Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 47
Capítulo 47 - Me erra de uma vez por todas!


Notas iniciais do capítulo

OI!
Nossa recebi muitos reviews no capitulo anterior. è bom saber que leitoras que eu pensava que já me tinham abandonado ainda continuam seguindo a história. Muito obrigada pela atenção e pelo carinho.
Novo capitulo aqui, com outra reviravolta!
Espero que gostem e que deixem tantos reviews quanto deixaram no capitulo anterior.
Boa leitura...



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POV SOPHIA

Diogo chorando? Como assim?

Meu coração se contraiu, nunca o tinha visto desse jeito, com o rosto inchado e molhado, pingando água, com uma expressão mais que enlatada.

_ Tá chorando? Deixa eu adivinhar! Foi Liz que te deu um tapa e você não segurou a emoção?

_ Sophia, eu já falei, pra você desaparecer desse quarto!

_ E eu já falei que nada, nem ninguém me obriga a seguir suas regrinhas idiotas. E não pense que suas ameaças me iludem e me assombram! – revidei pior e pesada, mas ele mereceu.

_ Sophia, acho melhor fazer o que eu estou pedindo, antes que eu cometa uma loucura!

_ Esse quarto também é meu! Direitos iguais! Não está bem mude! Já esqueceu que passei 15 dias tentando ficar em sossego e foi impossível pois seu violão ridículo não permitiu, agora é sua vez de levar comigo. Não está bem, a porta nunca esteve fechada!

_ Garota, você pensa o quê? Que só você tem problema? Que todo o mundo gira em sua volta e do jeito que cê quer? – o tom da voz de Diogo mudou e aumentou.

_ Acho que me está confundindo com você!

_ Tem certeza? Quem quando precisou de espaço te deu? Quem quando você precisou de ajuda te deu? Quem quando você esteve mal te procurou? Quem quando você precisou de chorar secou suas lágrimas?

_ Esqueceu de juntar aí: Quem quando te julgou ainda fez pior?

_ Não estou com cabeça pra brigar com você, até porque tem coisas bem mais importantes a preencher minha cabeça nesse momento. – ele se virou de costas me ignorando.

_ Imagino que coisas importantes são essas! – cruzei os braços e me encostei na estante. – Não me diga que não tem companhia pra noite e isso vira a razão pra essa sua má disposição e pra esse seu choro!

_ Fique sabendo que não quero companhia nenhuma para a noite! Eu quero é paz e sossego!

_ Pois mais eu não vou deixar isso acontecer. – Sempre falaram pra mim que devemos revidar na mesma moeda e se ele não me deu nem tranquilidade nem paz, porque havia de eu lhe dar? Estava na altura de o fazer sofrer um pouquinho. E de fazer ele sentir na pele o que eu tive que atuar!

Porém a resposta salteada que eu espera ouvir de sua boca, não saiu. E outra completamente diferente me surpreendeu, em alarmou, me sufocou, me virou do avesso! Me encurralou o coração e me deixou sem resposta.

_ Chega! – ele gritou alto e se levantou da cama, onde estava sentado. Pondo pé diante pé veio até muito perto mim, permitindo uma lágrima cair em cada passada que dava. – Tentei vir pra meu quarto e fugir dos problemas que tenho. Tentei vir pra cá na esperança de encontrar um lugar tranquilo pra pensar, pra me acalmar, pra me consciencializar que meus pais se vão separar. Tentar esquecer o rosto triste de minha mãe, contando a novidade. Tentar deitar cá pra fora todas as lágrimas que evitei derramar na sua frente, para não dar parte fraca e me derreter. Vi nesse dormitório o espaço perfeito pra eu deitar cá pra fora tudo o que nesse momento está preso dentro de mim. E olha só com o que eu levei! Levei com você tentando me provocar, tentando chamar minha atenção, tentando me tirar do sério. Qual é a sua, hein? – ele se foi aproximando cada vez mais de mim, me obrigando a andar pra trás.

Senti meu corpo contactar com o frio da parede, provocando um choque de temperatura, foi também aí que percebi que Diogo me acabava de encurralar, entre seus braços, que com as mãos espalmadas seguravam firmes a parede.

_ Porque está tão marrenta hoje? Porque não está como nos outros dias? – ele falava muito perto de mim pois sua respiração batia contra meu rosto, quente e abafada! – O que você quer Sophia? Quer beijo? Quer mais beijo? Não se contentou com o beijo mais cedo? O que você quer mais? Me diga de uma vez por todas e depois desapareça e me deixe sozinho, não volte mais! Desde que você aterrou em minha vida tudo tem sido tão diferente, tão bom, mas tão ruim! Você não tem noção como revolucionou meu mundo! Trouxe pra ele sentimentos que eu nunca senti e acabou com muitos que eu achava que eram certos. Acho que não o imagino mais sem você! Mas se é pra ter que levar sempre com você nessa versão ruim, marrenta e tudo mais eu prefiro estar sozinho. Você me faz sentir mal comigo mesmo por ser tão cobarde e tão idiota. Me erra de uma vez por todas! Me peça o que quiser que eu o faço, mas jura que desaparece depois. Eu não aguento tudo isso! Saia de minha vida e nunca mais volte. Me devolve de novo minha vida normal e apague as marcas que deixou.

Aquilo doeu. Ouvir aquelas palavras doeu. Perceber que era a culpada de ele estar mal, machucou o coração.

Incontrolavelmente lagrimazitas se formaram em meus olhos, mas como forte que era não as deixei escorregar. Ele me olhava fixamente nos olhos enquanto eu permanecia calada escutando tudo aquilo. Não sabia o que falar.

Mas esse seu desabafo, me fez tomar uma decisão. Descolei minhas mãos da parede e as enrolei em sua cintura, encostando minha cabeça em seu peito e respirando fundo, inalando seu cheiro de bradar a deuses.

Ele não fez nada, apenas deixou eu encostar, me deixou ficar. Não me abraçou, não sorriu, não falou,… Não fez nada, apenas se manteve quieto, deixando eu o abraçar, deixando eu o sentir,…

Fiquei uns segundos ali parada, abraçada a ele e depois, depois saí do quarto respeitando sua vontade.

Quando bati a porta do quarto já os olhos me ardiam, já as lágrimas tinham rebentado, já o coração tinha apertado, já a testa tinha contraído e enrugado, já os lábios transmitiam tristeza e desilusão.

Fui até ao lugar onde antes tinha jogado o violão de Diogo. Me acocarei um pouco e toquei na água a deixando escorrer por meus braços. Estava fresca, estava boa. Sorri sem razão aparente e depois me voltei a levantar olhando em volta e adentrando aquela briza quente que fazia meus cabelos esvoaçarem e dançarem ao seu ritmo.

Estava na altura de mudar! Se era espaço que ele queria, se era a antiga vida que ele queria, se era paz que desejava, se era que eu desaparecesse que Diogo suplicava então porque não concretizar todas as suas vontades?

Eu já estou sozinha nesse mundo, estou por minha conta, não sou de ninguém, apenas de mim mesma! Se trago o mal pra quem me cerca e se tanta gente deseja meu sumiço está na altura disso acontecer.

Afinal se ninguém se importa comigo! Porque não desaparecer, mesmo? Porque não deixar o vento me transportar nas suas asas e apontar meu destino, se é que ele existe?

Fui até á cave e peguei num caderno que por lá havia, arranjei uma caneta e entre soluços, lágrimas, suspiros, palavras altas, sorrisos de saudade e de lembranças fui escrevendo linhas e linhas, sem principio nem fim. Apenas continuas que guardavam tudo o que estava sentindo naquele momento, que escondia minha história, que descrevia meus desejos, minhas aventuras, minhas saudades. Que falavam do que vem e do que foi. Que falavam daquela menina que á muito, muito tempo foi uma criança que brincava no recreio balançando no balanço, que tinha tranças pretas e caçava borboletas, como quem corria de uma ilusão. Que segurava a mão da mamãe alegre e contente e que um dia sonhava ser grande. Sonhava ter os pais até muitos, muitos anos e brincar com eles pelo infinito fora, não imaginando a sua morte. Porém o futuro lhe tirou tudo isso e ela deixou de sorrir quando pensava neles…

Quando dei por mim já tinha muito escrito, muito menos. Pousei a caneta e olhei duas vezes para a folha, agora preenchida com letras seguidas e que juntas formavam palavras. A dobrei perfeitamente e guardei no bolso.

Arranjei um jeito de sair do colégio e apanhei um táxi. Fui até á loja de musica mais próxima e pedi pra ver violões. Juntei os trocos que tinha no bolso e lá consegui comprar o que queria.

Voltei pro colégio o mais rapidamente possível, pra não darem por minha saída e voltei para a cave. Fiquei por lá até á hora do jantar. Andando de um lado para o outro, organizando as ideias em minha cabeça, pensando em como fazer o que queria.
Quando a hora do jantar bateu saí de lá e fui até ao quarto. Como eu previa Diogo não estava. Peguei uma bolsa. Joguei o máximo de coisas possíveis lá dentro, desde roupas, a CD’s, desde produtos de higiene a livros e fotografias.

Arrumei a parte do quarto que me dizia respeito e pus o dormitório mais ó menos. Pousei o violão que comprei em cima da cama de Diogo e tirei o papel que antes tinha escrito, do bolso. Olhei pra ele e para o violão. Me mentalizando do que estava fazendo. E apesar de estar custando era o certo! Era o que já devia ter feito á mais tempo, pena eu apenas abrir o olho agora. Sabia que as coisas com Diogo nunca iriam dar certo e que um dia iriam acabar, mas mesmo assim eu me deixar levar.

Estava na altura do adeus. Pousei a folha em cima do violão, em forma de despedida e fui até á porta e antes de a bater atrás de mim, ainda repassei os olhos por aquele quarto, passei o nariz por aquele cheiro, passei a memória por todos os bons momentos que ali passei.

Fechei a porta do quarto, uma das portas da minha vida, deixando uma lágrima ( a que jurei ser a ultima a cair!) escorrer por meu rosto!

Fui até ao portão do colégio e saí, pois á noite o porteiro quase sempre estava ressonando e nem sequer botava o olho nas entradas e saídas.

Me fixei na placa que identificava aquele edifício grande e privado, onde apenas os ricos e poderosos entravam. E depois de uns segundos fixa, virei costas.

Meu desejo era agora ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar. E o resto, o resto o vento traria…


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Como foi esse adeus?
Será quer Diogo se vai arrepender do que falou, ou vai finalmente receber a merecida paz?
E Sophia? Pra onde ele irá agora? Será que o cento é que vai passar a ser sua casa?
Quero opiniões, muitas opiniões!
Fico aguardando reviews w se chegar nos 800 amanhã posto outro contando as próximas aventuras.
* leitoras novas se apresentem!!!
Amo vocês!
Beijão daqui da tola da Duda!



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