Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 33
Capítulo 33 - Porque isso tá sendo tão difícil?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Cheguei.
Como está todo o mundo? Com saudade? Pois eu tinha alguma!
Capitulo com um pormenor diferente!! Fiz um pov do Diogo, pra ficarem a intender o seu lado na história. Vai revelar algumas coisas dele e da vida dele. Espero que gostem e que deixem a vossa opinião do que acharam desse POV.
Boa leitura...



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POV. Diogo

Ela tinha acabado por adormecer em meu colo, agarradinha a minha cintura, molhando minha camisa com o choro e envolvendo seu corpo no meu.

Afagava seus cabelos enquanto via esse biscoitinho dormindo sobre mim. Seu cheiro me embriagava e cada vez que ela se movia eu me arrepiava.

Como uma garotinha como ela conseguia ser tão forte? Como um coraçãozinho como o dela conseguia aguentar com todo esse turbilhão de sentimentos. Ela era bem forte. Forte demais, e o engraçado e que mais me impressionava era que ela nunca ia abaixo. Tinha sempre um sorriso pra dar, muitos deles disfarçando a tristeza que sentia.

Fiquei mega preocupado quando o Dr. Meireles ligou pra o celular dela falando que ela poderia correr perigo de vida, mal ela saiu. E quando percebi que ela estava bem, quando correu em minha direção lá eu me alivei por completo. Só de pensar que ela nesse momento podia estar morta.

Passei a mão por seu braço e ela estava realmente gelada. Peguei um cobertor e cobri seu corpo, vendo nisso um jeito de a aquecer.

Não conseguia pregar olho, olhei umas mil vezes para o relógio. O tempo passava devagar. E os ponteiros teimavam em não mudar de lugar. 

Enquanto olhava para o teto, minha mente era varrida por um montão de pensamentos, de lembranças de quando era um garotinho e de quando passei a garoto… De memórias quando conheci esse piolho. De quando a vi pela primeira vez naquela sala escura de diretoria e de quando a achei aqui no quarto remexendo em minha caixa.

Estava perdido nisso quando lembrei de uma coisa que podia ser o fim. Se Sophia agora estava sem pais, sem tios e sem advogados, quem iria ficar com sua guarda? Porque na real ela ainda é menor e se for entregue á segurança social provavelmente ela vai sair do colégio e irá para um orfanato! Me exaltei. Ela não podia sair do colégio! Ela não podia sair de meu lado.

Fiquei remoendo nesse assunto até o sol nascer. Não dormi durante toda a noite. Por um lado porque queria estar bem atento a Sophia que dormia e podia acordar, e se acordasse eu queria estar lá para a ver despertar, para ver qual a sua reação…

Estremeci quando a porta do quarto se abriu, me fazendo sair de meus devaneios, me trazendo de regresso a realidade, me fazendo esquecer por uns momentos esse assunto.

Estranhamente e admiravelmente a figura que a muito tempo eu não via e que chamava de mãe apareceu no quarto. Estava bem vestida como sempre, com os seus famosos vestidos e com a sua bolsa a condizer, tinha o cabelo muito bem arrumado como sempre e um sorriso pouco aberto no rosto.

_ Mãe? – falei surpreso. – Mas o que você tá aqui fazendo?

_ O diretor falou com seu pai por celular contando o que rolou! – ela pousou sua bolsa no primeiro lugar que encontrou e achou mais apropriado e depois se sentou ao meu lado na cama.

_ E ele veio? – queria saber se meu pai também estava no colégio, pra me preparar com o discurso pois sabia muito bem que eu e ele juntos e presos no mesmo lugar não dava, nunca deu e nunca daria certo.

_ Esteja descansado. Apenas vim eu. Ele falou que tinha muito que fazer na empresa.

_ Pra variar né? O trabalho acima de tudo, a mulher e o filho sempre em segundo plano. – não tinha uma relação muito próxima com meu pai, bem pelo contrário éramos bem distantes já por sua prioridade ser sempre os negócios, devia ser por isso que nos dávamos tão bem!

_ Não fale assim de seu pai. Ele trabalha pra poder sustentar a gente, pra poder pagar esse colégio, pra garantir pra você o melhor futuro possível. – minha mãe falava desse jeito mais eu sabia mais que ninguém que ela também sofria bastante com esse afastamento de meu pai.

_ Eu tenho que falar direito dele e pra ele já ele fala de qualquer jeito pra mim. E na maior parte das vezes que fala pra mim  nem sequer me considera como um filho, mais sim como um estranho!

_ Diogo… – interrompi logo minha mãe que falou alto demais, se sujeitando a acordar Sophia.

_ Shhhh… Mais baixo. Não quero acordar ela.

_ Desculpa. Eu não… - dessa vez foi ela que não acabou. – Deixe pra lá.

_ Já deixei. – encolhi os ombros.

_ Como você tá? Como ela tá? O que rolou afinal? – ela passou a mão em meu rosto acarinhando. O gesto maternal tinha que vir em qualquer momento.

_ Eu estou bem, não se preocupe. E se não estou, eu garanto pra você que ficarei! – ela riu de leve e olhou de um jeito estranho pra Sophia.

_ Então é essa a menina que roubou seu coração! – ela falou brincalhona, a admirando. – Seu pai já me tinha falado dela.

_ O pai?

_ Sim. Ela falou que tinha conhecido sua nova namorada. Não se recorda? Não me diga que essa já não é a mesma! – ela arregalou o olho, esperando alguma coisa de mim.

Não lembrava de ter falado pra meu pai que Sophia era minha namorada! Será que tinha comentado alguma coisa mesmo? O estranho era que eu não lembrava.

_ Ela é linda!

_ Eu sei! Por dentro e por fora.

_ Como ela está?

_ Adormeceu chorando!

_ Não queria estar no lugar dela.

_ Não queria estar você, nem queria estar ninguém. Você não imagina qual é a história dela.

_ Conte pra mim! – ela falou curiosa.

_ Acho que a história dele é complicada demais pra eu falar pra você depressa e rápido demais. – acentuei com a voz os “demais”!

_ Estou pra aqui olhando pra você com ela. Nem imagina a saudade que eu tenho de ficar assim com seu pai. Até acho que já nem sei o que isso é! -  imaginar, pra ser sincero eu até imaginava. Meu pai ao longo dos anos tem vindo a não dar importância nenhuma pra minha mãe. A trata como se fosse lixo e geralmente quando alguma coisa corre mal ela é sempre a que sofre com as culpas e consequências, porém e apesar de eu já ter tentado abrir seus olhos, ela parece não querer mudar.

_ Como as coisas estão lá em casa?

_ Como sempre! – ela falou desviando o olhar e disfarçando a sua melancolia e a sua mágoa.

_ Porque você não sai da lá. Quantas dezes já falei pra você deixar essa vida! Fale com ele. Conte pra ele o que sente. Você não merece ser tratada com o ele trata.

_ Olhe só! – minha mãe apontou pra Sophia. – Ela tá chutando você! – desconhecendo essa faceta de Sophia minha mãe riu.

_ Ela sempre me chuta! – abracei ela mais pra mim.

_ Eu acho que ela tá acordando!

E minha mãe não se enganou ela abriu o olho mesmo. Abriu lentamente e não os abriu por completo. Eles estavam inchados e vermelhos. Dois papos faziam eles sobressaírem e saltarem á vista. Olhou pra mim e depois pra minha mãe( apesar de ela ainda não saber quem é!), estranhando essa sua presença súbdita.

Ela me encarou séria.

_ Calma. Essa é minha mãe. – apresentei ela. – E mãe, essa aqui é a Sophia…

POV Sophia.

Estava já me preparando para cumprimentar minha suposta sogra, se já a podia chamar assim, quando ela impediu que eu progredisse.

_ Não. Não se levante. Se deixa estar. Eu já estava de saída também. – ela me deu dois beijos na face e depois se levantou da cama. – Vou indo. Depois a gente se fala! – beijou a testa de Diogo, pegou sua bolsa e saiu.

Quando vi que estava livre dela e apenas com Diogo no quarto, me sentei na cama e passei a mão na cabeça que me doía pra caramba. Ele se levantou junto e pousou sua mão em meu ombro.

_ Como você tá?

_ Fale pra mim que tudo isso não passou de um sonho ruim! – cocei meus olhos, tentando despertar.

_ O pior é que o sonho virou realidade. – deixei minha cabeça tumbar até seu ombro.

_ Acho que estou precisando de um banho! – falei me levantando e já me dirigindo para o banheiro. Mas a famosa mão de Diogo me fez parar e me virar.

_ Que foi? – ele me olhava de um jeito gostoso mas incomodativo.

_ Nada. – segredou baixinho e se aproximou de mim. Afagou meu rosto carinhosamente e depositou um leve beijo em meus lábios. Sorri de leve e segui pro chuveiro.

Tomei um banho bem demorado, tentei não chorar nem um pouco mais foi impossível e quando deu por mim já as lágrimas se estavam misturando com a água.

Me vesti e quando cheguei no quarto o diretor estava lá.

_ Menina Sophia! – ele falou com uma voz meio que estranha que transparecia pena. – Lamento muito o que aconteceu, sei que não é fácil e que… - ele se calou pois se estava atrapalhando todo com as palavras. – Mas agora as coisas têm que se resolver e por os pontos nos “is”. Estou esperando você no meu gabinete dentro de meia hora. – Ele saiu do quarto e Diogo fechou a porta. Se encostando nela de seguida me olhando.

Ele estava sem camisa, o peito estava descoberto e parecia que estava dividendo a mágoa comigo pois sua expressão também estava um saco.

_ Porque isso tá sendo tão difícil, hein? – fui andando até ele e o abracei forte. Seus braços e seu peito eram meu porto de abrigo que eu sabia que sempre estavam disponíveis.

_ Tudo vai ficar bem! – ele passou as mãos por minhas costas.

_ Promete??

_ Prometo! – esbocei um sorriso. Ele promete!! Agarrei mais forte sua cintura e respirei fundo enquanto murmurei um “ TE AMO”…


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que vai acontecer com a Sophia?? Colégio ou orfanato?? E Diogo? O que acharam do pov que fiz???
Fico aguardando reviews. E amanhã talvez poste outro...
Duda xD
* Leiam a fic da JulieteD "LOve in Vegas", está no principio mais me parece que vai se tornar numa grande fic!!! Fica um concelho. Se quiserem ler uma boa história passem pelo perfil dela e leiam a fic!



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