Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 13
Capítulo 13 - Estou assim por sua culpa, piolho!


Notas iniciais do capítulo

Oi. Mais uma recomendação linda que deixaram pra mim! Muito obrigado.
E olha nova capitulo também agora postado!!
Boa leitura!!



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Olhei pra ele umas quantas vezes e sua frase num espaço mínimo de segundo se repetiu e ecoou em minha cabeça. Nossas mãos estavam interligadas e nossos olhares cruzados. Seu rosto transparecia quase que uma suplica.

Queria não ligar para um pedido como aquele mais naquele momento tudo me empurrava pra ele. E mesmo sem falar ele me pedia para ficar com o olhar.

Me sentei ao seu lado, mais seu olhar pediu mais. Pediu que eu me deitasse ao seu lado e foi o que fiz. Me deitei com a barriga para cima e fiquei a admirar o teto.

Ele esboçou um sorriso quando me deitei e depois fechou os olhos. Dava para perceber que estava mal. Que estava doente. Ficamos ali parados, sem abrir o bico por algum tempo. Fechei meu olho também e dessa vez apreciei o escuro.

Só voltei a abri o olho quando senti uma mão passar por cima da minha que estava pousada no colchão ao lado de meu corpo. Olhei para minha mão e a de Diogo a tapava visto que seus dedos eram mais grossos e sua mão mais larga que a minha. Ele continuava com a cabeça vidrada no teto, porém dava a entender que seus olhos acompanhavam cada movimento meu.

Ele apertou de leve sua mão contra a minha. E depois fez carinho nela. Percebi que estava na altura de ser eu a fazer qualquer. Porque apesar de estar lutando contra mim mesma, pois fazia um esforço para não mostrar pra ele que queria muito mais que uma simples troca de caricias nas mãos, eu queria o agarrar, o queria abraçar, o queria ter pra mim só mais uma vez.

Bem devagar, me movi e me apoiei em seu peito. Deixei minha cabeça pousar nele e meus braços circundarem sua cintura e explorarem seu peito coberto pela camisa. Ele pousou suas mãos também em volta de meu corpo.

Sua cara mudou e uma risada rouca escapou de sua boca quando ele enterrou seu dedos entre meus fios de cabelo e os cheirou. Enchendo os pulmões com ar e depois o expulsando todo.

Depois de alguns nossas respirações sistematicamente ficaram constantes e adquiriram o mesmo ritmo.

_ Estou assim por sua culpa, piolho! – Diogo falou depois de um tempo bem grande.

_ Desculpe. – falei baixo. Quase num murmúrio.

_ Repete. – ele respondeu também sussurrando.

_ Desculpe. – ele gostou do que ouviu, mais também se surpreendeu. Pra falar verdade até eu mesma me surpreendi. Ele foi distribuindo beijos por minha testa e afagando mais minha cabeça.

_ Porque você é tão complicada, hein garotinha?

_ Será que vocês se uniram para acabar comigo? Não têm mais nada pra falar a não ser “ Você é complicada!”?

_ Alguém já tinha falado isso pra você?

_ Rita e Tomás.

_ Eles falaram porque você mesmo complicada. Porque você é desse jeitinho?

_ Que jeitinho?

_ Desse. Que não deixa eu me aproximar. Quer saber estar na altura de me confessar pra você e deitar tudo o que está aqui dentro guardado há muito tempo. Eu desde sempre que vivi rodeado de todas as garotas e mais alguma existentes á face da Terra, mais aí você aparece e foi o inverso de todas as que se aproximaram, em todos os sentidos. Você não me desejou nem foi atraída por mim, como todas as outras. Bem pelo contrário foi você que me atraiu no meio de umas quantas. Você me faz perder completamente a cabeça, me faz… - ele parou para respirar e para humedecer os lábios. – Você me faz querer te proteger, querer te cuidar, querer te acarinhar, te consolar ou até mesmo te falar. Você me está fazendo lutar, por você! Está me fazendo lutar por aquilo que eu nunca precisei de correr atrás porque afinal garotas se jogando e caindo em meus pés não faltam. – do nada comecei sorrindo.

Quer dizer do nada não foi. Porque eu sabia muito bem o motivo daquela linha curva formada em meu rosto.

_ Isso é um sorriso? – Diogo perguntou.

_ Tem a forma de um sorriso?

_ Tem.- ele respondei.

_ Parece um sorriso? – questionei.

_ Parece.

_ Você acha que é um sorriso?

_ Acho!

_ Então sim é um sorriso. – ele riu quando eu acabei de falar. Arranjei uma forma bem legal para ele se assegurar se era um sorriso ou não.

_ Viu. È desse jeitinho que eu estava falando! E já agora essa sorriso é porquê?

_ Você sabe muito bem a resposta, Macedo!

_ Sei?

_ Para um bom entendedor meia palavra basta!

_ Sei mesmo! – ele falou dessa vez entusiasmado e não se fazendo de sonso.

Depois a tosse pegou de novo me fazendo pela primeira vez, no meio daquele papo todo, levantar a cabeça de seu peito e o encarar.

_ Eu acho melhor ir pegar água pra você tomar a medicação. Você está cada vez mais quente. Acho que seu febre está subindo! – passei a mão por sua testa que fervia.

_ Eu, agora estou bem! Estou com você. E não há melhor cura do que seu abraço, ou seus dedos finos passando por meu peito, seu sorriso ou ate mesmo seu olhar junto com o meu.

_ Eu vou pegar mesmo a medicação porque você já não está dizendo coisa com coisa.

_ Você ainda fala que não é complicada? Você é mega complicada!

Me levantei da cama e de novo quando eu estava me preparando para dar um passo, a mesma mão, o mesmo braço, o mesmo garoto, o mesmo olhar impedem que eu prossiga. E a mesma voz se fez ouvir dentro das paredes daquele quarto de novo.

_ Prometa que depois de pegar a agua e o remedio pra mim, volta a deitar comigo! – ele falou aquilo tão profundamente que fiquei sem jeito e sem saber o que falar. Me limitei apenas a largar meu braço e a seguir meu caminho para pegar o que era preciso, o deixando sem resposta alguma.

_ Vá engula isso aqui! – duas pastilhas bem pequeninas estavam centradas em minhas mãos. E foram logo recolhidas por Diogo que as levou na boca e com a ajuda da água as ingeriu.

_ Volte pra cá!

_ Primeiro vou levar isso pro banheiro. – voltei a deixar ele no quarto.

Enquanto arrumava o copo e o que desarrumei Diogo me encurralou com os braços de frente para o espelho, aparecendo do nada naquele banheiro. Encostou seu rosto que feria em meu, ainda de costas e apoiou sua cabeça em meu ombro, o cheirando e depois olhando em frente para o espelho.

_ Diogo! O que está fazendo?

_ Quer um desenho?

_ Você está doente. Precisa se deitar se não vai piorar.

_ Se eu piorar você é a cura. – falávamos baixo e roucos mas rápido o que dava uma certa melodia no nosso papo. Ele me virou me fazendo ficar cara á cara com ele.

_ Eu já não aguento mais ficar fingindo que não sinto nada e tentando arranjar mil e umas maneira para mostrar pra você o que quero, o que eu sento, o que eu gosto, o que eu desejo.

_ Não, Diogo por favor…

_ Shhh… Sophia, eu gosto de você! E só queria que de uma vez por todas você confiasse em mim e não fizesse de tudo para me afastar de você!

_ Pare Diogo! – disse num sussurro. Tão baixo que nem sei se eu mesma ouvi o que falei. Estava sem jeito. Ou melhor ele estava me deixando ficar sem jeito.

_ Vá. – ele pegou minha mão. – Tem aquele mão livre para me bater. E provar que não gosta mesmo de mim.

_ Olhe que eu bato! – ameacei tentando me convencer a mim mesma.

_ Vá. Força. Me dê um tapa. Vamo Sophia me dê um tapa daqueles que só você sabe dar. – ele se foi aproximando, e aproximando e aproximando ainda mais.

Encostou sua boca na minha e eu não evitei o beijo. Eu também queria. Começou devagar e calma, e a medida que nos afundávamos ainda mais um no outro foi intensificando. Sua língua pediu passagem e eu cedi e depois fomos explorando os recantos um do outro. Envolvi meus braços em sua cintura e ele riu no meio do beijo, me puxando ainda mais pra ele. Terminamos o momento graças á falta de ar. Fiquei olhando para ele sem saber o que falar, enquanto Diogo jogava umas mechas de meu cabelo para trás das orelhas e fazia carinho em minhas bochechas que nesse momento ardiam sinal de que deviam estar rosadas ou até vermelhas de mais.

_ Porque a gente não acaba logo com esse joguinho idiota e admite que está completamente louco um pelo outro! - Diogo falou.

_ Acha que depois disso ele ainda se mantêm de pé?

_ Isso quer dizer que você admite que também gosta de mim?

_ Sim. Não tem mais como negar. Mais não pense que é por eu admitir isso que…

_ Vamo dar uma chance pra isso que rola. Esqueça esse seu medo e vamo tentar. Pode ser que dê algo!

_ Vamo tentar!, mais e as marcas da tentativa podem ser para sempre!

_ Não foi você que um dia me falou que o para sempre, sempre acaba?

_ Como você foi capaz de ir buscar esse argumento idiota?

_ Vamo parar de besteira. Vamo tentar e ver no que dá. Eu não estou falando de assumir algo sério. Eu apenas quero tentar quero ver no que isso pode dar! Quero ver até onde isso vai! E pare de por imposições porque mais que ninguém eu sei muito bem que você quer isso tanto como eu!

_ Uma condição! – seu rosto se iluminou de imediato. – Sem compromisso e sem lance sério! Apenas experimentando. E se algum dia vier a rolar compromisso, ele chegará sem forçar nada. Com o tempo ele surgirá!...



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Notas finais do capítulo

E quem gostou? O que vai rolar no próximo capitulo? Alguém tem ideia? Deixem reviews! Quantos mais reviews maior o capitulo e mais romantismo e picardias!!( Chantagem de autora)
Os fico aguardando!!!
Beijão e obrigado outra vez por vossa recomendação.
:)