Dominique

Acordei, dando um pulo da cama, finalmente hoje era 24 de dezembro, já tava tarde e era véspera de Natal. Dirigi-me ao banheiro e vi que todas as meninas estavam acordadas, mas ainda sentadas em suas camas, tomei banho e depois vesti minha roupa. Fui até o Salão calmamente, sorrindo para todos, estava feliz, hoje iria ser noite de diversão, afinal não tem nada mais engraçado do que aquela família maluca e seria ainda mais divertido quando os pais dos meus amigos conhecem seus namorados. Sentei a mesa, que estava vazia, e vi alguém se sentando ao meu lado, os cabelos loiros e arrepiados denunciavam a pessoa ao meu lado, Jeremy conseguia ficar lindo quando queria, era só agir naturalmente, já que era bastante inocente. Você deve me perguntar por que escolher Jeremy Zabine um sujeito com 16 anos e da Sonserina, que não tinha nada a ver comigo, mas é porque percebi uma coisa nele assim que ele falou comigo, Jeremy era inocente e era isso que me assegurava que era uma ótima escolha, nesse momento para mim. Tiago me deu dicas para ficar mais charmosa e sedutora, eu segui a risca seus conselhos, mas eu ainda ficava insegura, e o que seria melhor do que uma pessoa totalmente inocente para ficar ao meu lado? Pra você ter noção ele nunca me beijou não sei se era lento ou inocente, mas eu gostava.

– Bom dia Domi, feliz natal! – Sorriu Jeremy para mim.

– Bom dia Jer, feliz natal! – Sorri de volta.

– Então, eu quero falar com você antes do trem partir, já que você vai com seus amigos na cabine. – Falou suavemente, não tirando o lindo sorriso de sua face.

– Claro, me encontre no corredor um pouco antes de o trem partir. – Respondi, ele assentiu, e caiu da cadeira, com o empurrão de ninguém menos que o idiota do Sirius.

– Você não é bem vindo nessa mesa Zabine, volte para o buraco das cobras. - Falou Tiago arrogante, eu iria abrir a boca, mas apenas deixei os homens resolverem.

– Não devia ser tão grosso Potter, isso não é legal. – Falou Jer agora se levantando e indo se sentar em sua mesa.

– Feliz Natal pra você também Tiago. E mande lembranças ao capeta quando voltar para o lugar de onde veio. – Falei sorrindo da minha piada.

– Muito engraçado Vela. – Disse botando uma poção de panquecas com calda inteira em sua boca, como ele era grosso. Nossos amigos chegaram e se sentaram junto conosco, já era hora do almoço, mas só o troncho do Tiago que tomava café da manhã, minhas coisas já estavam arrumadas graças à magia e todos foram na direção do trem, menos eu que fiquei nas masmorras esperando Jer. Ele chegou alguns minutos depois.

– É... Oi... Domi... Então... É eu... Queria falar com você sobre... – Parecia nervoso, nervoso até demais.

– Sobre? – Falei dando de ombros. Percebi um pouco o clima em Hogwarts, a neve cobria o que antes era grama, e havia viscos por todo corredor, principalmente em cima das nossas cabeças, quando abaixei a cabeça agora olhando para Jer, ele estava bem na minha frente, perto até demais.

– Sobre isso. – Falou se inclinando para me beijar, deixei que ele se aproximasse, sua língua invadiu a minha boca, era um beijo calmo e pelo que percebi com sentimentos pelo menos vindo de Jeremy, eu não sentia nada, sua língua dançava em minha boca e eu correspondia, mas minhas mãos não soavam minha barriga não embrulhava. Nada do que devesse sentir quando se beija alguém que se gosta. Jeremy Zabine tinha se tornado um irmão pra mim já que nunca parecia dar o próximo passo, apenas beijos na bochecha, abraços e isso era o bastante para deixar Tiago com raiva, ainda não sabia o porquê, E DE NOVO SIRIUS ENTRAVA NA MINHA CABEÇA, AAAAAAAAAA JÁ TAVA IRRITANDO ISSO. Jeremy desencostou nossas bocas.

– Tenha um ótimo Natal Domi. – Falou dando as costas e indo para a estação de Hogsmeade, foi tão estranho, ele ficou corado de leve, que fofo. Segui agora um pouco atrás, não queria conversar com ele. Cheguei ao trem e sentei na cabine que os meus amigos estavam, ainda em silêncio, enquanto todos brincavam, eu queria descobrir que tipo de sensação era essa que eu sentia em relação a Jeremy. Chegamos rápido na estação de King’s Cross, meus pais me esperavam, sempre querendo saber as novidades. Rapidinho chegamos à Toca, onde ficaríamos para passar o Natal e até voltarmos no dia 1º á Hogwarts. Entramos na toca com exceção dos Malfoy’s e dos Longbottom’s que foram para suas casas, pude ver meus irmãos: Victoire de 21 anos:

Louis de 16 anos

também estava na sala Molly II de 17 anos

Lucy de 15 anos

Fred II de 17 anos (ele gostava da Molly II, mas como ela dava em cima de quase todo mundo, ele meio que desistiu):

Roxy de 16 anos

Teddy de 24 anos

E os outros: minha avó, Angelina, Audrey, Tio Rony e Tia Hermione, Tio Harry e Tia Gina.

– E ai Cambada! – Falei me jogando no sofá, meus pais rolaram os olhos e pude ver Tiago sorrindo e se jogando do meu lado.

– Fala ai Pessoal. – Falou Roxy com o sorriso maroto.

– E as novidades? – Perguntou Lucy curiosa.

– Não tenho nenhuma, mas tem gente ai namorando e hoje a noite vai ser muito divertido. – Disse sorrindo e imaginando, como seria engraçado hoje à noite. O povo sorriu junto comigo e Alvo, Lílian e Hugo ficaram meio nervosos e desconfortáveis, seus pais ainda não tinham perguntado nada, milagrosamente Harry tentou segurar o ciúme de sua única filha e ficar só dando sorrisos amarelos, aposto que ele queria conhecer John, ele nem sabia o nome do namorado da Potter ainda. Assim passou o dia, com todo mundo fofocando à vontade, já que muitos estudavam em outras escolas, havia muitas novidades a serem contadas. E a noite chegou, eram 7h, eu já estava pronta, e todos estavam na sala, à campainha tocou e todos os meus amigos iriam jantar aqui hoje. A família Malfoy havia chegado, Harry abriu a porta e estavam parados atrás dela, Draco na frente, e ao seu lado Astoria e abrindo espaço entre eles Sara totalmente envergonhada dando de cara com seu sogro.

– Boa noite Malfoy’s, Feliz Natal! Entrem. – Disse Harry abrindo um enorme sorriso para Draco e Astoria e puxando Sara para um abraço, depois ele pegou na mão da menina e a levou para perto de Gina. Draco e Astoria entraram e cumprimentaram todos, mas dava pra ver o clima pesado entre Draco e Rony, que nem se falaram.

– Essa daqui é a namorada do Alvo, Gina! – Falou Harry sorridente junto a Sara envergonhada, todos os adolescentes estavam sentados no sofá, Alvo nem viu sua namorada, só eu que tinha visto, como sempre observadora, pois estava de joelhos no sofá olhando pra eles e de costas para meus amigos.

– Ela é linda, Alvo deu sorte. – Falou Gina educadamente, Sara retribui com aquele sorriso que só ela sabia dar, depois chegou à sala me virei e vi Tiago sentado no outro sofá olhando minha bunda, OH DESGRAÇADO COMO ASSIM? Encarei-o, mandando um olhar assustador, ele desviou o olhar e começou a assoviar, Alvo arregalou os olhos ao ver Sara, mas não se levantou já que ela vinha em sua direção.

– Oi pessoal! – Falou Sara simpática. Ela deu um beijo na boca de Alvo se sentando ao seu lado, vi Roxy se contorcer no sofá, (é ela gostava dele, mas ele não dava bola), vi ela fuzilar Sara com olhar, não gostei disso, eu não me dava bem com a Roxy, e Sara é minha amiga.

– SARA OLHE OS MODOS! – Vi Draco chegar à sala e ver Sara beijando Alvo.

– Desculpe Sr. Malfoy. – Falou Alvo com vergonha, Draco saiu de lá antes que Alvo virasse um tomate, Scorpius chegou à sala, nem vi que ele tinha entrado, ouvi Molly II cochichar com Roxy, sobre como ele era gato, mas Rose estava do seu lado e fechou a cara.

– Então essa é a namorada do Al? Não vejo muita coisa. – Disse Roxy, querendo arrumar briga, vi o sorriso no rosto de Sara desaparecer.

– Como? – Falou Sara não acreditando na ousadia da menina.

– A Roxy nem sempre é assim Sara, ela é legal e ajuda a gente nas pegadinhas, só que hoje ela deu pra ficar insuportável! – Falei dando de ombros e vendo Sara rir.

– Ei eu ainda to aqui! – Disse Roxy com uma cara nada boa e todos riram.

– Infelizmente! – Murmurou Sara bem baixo, mas todos escutaram e rimos menos Roxy é claro, Alvo virou seu rosto e depositou um beijo de leve, deixando Roxy emburrada. A campainha tocou novamente, dessa vez Rony foi atender a porta. Os Longbottom’s chegaram Nevill e sua mulher na frente, deram um abraço em Rony e logo entraram cumprimentando os outros.

– Olá há quanto tempo, esses são nossos filhos: Samantha e John... Será que aqui tem pudim amor? – Falou Luna meio doidinha falando para o marido, Sam e John entraram e cumprimentaram a todos.

– LÍLIAN CADÊ SEU NAMORADO QUE NÃO CHEGA? ESTOU VENDO QUE ELE NÃO É PONTUAL AFINAL ATÉ OS LONGBOTTOM CHEGARAM E ELE NÃO! – Berrou Harry insinuando que os Longbottom sempre demoravam a chegar já que moravam mais longe do que todos, Lílian se levantou revirando os olhos e correndo pra encontrar o namorado que mal sabia Harry estava na sua frente.

– Mas ele está aqui papai! – Falou Lílian chegando à sala seguida de todos os adolescentes curiosos, ela deu um selinho em John e segurou sua mão, ele parecia uma pedra de tão imóvel que estava, Luna e Nevill riam do próprio filho (QUERIA PAIS DAQUELE JEITO PRA MIM), Sam parecia nervosa também já que ela cumprimentava sua sogra Hermione, que agora já a conhecia e também Rony agora mais calmo.

– ENTÃO VOCÊ QUE É O NAMORADO DA LÍLIAN? – Berrou Harry examinando John dos pés a cabeça.

– Ele não é surdo Potter! – Brincou Malfoy.

– Fique quieto Draco. – Falou Tio Harry agora com os olhos nas mãos de John e Lílian, John entendeu o recado e soltou a mão de Lílian fazendo todos rirem.

– É... Sou sim Senhor, ouvi muito a respeito do senhor e... Queria pedir formalmente... Pra namorar sua filha! – Falou John, que fofo, Lílian abriu um sorriso enorme.

– Claro que sim rapaz, afinal fico feliz por ser um Longbottom. Mas qual são suas intenção com minha filha? – Ri alto daquilo, a atenção de todos veio a mim, que me calei olhando a cena.

– Eles não vão se casar querido. Só estão namorando! Está dispensando John não ligue para as bobagens do meu marido. – Falou Tia Gina, John saiu de lá o mais rápido possível se sentando no sofá, fomos atrás dele, ouvi Harry reclamar algo como: “Querida não tire minha autoridade desse jeito”, e ela deu um beijo nele que ficou vermelho e voltou ao seu estado normal.

– Sua namorada é linda Hugo, mas acho que ela errou o Weasley. – Falou Louis, meu irmão às vezes era encrenqueiro, Sam ficou com vergonha e Hugo cerrou o punho, mas não disse nada, o que era bem a cara dele. Ouvi um estrondo na porta, e olhei Tio George bêbado entrando com meu avô ao seu lado. (todo o natal George assim como a família Weasley ficava triste por tio Fred não estar entre nós, quando eu era pequena, o natal nem sempre era engraçado na casa dos Weasley, eles sentiam falta de Fred, com o tempo se acostumaram mais ainda sentiam saudades, tio George não era de beber muito, mas hoje ele bebeu e nós sabemos o que acontece quando ele bebe. Simples ele prega mais pegadinhas do que nunca com a gente o que deixa tudo mais divertido).

– Você bebeu George? – Falou Luna, todos fizeram uma cara de DÃÃ pra ela.

– Eu não estou BE-BRA-DO. – Falou Tio George, totalmente embriagado.

– Claro que está você pegou um rato no três vassouras e ficou sacudindo ele e gritando “Eu sei que é você Pettigrew”. – Falou meu avô, todos riram.

– E ainda quando estávamos perto de casa você abraçou o vizinho de barba branca e ficou falando pra ele “Dumbledore eu sempre soube que você estava vivo”. Deviam ver foi hilário! – Continuou meu avô e todos riram menos meu tio George, ele chegou até nós e se jogou no sofá mais errou o calculo e caiu de cara no chão, morríamos de rir como ele.

– Fala ai meu povo, e claro meu maroto e minha marota favorita. – Falou Tio George, apontando pra mim e para o Alvo. PARA O ALVO? O maroto favorito dele era seu filho Fred II tão maroto quanto o pai, é ele estava bêbado não reconhecendo seu próprio filho, Alvo fez uma cara de HAN, nós rimos.

– Pai eu estou aqui. – Falou Fred II bufando, seu pai lhe deu um beijo e murmurou “te amo”, ele era uma figura.

– Prontos para as pegadinhas? – Falou George com um sorriso maroto, ele pegou duas bolinhas, eu reconhecia aqueles brinquedos, eram bolinhas de cor, pulei pra trás do sofá, Fred II fez o mesmo e Tiago tentou fazer só que caiu de cara no chão mais ainda se safou. As bolinhas acertavam todo lugar menos o lugar onde a pessoa que soltou estava no caso George ficou intacto. Levantei-me e olhei para as pessoas, todas de cores diferentes.

– Alvo parece que ele adivinhou sua cor. – Falou Hugo apontando para Alvo que ficava emburrado, ele estava todo de rosa, igual a nossa pegadinha há um tempo.

– Mesmo assim ainda está lindo. – Disse Roxy, Alvo bufou.

– Lembra amor, antes eu podia até dizer que você era gay com essa cor? – Falou Sara sorrindo não ligando pra Roxy. Alvo riu dela que estava azul e os dois se beijaram.

– Assim não vale. – Falou Tio George desanimado vendo que Tiago, Fred II e eu estávamos intactos a tinta, ele foi conversar com os adultos ainda tombando de bêbado. Hugo e Sam, Sara e Alvo, Lílian e John se beijavam e eu observava os outros que conversavam já que a tinta sairia depois de um tempo. Vi Tiago conversando com minha mãe, HAN COMO ASSIM? Aproximei-me com cuidado atrás deles e comecei a escutar a conversa.

– É... Você vem sempre aqui? – Falou Sirius, eu ri baixo ELE TAVA DANDO EM CIMA DA MINHA MÃE? Que idiota. Ela riu assim como eu, éramos muito parecidas.

– É impressão minha ou você ta dando em cima de mim? – Falou ela risonha.

– Desculpe Fleur, é que eu só estou seguindo meu desejo mais profundo. – Falou ele, eu ri novamente COMO ASSIM ELE BEBEU?

– HAN? Como garoto? – Disse minha mãe.

– Sabe eu olhei no espelho de Ojesed que mostra o que você deseja, e ele me mostrou eu velho segurando sua mão então só estou tentando seguir o destino. – Disse ele, eu estava de boca aberta, claro que eu conhecia a lenda do espelho.

– Vem Tiago me segue! – Falou minha mãe pegando em sua mão e o arrastando para um quarto. HAN PARA TUDO COMO ASSIM BIAL? Fui pelo lado de fora da casa, olhando pela janela onde eles estavam de costas sentados na cadeira, minha mãe pegou um álbum e mostrou para Tiago uma foto.

– É a Domi! – Falou ele.

– Não Tiago, essa sou eu quando era mais nova. – Disse minha mãe, vi o queixo de Tiago cair no chão.

– Então quer dizer que quando a Domi ficar bem velha ela vai parecer com a senhora? – Falou ele ofendendo a minha mãe sem perceber.

– Exatamente! E ei eu não sou tão velha. – Falou ela rindo da cara do garoto.

– Obrigada Fleur e me desculpe mais uma vez. – Saiu de lá às pressas, a ficha não tinha caído ainda, como assim Tiago me viu de mãos dadas com ele no espelho de Ojesed daqui a alguns anos? Era muita informação e 99% dela eu não podia acreditar. Quer dizer que o desejo mais profundo do Sirius é ficar comigo? Eu estava boquiaberta.

– DOMINIQUE CADÊ VOCÊ? – Berrou Tiago ainda dentro da casa, ouvi a voz do Louis: “Foi lá pra fora”, ele logo me viu ainda na mesma posição de boca aberta, ele também parecia surpreso.

– Domi eu... Nem sei como começar... Eu só... – Falou ele nervoso, desde quando o Potter ficava nervoso perto de mim? Era o fim do mundo, pera não era pra ser dia 21 dezembro de 2012? Os maias deviam ter se enganado.

– Eu escutei tudo Tiago. Então... O seu maior desejo é... – Falei pasma com medo de continuar a frase.

– Ficar ao seu lado... – Falou ele simplesmente, eu iria abrir a boca, mas ele chegou mais perto me calando colocando seu dedo indicador nos meus lábios. – Domi eu não sei se... Estou preparado pra realizar esse desejo... Mas eu... Só queria te dizer que... Eu estou disposto a tentar se você também estiver. – Terminou Tiago me deixando de olhos arregalados e corada como sempre na hora errada, ele não deu nenhum de seus sorrisos maliciosos, ou um sorriso de canto, ou nem mesmo um sorriso debochado, como sempre se achando, simples Tiago estava falando a verdade e disposto a cumprir tudo que falou. Acho que minha cara devia ser no mínimo engraçada eu não falava nada, Tiago se aproximou de leve quase colando nossas bocas. Fechei meus olhos, sua respiração ofegante como se precisasse daquilo o mais rápido possível, seu perfume me embriagava, quando nossos lábios finalmente quase estavam pra se encostar senti um calafrio no meu corpo, que ficou arrepiado de encontro com a água fria e gelada não sabia de onde vinha, mas tinha certeza que estava toda encharcada. Abri meus olhos e encontrei um Tiago também molhado dos pés a cabeça, olhei devagar para cima e encarei os rostos dos culpados que daqui a alguns minutos estariam mortos.