Juntos até o Fim em Hogwarts escrita por Victane


Capítulo 16
Impulsivo


Notas iniciais do capítulo

Heey meus amores, a AUTORA DIVA DO MAL VOLTOU, sério Marcella Horan, eu amei esse apelido kkkk. Hoje começa meu 1º dia de aula (é minha escola é maluquinha), ai vocês me perguntam o que isso interessa a vocês? Eu respondo. Amores amores, significa que quando eu voltar da escola de noite, eu quero ler meus reviews lindos que vocês deixarão pra mim, que tal? kkk enfim esse capitulo eu dedico exclusivamente para minha querida D R Levi que me mandou um recomendação linda, obrigada mais um vez fofa e aqui vai mais um capítulo, beijos amoris, nos vemos lá embaixo.
Lumus



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Hugo Weasley

Abri os olhos e dei um pulo da cama ao escutar um barulho incômodo, percebi que os meninos também haviam acordado assustados pelo mesmo motivo. Nossos olhos percorreram todo o quarto até pousarem na causa pela qual acordamos. John tinha entrado pela porta com um Ipod em mãos, o aparelho estava ligado e uma música de alguma banda de rock podia ser ouvida em um som muito alto.

– O que diabos pensa que está fazendo, Longbottom?! – James reclamou frustrado, enquanto tentava voltar a dormir, agora com um travesseiro em volta dos ouvidos. É claro que ele não conseguiria dormir. Não mais!

– Vocês precisam acordar mais cedo, sabe, respirar o ar matutino, caminhar pelos corredores desertos, cheirar o ar puro, mas não, ficam ai dormindo como a bela adormecida. – Provocou dando de ombros. John sabia muito sobre a cultura trouxa.

Graças a meu avô, eu sabia algumas coisas. Saquei a referência ao conto de fadas trouxa, mas os meninos pareciam nem ter entendido. Sobre a provocação, ele não deveria ter feito isso. O garoto não teve nem tempo de pensar e Jay jogou o travesseiro para o lado e correu em sua direção, praticamente o derrubando no chão, com um sorriso vencedor no rosto.

– Só assim pra você parar de falar! – Disse James enquanto imobilizava facilmente John. Scorpius riu da cena e se levantou da cama apenas para se jogar em cima dos dois, deixando John praticamente sem ar. Eles sempre tinham essas brincadeiras agressivas entre eles. Ufs!

– Sabe, uma vez, até tentei acordar mais cedo... – Começou Scorpius. – Não deu certo é um inferno! – Completou reclamando. – E quando você diz “cheirar o ar puro”, juro, até tentei fazer isso agora, mas o cheiro podre vindo de você deixou meu ar bem... Eca! – Reclamou fazendo uma careta de nojo e cobrindo o nariz, saindo de perto do Longbottom. James pareceu entender o que o loiro quis dizer e se levantou também, fitando John com uma careta de nojo.

– Ué! Acabei de voltar de uma corrida, não mandei as maricas pularem em cima de mim como pipocas saltitantes... – Revidou dando língua para Jay e Scorp. Os dois grunhiram em sinal de ataque e não demorou muito para deixarem para lá o fato de John estar suado e sujo e correram para pularem em cima dele de novo, só de que dessa vez o Longbottom foi mais rápido e correu para o banheiro, se trancando lá dentro e salvando sua pele.

– Já que estamos todos acordados, que tal conversamos sobre alguma coisa... – Disse Alvo pela primeira vez, o olhamos curiosamente, ele parecia querer tentar ser sutil, mas não parecia ter dado certo.

– Sobre o que quer falar? – Perguntou Scorpius também percebendo que Alvo queria tocar em algum assunto que poderia ser “sensível” para nós.

– Bom, meio que... – Começou o Potter mais novo, se enrolando enquanto gesticulava com as mãos e corava um pouco. – Pensei que pudéssemos esclarecer algo sobre as meninas... – Scorpius o encarava com as sobrancelhas arqueadas. Droga, porque ele queria tocar nesse assunto?! – Talvez não pareçam pra vocês, mas estão agindo muito estranho ultimamente... – Ele me encarou especificamente. – Todos vocês.

– Tá, o que tanto quer saber? – Scorp parecia preocupado, mas não deixaria sua curiosidade por nada nesse mundo, confesso que até eu estava um pouco curioso, apesar de não querer ser mencionado em qualquer coisa que envolvesse as garotas, mas precisamente Samantha, ela era meu ponto fraco e convenhamos... Não sou um cara muito aberto.

– Ok! – Alvo respirou fundo como se soubesse que qualquer coisa que dissesse a seguir pudesse causar uma guerra e ele sabia que de fato era isso que poderia acontecer. – Jay, o que tanto você e a Domi conversaram ontem? Sabe, você nunca me pediu desculpas, nem daquela vez que colocou fogo no meu livro de feitiços e ontem chegou todo mansinho me pedindo pra te perdoar. – Encaramos James, curiosos. Ele nunca pediu desculpas ao Alvo? Ual! E porque ele fez isso ontem tão facilmente? Tá, foi meio afobado a forma como chegou e despejou seu pedido de desculpas de um jeito que até o deixou parecer meio desesperado e não entendi muito bem na hora porque Alvo o desculpara tão rápido, mas ai está o motivo, ele nunca pedira desculpas. O que a Domi fez?

– Hum, tá, eu conto... – James pareceu ficar um pouco sem graça. – Nós conversamos sobre como nos sentíamos inúteis em relação a nossas famílias... – Explicou e pude sentir o clima ficar tenso, é claro que Alvo não pensava com o irmão. James Potter inútil? Da onde ele tinha tirado essa ideia? – Mas não se preocupem, nós conversamos, não me sinto mais desse jeito... – Nos tranquilizou. – De certa forma, Dominique me deixou mais leve e achei que o certo fosse pedir desculpas á você, eu já tinha essa ideia antes e ela só me fez colocá-la pra fora e... – Prendia meus olhos em James como se ele fosse quase um milagre. Acho que os outros não estavam diferentes. Primeiro ele se acha inútil quando é um dos caras mais invejados de toda Hogwarts, depois fica sem graça ao falar de uma garota e agora está expondo seus sentimentos e dizendo o quanto se sentiu leve tendo aquela conversa e ainda está se abrindo para nós que poderíamos zoá-lo a qualquer momento, mas precisamente Scorpius e talvez Alvo, mas mesmo assim. Ele até parecia outro James. Uau! – Já chega, não me perguntem mais nada. – Declarou provavelmente percebendo a expressão de espanto que tínhamos.

– Tá legal... Mas e você, doninha? – Agora a atenção de Alvo foi dirigida para Scorpius. Pelo jeito que as coisas vão caminhando vai sobrar pra mim! Peguei um papel no canto da minha mesinha de cabeceira, deveria ser algum resto de dever que larguei por ai, prendi minha atenção ali, tentando escutar a conversa e ao mesmo tempo fazer com que eu não parecesse tão interessado ao ponto de ninguém me perguntar nada. – Porque ficou tão nervoso quando seu pai mencionou sobre o ódio que tinha pelo Rony? Rose também ficou bem estranha, achei até que vocês estavam escondendo alguma coisa... – Sugeriu Alvo com expressão de que não deixaria nada passar.

– Tá, já que o James se abriu e... Foi o James que fez isso, deixando bem claro, que não foi qualquer pessoa... – Concordamos, afinal, não era de se esperar que uma coisa como essa acontecesse. – Eu posso dizer algo a vocês. Bem... Sabe, eu meio que... Hum, eu meio que beijei... A Rose. – Oi?

– O que? – Exclamei incrédulo desviando minha atenção do papel que acabei comprovando ser metade do meu dever de Astronomia e encarei o loiro a minha frente que parecia culpado. – Como você beijou minha irmã, Malfoy? Pensei que ela não significasse nada pra você, apenas amizade... – O olhei bravo. Como ele pôde? Minha cara deveria estar muito vermelha agora, porque provavelmente assustei Scorpius já que ele recuara um pouco em sua cama.

– Cara, você ainda não sabe como se beija?! – James tentou aliviar o clima. – É assim, ó... – Demonstrou dando beijos molhados em sua mão e fazendo soar barulhos de beijos por todo o quarto. Nem percebi, mas havia me levantando de minha cama e estava praticamente em pé em frente á cama do Malfoy.

– Antes que me mate, Hugo, só foi um beijo... Nada mais. – Tentou, colocando as mãos na minha frente, tentando me acalmar. – Nós só nos beijamos e pronto, sabe?! Foi só isso! Juramos que nunca mais vai se repetir. – Tentou soar firme, mas sua voz parecia quase um sussurro. Nem me dava conta de meus movimentos, estava realmente irritado.

Ele era meu amigo e do nada havia beijado minha irmã? Eu não faço o tipo ciumento, mas fiquei realmente irritado por ser o Malfoy beijando minha irmã... Qual é?! Ele é um dos maiores pegadores de Hogwarts, ele não tinha uma boa fama e eu não queria que isso machucasse minha irmãzinha. Me encontrava a centímetros dele agora, já de pé, me encarando culpado e com... Medo? Porque ele estaria com medo? O olhei receoso e com certa curiosidade, ele erguera a sobrancelha em minha direção e olhara de relance para baixo, acompanhei seu olhar e pude ver meus punhos cerrados em ódio, estava os apertando tanto que minha mão chegara a ficar totalmente vermelha. Suspirei o olhando e logo em seguida assentindo em sua direção, ainda irritado, mas ele compreendera que tinha sido por pouco, apenas porque ele dissera que não se repetiria, então resolvi voltar para minha cama antes que resolvesse fazer besteira. Posso dizer que sou um pouco impulsivo ás vezes!

– Que tal nos falar alguma coisa sobre vocês, Hugo? – Perguntou James fazendo com que me desviasse do assunto Scorpius e Rose e pudesse encará-lo com curiosidade. Vocês? Que vocês? – É, cara, vocês... – Repetiu vendo minha cara de confusão. – Você e a Sam... – Foi mais fundo no assunto. – Porque não a beijou ainda? O que tá esperando? Não me diga que tá esperando que o próprio Dumbledore ressurja do túmulo e venha até aqui colar os seus rostos, não é?! – Comentou todo engraçadinho, arrancando uma risadinha de Scorpius que se calou assim que o olhei ainda irritado e uma mais risada baixinha ainda de Alvo que parecia apoiar o irmão nessa, como se fosse me perguntar a mesma coisa, só que não com tanto “humor” assim.

– Eu... Eu não sei! – Falei sinceramente. Droga! Eu não sabia mesmo. Deveria ter feito isso no Baile das Casas quando ela estava lá toda linda me dando moral, mas o burro aqui não teve coragem o suficiente. Lá no fundo, eu achava que ela era boa demais pra mim e depois de vê-la com aquele vestido e toda linda dançando comigo no Baile, apenas comprovei minha teoria. Porque ela iria querer me beijar mesmo? Sam é popular, linda e não iria querer algo sério comigo, como eu queria com ela. Logo eu que sou todo bobão e apaixonado, gosto de coisas românticas e já vou logo pensando em casamento. Como ela iria me querer assim? – Não sei mesmo! – Completei divagando.

Devo ser um covarde mesmo, mas o que me restava? O que mais poderia fazer? Ser impulsivo e beijá-la? Ah, isso não! Toda vez que ajo por impulso acaba dando errado. Da ultima vez não foi diferente. Eu havia convidado por impulso uma menina no quinto ano para ir ao baile comigo. Ela era do tipo difícil para todos e quando James ficou tirando onda comigo por não ter coragem e ser covarde, praticamente corri até a menina e iria convidá-la, o estranho de tudo foi quando vi a mesma menina conversando com um garoto, então por impulso soquei a cara dele achando que o mesmo estava dando em cima dela. Depois que soquei o garoto e gritei pra Merlin e o mundo a seguinte frase: “Quer ser meu par pra o baile ou prefere sair com esse idiota?”. Bom, o que aconteceu depois não foi legal. Descobri da pior forma que ela tinha um irmão e o mesmo estava caído no chão do corredor principal, com as mãos no nariz que sangrava graças ao meu soco.

É claro que depois disso o meu convite foi negado. Ela ainda gritou comigo na frente de todos, dizendo que eu era agressivo, violento e rude e que nunca sairia com alguém assim, depois aceitou o convite do primeiro idiota que a convidou dizendo ser uma pessoa da “paz” e que luta pelos direitos dos cidadãos que já foram agredidos neste país. Não sei como ela foi burra de cair nesse papinho, mas definitivamente não merecia que ela tivesse aceitado o convite. Sou uma pessoa controladora ao extremo, nada sai do meu plano de vida, e quando algo aparece uma confusão se forma na minha cabeça e acabo agindo por impulso. Transformo-me no cara grosso, rude, sem vergonha, sem remorso, pareço outra pessoa e até agora isso não me trouxe benefícios.

– Cara, do jeito que ela te deu chance... Se você quisesse ia pra cama com ela. – James comentou me provocando. Como sempre era ele quem me provocava em coisas assim. Ah, James!

– Olha como fala da minha irmã, Potter. – John saiu do banheiro nesse exato momento, enrolado em uma toalha e indo na direção de suas gavetas de roupas, pegando uma cueca e a vestindo por debaixo do pano. James apenas deu de ombros.

– Hugo, ás vezes você deveria deixar de ser tão mamão e agir, né? – Provocou Scorpius e praticamente grunhi pra ele. Não quero gracinhas vindas dele! Dele não! Ele beijou minha irmã!

– Calma, Hugo! – Alvo tentou me tranquilizar já que faltava pouco para que eu voasse na direção do loiro idiota a minha frente. – O que o Jay e o Scorp estão querendo dizer é que talvez, quem sabe... – Ele parecia cuidadoso em escolher as palavras. – Você deveria ter um pouco mais de atitude com a Sam. Nem que fosse só por impulso, sabe.

– Você sabe que não consigo ser impulsivo... Não de uma forma boa pelo menos. – Admiti envergonhado.

– Arriscar não faz mal, hum?! – Sugeriu Alvo calmamente.

– Hum, tá, vou pensar nisso... – O assegurei. – Mas ainda tenho tempo.

– Não tem não. – John se meteu, agora já vestido. – Melhor correr se quiser algo com a Sam, Weasley. Minha irmã não costuma ser paciente. – Avisou e abri a boca para me defender, mas o que iria falar? Que ela tinha obrigação de esperar que eu finalmente criasse coragem de beijá-la? Não, ela não tinha e eu ficara um pouco decepcionado em poder perdê-la por ser um covarde, mas não queria debater isso com John ali.

– Mudando de assunto... Como vai a Melody? Vocês dois... Como estão? – Perguntei incomodado e tentando fazer com que a conversa tomasse outro rumo. Scorpius resolveu ir tomar banho e desapareceu no banheiro depois de pegar a toalha.

– Estamos indo devagar, to pensando em pedi-la em namoro daqui a algumas semanas. – Disse firme. Alvo e James ficaram apreensivos, possivelmente lembrando-se de sua irmã e de como ela tinha uma queda pelo Longbottom. John sabia que ela gostava dele, mas não como nós sabíamos que ela gostava dele, afinal, ela era quase obsessiva. Conviver com pessoas apaixonadas é um problema! Antes que John percebesse o desconforto dos dois, Alvo decidira encerrar a conversa.

– Agora que já tirei minhas dúvidas, que tal irmos para o Salão? – Assentimos em silêncio e arrumamos nossas coisas para tomar nosso banho. Scorpius logo saiu e foi à vez do Potter mais novo ir, em seguida foi a minha vez e depois James. Hoje era segunda-feira e precisávamos nos apressar se quiséssemos tomar café. Depois de todos prontos, seguimos para o Salão para tomarmos café, as meninas já estavam comendo. Sentei de frente para Sam. Tão linda!

– Uma, duas, três, quatro... Cadê a número cinco? – Brincou Scorpius, sentindo falta da Domi assim como nós.

– Ela falou que vinha depois, disse que estava se sentindo diferente. – Informou Lilian parecendo um pouco confusa.

– Como assim... Diferente? – Perguntou Alvo, cauteloso.

– Bom, pelo visto, ela mesma pode te explicar isso... Dá uma olhada, querido. – Sara falou atenciosamente enquanto encarava a entrada do Salão. Todos desviaram os olhares para lá e James parecia ser o mais chocado. Dominique Weasley, minha prima, caminhava em nossa direção. Mas, era ela mesmo? Não parecia. Minha priminha usava uma saia no meio das cochas, seu cabelo loiro solto caindo por suas costas, sua blusa com dois botões abertos e uma maquiagem que realçava seu rosto, não era tão pesada como a das outras garotas de Hogwarts, mas nem tão leve quanto a que ela usava antes. Ela estava mudada e ah, linda também!

– Bom dia, amigos! – Brandiu esboçando um sorriso enorme ao ver nossas reações, Domi sentou-se ao meu lado.

– O que... O que aconteceu com você? – Perguntei pasmo.

– Só arranjei um novo visual. – Explicou calmamente. Não era só a gente que a olhava, admirados, e sim, quase toda Hogwarts. Consegui ver várias cabecinhas se virando para encará-la e os olhares não se desviaram tão rápidos, alguns garotos pareciam extasiados e a maioria das garotas das outras mesas a olhava com certa inveja. Wow, priminha!

– Ficou muito bom, Weasley, muito mesmo. – Elogiou Scorpius praticamente secando minha prima. Idiota! Primeiro beija minha irmã e agora seca a minha prima? Babaca!

– Eu gostei, você ficou linda! – Elogiou Sam com um sorriso gigante no rosto enquanto analisava a garota ao meu lado. Agora Domi usava roupas como ela.

– Oi, Weasley... – Um cara se aproximou de onde estávamos e encarou Dominique com um sorriso nervoso. – Você está linda! – A elogiou com as bochechas coradas e por mais que ele parecesse àqueles caras que só davam atenção para as garotas depois que elas mudavam, assim como Domi fez, ele não tinha nenhum sorriso malicioso no rosto, ou algo que o denunciasse. Ele só parecia... Sincero. – Sou Jeremy Zabine, irmão mais novo do Jake. Prazer! – Sim, ele aparentava ser mais novo mesmo, tipo, uns 15 anos.

– Oi, Jeremy. Prazer! – Domi parecia ainda mais simpática que o normal. – Então... O que quer? – Perguntou não soando rude.

– Queria saber se você não gostaria de sair comigo no sábado? – Perguntou meio receoso e envergonhado, o rapaz estava completamente vermelho, Domi percebera isso.

– Quantos anos você tem? – Perguntou risonha.

– Dezesseis. Tenho dezesseis. – Respondeu acanhado.

– Perfeito! Claro que aceito! – Disse a loira ao meu lado, sorrindo simpática para ele. O garoto parecia ter visto seu time preferido de Quadribol ganhar um jogo de tão feliz que aparentava e foi assim que ele acenou para ela e saiu, indo na direção da mesa da Sonserina. Dominique voltou a nos dar atenção com um sorriso triunfante no rosto, mas antes que pudesse falar algo, outro cara apareceu em nossa mesa.

– Oi, Domi, sou Gray Macartiney, gostaria de sair comigo no domingo? – Perguntou um garoto meio velho e soando muito convencido, nada parecido com o garoto anterior. Ele tinha olhos negros, estatura mediana, não era forte, mas tinha uma aparência cansada e já tinha barba. Deveria ser do sétimo ano.

– Não, desculpe! – Respondeu simplesmente, sem nem sequer soltar um de seus sorrisos na direção do cara que rapidamente tratou de desfazer o sorriso malicioso que tinha em seu rosto, o mesmo não esperou mais nada e saiu dali praticamente bufando enquanto batia os pés como uma criança estranha e de barba. Ri baixo e os outros me acompanharam.

– Meu Merlin, como você é grossa! – Disse Rose tentando não rir, mas sem obter sucesso.

– Gostei da postura, Weasley! – Elogiou James finalmente falando algo. – Mas qual seu problema com os Zabine? Parece que só atraí coisa ruim. – Comentou quase que cuspindo as palavras em sua direção. E ai vem uma resposta da Domi. Opa! O que foi isso? A garota ficou em total silêncio e começou a comer e James bufou irritado, deixando seu café de lado e saindo dali, irritado por ser ignorado. Wow! Pensei que eles estivessem bem depois da conversa de ontem, pelo visto... Acho que não estão!

– Hum... Hoje está um dia lindo! – Disse John tentando mudar o clima tenso que ficara depois que James saíra. Alvo, Scorpius e eu o encaramos com olhares irritados. Se ele começasse de novo com aquele papo de apreciar o dia, cheirar o ar puro, acordar de manhã cedo, nós acabaríamos com ele. – Ok, já me calei, já me calei! – Exclamou levantando as mãos em sinal de rendição. Ficamos em silêncio enquanto comíamos.

Observei mais uma vez Domi, ela parecia... Inspiradora. Minha prima mudara completamente, ela saíra de sua postura de garota legal e divertida e mal humorada com garotos, para uma garota inda mais legal e divertida e que agora parecia simpática para alguns garotos de seu interesse. Ela conseguira mudar e tinha realmente sido uma mudança positiva, então porque eu não poderia fazer o mesmo? Porque não poderia mudar? Porque não podia parar de ser tão controlador? Eu poderia se quisesse e eu quero! Eu vou! Hoje falaria com Samantha Longbottom de uma vez por todas, deixaria todas as minhas paranoias de controle pra lá e seria impulsivo do jeito que a ocasião merecia, talvez isso gerasse arrependimentos depois, mas iria arriscar.

Depois de comer, segui para a aula de Defesa contra a Arte das Trevas, tudo ocorrera normal, fui em seguida para aula de Duelos e mais uma vez tudo normal, com exceção da minha vontade louca de falar com Sam o quanto antes, já que ela praticamente sentara-se próximo a mim nesta aula, especificamente. Assim que a aula acabou, segui para o quarto para guardar meus materiais e agora procuraria Sam, essa era a hora!

Segui para o jardim, mas não a encontrei lá, então fui para a Torre de Astronomia que era onde sempre estudávamos, mas a garota também não estava lá. Sentia minha coragem sumir aos poucos, será que era o destino me avisando pra ficar na minha? Ficando cada vez mais preocupado por ter passado na biblioteca, nas masmorras e nada de encontrá-la segui desapontado para o grande salão, mas no meio do caminho me deparo com uma cena que fez até o ultimo pelo da minha nuca se arrepiar de raiva. A garota por quem procurava quase obsessivamente estava atracada á ninguém menos do que Zac Greenf.

Pelo visto John estava certo, sua irmã não tinha muita paciência, só não achei que ela me superaria assim tão instantaneamente. Não que tivesse dado algum motivo para que ela não me superasse. Qual é Hugo? Você praticamente fugiu da garota depois de não a beijá-la no baile. Você que é o covarde! Mas logo agora que eu estava prestes a me declarar? Aquele idiota do Greenf não podia esperar pelo menos ela me dar um fora primeiro e depois beijá-la? Mas que droga, Hugo, você é um covarde!

Cerrei meus punhos de raiva, de raiva de todos, do Greenf, da Sam, mas principalmente de mim. Parecia que eu podia ouvir todos os meus amigos me xingando audivelmente de covarde para quem quisesse ouvir e eles estavam certos. Eu sou um covarde! Eu sou... Ah que se dane, porque devo me preocupar com isso agora? Eu só quero é socar a cara de alguém!

Sem conseguir controlar meus instintos, mas uma vez agi por impulso. Corri rumo aos dois e empurrei o Greenf para afastá-lo de Samantha, ele caiu no chão me olhando completamente, assustado. Idiota! Sam parecia espantada com a minha atitude, mas que se dane, ele não se safaria desse jeito!

– O que pensa que tá fazendo, Weasley? – Perguntou Zac se levantando, arrumando as vestes e se aproximando de mim com raiva enquanto cerrava os punhos.

– Cale a sua maldita boca, Greenf! – Brandi com raiva e o soquei com força na barriga. Zac ficou sem palavras e sem ar também já que arfava de dor colocando as mãos no local, praticamente imóvel.

– Hugo, mas o que é que você tem? – Perguntou Sam tentando ajudar o garoto.

– Estou sendo impulsivo! – Exclamei sentindo a raiva contagiar todo o meu corpo e minhas narinas inflarem de ódio. – O que pensa que estava fazendo o beijando?

– Eu só... Ele que me beijou! – Sam pareceu confusa e logo tratou de encarar o Greenf com raiva. – Aliás, que grande idiota você é, como ousa?! – A garota pisou com raiva no pé do idiota que urrou de dor.

– Ele merecia muito mais! – Eu não estava satisfeito! Me aproximei do garoto e o soquei no rosto, vendo sangue voar de seu nariz e Zac finalmente cair no chão. Ele me encarou com os olhos arregalados e se levantou, assustado.

– O Weasley está louco! – Gritou atormentado saindo dali o mais rápido possível sem olhar para trás. Aquilo ainda não me bastava, aquele garoto deveria ter apanhado muito mais! Duas mãos tocaram em meu rosto e senti todo meu corpo parar de tremer com a raiva que antes sentia para dar lugar a uma nova emoção, o conforto de sentir as mãos de Sam sobre mim.

–Hugo... – Chamou-me encarando-me com aqueles lindos olhos castanhos. – Porque fez isso? – Perguntou calma. Senti todo meu corpo relaxar sob seu toque, meus punhos não estavam mais cerrados, meu corpo não mais tremia e bater no Greenf era a coisa que eu menos queria fazer agora. Como essa mulher tinha esse efeito sobre mim? Depois de surtos como esse, era praticamente impossível me acalmarem tão depressa.

– Eu só me descontrolei! – Respondi depressa. – Senti um ódio tremendo quando te vi beijando aquele idiota. – Completei sem hesitar. Pelo que parecia ainda estava agindo por impulso, eu não tinha controle das minhas palavras, só que meu corpo parecia mais controlado.

– E porque você não fez isso quando teve a chance? – Perguntou mordendo os lábios e me provocando. Não, não mesmo! Meu corpo não estava controlado, ele só tinha relaxado sob seu toque, mas eu a queria e estava praticamente sem controle e nem vontade de parar meus movimentos.

– Porque sou um babaca de primeira. – Afirmei fitando seus olhos lindos e me aproximando. O que eu estava fazendo?

– É! Você é mesmo um babaca de primeira. Droga, Hugo, eu te dei todos os sinais e você os ignorou... – Disse se aproximando mais de mim, suas mãos ainda em meu rosto, sua linda boca respirando agora perto da minha.

– Pensei que não queria ficar comigo. Sou um idiota e você é tão linda, qualquer garoto de Hogwarts queria ter a sorte de poder te beijar. – Ri da minha completa idiotice.

– Mas só você pode fazer isso! – Falou se aproximando ainda mais, meus braços rapidamente rodearam a sua cintura, nossos corpos colados, por questão de pouquíssimos centímetros nossas bocas não se encostavam. Não acredito no que estou prestes a fazer, não acredito!

– Então me deixe abusar desse privilégio. – Disse sem nem mais saber o que é controle. Seu hálito me embriagava e meus sentidos já estavam todos ligados. Agarrei minha Samantha e nossos lábios finalmente se tocaram. Não era uma coisa lenta e romântica e sim rápida, com pressa, com desejo e com muito ar de desespero dos dois. Sua língua já pedia passagem e cedi, sentindo-a explorar minha boca fervorosamente. Sam é uma garota de atitude e quando beija é ainda mais. Nossas línguas se mexiam loucamente em uma dança quente e sensual, e no momento que a senti chupando minha língua, meu corpo se ascendeu e um calor enorme me atingiu por completo. Agarrei mais firme sua cintura e ela á minha nuca, a arranhando ali. Chupei seu lábio inferior e finalmente nos separamos por falta de ar. - Não aguento mais ver ninguém tocando no que é meu, por favor, aceita namorar comigo? Eu preciso que você seja minha, só minha. – Declarei mandando a palavra “controle” pelos ares. Nada mais fazia sentido na minha vida depois daquele beijo. Foda-se tudo!

– Quem é você e o que fez com Hugo Weasley? – Perguntou corando e me fazendo rir, já que não tinha ficado vermelho nem nada do tipo, agora Sam, parecia imitar um tomate. – É claro que aceito, meu lindo! – Ela disse às palavras que eu mais queria escutar desde que a conheci. A beijei novamente, dessa vez sem desespero, apenas com muito carinho e felicidade por ela ter aceitado. Depois de desfrutarmos dos sabores de nossas bocas, fomos para os dormitórios, cada um no seu. Dei a noticia aos meninos, vendo todos ficarem chocados, mas logo se recuperaram e partiram para a segunda reação que já esperava.

– Até que enfim o mamão tomou coragem. – Provocou James cheio de maldade. Pela primeira vez não liguei para seu comentário, cai na cama feliz por saber que Sam era minha, totalmente e inteiramente minha, minha namorada. E pela primeira vez na vida, desejei ter sido impulsivo antes.


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Notas finais do capítulo

Heey mi amores, olha eu aqui de novo, então gostaram do capitulo? Mereço reivews? *le fazendo biquinho kkkk e como eu quero deixar vocês mais curiosos, o próximo capitulo é HOT isso mesmo, mi amores, Hot, me mandem reviews e dependendo de quando eu puder postar eu posto ok?! beijos e até mais ;D