Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 22
Capítulo 22 - Beijo? Como assim?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como está todo o mundo? Com saudade?
Eu cheguei de novo e com um capitulo cheio de novidade...
Boa leitura!



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Diogo estava sentado numa cadeira ao pé da secretária, esperando que eu viesse do banheiro, com tudo o que precisava para limpar e estancar o sangue que insistia em escorrer por seu nariz.

Peguei num pedacinho de algodão e comecei desinfetando sua boca que também estava carregada de lanhos. Quando fiz o algodão tocar com a ferida ele se queixou e afastou o rosto, fechando os olhos com força e fazendo cara feia.

_ Cuidado! – ele falou entre dentes, visto que ao movimentar a boca e com a localização da ferida doía.

_ Eu estou tendo! Não queria que doesse, não andasse á bulha com Guilherme!

_ Até parece que eu fiz alguma coisa. Seu namoradinho é que se descontrolou.

 Me calei, Diogo tinha razão, por muito que custasse a admitir. Quem começou tudo aquilo foi Guilherme e concordando de novo descontroladamente. Partiu pra cima de Diogo e nem sequer deu tempo pra ela se defender, nem sequer dizer nada, ou até mesmo grunhir.

Não falei nada e continuei limpando a área ferida, que estava inchada e vermelha. Ele  de cada vez que eu fazia a sua pele se chocar com o algodão, sustinha a respiração e fechava o olho,  forma de segurar a dor.

Quando terminei meu trabalho de enfermeira temporário, voltei a guardar tudo no devido lugar, numa das portas do armário do banheiro. Quando voltei no quarto. Diogo não se tinha mexido. Continuava no mesmo lugar, na mesma cadeira, na mesma posição… E até seu olhar que enquanto eu “ cuidava dele”  esteve em cima de mim o tempo todo, agora continuava fixo em cada movimento, em cada passo, em cada gesto… meu.

_ Porque se pôs na minha frente? Porque me defendeu?

_ Porque eu apesar de todos os defeitos que tenho ainda sei quando você faz uma coisa ruim ou uma coisa boa. Assim como também sei quando você é o culpado ou quando é o inocente!

_ Porque se pôs na minha frente? Estava com medo que eu levasse o soco do Guilherme? Ou não queria que eu o levasse? Porquê?

_ Porque… - não tinha justificação para explicar o porquê de eu me ter jogado na frente e ter sido eu a levar com a mão pesada de Guilherme. ~

Naquele momento eu nem sequer pensei que ia levar um tapa de Guilherme e a única coisa que no momento passou por minha cabeça foi impediu que Guilherme tocasse nele injustamente.

Sem justificação pra dar e sem nada pra falar e estando tão perto dele não conseguia desviar meu olhar de seus olhar, nem… A direção de sua boca da minha. Sem resistir por mais um minuto que fosse acabar por me rendar a seus braços, a seus encantos, a sua boca, a aseu abraço, a seu beijo, a seu sabor, a seu sentimento…

Me entreguei a seu jeito provocante e encantador, charmoso… Me deixei sentar em suas pernas e levei minhas mãos em sua nuca. Apesar de saber que não podia aprofundar muito o beijo e que ele estava machucado no lábio e que não podia dar largas aos movimentos com a boca, não deixei de enterrar minha boca na dele.

Diogo se entregou tanto como eu no beijo e não poupou as mordiscadas ou as trincadas de meu lábios, coisa que ele adorava fazer, quando a gente estava “ junto ” e coisa que eu adorava que ele me fizesse.

Como gozamos os dois de direitos iguais, decidi morder e puxar de leve seu lábio, também.

Fiz minha mão deslizar por suas costas até o ombro em sentido ascendente e quando ia a meio ele desgrudou de minha boca e me encarou. Arrumou uma mecha de cabelo que caiu entre nossos rostos. Olhei no interior de seus olhos e ele afundou os seus nos meus.

Páramos por um segundo. Acho que estávamos tomando consciência da realidade.

Ele sorriu fraco e eu finalizei o traço que meus dedos estavam deixando por suas costas. Agarrei seu rosto com as mãos e acarinhei. Um gesto terno, meigo. Passei de leve meus dedos na parte inchada e que antes sangrou e ele fechou o olho apreciando aquele toque.

Que saudade eu tinha de tudo isso. Mas, mais que ninguém eu sabia que era errado o que eu estava fazendo, afinal eu tinha “namorado”! Namorado que me bateu, que batei em Diogo e que fez muitas mais coisas que agora não são pra cá chamadas.

Mas por muito que eu tentasse parar eu não conseguia. EU queria mais. Diogo queria mais. E tudo naquele quarto pedia por mais.

Ele levou a mão em meu rosto e me puxou pra ele nos envolvendo de novo num beijo, mais ofegante, mais sedutor, mais prazeroso e quente, mais cheio de desejo, porém na mesma doce, terno, meigo que traduzia tudo o que a gente estava sentindo, não por palavras, nem por línguas, sem precisar de dicionário ou de enciclopédia. Apenas precisando da gente, de nossa mente e sobre tudo de nossos corações.

Agarrei seu rosto, puxei seu cabelo, arranhei seu peito e cravei minhas unhas em sua camiseta. Diogo arrumou meu cabelo num sei quantas vezes, me agarrou nas pernas, na cintura nas costas, no rosto… fez seus dedos se envolverem numa dança com meus fios de cabelo, passou as mãos por minha costas, segredou no meu ouvido, me arrepiou.

Era estranhamente estranho, como ele conseguia ao mesmo tempo fazer meu corpo reagir de uma tal maneira a seu toque, e por meu sangue fervilhando.

Alguém bateu na porta e a gente acabou com o amasso. Olhamos os dois pra ele e depois nos encaramos. Percecionando as coisas.

O que fazer? Para? Ignorar? Atender?

Ninguém entraria de súbdito porque eu tive o cuidado de a trancar quando trouxe Diogo pro quarto. Não queria ter um encontro desagradável com quem quer que fosse. Se lá aparecesse alguém naquele preciso momento eu e ele íamos ser a noticia do colégio do dia e quem sabe da semana.

E eu até já estava imaginando o titulo da noticia: “ Sophia Menezes e Diogo Macedo, flagrados no quarto entre amasso e beijo. O que pensará Guilherme de tudo isso?”

Me levantei do colo de Diogo e me recompus. Passei a mão pela boca e pelo cabelo. Respirei fundo tentando acalmar meus hormônios que ainda saltitavam e ferviam. Diogo também se levantou da cadeira e foi pra um canto qualquer, tentando passar de despercebido a quem entrasse.

Abri a porta e a professora de filosofia estava do outro lado dela com um livro de anotações nas mãos. Entrou no quarto.

_ Porque tinham a porta trancada?

_ A gente… Porque… Nós… - não dizia coisa com coisa.

_ Eu entendi! Cuidado, hein, dessa vez fui eu que entrei para a próxima pode ser o diretor! – como ela pode ter entendido se não havia nada para entender?

_ O que veio aqui fazer? – perguntei, enquanto Diogo se mantinha calado e tentando esconder as marcas que tinha na cara.

_ Vim fazer um aviso! O passeio escolar vai ser amanhã. – acho que caiu o queixo a mim e ao Macedo. Eles marcaram o passeio escolar para amanhã e se limitaram a avisar a gente um dia antes? – Se preparem e deixem suas malas prontas ainda hoje. Amanhã vamos sair bem cedo do colégio.

_ O que é bem cedo? – Diogo falou.

_ Bem cedo é 5 da manhã. Eu sei que vocês não gostam da hora, mais tem que ser gente. Vamos sair bem cedo pra chegarmos no lugar bem cedo. Levem roupa de praia porque vamos ficar perto de uma. E que chegue pra quatro dias!

_ A gente vai passar lá 4 dias? Que legal!

_ Parece que sim. Pensem que são descompensados numa coisa e compensados noutro. Agora eu vou indo, tenho mais gente que informara. – ela se dirigiu até á porta mais antes de a fechar ainda se dirigiu pra gente. – Se comportem e já agora fazem um lindo casal. Mais não abusem lá por dividirem o quarto pois o conto de fadas pode virar um filme de terror.

Fazemos um ótimo casal? A gente nem sequer…

Olhei para Diogo ele já não se escondia mais. Estava vidrado na porta e tinha ar de pensativo, distante e num outro pais e talvez outro mundo a que só ele tinha aceso e que mais ninguém entrava, onde ele andava sozinho e sem mais ninguém, onde só entra quem ele quer e só sai que ele deseja.

Acordei com o  despertador de Diogo tocando. Decidimos por só o dele uma hora antes das cinco tocando para a gente se preparar.

Diogo o desligou e eu corri para o banheiro, antes dele.

Tomei um banho, tratei de meu cabelo e me vesti. Pus um bikini por baixo da roupa, para o caso de haver mesmo praia lá e para estar prevenida se der na cabeça de alguém dar um salto, no areal e quem sabe no mar. Guardei as ultimas coisas na bolsa, como o IPod, o celular, fones, e a câmera que era muito importante, pois a maior recordação que se tem de um lugar muitas vezes é uma foto.

Entretanto Diogo também se pus pronto e a gente saiu junto do quarto, em direção á entrada do colégio onde o resto da turma nos aguardava.

Não falei com Guilherme ontem. Tanta atrapalhação com o passeio que não deu. Mas sei muito bem que a gente está precisando de conversar o mais urgentemente. Com Diogo também não rolou mais nada. A gente mal se falou no resto do dia e se falou foi pra perguntar de sabia onde estava isto ou aquilo…

Quando chegamos no ponto de encontro, Rita também já estava pronta, assim como Tomás que estava muito animado conversando com ela. Varri aquele lugar com o olhar e reparei que guilherme também já estava pronto e mais que me perseguia com os olhos. Olhei pra ele mais logo desviei a atenção para o diretor que fez o discurso habitual, nos alertando para não abandonarmos o lugar onde estávamos, não nos afastarmos muito do grupo…

Entrei no autobus e sentei do lado de Rita. Diogo e Tomás sentaram ao nosso lado e Guilherme mais pra frente e uns quantos bancos distante de mim. Liguei o IPod e pus o volume de maneira que conseguisse ouvir musica e o que me rodeava ao mesmo tempo. Encostei minha cabeça na janela e esperei chegarmos ao destino esperado…

Estávamos muito perto do mar. Quer dizer praticamente ao pé do mar. Ficamos numas cabanas junto da praia, que faziam de uma espécie de hotel. Tinha tudo como um quarto de hotel de luxo, só que em cabana. Dividi o meu com Rito. Ela tinha uma cama e eu outra. Um roupeiro que partilhamos e um banheiro. Tinha um televisor e vários abajures. Tinha quadros e telas pintadas que enfeitavam o local e era tudo baseado em laranja e em tons bem quentes.

_ E num é que pela primeira vez esse colégio acertou no lugar ideal para seus alunos gozarem uns dias de boa vida?

_ Porque diz isso?

_ No na o passado a gente ficou num acampamento no meio do nada, a dois anos em uma pensão que nem sequer água tinha, esse ano viemos para o paraíso!!

_ Se foi mesmo assim esse é mesmo o paraíso. – guardei a ultima peça de roupa que faltava de tirar de minha mala no roupeiro e depois fui até minha cama temporária de 4 dias, que já tinha sido escolhida e negociada com Rita.

_ Tomás me contou o que rolou ontem! Já falou com ele?

_ Não!

_ Vai falar?

_ Não vejo a hora!

_ E o que vai falar pra ele?

_ Nem sei. E o pior é que a história não acabou por aí. Esse lance todo acabou em beijo entre mim e Diogo!

_ Beijo? Como assim? – Rita arregalou o olho e se sentou de meu lado.

_ Não sabe o que é beijar? Quer que eu faça um desenho?

_ Não mais como isso aconteceu?

_ Quando deu por mim, não tinha como parar! O melhor tinha, mais eu não queria.

O celular de Rita deu sinal e ela deu uma olhada.

_ É Tomás, fala se a gente quer ir lá na praia! Ele e Diogo estão lá á nossa espera! Que diz? Vamos?

_ Claro! Acho que estou precisando de apanhar um solzinho sim e bronzear meu rico corpinho!

_ E eu nem quero imaginar o que Diogo vai achar disso?

_ Ele não tem que achar nada! E se ele tem Tomás também não vai passar de despercebido a suas curvinhas!

_ O que está querendo insinuar?

_ Que você gosta dele, que você o quer e que você não vê a hora de ele te convidar pra sair!

Saímos da cabana e nos dirigimos a praia, estava na hora do bronze… 


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Notas finais do capítulo

Será que mereço reviews? O que acharam? O que vai acontecer agora?
Deixem reviews pra mim!
Novo capitulo... Quando? Amanhã ou sábado?
Um beijão pra vocês. Me persigam no twitter: @DudaZJM
* fico aguardando opiniões!!!