Quando as aulas terminaram Diogo desapareceu do mapa. E ultima vez que o vi foi quando se foi misturando com gente e mais gente que com o final das aulas se iam acumulando no corredor. Sem sinal dele fui até ao quarto. Diogo se dirigiu na direção dos dormitórios podia ter se refugiado no quarto. Não era a primeira vez que eu andava feita louca a sua procura e ele estava muito bem acomodado no quarto tocando no violão e pensando na famosa e denominada vida.

Ele ficou estranho do nada. Quer dizer desde do café da manhã.

Abri a porta do quarto e ele não estava lá. Peguei o celular e disquei seu numero depois de esperar uns quantos segundos ninguém atendeu e achei por bem desligar.

Faltava uma coisa no quarto o violão de Diogo. Que tal como ele também tinha sumido. 

Jantei com Rita. De Diogo nem sinal havia. Já achava a sua atitude de logo de manhã estranho, agora com o seu sumiço eu acho isso estranho demais. Quando voltei no quarto fiada de que ele já estaria lá, me desiludi ele não estava. A única coisa que existia naquele dormitório era apenas o silêncio.

Fui até ao quaro de Tomás. Único mais existente naquele piso e bati na porta.

_ Entre! – ele falou. Entrei e fechei a porta me encostando nela.

_ Oi! – falei tímida e meio sem jeito! Era estranho ficar meio sem jeito na frente de Tomás.

_ Oi! O que está aqui fazendo? – ele se levantou da cama e pousou o livro que segurava na mão.

_ Você viu Diogo?

_ Não. Ele não está no quarto?

_ Não e já faz um bom tempo que não o vejo!

_ Não sei não onde ele está, mais se ele aparecer por aqui. Eu falo pra você!

_ Obrigado! – sorri e saí. Porém Tomás chamou meu nome de volta.

_ Sophia!

_ Diga? – me voltei de novo pra ele.

_ Sabe se por acaso Rita…

_ Não ligue para o que eu sei ou não sei use a pergunta que me quer fazer para meter conversa com ela. – pisquei o olho pra ele e voltei no quarto.

Vesti meu pijama e me deitei na cama. Em minha cama. Apesar de não conseguir sequer fechar o olho. Queria que Diogo chegasse primeiro. Queria ter a certeza que ele estava bem e que TUDO estava bem. Nesse momento só inseguranças passavam por minha cabeça.

Depois de dar um as quantas cambalhotas na cama procurando a posição ideal pra dormi, um fio de luz adentrou dentro do quarto.

_ Diogo! – sussurrei baixo, mais não tão baixo o suficiente pra ele escutar. Me sentei na cama, ainda com as pernas cobertas por lençóis e ele acendeu a luz. Pousando seu violão no seu lugar e começando a desabotoar sua camisa.

_ Ainda acordada?

_ Estava sem sono. – ele se deitou na sua cama e junto apagou a luz. Não havendo mais conversa, nem fala entre a gente. Pelo menos por enquanto.

Não estava nada satisfeita com as atitudes dele e minhas duvidas aumentaram para o dobro e se não o triplo das iniciais.

Me levantei de minha cama e fui até a de Diogo com o travesseiro na mão. Me deitei e ele deixou. Praticamente meu travesseiro nem sequer foi usado porque encontrava um bem melhor, o dele.

_ NA verdade eu estava esperando você e não sem sono! Porque está assim? Fiz alguma coisa de errado? Porque ficou assim estranho e sem sequer dar bola pra mim o dia todo?

_ Não gostei da maneira como você olhou e comentou a chegada do aluno novo! Não gostei de ver você com as atenções caídas nele!

_ Hey. Você acha que se eu estivesse minimamente interessada no aluno novo estaria aqui, enfiada com você numa cama o que aos olhos de outra pessoa qualquer é muito perverso, tentando saber porque está zangando e agarrada a você? E ainda pra mais quem falou que  quando eu vi você Diogo Macedo de Andrade naquela sala procurando num sei o quê eu também não fiquei assim ou ainda mais paralisada?

_ Você também me achou um gato?

_ Gato não! Achei você um gatão! Hey. Deixe de ser bobo, hein! Eu nesse momento sou estou ligada e só quero você! Meu playboy gostoso! – comecei distribuindo alguns beijos e mordidas por seu pescoço e acho que ele não resistiu mais e quebrou o pau.

Me pôs a mão em cima desde que aterrei em sua cama e rodou em cima de mim. Que como a cama era pequena quase cair.

_ Diogo, eu vou cair! – falei no meio de uma risada enquanto ele me mordia e beijava o pescoço, me respondendo na mesma moeda e me provocando do mesmo jeito que eu provoquei.

_ Eu não vou deixar! Minha badgirl gostosa! – ele sussurrou em meu ouvido me fazendo rir abafada contra seu ombro que entretanto agarrei e beijei.

E depois… Depois Cravei as unhas em suas costas e…

…

Acordei e dessa vez a coisa melada de Diogo ainda dormia a meu lado. Decidi acordar ele de um jeito, diferente do comum. Sem musica em altos berros, nem com o despertador tocando e saltando em seu ouvido. Apenas com carinho e muito beijo á mistura.

Beijei seu peito descoberto e que era bombardeado com os raios do sol matinal e passei minhas mãos em seus braços. Fui subindo as caricias até seu pescoço e raparei que uma mancha vermelhia havia por lá. A beijei por cima rindo e me gabando de ter sido eu a deixar ela.

Entretanto Diogo abriu o olho!

_ Bom dia, Sophia!

_ Bom dia Macedo! – ele riu e se virou circundando meu corpo com seus braços e me puxando para ele. Passando sua perna por cima da minha e pondo seu rosto em cima do meu.

_ Não importava nada de acordar assim todo o dia!  Até ganho inspiração para o grande dia que me espera!

_ Não se habitue porque não é natal todos os dias!

_ Essa sua forma de me acordar foi pra tentar se desculpar pelo lance de ontem? – ele perguntou e eu o afastei.

_ Isso quer dizer que eu ainda não estou desculpada? – falei meio rindo e meio controlando o riso!

_ Não! – ele falou rindo zoando e acenando com a cabeça fazendo sinal negativo! – Pra você merecer meu perdão vai ter que provar!

_ Ter que provar? E como eu provo?

_ Assim ó… - ele foi aproximando seus lábios dos meus, e me fez levar a mão a seu queixo. Quando os colou ainda disse umas besteiras que eu nem dei conta, afinal estava muito mais empenhada em receber meu devido perdão!!

Passado um pouco e com alguma dificuldade devo confessar, porque tanto como eu ele também não queria sair de todo esse amasso, a gente se levantou e começou se arrumando para mais um dia naquele colégio!

Fui a primeira a usar o banheiro e a me arranjar, porém enquanto tratava de meu cabelo que prendi num coque alto Diogo entrou no banheiro e se arranjou também em frente ao espelho. Ocupando grande parte da área em que eu podia me olhar também nele e gerando uma guerra para saber qual de nós se poria em primeiro na frente do espelho.

Como devem calcular os encontrões não deram em nada e os dois aproveitamos o espelho.

_ Eu não acredito!?

_ Que foi?

_ Olha isso aqui! Foi você! – Diogo apontou para o chupão que estava em seu pescoço e que eu quando acordei dei também pela sua presença.

_Vai dizer que ontem não gostou? – falei rindo e zoando a marca que minha boca lá deixou.

_ De que mundo você veio garota?

_ Nem eu sei!

_ Sabe o que eu sei?

_ Hum! – grunhi como sinal pra ele continuar.

_ Que você não tem nenhuma chupadela e esse seu pescoço está pedindo uma!

_ Sabe o que eu sei? Que está na minha hora do café da manhã! – falei virando costas e saindo logo daquele banheiro.

_ Espere por mim, vai! Afinal a gente ainda continua sendo namorado a frente de Liz!

_ Tou esperando! Ò coisa com complexo de princesa!

_ A quem você está chamando de princesa? – ele falou vindo do banheiro com uma cara bem idiota e estranha.

_ A quem você acha? Não sou que eu demoro mais tempo do que uma garota me arranjando e em frente ao espelho! Qualquer dia ele parte.

_ E… Não é que la está muito engraçada hoje!

_ Hoje não, sempre! – Diogo fechou a porta do quarto e depois me acompanhou até á cantina.

Quando chegamos comemos bem rápido e depois seguimos pra aula. Estranhamente quando lá chegamos a aula já tinha começado e em meu lugar estava sentado e muito bem acomodado a miragem de ontem.