Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 21
Capítulo 21 - Os acasos não existem...


Notas iniciais do capítulo

Voltei e com capitulo novo!
Boa leitura.



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Abanamos, rodamos, empurramos, giramos, puxamos e até mesmo chutamos e batemos no puxador da porta, mais nada fazia ela se abrir. Nem na milionésima tentativa ela abriu.

A gente estava lá trancada!

Diogo ainda tentava abrir a porta ou mesmo deitar ela a abaixo mais ela nem sequer se mexia ou abananava. Era mesmo porta!

_ Droga! – Diogo deu um murro na porta alta de madeira de um tom castanho e depois se encostou nela. – Velha cega e vesga, nem sequer deu conta que ainda tinha gente cá dentro!

_ Me fale que a porta não está trancada! Ela tem que abrir. A gente não pode ficar aqui fechada.

Joguei minha bolsa na chão e comecei, dando fortes murros na porta, gritando e chamando por todos os nomes que me vinham na cabeça.

Não queria ficar ali presa! Não podia ficar ali presa! Não ficaria ali presa, trancada, selada, fechada com ele.

Diogo correi até mim de novo e agarrou minhas mãos as escondendo estre as suas e impedindo que eu continuasse martelando com as mãos a porta. Meu corpo logo se inclinou e colou na porta, enquanto o seu se aproximou o mais possível de mim. Sua respiração bateu sobre meu ombro descoberto e me arrepiou da cabeça aos pés. E que sensação estranha. Mais uma sensação que contra minha vontade foi boa. Foi boa demais.

Voltei a sentir o seu cheiro forte de perfume masculino. Voltei a sentir seu corpo colado no meu e suas mãos quentes sobre as minhas que geralmente estavam geladas e que ele sempre fazia questão de as aquecer.

Por um tempo permanecemos calados. E por muito que algum de nós quisesse cortar o momento não teve coragem porque ambos sabíamos que estávamos precisando disso.

_ Pare de bater na porta com tanta força. Vai se magoar!

_ Mas… - tentei falar mais ele não deixou e serenamente voltou a tomar a palavra.

_ Não adianta bater, chamar, gritar, berrar ou até mesmo espernear. Ninguém vai ouvir a gente numa hora dessa. Todo o mundo está nos seus quartos descansando. Ninguém é maluco de vir na biblioteca numa hora dessa. A gente está aqui presa e não vai sair tão cedo!

_ Eu não vou ficar aqui com você a noite toda! – me vira bruta e me afastei dele.

_ Ai não? Então o que pensa fazer. – ele levou a mão na cintura e elas pressionaram a camiseta que usava fazendo suas tão bem definidas marcas do abdómen se notarem.

_ Ainda tenho o celular. – enterrei a mão no bolso e tirei meu celular, só que para minha infelicidade ele nem sequer ligava. Devia estar sem carga. Que droga! Que mal eu fiz pra Deus?

_ Então! – Diogo preguntou.

_ Sem carga! Mais ia você tem seu!

_ Não não tenho. Deixei ele no quarto!

_ Não me minta. – tinha o leve pressentimento que Diogo estava me mentindo e que seu desejo era mesmo que eu ficasse com ele trancada naquela sala idiota.

_ Não estou mentindo!

_ Prova! – falei rude e muito rápido.

_ Vem cá me inspecionar! – ele levou as mãos atrás da nuca como se tivesse sido preso, mais pela policia e estivesse a ser revistado.

_ Mais vou mesmo! – foi até ele e comecei remexendo em seus bolsos, primeiro do casaco depois das calças e na realidade ele não tinha nada.

_ Já provei pra você que não o trago comigo?

_ Idiota! – cuspi a palavra na sua cara, que estampava um perfeito sorriso idiota também.

_ Mais você já gostou e não se queixou! – ele falou ironizando e baixando as mãos.

_ Eu nunca gostei!

_ Tem certeza? – ele se chegou mais perto e eu olhei bem no fundo de seus olhos que estavam perfeitamente cintilantes, brilhantes, cristalinos e dignos de um playboyzinho como ele em que eu conseguia ver meu reflexo neles.

Não respondi a pergunta e virei costas…

Estava sentada no chão apesar de estar rodeada de mesas e cadeiras. Estava encolhida e com a cabeça encostada na parede. Estava com fome com muita fome e tremendo. Estava gelada aquela biblioteca e como nem sequer tinha casaco tinha que gramar com arrepios contínuos.

Diogo estava sentado numa mesa olhando pro nada. Se bem que por vezes reparava que seu olhar pousava em mim por uns segundos e depois desviava a rota para um outro lugar qualquer. O silencio era total e se se ouvia barulho eram nossas respirações, ou então nossos suspiros altos e abafados que escapavam de nossas bocas.

_ Estou morrendo de fome! – comentei, passando minhas mãos pela barriga que devia estar furada, por meus estomago estava tão vazio que até me custava a respirar.

_ Eu também! – Diogo falou me olhando agora cara na cara.

_ Essa sala é gelada. Será que não tem nenhum aquecimento? – ele riu pelo nariz rouco e a abafado. Depois se levantou e andou até mim, enquanto retirava o casaco.

Se baixou e me desencostou da parede. Depois fez o casaco passar por meus ombros descobertos, e tapar minha costas.

Ele ficou apenas de T- shirt e devia estar com frio certamente. Ainda estive pra recusar mais preferi não abrir o bico. Afinal quem dá é porque quer ! Ele se sentou de meu lado e encostou a cabeça para trás bufando logo a seguir.

Ficamos um tempo calados, e eu saborear o calor que aquele casaco estava transmitindo pra meu corpo. E digamos que também farejei o cheiro que ele deixava.

_ Está namorando com ele? – Diogo perguntou baixo e quase murmurando virando o rosto pra mim.

_ Está namorando com ela? – O encarei com a mesma pergunta só que em sentido inverso.

_ Não. Eu não estou namorando ela nem ninguém!

O silencio voltou, perturbador, incompreendido, fútil e muito mais coisas que ele poderia ser.

_ Como você soube que eu e a Carla…, você sabe!

_ Por acaso!

_ Os acasos não existem!

_ De manhã foi procurar você e me indicaram o banheiro como seu ponto de localização, aí eu entrei e…

_ Porque me foi procurar?

_ Coisas da minha cabeça. – desviei o olhar para o lado, tentando evitar a pergunta, e a resposta consequentemente.

_ Mais e aí, não respondeu a minha pergunta! – voltei a virar meu rosto pra ele. – Está namorando com ele?

Era difícil dar a resposta com meus olhos dentro dos seus por isso mais uma vez desviei a atenção para o canto mais longínquo da biblioteca.

_ Eu acho que sim!

_ Acha? Não tem certezas?

_ Sim. A gente está namorando! – falei por fim.

_ E você gosta dele?

_ Gosto! – quase segredava de tão baixinho que pronunciava o que saía de minha boca. E a razão mesmo que eu a tentasse evitar era que eu rinha medo de falar, e a razão desse medo eu não sabia qual era. Ou será que sabia?

_ Mais do que gostou de mim?

_ Eu não gostei de você!

_ Então o que eu sou pra você? Que sentimento eu despertei em você?

Não adiantava esconder o que eu sentia ou o que deixava de sentir. Não adiantava evitar a conversa pois se não fosse hoje um dia ela se iria realizar.

_ Um sentimento que nem eu sei o nome!

_ Então porque não atribui pra ele um?

_Porque não existe palavra nenhuma no dicionário que o defina! – encarava dessa vez ele olho no olho e era bombardeada por seu olhar sedutor e de um tremendo gato.

_ E isso é bom?

_Não sei! Não sei se foi bom, não sei se foi mau, apenas sei que indiferente não foi!

Acordei com alguém me batendo no braço.

_ Hey, menina? Acorde!

Abri o olho devagar e dei um pulo quando vi a velha de ontem na minha frente.

_ Vocês dormiram cá? Eu peço muito desculpa eu não queria…. Vocês têm que jurar pra mim que não vão falar nada pro diretor, nada pra ninguém!! – ela estava nevosa. Muito nervosa. Nervosa demais até.

E depois de um milhão de promessas que tivemos que fazer pra ela e depois de escutarmos mil e uma desculpas da parte dela viemos embora, e para o dormitório. Nos livramos de arrumar os montões de livros que em compensação pelo incomodo ela nos salvaguardou desse trabalho.

Estava precisando de tomar um banho. Minhas costas estavam totalmente curvadas e tortas e meu pescoço se rodasse um centímetro que fosse doía e estalava.

Me vesti e me arrumei, se bem que depois enquanto Diogo ocupou o banheiro caí na cama e fechei o olho, porém não dormi, apenas descansei.

Estava com fome mais preferia comer acompanhada e não sozinha e como Diogo, apesar de tudo era o único ser acordado e com vida que eu desconfiava que nesse sábado de manhã a essa hora estivesse levantado decidi esperar por ele pra me acompanhar em minha rica refeição.

Tomamos o café da manhã a dobrar pra compensar a falta de alimento ontem e depois voltamos para o quarto. Queria ir no quarto de Guilherme dar pra ele os bons dias, mais temia que ele ainda estivesse ressonando por isso decidiu seguir caminho até ao quarto. Porém quando passei pelo quarto dele ele estava saindo na mesma hora.

_ Bom dia, meu… - estava prestes a continuar a frase mias ele não deixou, pois lançou um olhar mortífero a Diogo e depois deu um valente soco em seu rosto.

_ Eu vou matar você babaca. Porque fez isso em meu equipamento? Ontem á tarde ele estava muito bem, Agora de manhã, olhe só como eu me deparei com ele. Todo rasgado e esburacado. Vou deixar você sem pernas, moleque! Vou acabar com sua raça de uma vez pra sempre.

Guilherme se preparava para dar outro soco em Diogo que ainda recuperava do impacto com o primeiro e num ato de loucura no momento em que Guilherme levantou a mão para bater em Diogo…

_ Pare ele esteve comigo na biblioteca á tarde e a noite to… Ai…. - eu me pus na frente e acabei por ser eu a levar com a mão pesada de Guilherme em meu rosto. Gemi e acabei por virar meu rosto para o peito de Diogo, que quando se apercebeu do que se tinha passado me apertou pra ele e ambos entraram em choque.

_ Agora você abusou cara! A mim tudo bem, agora tocar num fio de cabelo dela e mais bater nele, nunca! – Diogo me encostou a um canto e partiu para cima de Guilherme sem dó nem piedade lhe socando e pontapeando.

Entretanto Tomás apareceu no sei da onde e os separou aos dois. Segurou em Guilherme que tinha o rosto vermelho e o lábio já escorrendo sangue e eu segurei em Diogo, que tinha por sua vez o nariz ferido, que se preparava para deixar escorrer um pingo do liquido vermelho.

_ Acabou! Que deu em vocês! Briga em pleno corredor? Estão se sujeitando a uma expulsão certa!

_ Esse garoto é que vai ser expulso! – Diogo passou a mão pelo nariz e nela foi riscado uma linha de sangue.

_ Chega Diogo! – Falei segurando ele pelo peito impedindo que a briga começasse de novo. – Vamo pra dentro. E você vá também! Depois a gente se fala! – me dirigi para Guilherme que me olhava.

_ Mais…

_ Acho que fui bem clara, Depois a gente se fala…


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O que vai rolar agora? Alguém tem ideia?
Deixem reviews pra mim!
Posto novo capitulo amanhã se tiver 17 reviews!
Um beijão mega gigante!
Deixem vossos comentários e me sigam também no Twitter! @DudaZJM vou falando com vocês por lá e dizendo o que estou fazendo!
=D