dele pediu passagem. Sempre tive receio disso, mas com ele era tão natural, era tão perfeito! Sua língua começou a acariciar a minha devagar, timidamente. Depois o movimento intensificou-se, se tornou voraz. Ele me desejava. Ele ansiava por mim. Ele precisa de mim. Meu coração estava a mil, nossas línguas travavam uma guerra, uma guerra que eu estava totalmente disposta a perder.

Eu ansiava por mais, mas eu já estava quase morrendo sem ar. Então paramos, ele continuava me segurando próxima do seu corpo, me olhando, ele sorri, um sorriso de extrema alegria como se tivesse finalmente vencido uma batalha. Não pude deixar de sorrir também, afinal tinha acabado de realizar um sonho.

Mas um pensamento se alojou na minha mente: “Porque ele fez isso? Ele não me pediu em namoro? Eu fiquei com ele! É só isso nós ficamos! Ele me usou, eu sou só mais uma de suas peguetes!”. Não conseguir segurar as lágrimas, me desvencilhei de seus braços, e corri o mais rápido que podia para a minha casa.

Não podia olhar pra trás, tudo que eu sonhei tudo o que eu idealizei para um namoro foi por água á baixo. Sonhava em só beijar o meu namorado, na minha cabeça eu NUNCA ficaria com ninguém. E ele... Bem, ele me usou. Ele se aproveitou do meu momento de fraqueza, se aproveitou da minha falta de experiência. IDIOTA!

Cheguei em casa, meu rosto estava inundado por lágrimas. Tive certeza que ele não queria nada comigo quando percebi que ele nem sequer me seguiu! Que ódio! Subi para o meu quarto, por sorte minha mãe ainda estava no trabalho e demoraria pra chegar. Isso me daria algumas boas horas a sós com minha decepção. Tirei minha roupa e mergulhei para dentro do chuveiro. Chorei pela desilusão de todos os meus sonhos, chorei a dor da rejeição que estava entalada na minha garganta desde minha infância.

Sai do banho vesti minha camisola e pensei, queimei todos os meus neurônios pensando em todas as possibilidades de reação, e em todas as consequências. Ergui a minha cabeça e decidi que nenhum menino iria brincar com os meus sentimentos. NENHUM. Eu não ia mais permitir ser usada ou enganada, iria ser forte e fria a partir daquele dia.

Então com essa decisão, sequei todas as minhas lágrimas e fui dormindo tendo a convicção que aquilo jamais iria se repetir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! É a minha primeira história, por favor peguem leve comigo! COMENTEM POR FAVOR!
Deixem o que vocês acharam, pra eu saber no que posso melhorar e o que está bom!
Bejinhos, e muito obrigado por terem lido *-*