Sasuke's POV.

O sol que adentrava o quarto através de uma brecha na janela, cuja cortina não havia escondido. Suspirei ao ver que mais um daqueles dias cansativos começava, mas ficar reclamando não adiantaria. Levantei-me e tomei meu banho rapidamente, trajando uma roupa do clã Uchiha. Era uma camisa preta, com o símbolo do clã nas costas e uma bermuda da mesma cor. Apressei-me ao ver a hora, se não andasse rápido, chegaria atrasado, coisa que normalmente não acontecia. Peguei uma maçã qualquer que tinha em casa e segui meu caminho enquanto ainda me alimentava dela.

Levei o mesmo tempo de sempre para chegar ao local em que trabalhava, embora isso não importasse muito, afinal, era sempre a mesma coisa. Meus olhos percorreram o local, embora eu negasse admitir, estavam em busca da Hyuuga. Suspirei ao me dar conta do que eu mesmo estava fazendo.

Já fazia cerca de duas semanas e meia que Hinata estava namorando Naruto, e isso acabou me afastando dela. Não que eu me importe, afinal de contas, por que me importaria? Apesar de estarem namorando, já havia cerca de duas semanas que Naruto, Sakura e Sai — o time sete —, haviam saído em uma missão, portanto, Hinata estava sem ver seu namorado, e se eu a conhecesse bem, parecia um pouco triste nos últimos dias.

Senti uma aproximação repentina enquanto esperava alguém aparecer para me dizer o que teria que fazer naquele dia, já que eu havia terminado a última tarefa que tinham me indicado. Virei-me ao sentir que havia alguém ao meu lado e deparei-me com a Hyuuga de olhos perolados, estendendo um pergaminho em minha direção. Fitei-a até que ela me dissesse o que aquilo significava.

— Ano... Aqui está escrito o que deve fazer hoje, Sasuke-san. — Como uma pessoa perceptiva, notei que ela voltara a usar o prefixo "san", mas eu não ligava, ou pelo menos, não deveria ligar.

— Tsc. — Meu olhar era inexpressivo, tal como minha voz. Estendi minha mão em direção a ela e peguei o pergaminho, até que percebi ela se afastando de minha vista.

Comecei a seguir as instruções do pergaminho, e, para minha felicidade, o tempo passava rápido. A hora do almoço não demorou para chegar, e a Hyuuga, embora estivesse distante de mim, não deixava de me avisar nenhum dia, provavelmente sabia que eu perderia a hora e não iria almoçar e ela era boa de mais para isso.

Apesar de tudo, de todo o silêncio que voltara a se instalar entre nós, como nas primeiras vezes em que nos falamos, sempre íamos almoçar juntos, no mesmo local, o mesmo restaurante de sempre, o mais próximo do lugar onde trabalhávamos. Adentramos o restaurante assim que chegamos, e durante o caminho, não trocamos nem mesmo uma palavra, e eu, particularmente, me sentia em bem em nada dizer, prefiro ficar quieto, na minha.

Ao entrarmos no restaurante, nos deparamos com uma figura loira, de roupa laranja e preta — obviamente, Naruto — ao lado de Sakura, que apenas abriram um enorme sorriso ao nos ver, e eu, por minha vez, soltei um suspiro, a presença deles me irritava às vezes, mas eles eram meus amigos, infelizmente isso era algo que eu não podia negar. Senti a rosada se aproximar de mim, segurando meu braço direito e me puxando para sentar ao seu lado, apenas bufei, olhando para ela com a mesma feição de sempre — inexpressiva.

Hinata sentou-se ao lado de Naruto, que a abraçava fortemente, e, sinceramente, meu coração se apertava à medida que aquele abraço se tornava mais forte, eu não sabia o significado disso, mas eu simplesmente odiava. A menina de olhos perolados, por sua vez, não se sentia tão bem quanto nos seu primeiros dias de namoro, pelo menos, era isso o que me parecia pelo seu olhar. Não sei o motivo exato, mas o olhar da Hyuuga sempre me passou sinceridade, independente do que ela falasse, mas não que eu me importasse com isso.

Pedimos comida e comemos rapidamente, enquanto Naruto e Sakura, que já haviam acabado suas refeições, contavam o que tinham passado pela missão. Quando acabamos de comer, fomos andando de volta ao local de trabalho, porém não só eu e Hinata, como Naruto e Sakura também. Desta vez, Naruto estava colado em Sakura, que lhe dava alguns tapas por algumas besteiras que ele fala, deixando a própria namorada de lado, observando a situação.

Quando chegamos, eu rapidamente arrumei um jeito de me isolar, voltando ao meu trabalho e tentando manter Sakura o mais distante possível, ela tinha um incrível dom de me irritar e eu odiava isso. Embora Naruto não fosse muito diferente. De vez em quando, meu olhar se voltava para o pequeno grupo, Hinata, Sakura e Naruto, embora eu não saiba exatamente o porquê, talvez curiosidade, era o mais lógico.

O tempo começou a passar mais devagar, fazendo parecer com que o dia não terminaria nunca. Fui interrompido de meus próprios devaneios ao sentir a presença de alguém ao meu lado, e pela segunda vez naquele mesmo dia, a Hyuuga ali estava, parada, esperando com que eu simplesmente lhe desse atenção. Eu suspirei, estava sendo interrompido, algo que eu não gostava, mas nada poderia fazer, afinal, já havia sido interrompido mesmo.

— O que quer? — Indaguei, o tom indiferente de minha voz, mais uma vez, sobressaiu.

— Tem alguém querendo falar com você. — Falou, desviando o olhar para os próprios dedos, hábito que ela tinha, isso eu já havia notado, principalmente quando ela falava com Naruto. — Lá perto do portão. — Completou.

— Tsc. — Respondi, tão seco quanto naturalmente era, até perceber que a menina de cabelos negros se virava para ir embora. — Hinata. — O tom da minha voz era o mesmo, porém havia sido levemente impulsivo ao chamá-la, algo que, com certeza, eu não faria naturalmente — Não erre. — Suspirei, voltando meu olhar para o loiro rapidamente. Nem mesmo eu sabia porque havia dito aquilo, mas sabia ao que me referia. O fato é que eu queria evitar que ela se machucasse, embora eu odiasse admitir. Eu odiava esse conflito interno, que parecia apenas aumentar.

— Hm? — Ela disse baixinho, voltando um olhar surpreso para mim, mas logo formou um sorriso nos lábios, um sorriso que não dirigia a mim fazia muito tempo.

— Obrigada, Sasuke-san. — Ela voltou para o grupo dos amigos.

Voltei a trabalhar, afinal, ainda havia muita coisa para fazer, conforme estava escrito naquele pergaminho. Mesmo assim, meu olhar se voltava para aquele grupo vez ou outra, apenas pela mesma curiosidade anterior. E assim aconteceu, até que vi Naruto e Hinata saírem daquele local e percebi a aproximação da rosada, fazendo com que eu soltasse um suspiro, pois sabia que ela começaria a falar e não pararia até que alguém chegasse para interrompê-la.

Hinata's POV.

Segui com Naruto ate uma região em que poderíamos falar em particular, eu havia entendido a mensagem de Sasuke antes mesmo dele ter dito. Eu realmente amei o Naruto-kun, por muitos anos, mas finalmente conseguia perceber que não era mais daquela forma, e, provavelmente, o loiro deveria se sentir da mesma forma, afinal, ele não parecia tão bem comigo quanto na companhia de sua companheira de time. Não que ele sentisse algo por ela, eu não poderia saber, mas era apenas o que eu sentia quando os observava e pensava nos momentos que ele passara comigo.

— N-Naruto-kun... — Gaguejei, eu mal sabia como começar a falar. Meus dedos indicadores começaram a se debater um contra o outro levemente, atitude que indicava meu nervosismo, enquanto tomava coragem para voltar meu olhar para ele. — Ano... E-Eu acho que... Bem... — Suspirei, tentando tomar toda a coragem que era preciso para terminar o que eu tinha para dizer. — Eu acho que eu não sou sua metade, Naruto-kun. — Pausou por um momento, observando a expressão de dúvida no rosto do mesmo. — Sabe, a mamãe costumava me dizer que cada pessoa no mundo tem um alguém que a completa, e essa é a pessoa perfeita, mas eu acho que não é assim para nós dois, e sei que você sente o mesmo.

Observei um sorriso se formar no rosto do loiro, o que fez com que eu sentisse um alívio me percorrer, afinal, eu estava nervosa por ter que dizer aquelas palavras, talvez, até mesmo com um pouco de medo.

— Hinata-chan, eu entendo. São belas palavras de sua mãe. — Ele respondeu, coçando a nuca com um sorriso presente no rosto, um hábito que ele tinha. — Amigos, então? — Perguntou, ainda sorridente.

— Amigos. — Nem mesmo pensei duas vezes antes de responder.

Terminamos nossa conversa e voltamos juntos para onde estávamos anteriormente, conversando, como velhos amigos, isso era o suficiente para me fazer sentir bem, embora dentro de mim, houvesse algo que realmente me fazia falta. A distância que crescia entre mim e Sasuke fazia com que eu sentisse falta da proximidade que havíamos arrumado anteriormente, eu achava que ele havia, finalmente, se tornado meu amigo, mas não era o que parecia, ao menos não agora.

Sasuke's POV.

Finalmente, o término do trabalho havia chegado. Soube disso quando a Hyuuga dos olhos perolados se aproximou, avisando-me de tal coisa. Larguei o que estava fazendo, começando o caminho para casa com ela, já que Naruto e Sakura já haviam ido embora. Parte do caminho foi quieto, como estava sendo nos últimos dias, isso era fato. A timidez dela era grande, tal como a minha falta de vontade para conversar, o que dificultava uma conversa, ou, pelo menos, uma conversa decente entre a gente. Surpreendentemente, o silêncio foi quebrado ao ouvir o baixo tom da vez de Hinata.

— Sasuke-san, sobre hoje cedo, muito obrigada... — Deu uma pequena pausa, demonstrando seu hábito de brincar com os dedos, eu continuei esperando sua fala seguinte. — Quer dizer, isso me deu coragem para conversar com o Naruto-kun e para voltarmos a ser apenas amigos.

— Hm... Tá. — Proferi, demonstrando não me importar muito com o que ela falava, o que era uma verdade, ao menos para mim.

O caminho voltou a ser silencioso entre nós, tudo o que se ouvia era o barulho de nossos pés pisando enquanto caminhávamos. Eu pouco me importava com isso, naquele momento, tudo o que eu queria era chegar logo em casa e poder fazer algo útil ou simplesmente dormir, já que também estava cansado. O momento em que nossos caminhos se separavam logo chegou, ouvi-a murmurar baixinho uma simples palavra, seu "Adeus", que tanto insistia em dizer, mesmo que, na maoria das vezes, eu não respondesse, como nos últimos dias. Lembrei-me do quão rude estava sendo com ela nos últimos dias, além da frieza que sempre possuí, e mesmo que fosse contra o meu orgulho, a respondi.

— Adeus. — O tom da minha voz era baixo e sério. Ela abriu um de seus doces sorrisos e acenou com uma das mãos, indicando que havia ouvido e iniciando a outra parte do percurso para sua casa.

Eu, por minha vez, cheguei em casa rapidamente a partir daquele momento. Troquei de roupa, vestindo apenas uma calça cinza larga e deitando-me na minha cama. Peguei o livro que encontrava-se na escrivaninha ao lado, começando a lê-lo, mas não demorei para adormecer, ainda com o livro em minhas mãos.

Outro dia chegou, eu percebia isso ao olhar através da janela e percebendo o sol brilhar. A noite passou rápido, isso, provavelmente, porque eu havia dormido bem, mesmo apagando com aquele livro em minhas mãos. Levantei-me, coloquei o livro na escrivaninha ao lado de minha cama e arrumei a cama, eu tinha essa mania de organização, mas isso tornava as coisas muitos mais fáceis, era vantajoso.

Como na maioria das manhãs, tomei meu banho, algo que não demorou tanto, e coloquei uma de minhas roupas. A camisa era azul marinha, um azul tão escuro que era quase preto, com um símbolo do clã Uchiha presente em suas costas, como em grande parte das camisas, enquanto a bermuda era completamente preta. Dessa vez, optei por não tomar café, não estava com fome. Saí de casa assim que me encontrei pronto, e segui até o local de minha missão.

Assim que cheguei, meus olhos percorreram todo o local, a procura da menina de cabelos negros azulados e olhos perolados, que todas as manhãs me dizia o que eu tinha que fazer, ou entregava algum pergaminho que dizia o mesmo. Olhei ao redor, eu não parecia estar adiantado, afinal, algumas pessoas que trabalhavam lá e tinham o costume de chegar, mesmo que minimamente atrasadas, estavam lá. Estranhei o fato, porém apenas segui para terminar o que eu havia começado a fazer ontem, sem prestar muita atenção nas pessoas ao meu redor.

O tempo passou ligeiramente, e obviamente, isso era bom para mim, estava próximo a hora do almoço. Escutei passos rápidos e uma respiração ofegante próxima a mim, levantei-me — já que estava abaixado, mexendo em uma caixa —, e deparei-me com a Hyuuga. Seu rosto estava levemente corado, não por vergonha ou coisa do gênero, mas sim porque ela parecia ter corrido muito para chegar aqui. Fitei-a por alguns segundos, mas nada falei, apenas esperei que ela acalmasse sua respiração antes de proferir algumas palavras.

— S-Sasuke-san. — Sua voz era falha, indicando que ela precisava recuperar ainda mais de seu fôlego, esperou alguns segundos antes de continuar. — Me desculpe pelo atraso, eu... — Acabou sedo cortada por uma figura que se aproximava.

— Hinata-sama! — Aquele era Ko, que parecia ter corrido tanto quanto ela para chegar naquele lugar.

— Ko, você não precisava ter vindo até aqui... — Proferiu, voltando seu olhar para baixo.

— Hinata-sama... — Ele disse, mais uma vez, desnecessário. Eu apenas observava a cena entre os dois. Ko se aproximou do ouvido da mesma, escondendo os próprios lábios com as mãos e proferindo algumas palavras em tom baixo, porém não baixo o suficiente para que eu deixasse de ouvir. — Não pode continuar debatendo assim com seu pai, isso vai lhe causar problemas.

— Tudo bem, eu vou arrumar tudo depois. — Ela disse, também baixo, e demonstrou um de seus doces e sinceros sorrisos. — Pode ir para casa, hm? — A Hyuuga disse, indicando que tudo estava bem.

Não entendi bem a conversa, mas parecia que as coisas entre Hinata e seu pai não corriam bem, mas sinceramente, eu pouco me importava. O rapaz foi embora, apenas fazendo sinal positivo com a cabeça em resposta a Hinata, que continuava a sorrir. Meu olhar se mantinha nela, ainda esperando o que ela tinha para dizer, então ela finalmente completou.

— Gomen, Sasuke-san, eu acabei tendo uns pequenos problemas antes de vir para cá e acabei chegando atrasada... — Explicou-se, não colocando os detalhes, então acabei fingindo não ter escutado nada do que havia acabado de acontecer, afinal, essa era a intenção do outro Hyuuga ao proferir aquelas palavras tão baixas anteriormente.

— Tsc... Tudo bem. — Logo abaixei, voltando a mexer na caixa, como eu estava fazendo antes.

— Ano, Sasuke-san... — Falou baixo, provavelmente buscando chamar minha atenção. — Está na hora do almoço.

— Ah, claro. — Concordei, e sem mais nada dizer, levantei-me.

Caminhamos juntos até o local de sempre, e o silêncio permanecia entre nós, algo que, como sempre, eu considerava bom. Ficar na minha era melhor do que ter que socializar, embora eu estivesse um pouco curioso entre o que acontecia entre ela e o pai, mas decidi ficar quieto, afinal, queria fingir que não tinha ouvido nada do que haviam falado anteriormente. Chegamos ao local rapidamente, pedi o ramen, enquanto Hinata pediu um prato mais elaborado, cujo nome eu não sabia. Ela permaneceu calada, mais uma vez, sua timidez a impedia de falar.

Começamos a caminhar de volta para casa, um silêncio tomava conta e tudo o que eu ouvia era o barulho de nossos pés tocando no chão — o som de nosso caminhar. Continuamos assim por mais um tempo, até ouvir algo que realmente me surpreendeu, o som da voz da menina de olhos perolados.

— Ano... Sobre o Naruto-kun, ele já deve ter te contado, certo? — Tentou puxar assunto, pensei em ignorar, mas suspirei e acabei respondendo-a.

— Sim. — Respondi, no mesmo tom usual de sempre. Ele havia me contado tudo, que haviam terminado, mas que ainda continuavam amigos, mas isso não mudava nada na minha vida.

— Eu queria agradecer... Por ter se preocupado comigo. — Eu quase engasguei, afinal, o que a fazia pensar que eu tinha me preocupado com ela? Ah, claro, o que eu havia dito naquele dia, pouco antes do acontecido. — Você é uma boa pessoa, Sasuke-san, as pessoas te julgam de maneira errada.

Eu realmente não entendia como ela conseguia dizer aquele tipo de coisa pra mim, eu apenas a tratava de forma fria e indiferente, como fazia com a maioria das pessoas, mas ela ainda demonstrava motivos para gostar de mim. E eu não podia negar, aquilo havia me deixado um pouco surpreso.

— Não precisa agradecer. — Apesar de minhas palavras parecerem gentil, algo que definitivamente não era meu estilo, o tom de minha voz era duro e frio, como se eu não me importasse, e de fato não me importava.

Ela apenas formou um sorriso nos lábios, um sorriso que se dirigia apenas para mim, por algum motivo — que eu continuo a não entender — meu coração se apertou. Fazia muito tempo que ela não sorria para mim, e ela transmitia total sinceridade quando sorria. Ignorei aquele pequeno aperto no coração, eu não queria entendê-lo, e nem busquei compreender, apenas continuei a caminhar como se nada tivesse acontecido enquanto o silêncio voltava a se instalar entre nós. Nos separamos novamente, voltei a trabalhar onde estava anteriormente e ela continuou as coisas que havia deixado de lado ontem.

O dia, mais uma vez, passou ligeiramente e eu agradecia por isso mentalmente. Seguimos para casa, eu e Hinata, andando um ao lado do outro. O caminho parecia extenso, mas tudo isso era causado devido ao silêncio que reinava entre nós, mas eu, particularmente, não me importava. Andamos ainda mais, até chegarmos ao ponto em que nos dividíamos e cada um seguia para sua casa. Um sorriso tomou conta do rosto de Hinata, e meu coração se apertou mais uma vez, isso já estava me irritando.

— Adeus. — Disse no tom baixo e tímido usual dela.

— Adeus, Hinata. — Respondi e continuei a caminhar, observando o sorriso sincero dela com o canto dos olhos.

Cheguei em casa, arrumei as coisas que ainda precisavam ser postas em seu devido lugar, pequenos detalhes, mas que mesmo assim me incomodavam, eu tinha essa pequena mania. Coloquei uma roupa qualquer mais confortável e me deitei, até que o dia não havia sido tão ruim. Deitei-me depois de me arrumar e acabei caindo no sono mais cedo do que esperava.