Ed In Wonderland escrita por teffy-chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - The White Rabbit


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Sim, é o primeiro dia do ano e eu já começo uma fic nova, eu não tenho jeito mesmo, eu sei.... bom, essa é a minha primeira fic de Fullmetal, decidi escrever depois de assistir a série toda de novo e ter ido a um evento e comprado bonequinhos, cordões, camisetas.... enfim, depois de ter torrado todo meu dinheiro em coisas sobre FMA -.-" E tbm porque sou uma grande viciada em Alice in Wonderland (como se ninguém soubesse ¬¬ ) e fiquei imaginando quem seria quem em Wonderland.... e quando vi já tinha montado a fic toda na minha cabeça '-'
Bom, como eu disse na sinopse, essa fic é baseada no primeiro anime de Fullmetal, e não na versão Brotherhood, só pra ninguém se confundir, ok?
Sem mais delongas, vamos à fic! õ/
Boa leitura^^



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Era mais um dia atarefado para todos no quartel-general do Leste. E mais uma vez, os irmãos Edward e Alphonse Elric estavam partindo em mais uma de suas viagens à procura da Pedra Filosofal. Eles tinham conseguido obter uma nova pista, então estavam bastante entusiasmados dessa vez, principalmente o irmão mais velho. Ele já teria partido há bem mais tempo se o seu irmãozinho Al não estivesse demorando tanto em sabe Deus o que raios ele estava fazendo. Perdendo a pouca paciência que restava, Ed xingou em voz baixa e, dando meia-volta, adentrou novamente o quartel, chamando pelo nome do irmão e proferindo ameaças se ele não aparecesse logo, embora isso não fizesse muito sentido, visto que seu irmão caçula tinha no mínimo duas vezes os eu tamanho. Enquanto andava apressado sem rumo definido, um cachorro preto e branco atravessou seu caminho correndo, fazendo o jovem alquimista tropeçar e se estabacar no chão, batendo com a cabeça na parede. Ed reconheceu o cão na mesma hora, era Black Hayate, o cachorro de estimação da Tenente-Coronel Hawkeye. Depois de xingar o animal, Ed se lembrou de que Al adorava brincar com aquele cachorro ou com qualquer outro animal sempre que podia. Pensando que talvez o cão pudesse estar fugindo de Alphonse, Ed se levantou, sacudiu a poeira de sua capa vermelha e já ia seguir na direção daonde tinha vindo o cachorro para voltar a procurar o irmão, quando o mesmo passou correndo por ele. Mas aquele nem de longe era o Alphonse Elric que o Alquimista de Aço esperava ver: Não estava com a aparência de uma armadura gigante e vazia com a qual Ed havia se acostumado. Estava na sua forma humana, e com a mesma aparência infantil que tinha da última vez que Ed o viu antes do corpo de Al desaparecer durante aquela transmutação fracassada. E mais do que isso: Alphonse não estava apenas de volta ao seu corpo humano, mas as roupas que ele usava... Ed jamais pensou que veria seu irmão vestido assim. Alphonse vestia um paletó cinza com um blazer vermelho berrante por cima, e uma gravata borboleta também vermelha. Tinha um par de orelhas brancas e pontudas, como as de um coelho, saindo do alto de sua cabeça, e também um rabinho fofo e branquinho em forma de pompom grudado em seu corpo. Carregava um enorme relógio dourado em uma das mãos, e parecia extremamente preocupado com alguma coisa, preocupado o suficiente para não notar o irmão bem na frente dele.


– Essa não, essa não, eu estou atrasado! Preciso correr, veja só a hora... é tarde, é muito tarde! - Alphonse não parava de gritar enquanto corria em direção ao portão principal. Depois de ficar quase um minuto observando o Elric caçula correndo por aí com aquela roupa escandalosa, Ed finalmente se recuperou do choque, fechou a boca, balançou a cabeça com força e saiu correndo atrás do mais novo
– Ei, Al! Espera aí!! Aonde pensa que vai?! Verdade que estamos atrasados, mas... pra início de conversa, como foi que você voltou ao normal?! E que roupas são essas?? - Ed exclamava enquanto corria atrás do mais novo, mas Al simplesmente parecia não ouví-lo, e continuou a correr por aí gritando "estou atrasado, estou atrasado!" - Droga, está me escutando, seu imbecil?! Alphonse Elric, pare aí mesmo!!!
– Não posso parar, é tarde, é tão tarde! - o mais jovem gritou mais uma última vez antes de desaparecer pelo portão de saída. A luz do sol cegou o Elric mais velho por um momento, mas isso não o impediu de continuar correndo atrás do irmão.
Coisa que ele não deveria jamais ter feito.


Ed não sabia quando nem como, mas o fato era que, ao cruzar o portão de saída do quartel-general que deveria dar para a rua, ele caiu pelo que pareceu vários quilômetros de um gigantesco buraco que nunca acabava. Foi caindo cada vez mais fundo pelo que lhe pareceu uma eternidade, com tudo à sua volta ficando cada vez mais escuro, até que finalmente perdeu a consciência e desmaiou.



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– Edward... Edward, acorde! Vamos, desse jeito você vai se atrasar! - uma voz feminina e um tanto familiar chamava pelo nome do Alquimista de Aço, despertando-o
– Humm... mas o que...? - o loiro coçou a cabeça, confuso e, sentando-se lentamente, olhou para os lados. Estava em uma sala estreita e aparentemente sem teto. Ou isso, ou o teto era tão alto que não era possível ser visto. Tinha o piso quadriculado, onde não havia absolutamente nada além de uma mesa redonda com três pés e uma gigantesca porta diante dele.


Aquela porta... Edward a reconheceu imediatamente, pois a conhecia muito melhor do que gostaria. Era a gigantesca Porta da Verdade, que roubou o seu corpo e o de seu irmão na ocasião em que eles a abriram. Ed recuou, assustado e chocado em se encontrar diante dela novamente, e tropeçou, caindo esparramado no chão outra vez. Quando sentou-se de novo para ver no que ele havia tropeçado dessa vez, ficou ainda mais chocado do que em se ver diante da Porta da Verdade novamente, ou quando viu seu irmão vestido de coelho: Nesse momento, ele não usava mais sua costumeira calça preta com a capa vermelha por cima. Suas roupas sumiram, e no lugar delas apareceu um vestido azul claro com babados que ia até seu joelhos, com um avental branco por cima e mangas curtas e bufantes, que chegavam até a metade do braço. Calçava meias brancas que desapareciam por debaixo da saia e sapatilhas pretas. Seus cabelos loiros estavam soltos, com um lacinho no topo da cabeça.


– Mas... q-que raios... MAS QUE MERDA É ESSA??? - Ed berrou, colocando-se de pé num salto, horrorizado demais com a própria aparência para lembrar dos bons modos
– Tsc, tsc, tsc... que boca mais suja a sua, Edward! Não me lembro de ter te educado assim! - a mesma voz feminina que o despertara o repreendeu, e Ed tornou a olhar para os lados, desnorteado, finalmente notando que não estava sozinho naquele lugar estranho: Ao lado da Porta da Verdade, uma mulher de cabelos negros e soltos, trajando um vestido longo todo preto, com alças finas e luvas compridas, que passavam do cotovelo, o olhava de forma censuradora, como a de uma mãe que se zanga com o filho que acabou de aprontar uma travessura. Ed engasgou com as próprias palavras ao ver aquela mulher diante dele, completamente chocado. Aquela mulher... ela não deveria estar ali! Ela morreu há anos... e Ed sabia muito bem disso, pois tinha perdido sua perna tentando ressuscitá-la, em vão.


– Não... v-você não pode estar aqui... você morreu, há anos atrás! Você... p-por que você está aqui...?
– Ora, que cara é essa, Edward? Não está contente em ver sua mãe? - a mulher desfez sua expressão censuradora e sorriu de um jeito incrivelmente materno e acolhedor, estendendo os braços para abraçá-lo, embora ainda parecesse que tinha alguma coisa errada com isso. Na verdade tinha muita coisa errada ali, essa era apenas uma das questões. Ed piscou várias vezes, atordoado, dividido entre escutar seu coração e correr para os braços da mãe por quem ele tanto procurou, ou seguir seu lado racional e questionar-se mais uma vez sobre o motivo daquela mulher estar diante dele. Foi quando se lembrou: A sua mãe... ela tinha cabelos castanhos, e não negros, não era? E ela odiava preto... jamais vestiria uma roupa como aquela, Trisha Elric gostava de roupas coloridas, alegres e fofas... como a que ele próprio vestia agora, ele foi forçado a admitir. Aquela mulher... ela não era a verdadeira Trisha Elric, não podia ser
– Até quando pretende fingir ser minha mãe... Sloth? - Ed perguntou em um tom frio, sentindo algo se partir dentro dele. Embora odiasse admitir, aquela mulher tinha a cara da mãe dele, era quase como tê-la de volta mais uma vez
– Ora... então finalmente percebeu, Alquimista de Aço - Sloth também resolveu deixar seu teatro para trás, e assumir um tom de voz mais sério - Melhor assim, já estava ficando cansada de brincar de casinha... se bem que eu devo admitir que é sempre divertido enganar você
– Que lugar é esse, hein? Você sabe onde estamos? - ele resolveu mudar de assunto, cansado dos joguinhos da Homúnculos
– Claro que sei - ela respondeu prontamente - Mas, antes de se preocupar com o lugar... você não acha que deveria olhar melhor para si mesmo? Seu braço direito e sua perna esquerda... vai me dizer que você não notou ainda? - ela perguntou, e Ed olhou melhor para si memso, com certa irritação por causa da roupa ridícula que usava. Irritação que foi logo esquecida ao notar que suas próteses mecânicas haviam sumido, dando lugar à um braço e uma perna humanos normais. Os membros que ele havia perdido ao tentar ressuscitar a mãe voltaram ao lugar original, como se nunca tivessem saído de lá
– Mas... o q-quê...?! C-Como... como raios...?
– Antes que você solte outro palavrão, você não acha que tem uma coisa mais importante para fazer do que buscar por explicações lógicas? - a mulher indagou
– É claro... Al... o Alphosne! Ele passou por aqui, não passou? Você o viu??
– Se fala do Coelho Branco, ele passou por mim agorinha a pouco - Sloth respondeu, apontando para a Porta da Verdade, que no momento estava lacrada
– Ele atravessou a porta?! - Ed exclamou incrédulo - Aquele idiota... eu preciso ir atrás dele antes que ele perca o corpo de novo ou coisa parecida!!
– Faça como quiser, mas.. acho que você é grande demais pra passar por ela agora - Sloth ponderou
– Grande demais? Isso é algum tipo de piada?! Porque não teve graça - Ed resmungou azedo e, batendo as mãos uma na outra, tocou a porta com a palma das duas mãos ao mesmo tempo. Para seu espanto, nada aconteceu - O que...? Por que?! - ele repetiu o ato várias vezes, mas nada aconteceu - Por que?! Por que não consigo usar alquimia??
– Vai saber... talvez pelo mesmo motivo de você ter recuperado seus membros perdidos, ou estar usando um vestido agora, eu suponho - a Homúnculos cantarolou - Mas se você quer tanto assim passar, por que não experimenta puxar a maçaneta? - ela sugeriu, e Ed lhe lançou um olhar irritado, mas seguiu seu conselho, enquanto se perguntava desde quando a Porta da Verdade possuía maçaneta. Para sua surpresa, havia outra porta atrás daquela, e depois outra, e mais outra.... até restar apenas uma portinha mínima de uns dez cm de tamanho
– Fala sério... não acredito que vou dizer isso, mas... sou grande demais pra passar por aí! - Ed exclamou, desejando intimamente que mais alguém estivesse ali para ouvir aquela frase
– Aposto que queria ser mais baixinho agora não é? - a mulher riu
– Quem você tá dizendo que é menor que um grão de areia???!! - o loiro berrou, se irritando facilmente, e exagerando nas palavras como sempre
– Se quer mesmo passar, por que não bebe da garrafa? Só toma cuidado pra não encolher demais e sumir... - ela riu, e apontou para a mesa redonda, com uma garrafa contendo um líquido rosado e um rótulo escrito "Beba-me".


Ed lançou outro olhar irritado á mulher, mas pegou a garrafa. Olhou-a por vários segundos, desconfiado. E embora todas as céulas de seu corpo gritassem para ele largar aquela garrafa e não confiar numa inimiga, ele bebeu assim mesmo. Tinha gosto de pudim de chocolate, milho cozinho, peru de Natal, bolo de banana e peixe frito, tudo junto. Por algum motivo, era uma delícia. Ed ficou tão maravilhado com o sabor daquele líquido misterioso que nem percebeu que agora estava menor do que jamais estivera em toda a vida, e agora poderia passar tranquilamente pela portinha.


– Não acredito... eu encolhi até ficar do tamanho dessa porta! Não sei e rio ou se choro com isso... - ele murmurou para si memso
– Você deveria estar contente, agora pode atravessar a porta e ir atrás do Coelho Branco! Se você tiver a chave, é claro...
– Chave?!
– Ora, não me diga que deixou a chave lá em cima? - Sloth indagou, apontando novamente para a mesa, onde agora havia uma chave dourada que Ed podia jurar que não estava lá há um segundo atrás
– Maldita, por que só me falou dessa chave agora?! - o loiro esbravejou
– Ora, você não perguntou! - ela rebateu - Mas não se preocupe, apenas coma os biscoitos, e poderá pegar a chave - ela apontou então para o chão, onde se materializou um pote dourado com biscoitos coloridos escirto "Coma-me". Sem outra opção, Ed pegou o biscoito mais próximo e o abocanhou. Tinha gosto de leite azedo, brocólis, jiló e chocolate derretido que passou e muito do prazo de validade. Era uma droga. Mas o fez crescer mais do que ele jamais cresceu em seus quinze anos de existência, como se ele disparasse feito um foguete
– Por Kami... isso é melhor do que alquimia! Hahahahaha queria que Al ou o Coronel pudessem me ver agora! Eles jamais vão gozar do meu tamanho de novo mwahahahaha!! - Ed gargalhou, se esquecendo completamente de seu objetivo principal
– Sim, você cresceu... mas desse jeito jamais passará pela porta - Sloth lembrou
– Quê?! Ahh maldição! Ou é pequeno demais ou é grande demais... desse jeito nunca vou passar por essa maldita porta! - o loiro esbravejou, dando um murro na parede numa tentativa de extravasar sua frusração. A força de sua mão absurdamente grande agora fez tanto a mesa quanto a garrafa em cima dela voarem pelo ar. A mesa espatifou-se em pedaços ao se chocar contra a parede, e a garrafa caiu certeiro em sua boca, como se ele pretendesse isso desde o começo. E querendo ou não, Ed bebeu tudo dessa vez. Encolheu tão rápido quanto havia crecido, ficando ainda menor do que antes. Tão pequeno que agora ele passava tranquilamente pela fenda entre a porta e o chão. Ao perceber isso, ele ignorou a vontade que tinha de socar aquela maldita mulher que agora ria e fazia piadas sobre o tamanho dele e passou por debaixo da porta, finalmente atravessando-a.


– Passou direitinho... nossa, que bom que sou pequeno... - ele murmurou para si mesmo, terminando de rastejar por debaixo da porta e se levantando novamente - Espera aí... o que foi que eu disse?! Ahhhh!! Eu fiquei feliz em ser pequenoooo!! Não acreditooooooo!!!!! - ele berrou, correndo e dando voltas no mesmo lugar, completamente chocado consigo mesmo - Mas que droga... droga de altura, droga de lugar esquisito, droga de vestido estupído! E que droga de irmão que me fez vir pra esse fim de mundo... eu vou matar o Al quando encontrar ele!!!













*** Próximo Capítulo: Twins ***


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Notas finais do capítulo

Olá de novo!
Bom, espero que tenham gostado do primeiro capítulo.... como é minha primeira fic de FMA eu estou um pouco nervosa, espero que tenha ficado boa... e garotos que possam estar lendo essa fic, por favor não me matem por ter feito o Ed usar um vestido >_
Deixem reviews onegai e façam de mim uma autora feliz!!! *o*