Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 34
Capítulo 34 - Onde estão querendo chegar?


Notas iniciais do capítulo

Cheguei!! E olhem só trouxe comigo um capitulo fresquinho!!!
Recebi mais uma recomendação!!! ( nesse momento fazendo a dancinha estupida de alegria ) Muito obrigado á leitora que a deixo ( que eu tenho a certeza que se estiver lendo isso sabe quem é). Será que consigo mais alguma????
Como ontem falei novo capitulo pra vocês!!!
SERÁ QUE CHEGO NOS REVIEWS???
Boa leitura...



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Descia a escadas em direção a sala do diretor, para ser sincera não estava com vontade nenhuma de falar com ele. Mas como falou tínhamos alguns assuntos pra tratar se bem que não eram alguns mas sim muitos os assuntos que haviam pra gente conversar.

Estava com um pouco de receio. Não sabia bem o que esperar dessa conversa e a verdade era que as coisas estavam rolando rápido demais. Era como um jogo de sobrevivência em que nunca havia pausas e que cada vez que eu dava um passo e descobria um novo recanto nunca sabia o que esperar.

Diogo ainda se tinha oferecido pra vir comigo, mas achei que isso é um problema meu e que apesar de precisar de alguém ao meu lado, numa situação como essa, quem tinha que controlar as coisas, como se fosse possível, era eu.

Não havia quase ninguém nos corredores do colégio, o que era estranho, por um lado, pois sempre via essa espelunca inundada de gente, correndo de um lado para o outro, entupindo o corredor onde estavam os armários ou impedindo a passagem na porta principal que dava para o pátio e para o jardim.

Todo o mundo devia estar em aulas, ouvindo os chatos dos professores e tirando apontamentos.

Quando cheguei na porta da diretoria, passei as mãos pelo cabelo, respirei fundo, mordi meu lábio inferior, fazia sempre isso quando estou nervosa, bati na porta e esperei assim permissão pra entrar.

A resposta do diretor foi rápida e a porta se abriu logo. Realmente a meia hora que ele definiu devia estar nos seus segundos finais.

_ Entre! – Levei uma mecha de cabelo pra trás da orelha, passei as mãos pelas calças e invadi aquele gabinete gigante onde eu já tinha duas vezes pelo menos, segundo minhas contas.

Pelo visto o diretor não estava sozinho. Dois homens bem vestidos estavam junto da secretária olhando uns papéis, se bem que seus olhos se pousaram em mim mal entrei. Me faziam uma análise completa.

_ Se sente, Menezes. Esses aqui são inspetores enviados da policia e que ficaram a cargo do caso de seus tios. – Eles fizeram um aceno com a cabeça me cumprimentando e eu fiz o mesmo.

_ Senhor Diretor, a gente gostaria de falar um pouco com ela, será que… – Com ela? Que eu saiba ainda tenho nome!

_ Caso ainda não saiba meu nome é Sophia. Agradecia então que me tratassem por tal!

_ A gente gostaria de falar um pouco com a Sophia, será que nos podia dispensar sua sala por uns minutinhos? Prometemos ser breves a rápidos! – ao principio a coisa engravatada não estava querendo ceder o gabinete mais depois, depois acabou por obedecer e sair.

Permanecia sentada e quieta esperando eles falarem alguma coisa. De um certo jeito me encurralaram dos lados. Pois um se instalou muito bem á minha direita e o outro procurou encosto á minha esquerda. Controlava cada movimento deles pelo canto do olho, sabendo assim o que ambos estavam fazendo.

_ Então, menina Sophia! – o mais alto, no entanto o que tinha aparência mais velha falou fazendo ênfase no Sophia. Fiquei com a leve sensação de que essa sua mudança de tom de voz foi uma provocação á minha exigência, tendo em conta meu nome. – Em primeiro lugar a gente tem pra falar que lamenta o que aconteceu! Não queremos nem sequer imaginar como é estar na sua situação. Tenho muita pena por…

_ Não sabia que agora a policia tinha inspetores com funções de psicólogos. – não estava gostando nem um pouco da conversa daqueles dois. Não me estava sentindo bem sendo interrogada por eles.

_ Desculpe? – Face a minha informação, o que se tinha mantido calado o tempo todo abriu o bico, mostrando uma certa admiração. Só gostava era de saber o porquê!

_ Vocês foram mandados pra vir me dar as suas lamentações e seus conselhos psicológicos? Ou foram mandados pra me falar de como as coisas vão ser resolvidas? – Estava falando frio e rude, não estava com disposição nenhuma pra aturar esses dois guardas.

_ A menina, ganhe termos pois está falando com a autoridade. – o alto voltou a falar mais alto e autoritário.

_ Estou falando com quem? Com autoridade? – Me fiz de desentendida! – Não acredito. Falaram isso pra você? È porque se falaram o enganaram! – Ri sarcástica. – Até agora ainda não vi você exercer ser cargo como deve ser.

Na realidade desde que eu estava dentro daquela sala a única coisa que ele tinha feito foi se lamentando.

_ Bom. A gente vai exercer então nosso cargo e deixar as coisas bem claras. Como você já sabe seus tio e sua tia, que nesse momento está no hospital sobre vigilância médica e policial, foram presos, posto isso a gente gostaria de fazer umas quantas perguntas.

_ Está esperando o quê pra começar? – Ele respirou fundo tentando controlar a irritação que fazia transparecer. Pra ser sincera, eu admitia que exagerei um pouco.

_ Então! Como era sua relação com eles?                        

_ Pensei que já soubessem isso! Eles eram meus tios, ou seja eu era sobrinha deles! – Dei a resposta torta.

_ O que eu quero saber é se vocês se davam bem, se davam mal, se davam normal,…

_ E o que é nos darmos normal?

_ Olhe só menina, a gente não veio aqui pra ser gozada, nem pré aturar criancices, se deixe de bola e responda cantando a nossas perguntas, ouviu? – o homem alto se aproximou demais de mim e quase me enfiou as palavras pelos ouvidos dentro.

_ Eles não davam muito bem comigo e nem sequer se importavam com meu bem estar. Ou melhor eles se importavam comigo, até demais, mais por meu dinheiro. Eram tão obcecados por meus poderes que foram capazes de matar meus… - não consegui falar o resto, pois temia que minha voz fracassasse e que não saísse.

Eles trocaram uns olhares, porém sem descolarem um olho de mim.

_ E… Como eles eram no dia a dia? Falava com você frequentemente? Vinham cá no colégio visitar?

_ Acho que não estão pintando meus tios como eles são. Desde o dia que me trouxeram no colégio, nunca me visitaram, e se falaram pra mim, eu já nem lembro, por aí já consegue perceber que a gente falava toda a hora e era raro o segundo que eu não estava de celular no ouvido

_ Bom. Já percebi também que você tem um sentido de humor incrível. Mas agora nos voltando pra seu advogado. Estava ocorrente de como seus bens estavam sendo geridos?

_ Sim. O Dr. Meireles era muito competente. Ele sempre tinha o cuidado de me ir informando como as coisas estavam indo!

_ E qual era a relação com seus tios?

_ Segundo estava informada eles se encontravam pelo menos uma vez por mês pra tratarem do dinheiro que tinham direito por minha guarda.

_ E além disso, estava ocorrente de mais algum encontro?

_ Que eu saiba, não!

_ Quando foi a ultima vez que falou pró Doutor Meireles?

_ Ontem á tarde.

_ Que horas? – Nossa, esses inspetores precisavam de cada pormenor, hein! Sabia lá que horas ele me tinha telefonado. Peguei no celular e fui aos registos. Acho que as duas antas ao princípio não entenderam o que eu fazia com o celular na mão, enquanto falava com eles.

_ Ele me telefonou por volta das 3 horas da tarde.

_ E o que vocês falaram? – Não sabia bem o que falar, nem sequer sabia se eles estavam informados que havia gente paga pelo Meireles investigando a morte de meus pais. Hesitei um pouco, mas acabei por falar a verdade afinal parece que estávamos na altura das revelações e não adiantava esconder mais nada.

_ O Dr. Meireles tinha homens investigando a morte de meus pais e ontem eles recolheram uma informação qualquer que nos levaria á apurar a verdade e a saber a verdadeira causa do naufrágio.

Eles voltaram a trocar aqueles olhares comprometidos e antes que pudessem falar um barulho vindo da porta os impediu.

_ Então já terminaram? – O diretor foi a alma que interrompeu.

_ Sim. A gente já terminou. Pode entrar a partir de agora você pode ouvir tudo o que temos pra falar. – O Telles de Brito ocupou sua cadeira e os homens se puseram direitos e aprumados de novo, se desencostando e assumindo uma posição mais cívica.

_ E então o que você tem pra falar pra mim? – Perguntei curiosa.

_ Com seus tios presos, seu advogado morto e seus pais igualmente no caixão, você não tem quem ficar com sua guarda.

_ Onde estão querendo chegar? – Não estava percebendo qual o fundamento daquele papo.

_ Você é menor Sophia, – o homem alto ao contrário de á pouco agora falava calmo e compreensível. Diria mesmo até carinhosamente e tentando não em assustar com as palavras. – Sendo menor você precisa de alguém pra controlar sua herança, assim como precisa de alguém que pague o colégio e que se responsabilize de sua educação. E nesse momento você não tem.

Estava chegando já onde eles queriam que eu chegasse e não estava gostando nada do tom da conversa. Eu não podia, eu não queria e eu não iria abandonar o colégio. Tem que haver um jeito de alguém se responsabilizar por mim.

_ Não. – me levantei, estava já me exaltando.

_ Calma, Menezes. Tenha calma, muita calma. Deixe ele acabar de falar e depois se manifeste.

_ O diretor tem razão. Tenha calma. A gente apenas está colocando as cartas na mesa. Não quer dizer que vá pra um orfanato como já está pensando.

_ Eu não vou pra orfanato nenhum. Eu quero ficar nesse colégio, nessa turma, nessa escola. E eu não vou mudar.

_ Se sente e ouça. – o inspetor me empurrou e eu voltei a colar a bunda na cadeira.

_ A gente já sopinha que você iria recusar, mas a lei tem que se cumprir e a gente vai dar 2 dias pra você pensar.

_ Pensar em quê?

_ No que quer fazer de sua vida. Ou arranja um familiar seja próximo ou afastado pra controlar sua fortuna e assumir sua guarda ou se entrega pra um orfanato.

_ Mas como eu arranjo familiares se eu num tenho?

_ A menina que sabe. Agora a gente tem que ir. Passamos aqui pelo colégio na quinta feira. Esperamos uma resposta. Agora fica em suas mãos.

Me levantei e saí sem falar uma única palavra. Nem sequer pedi permissão. Apenas saí em rumo ao quarto, lá teria mais espaço pra pensar no “que fazer de minha vida”.

Diogo ainda estava lá, deitado na sua cama ainda sem  camisa. Quando me viu se levantou. Porque achava que ele já sabia o que se tinha passado dentro da diretoria?

_ Como foi lá? – ele segurou meu rosto com as duas mãos.

_ Eu vou sair do colégio Diogo! – segredei rouca, não tendo voz pra falar mais alto, já sentindo meus olhos tremerem.

Ele me puxou pra ele deixando minha cabeça se encaixar com seu pescoço. Enterrou seus dedos em meus cabelos e os afagou. Pousei minhas mãos em seu peito que subia e descia com forme ele respirava. Uma gota quente e salgada escapou de meu olho e escorreu, deixando a marca pela pele de Diogo, traçando uma linha sem traço.

_ Eu não vou deixar, eu não vou deixar… 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Será que Diogo não vai deixar mesmo? Estou pensando fazer um novo POV de Diogo! O que acham? Deixem vossas opiniões e se chegar nos 550 eu posto novo capitulo já amanhã!!
Beijão pra todas e fico aguardando opiniões!!
xD



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