Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 44
Capítulo 44 - Nem tudo é o que parece!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Andava um pouco desaparecida! Mas bem estou aqui! E espero que ainda não se tenham esquecido de mim!
Vou ser sincera não tenho tido muito tempo pra escrever mas agora acho que o arranjei!
Espero que gostem desse capitulo.
Boa leitura...



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POV SOPHIA

Acordei com o despertador do celular dando sinal e saltando na mesinha, tateei ainda de olhos fechados á procura dele e quando o achei apertei uma tecla qualquer que o calou e voltou a instalar o silencio no quarto. Fiquei mais um tempo com a cabeça colada no travesseiro tentando despertar meu cérebro e me mentalizar que apesar de ser cedo, demais até, estava na hora de levantar.

Me sentei na ama ainda coçando no olho e olhei em volta. Roupa numa bagunça em cima de uma cadeira, um violão pousado no chão, a luz do Sol rasgando o quarto e Diogo dormindo na cama em frente.

Fixei nele por um tempo enquanto enterrava as mãos no cabelo e me martirizava por ser tão burra. O episódio de ontem não saía de minha cabeça. Era como se eu estivesse presa aquilo. E o que mais me intrigava era que não tinha feito nada, fui julgada e ele nem sequer deu a chance de eu me explicar. Nem sequer se limitou a ouvir minhas justificações! Suspirei enervada e joguei os lenções que me cobriam pra trás.

Me sentei na borda da cama e olhei para o chão. Meus chinelos de quarto estavam lá, olhei de novo e um pensamento estupido, daqueles que dá na gente e que nos faz parecer mais idiotas do que nunca veio em minha cabeça. 

Sabem aquele negócio de quando sobre nossos ombros parece aparecer um diabinho e um anjinho? Esse era o caso. E com voz malvada e santa eles falavam pra mim, tentando me convencer de qualquer a melhor hipótese.

Deveria calçar o chinelo pra ir no banheiro ou ia mesmo descalça?

Em meu ombro direito o anjinho dava mil e uma razões pra eu calçar o chinelo! Já do outro o Diabinho arranja mil e um pretextos pra eu não calçar e ir mesmo assim como estava.

Devo confessar que estava com preguiça demais pra calçar o chinelo, por isso lá deixei o mal vencer e fui até ao banheiro tratar de minha higiene pessoal matinal sem chinelo. Dei um leve passada pelo roupeiro pra pegar uma roupa que se encaixasse em mim, tentando fazer o menos barulho possível e depois me enfiei no banheiro.

Quando saí, Diogo já tinha acordado e mais, já se tinha levantado e se vestia. Guardava qualquer coisa dentro de sua bolsa e quando ouviu o ruido da porta do banheiro se abrindo desviou o olhar pra trás e me olhou de relance, voltando a prestar atenção para aquilo que estava fazendo, não ligando nem um pouco pra mim.

Porém apesar de sua ignorância perante mim, o olhar que a gente tinha trocado foi o suficiente pra fazer faísca. Só não sei como não deu curto circuito. O certo é que por um tempo eu desliguei do que estava a minha volta e me deixei levar por aquele olhar escuro digno de um playboy.

Ainda estive pra falar um simples “Bom dia” mas a voz falou e a coragem vazou.

Voltei para o pé de minha cama e a fiz rapidamente. Arrumei minha bolsa e depois saí. Antes dele e em direção á cantina. O café da manhã me aguardava.

Quando cheguei na cantina, cheia de gente como sempre, avistei no meio de mesas e mesas, Rita. Bebia suco e comia qualquer coisa que de onde eu estava não dava pra conseguir distinguir o que era. Fui pegar meu tabuleiro e a medo, cheguei até ao seu lado. Não sabia que reação esperar. Por isso e pelo sim e pelo não, pedi permissão para sentar de seu lado:

_ Posso? – ela desviou o olhar da comida exposta á sua frente e me olhou fazendo sinal com a cabeça pra eu sentar.

Me sentei e comecei comendo. Não muito á vontade pois o clima estava pesado. Tinha a sensação que devia falar pra ela qualquer coisa, mas não sabia muito bem o que por isso optei pelo silêncio. Ela acabou de comer e se levantou, pondo sua bolsa no ombro e quando deitou a mão para o equilibrar na mão,  chegou no ponto que não aguentei mais estar de bico fechado, agarrei seu pulso impedindo ela de continuar e acabei por falar, um pouco atrapalhada mas falei.

_ Apesar daquilo que tenho certeza que está achando e que está pensando, eu e Tomás não fizemos nada. A gente apenas está brigando por causa do caderno de desenho dele e acabou por cair. Sem querer nossos lábios se tocaram, foi um toque sem importância! Acha mesmo que eu quero o Tomás? Mesmo depois de todas as conversas que eu tive com você falando de Diogo, pedindo conselhos e ajuda? E sabendo que eu sou sua amiga! Acha que eu era capaz de fazer o que quer que seja com seu namorado?

Ela não falou permaneceu me olhando por um tempo. Pressentia que ela acreditava na gente, ou pelo menos queria acreditar na gente mais tinha alguma coisa em seu olhar que a fazia recuar e repensar em tudo o que assistiu.

Ela me olhava e eu também a olhava, nos olhos, aguardava uma resposta, aguardava um gesto ou até um simples grunhido!

Quando ela expirou e tomou ar pra falar, uma voz mais fina, mais histérica, mais irritante e mais cacarejada falou por cima, não só retendo nossa atenção mas também a atenção de todos os que se encontravam naquela cantina.

_ Gente, eu quero anunciar pra vocês que finalmente… - ela falou mimada e olhando para as amigas que nem uma piriguete apaixonada…- eu e o Diogo estamos de novo, e para sempre namorando!

As sua seguidoras começaram batendo palmas que nem umas doidas e Diogo, sempre triunfante cortou a porta da entrada da cantina, se deparando com uma multidão de gente aplaudindo! Ele sorriu de canto, sorriso não muito rasgado, mas sorriu. Olhou em volta e foi recebendo palmadas amigáveis nas costas de colegas que por ele passaram.

EU devia ser a única que no meio de tantos não aplaudia, não sorria, não dava palmadinhas nas costas, não se levantava e desconfiava seriamente que também não respirava! Respirar? Mas o que é isso? Como se faz?

Não estava acreditando no que estava vendo, no que estava ouvindo… Depois eu que sou a vadia? Nossa sempre achei que ele fosse rápido a fazer as coisa, mas tão rápido assim nunca! Ele se tornou a prova viva em como o esquecimento é rápido, contrariando todos aqueles que falam que ele demora meses e meses, tem vezes que até anos.

Me levantei, apesar de ainda ter a comida quase toda por tocar no prato e peguei minha bolsa, não estaria nem mais um segundo no meio de toda aquela festança idiota.  Assistindo aquele espetáculo deplorável, sem jeito e sem forma.

Empurrei a cadeira com força té bater na mesa e quando dei um passo, a pessoa que antes eu tinha impedido de continuar, me parou:

_ Não acredite em tudo o que vê, as aparências iludem! – Rita me largou depois e deixou eu continuar.

Pra quem acreditou no que viu e se iludiu, estar me dando um conselho desses é muito estupido, não? Andei o mais rápido que tentando controlar o sangue que fervelhava em minhas veias. Ia tão depressa que quando virei num corredor me esbarrei de frente com alguém que também não ia muito devagar, bem pelo contrário ia bem apressado.

A maior coincidência foi que esse alguém era Tomás. Não perdi muito tempo com ele e segui meu caminho, o que aparentemente o frustrou:

_ Tanta pressa! Nem bom dia dá pra mim?

_ Não dou mesmo. Pois é incrível como de um momento pró outro ele se tornou num dia ruim! – não olhava pra trás apenas andava pra frente, com uma só direção, enquanto respondi ás perguntas de Tomás!

_ Que foi? Porque se tornou num dia ruim?

_ Vai na cantina e olhe com seus próprios olhos! – Virei em mais um corredor e depois entrei na suposta sala onde iria ter aula.

Biologia, era a disciplina e ainda pra mais teria que apresentar meu trabalho com Guilherme! Que rico dia esse! Escolheram bem a data! Que disposição eu tinha, pra apresentar um trabalho na frente da turma.

Me sentei no fundo da sala vazia que não tardava se encheria de alunos e peguei num lápis e num caderno.

Comecei riscando uma folha sem razão pra o fazer apenas tentando controlar a raiva que sentia! Depois de uma toda preenchida a arranquei do caderno a amacei bem a amassada e depois a atirei para lixeira, onde aterrou sem nenhuma dificuldade. Tratei logo de riscar outra, e outra ainda, e mais uma, repetindo o processo sem conseguir tirar aquela imagem de Liz e Diogo juntos, assim como também não saía de meu pensamento todas aqueles momentos bem passados ao lado de Diogo!

A única coisa que me fez parar de riscar, amassar e jogar na lixeira as folhas de meu caderno foi mesmo o sinal que passado um tempo bateu. Logo o barulho se fez ouvir nos corredores e aos poucos meus colegas de turma foram preenchendo os lugares vazios da sala.

Diogo e Liz entraram colados um no outro e se sentaram juntos também. Tomás sentou no lugar habitual e Rita preferiu a companhia de Sílvia do que a minha. Deixando o assento ao meu lado livre. Tratei logo de o ocupar com minha bolsa, que sempre fica muito mais bem acomodada lá do que no chão.

A professora chegou e todo o mundo se calou prestando atenção.

_ Oi! Bom dia! Não vamos perder muito tempo, pra podermos ter a chance de ver as apresentações de vossos trabalhos todas hoje! Tirem um lápis e um caderno para fora e ao longo das apresentações vão tirando apontamentos, e escrevendo tudo aquilo que vos possa suscitar duvidas. Peço que apenas se manifestem no fim de cada apresentação e que não se portem que nem criancinhas interrompendo a cada palavra que seja dita!

Todos obedecemos e tiramos o material que ela sugeriu a tirar. Ela também aproveitou pra por seu bloco de notas pra fora depois andou até ao fundo da sala, lugar de onde tinha, vista completa de toda a sala e de onde podia ver melhor os alunos se apresentando. Deu uma olhada por suas anotações e depois olhou em volta esperando que o silencio aterrasse de novo.

_ Muito bem. Sophia e Guilherme, são os primeiros. Silêncio a partir de agora!

Fala sério? Porque temos que ser os primeiros? Não lembro de ter me ter oferecido pra começar! Porque não se fizeram votações pra definir os que começariam?

Me levantei da cadeira e andei até á frente de todos, começando depois mostrando pra todo o mundo o que tínhamos feito. Não demoramos muito tempo, fomos bem breves até.

Quando terminamos ninguém teve duvidas, o que é bom, pois não perdemos tempo com justificações, nem com atrapalhações muitas vezes caprichosas! Voltamos a nos sentar e depois foi a vez de Rita e Diogo exibirem pra gente o que fizeram.

Enquanto eles apresentaram, apesar de eu estar constantemente a olhar, não deitava conta ao que eles falavam. Cada vez que Diogo desviava o olhar pra mim, o reprimia logo e o dirigia pra outro canto, evitando sempre me encarar olho no olho. E depois dessa tortura de me fazer olha-lo de frente, foi a vez de Liz e seu par.

Pediram autorização pra ligar o computador e inserir nele uma pendrive. Mal a ligaram uma imagem desfocada e de um vídeo amador preencheu a tela e concentrou todo o mundo nela.

Quando finalmente a imagem se endireitou e se pôs nítida deu pra distinguir Diogo, logo á primeira vista, tinha alguém sentado em seu colo e passeava a mão pelas suas costas.

Toda a turma ficou meio que confundida qual o fundamento de por um vídeo com Diogo passando num trabalho de biologia? A data que se aparecia no canto superior direito dava referencia ao dia de ontem e a hora indicava que foi filmado á tarde.

A qualidade de som não era a melhor mas dava pra se distinguir gemidos e respirações ofegantes. Não queria acreditar que Diogo e o outro alguém se estava pegando, mas infelizmente foi isso que transmitiu pra toda a turma. Olhei pra onde Diogo estava sentado, aparentava estar nervoso, não gostava daquilo que estava vendo e era das poucas pessoas dentro daquele local que não estava fixo na tela. Olhei para Rita que me olhava também, tinha ar comprometido, ar desconfiado, ar desesperado. Voltei a me sentar nas imagens que passavam.

Quem estava no colo de Diogo se levantou do nada e aí o rosto apareceu pela primeira vez. Se com Liz eu fiquei boquiaberta aqui fiquei mesmo em estado de choque. Não, não era possível. Não era verdade, ela não faria isso comigo!

O rosto de Rita cobriu a tela fazendo se notar cada curva de seu rosto, Seu cabelo loiro e seus olhos azulados.

Por um tempo não tirei o olhar do que passava, decorei cada fala, cada gesto, cada palavra que eles trocaram. Como eles foram capazes! Julgaram a gente quando foram tão bons como nós. E pior, eu e Tomás simplesmente não fizemos nada, estamos inocentes e eles os que nos martirizaram é que na realidade foram os pecadores.

E ainda tiveram a decência de perguntar um pro outro se queriam parar!!  Não piscava os olhos com medo de que alguma lágrima derramasse por meu rosto. Quando o vídeo terminou fechei o olho e voltei a abrir e foi o suficiente pra o que eu não queria acontecer.

Não tive coragem de olhar pra Diogo e muito menos pra Rita. E Liz? O que ela fazia no meio de tudo isso? Ela não assumiu que estava com Diogo? Minha cabeça estava confusa! Precisava rapidamente de resposta, precisa de ar pra respirara, precisa de estar sozinha.

A voz do monte de cor de rosa, sem cérebro soou:

_ Desculpe professora eu devo ter trazido a pendrive errada! Não era isso que eu queria mostrar! – sua inocência denunciava sua culpa e sua falsidade!

_ Acho que trocou mesmo as coisas! – até a professora estava admirada! – Próximo grupo…

Sentia vários olhares, das mais variadas direções me varrerem de cima a baixo. Peguei minhas coisas e mesmo que sem autorização saí porta fora, sem deixar alguma justificação. Apenas queria sair dali e mesmo que não tivesse permissão sairia na mesma. Não iria ser a professora que me iria repreender.

Não bati a porta a deixei aberta e quando ia no fundo do corredor ouvi ela a bater. Asselarei o passo e quando estava chegando no pátio principal, uma mão me apertou com força me virando pra trás.

_ Deixa eu explicar! – Diogo me olhava sério!

_ Acho que está tudo muito claro!

_ Me ouça! Nem tudo é o que parece!

_ Tem razão. Nem tudo é o que parece! E você não me deu a chance de explicar! ME incriminou pelo que não fiz, me chamou de vadia e tudo mais! Porque tenho eu que ouvir você?

_ Porque aquilo não é verdade! – só que faltava! Agora já falava que não era verdade, então o que era? Miragem? Alucinação? Montagem?

 _ NÃO É VERDADE! Vocês foram obrigados a fazer aquilo?

_ Não! Claro que não!

_ Fiz por puro prazer certo?

_ Sim! Quer dizer não.. – não estava pra o ouvir por isso virei costas mas mais uma tentativa falhada ele não me deixou ir muito longe! – Me ouça!

_ Não! Quem vai ouvir vai ser você! Pediu pra eu desaparecer de sua vida! È o que estou tentando fazer, agora quem pede pra você desaparecer de minha vida sou eu! Fique com Liz! Fique com Rita! Fique com todas a garotas do mundo! Mas pelo amor de Deus nunca mais se ponha na minha frente ou me dirija a palavra…    


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Será que Diogo vai mesmo se deixar ficar por essa ultima frase de Sophia ou vai repsonder por cima! E Rita? O que vai fazer? E Liz? Porque mostrou o video pra turma?
Tantas perguntas que quero que vocês respondam pra mim com sugestões nos comentário.
Fico aguardando por eles!
Beijão!!
:)



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