The Helper escrita por loliveira


Capítulo 12
15 Minutos de Fama


Notas iniciais do capítulo

achei hilário esse capítulo socorro kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk tchau bom dia p vcs



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Quando eu digo que Audrey é uma rica pirada, acredite, eu não estou exagerando. Ou ela se droga e bebe quando eu não estou por perto, mas acho mais provável ela ser assim de nascença. Nesse momento, ela está gritando pelas ruas de L.A enquanto dirige acima da velocidade permitida enquanto a noite cai.

–Audrey, cale a boca e diminua a velocidade!

–Charlie, você é minha melhor amiga, mas cá entre nós, é muito parada. Respira fundo e sai dessa depressão, baby, estamos em L.A!

–Em L.A ou não eu não estou afim de ir pra cadeia! -Dito isso, ela me olha feio e diminui a velocidade, não faço a menor ideia de onde ela vai me levar, mas acho que no fundo, eu também não quero saber.

Ela continua dirigindo ser dar um pio e diminui a velocidade quando passa polícia ou placas de velocidade, só que ainda grita feito louca o que não ajuda em nada. Ela passa por mais umas ruas então eu vejo aonde nós vamos: a praia de Long Beach. Isso só pode ser brincadeira.

–Audrey, você pirou, não acredito que vamos na praia vestidas assim. -Ela não vira pra mim, mas eu sei que revirou os olhos.

–É uma festa, idiota, todo mundo vai assim.

–O que eu vou fazer pra andar na areia com esses saltos? -Ela dá aquele sorriso maléfico de novo.

–Se não usa com esforço, não usa com beleza, baby. -Então eu vou calar a boca e não falar mais nada porque discutir com Audrey é simplesmente inútil e me deixa sempre mais irritada já que, bem, eu sempre perco a briga.

Depois de alguns quilômetros, eu começo a ver a praia e as pessoas lá também. Como Audrey sabia sobre isso, eu não sei, agora que isso aqui está cheio de gente, está.

–Como você sabia disso aqui? -Ela estaciona o carro e arruma o cabelo antes de sair, enquanto eu saio sem nem correr o risco de me olhar no espelhinho do retrovisor. O vento no rosto deve ter deixado meu cabelo que nem juba de leão.

–Está vendo aquele garoto DJ? -Ela aponta pra mesa de som e eu vejo um menino de cabelos pretos, roupa de couro, e com grandes fones de ouvido.

–O que que tem ele?

–Primo de Jay.

–O quê? Ele é o garoto que você veio conhecer, "amigo" de Jay na outra vez que veio pra cá? -Ela assente com a cabeça. Como é que ela conhece gente com tanta facilidade enquanto eu preciso me fingir de outra pessoa pra fazer amigos?

–Oh.

–Ele avisou que daria uma festa, quando eu disse que estava em L.A hoje de manhã. -Ela enrosca o braço no meu e me puxa pra areia. Isso é um inferno, e minhas botas afundam a cada passo que eu dou. Tem muita gente mesmo por aqui, mas Audrey estava certa, se eu viesse de tênis, maiô e saia eu ia passar vergonha. Todo mundo por aqui é rico ou o quê? Acabei de ver uma garota usando Gucci. E acredite, nem todo mundo pode usar Gucci.

A medida que a gente vai entrando na festa, uma garoto com uma roupa esquisita (macacão, oi?) traz uma bandeja com copos.

–O que tem aí? -Eu pergunto, não quero ficar bêbada de jeito nenhum. Se Audrey beber, aposto que vou ter que dirigir e a última coisa que eu quero é bater o carro que vale mais que a minha casa.

–Refrigerante desse lado, cerveja do outro. -Audrey pega um copo de cerveja enquanto eu pego coca-cola, que está bem geladinha. O garoto sai e duas garotas vem falar com a gente. As duas são negras, com um cabelo de dar inveja, todo encaracolado e com vestidos de paetês as duas.

–E aí? Novas por aqui? -A mais alta pergunta.

–Sim, e vocês? -Eu pergunto, porque Audrey sumiu.

–Nem um pouco, vivemos aqui a vida toda, meu nome é Maria. Essa aqui é Suze.

–Charlotte. -Eu aceno e dou uma olhada no lugar, as pessoas dançam, bebem, e algumas tiraram os sapatos e entram na água. Se a menina Gucci entrar na água, eu bato na cara dela. Então eu começo a encarar um grupo de garotos lindos-modelos-tudo-de-bom perto da onde nós - eu, Maria e Suze - estamos.

–Aqueles são a Elite daqui. -Suze abre a boca, finalmente, e fala para mim. -Aquele do meio, o que está te encarando sabe? -Ela pergunta e eu coro, arregalo os olhos e procuro pelo garoto, um de olhos verdes, sorriso de propaganda e moreno como um surfista. Eu desvio os olhos na hora, porque ele realmente está olhando para mim, descaradamente. Suze percebe que eu sei de quem ela está falando e continua. -Ele se chama Benjamin McCoy. -

Então me dá um estalo de compreensão.

–Espera aí, dos... hotéis McCoy? -Ele assente. OMG. O garoto mais rico de Los Angeles está me encarando. E sabe o pior? Eu só consigo pensar em Ray! Não sei se eu me bato, me mato ou se rio da minha idiotice. De repente o garoto vem pra perto da gente.

OMG.

Ele veio para cá! Ele está abrindo a boca para falar com a gente! Como eu queria que Ray fizesse isso comigo!

Eu sou uma idiota, Ray e Samantha estão namorando. Estou pensando em um garoto comprometido. Ordeno para a minha mente que pare que pensar em Ray e se concentre no que o garoto está falando...

–E então? -Ele pergunta, olhando para mim. Maria e Suze estão rindo da minha cara.

–Desculpe, o que disse?

–Eu perguntei seu nome. -Ele me dá um sorriso.

–Charlotte.

–Benjamin.

–É eu ouvi.

–Soube que vai ficar por aqui até amanhã... -Ele começa a puxar papo, e eu procuro Audrey só para gritar por ajuda. Não sei o que falar.

Infelizmente, não acho Audrey, aquela idiota.

–É, estou com minha amiga, Audrey, e os pais dela.

–Legal, quer dar uma volta?

Ok. Quais são as possibilidades de eu achar um rico herdeiro de uma franquia de hotéis lindo e maravilhoso, porém com cara de ser um babaca, e ainda por cima que me chama para dar uma volta?

Penso em Samantha beijando Ray e como ele não deve estar nem aí para mim nesse momento. Então eu não hesito em concordar. Procuro Audrey para avisar que estou saindo para dar uma volta com um garoto e ela dá um grito mais alto que a música que o primo de Jay bota. Benjamin diz para ela que me deixa em casa e ela dá outro grito e sai correndo para dar oi para alguém.

Ao que parece, estou destinada à andar de Ferrari hoje, porque ele abre a porta da sua Ferrari vermelha para mim, enquanto eu entro. Ele dá voltas e mais voltas até que paramos num restaurante chique onde há um garçom que abre a porta para nós. Assim que entramos, eu escuto os flashes.

Têm centenas de fotógrafos tirando nossas fotos e eu não quero nem pensar no quão horrível eu devo estar. Pela primeira vez na vida eu desejo que esses paparazzis usem photoshop antes de publicarem as fotos... ou talvez eu preciso mesmo é de uma cirurgia plástica.

–É sempre assim? -Eu pergunto, meio tonta por causa das luzes, mas nós finalmente driblamos os fotógrafos. Eu sento numa cadeira e ele também, na minha frente.

–Sempre. É da onde?

Eu tenho que admitir que ele não é chato. Eu conto para ele sobre Pepper e Cappuccino, sobre meus pais e até sobre Madim. Ele pede pra gente um prato que eu acho que é de outra língua porque eu não entendo nada. Ele fica interessado na parte que eu digo sobre Madim, o que não é surpresa, essa é a parte mais interessante da minha vida. Eu conto como é ser duas pessoas e como isso não é tão bom quanto parece ser.

Eu conto sobre tudo, menos sobre Ray.

Em resposta, ele me conta sobre os pais, e como é ser herdeiro dos hotéis McCoy. E para minha surpresa, eu não fico nem um pouquinho com inveja dele. Eu fico até contente por ele, mas um pouco triste também. Porque eu aposto que ele não percebeu quão confortável é essa cadeira e como a comida é a melhor que eu já provei. Ele já deve estar acostumado - como Audrey. Ele daria um ótimo amigo até, ele sabe escutar, é educado e tudo mais, e tem cérebro. Não é como pessoas que nem Paris Hilton, que só lucram com reality shows, ele me conta que quer ser biólogo, mas sabe que o pai não vai aceitar, e como ele já sabe disso, ele diz que o dinheiro que ganhar com os hotéis vão ser doados para instituições de caridade do Quênia.

Eu só aceno, demonstrando que entendi e ele fala mais um pouco. Depois de um tempo eu começo a ficar triste por mim. Eu não consigo parar de pensar em Ray! Eu estou aqui com Benjamin McCoy e tudo que eu quero é que Ray passe pela porta e me beije. Porque a vida é tão injusta. Eu não posso mais fazer isso com Benjamin, ficar iludindo ele, sei lá. Ele deve achar que eu sou uma idiota apaixonada por ele, ou uma tiete à procura de grana. Nenhuma das opções é verdade, e nem são boas.

–Escute, Ben... -Eu começo, quando a culpa explode dentro de mim. Solto um suspiro. -Não posso fazer isso. Tem um garoto, na minha cidade, que eu estou apaixonada, e bem, eu vim para cá pra me distanciar um pouco ele, só que eu não consigo esquecer Ray! É inevitável, e me desculpe, não posso sair com você agora, eu não paro de pensar nele. Olha, vou chamar um táxi para mim, ok? Me desculpe... -Eu me levanto, mas ele pega minha mão e me puxa de volta para a cadeira. Ele parece aliviado.

–Eu sou gay. -E então a Terra para de mexer. WTF.

–Como é que é? -Eu estou levemente confusa. SOS.

–Eu sou gay! -Ele diz um pouco mais baixo, para ninguém ouvir. OMG.

–Então porquê você me convidou para dar uma volta?

–Não quero que meus pais saibam, mas eles estão desconfiados, já que eu não saio com ninguém, mas é que eu não posso sair com essas garotas da cidade, porque eu não gosto de nenhuma, e elas vão querer relacionamentos longos, essas coisas. Então, quando eu soube que você ia embora amanhã, pensei que, se os paparazzis tirassem fotos minhas saindo com você, meus pais parariam com as suposições chatas deles, e então você iria embora amanhã e...

–VOCÊ ME USOU? -Eu estou levemente furiosa agora.

–Você tem que me ajudar, eu não aguento mais! -Ele parece tão torturado que eu não tenho outra opção além de me acalmar.

–Ok. Qual é seu plano? Ainda estou meio irritada por ter sido usada, mas me conte.

–Nós saímos daqui, eles tiram um monte de fotos, amanhã nós saímos nos jornais, meus pais calam a boca e só.

–E o que eu ganho com isso? -Meu lado do mau pergunta. Benjamin pensa um pouco.

–Amanhã nós podemos tomar café juntos, antes de você ir embora, a impressa vai amar. Então eu vazo uma informação dizendo que estamos namorando, mando jornais com as notícias para a sua casa e você dá um jeito de deixar seu amorzinho sabendo do nosso namoro e ele morre de ciúmes! -E não é que o garoto é bom mesmo?

–Ele não vai ficar com ciúmes... -Eu comento meio triste. Mas vou ajudar Ben. Acho que ele merece. -Mas tudo bem, eu aceito. -Eu estendo a mão e ele a aperta, sorrindo de orelha à orelha. Olho para minha comida. -Não estou mais com fome. Estou um pouquinho deprimida, podemos ir agora?

–Tem muita gente com câmeras lá fora. -Ele avisa.

–Tudo bem. Estou bonita para as fotos? -Eu faço uma pose e ele ri.

–Se eu fosse hétero, gostaria de você. Está linda. -Melhor elogio que eu escuto em semanas! -Vamos.

A gente levanta e eu preparo minha pose para as fotos, sorrisinho de garota-propaganda, essas coisas. Meu subconsciente está vestido de Marilyn Monroe, fazendo biquinho sexy (aquele que eu não consigo fazer, sabe?) preparada para seus quinze minutos de fama. Benjamin passa o braço ao redor do meu ombro e nós saímos.

É luz demais, gente demais, vozes demais, que eu estou ficando tonta, sorte que Ben está me segurando. Sorrio e abraço Ben, um ponto tonta de novo.

–Só mais alguns segundos. -Ele sussurra no meu ouvido, enquanto me puxa para o carro. Quando entramos no carro, eu e Ben damos um High-Five animado. Apesar da tontura, aquilo foi demais! Me senti uma celebridade! Há-há, toma essa Samantha!

–Foi demais!

–Eu sei!

O caminho para casa é bem mais animado que o de antes. Eu conto sobre Ray, sobre como ele foi legal comigo no jornal, como ele beija minha bochecha e segura meu braço sempre que a gente se despede e como ele estava na minha turma de inglês. Quando ele para no nosso hotel, eu dou um abraço nele.

–Você é um cara muito legal. -E então eu tenho a ideia mais genial de todos os tempos. Dou para ele o celular de Jay! -Ele é meu melhor amigo. Primo do DJ da praia, lindo de morrer, você vai amar. Liga pra ele ok? -Eu sei que fiz um ótimo trabalho quando os olhos dele começam a brilhar.

–Valeu! Te vejo amanhã para o café da manhã?

–Claro.

Quando eu entro no quarto do hotel, cansada demais, abro meus e-mails e caio na cama, escutando o barulho do chuveiro - Audrey já chegou. Isso aí, cheguei depois de Audrey. Ela não vai ter o que reclamar pelo próximo século agora!

Tem e-mails demais, mas eu estou cansada demais para as coisas muito complexas, então respondo só aqueles curtinhos e fáceis.

Dúvidas e questões sobre relacionamentos? Pergunte à Madim!

Todos os nomes são protegidos para manter o anonimato dos autores.

Essa coluna pertence à Rixon High School.

Querida Madim,

Você acha esquisito usar tênis na formatura????? Eu sempre quis usar!

Querida,

É demais! Totalmente apoiado e não se preocupe com aqueles idiotas que vão te zombar, é chique!

Com amor, Madim.

Dúvidas e questões sobre relacionamentos? Pergunte à Madim!

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Essa coluna pertence à Rixon High School.

Querida Madim,

Você acha estranho ir com vestido preto à formatura???

Querida,

Vou ser sincera, totalmente! É uma noite de alegria, se festa, não vá com uma coisa sem graça como um vestido preto! Deixe para o velório de alguém, não para a formatura!

Com amor, Madim.

–Me conta tudo! -Audrey me interrompeu, gritando como sempre, ela está com seu pijama de bolinha e cabelo molhado. Pulando na cama. Suspiro e solto a bomba:

–Ele é gay.

–O QUÊ? -Pois é. Eu conto à ela sobre nossa conversa e ela solta alguns palavrões. Dizendo que ele é bonito demais para ser gay e que isso é um desperdício. Não posso deixar de concordar. Ela briga comigo por causa da parte de "Não parar de pensar em Ray" mas dá um tempo quando vê que eu começo a ficar triste.

Estou quase dormindo quando escuto ela dizer:

–Puxa, primeiro você beija Jay e uma semana depois ele me conta que é gay, depois você sai com McCoy e ele diz que é gay. Você é tão ruim assim com garotos? Credo!

Eu mereço.


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Notas finais do capítulo

então, tá aí o que acharam?????????????????????????????????????????????
eu tinha um monte de coisa pra falar mas acabei esquecendo tudo então, quando eu lembrar eu digo, muito obrigada por lerem gente, e comentarem também! Bom dia pra vocês ♥
Lembrei!
Gente eu não tenho muita experiência com relacionamentos então eu não sei o que eu posso botar nos e-mails POR FAVOR me mandem problemas que as respostas eu sei dar, é que eu não consigo pensar em NADA.
esse cap. tá grande não é? sdkshfkd ihul



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