Eu Sempre Serei Sua... escrita por Duda


Capítulo 1
Capítulo 1 - Como? Partilhar quarto com um garoto?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Minha segundo fic.

Espero que tal como na outra vocês gostem e comentei cada capitulo!

Boa leitura...



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_ Como é que é? Partilhar o quarto com um garoto? Só podem estar brincando!

_ Eu também não queria que as coisas fossem desse jeito. Mais você foi aceite no colégio á ultima da hora e ainda pra mais as aulas já começaram á duas semanas e como deve calcular não á mais quartos livres a num ser com um garoto.

_ Lindo. Ainda agora cheguei e já estou odiando esse colégio.

_ Tente compreender menina Menezes. Não é por minha vontade. O que eu menos queria era que houvesse quartos mistos.

_ Fazer o que né! – estava saindo daquele gabinete enorme e cheio de fotografias quando o diretor, ou melhor o Sr. Diretor Leonardo Telles de Brito, como dizia em letras bem gordas numa placa que se encontrava em cima de sua secretária mega gigante chamou.

_ Menina Menezes?! – tirei a cara de enjoo que tinha e abri um sorriso manhoso sem graça.

_ Sim, Sr. Diretor! – falei dando enfase quando proferi seu cargo dentro daquele colégio.

_ Era só pra avisar que amanhã tem prova de Geografia e que daqui a duas semanas mais ó menos tem uma passeio escolar, no âmbito da disciplina de Ciências. – ainda tive para resmungar mais não ia dar em nada. Que raio eu tinha feito pro mundo para levar com um castigo como esse?

Era meu primeiro dia e eu até podia dizer que estava sendo um tanto pró espetacular. Que mais me aconteceria? Que novidade vinha depois? Primeiro meus tios me obrigam a vir estudar para uma espelunca como essa, ficar presa aqui dentro como um rato que nunca sai da toca. È que nem no fim de semana. Depois me dão a novidade de para além desse colégio ser uma mossa ainda vou ter que partilhar meu quarto com um garoto, vindo sei lá de onde e que eu nunca vi o rosto. Já para não falar que vou ficar num piso onde só existi mesmo dois quarto e que curiosamente são os dois de garotos. E para terminar em beleza me falam que vou ter prova de geografia amanhã, sem saber sequer que raio sai.

Que legal Sophia! Seus tios tinham mesmo razão isso aqui vai ser uma maravilha para o seu desenvolvimento pessoal. È que eu com isso vou aprofundar e aprender mais sobre o tema, de como dar as boas vindas para uma garota novata num colégio ou talvez em como a sociedade nesse momento se relaciona com o meio. O meio de saudar as pessoas!

Fui até a porta do quarto onde supostamente passaria a dormir todo o dia sem exceção. Já havia lá uma plaquinha com o nome do meu novo companheiro de quarto. Pousei minha mala e peguei a minha.

Na que já estava lá já tinha um nome escrito “Diogo Macedo de Andrade”. Colei a minha debaixo dela e abri a porta do quarto.

Não levei um susto, quase morri mesmo. Havia roupa espalhada por todo o canto. E só em um lugar é que a coisa estava mais ou menos arrumada. Existiam duas camas. Uma de um lado e outra do outro. Dois roupeiros, duas mesinhas, dois abajures e uma secretária. Havia uma estante, com livros e caixas e curiosamente cheia de cd’s e dvd’s. Havia um skate e um violão decorando aquele espaço também. As paredes eram brancas e o chão era preto. Havia também um banheiro.

O quarto tresandava a um perfume forte masculino, mais até era bom o cheiro. Havia uma janela que dava para ver toda a plataforma do colégio, desde o pavilhão de esportes até ao jardim e ao campo de futebol. Estávamos a uma distância grande do chão, visto que quando olhávamos lá para baixo, as pessoas pareciam moscas se mexendo. Uma cama estava com roupa em cima, enquanto outra, bem pelo contrário estava bem feita, bem arrumada e consequentemente sem bagunceira em cima. Supus que fosse a minha e por isso descarreguei a mala em cima dela.

Me pus de pé em cima dela e deu uns valentes saltos, testando se o colchão era realmente bom. Me sentei nela e olhei em volta. Estava rodeada de bagunça e aquilo não me agradava. Num era que eu não fizesse, porque fazia. Mais aquele quarto era o cumulo da desarrumação. Ainda pensei em arrumar tudo mais depois pensei que não era criada de ninguém. Abri minha bolsa e peguei um cd que lá havia.

Fui até onde tinha a aparelhagem e a liguei, pondo depois cd rolando. Me deitei na cama com as mãos atrás da nuca e me pus pensando. Organizando as ideias e armando uma forma de me safar nessa prova idiota.

Iria ter prova. Não sabia o que iria aparecer para responder. Não sabia quem era o professor. Não sabia qual era meu livro. Não tinha apontamento nenhum. Não tinha nada, ou melhor, não tinha, não sabia e não queria nada. Não estava para queimar meus miolos estudando que nem uma boba e chegar na prova e decorar aquilo que já saiu na anterior ou que só sai para a próxima. Estava sem saída. Estava fodida, de uma forma mais grossa de se falar.

Me pus pensando e uma ideia maravilhosa veio na minha cabeça. Não tinha estado muito tempo na gabinete do diretor mais o tempo que estive deu para examinar cada coisa que por lá havia. De certeza que todas as provas que fossem dadas para as turmas desse colégio iam lá parar. Não era exceção a prova de geografia também não ir pra lá.

Arranjei um plano e defini a tática que usaria, para me conseguir infiltrar lá dentro e “ pedir emprestada” porque roubar é um termo forte demais, a prova de amanhã.

Fiquei até á noite enfiada no quarto, meu parceiro ainda nem lá tinha posto os pés e o quarto ao lado do nosso, único mais existente naquele piso e corredor, também não dava sinais de que tinha gente lá dentro, se bem que havia umas duas plaquinhas idênticas as de minha porta coladas lá também.

Quando já era tarde e o momento ideal para atacar fui de mansinho e sem levantar barulho até ao corredor onde se encontravam as salas de diretoria desse colégio.

Tudo estava escuro e o único barulho que se ouvia era o do aquecimento. Quando cheguei a porta do mal encarado do Telles de Brito e sem ninguém dar por mim entrei. Peguei no celular para fazer alguma luz e remexi nos papeis que havia em cima da secretária, da estante, das capas e dos portefólios e nada, não havia nenhuma folha que falasse de “ Prova de Geografia 3º ano”

Abri a primeira gaveta e também não encontrei nada, abri a segunda e o mesmo se passou, abri a terceira e no meio de umas outras quantas provas estava a de geografia. Olhei bem para ela e sorri.

Ainda estava admirando quando alguém entra pela sala dentro. E não era o diretor. Me baixei e fiquei seguindo suas passadas. Quem lá entrou era um garoto, pois estava falando sozinho e examinava tudo, levantando e voltando a por no lugar como se procurasse por algo também.

_ Onde está você hein? – se referia a alguma coisa que tinha a certeza que estava naquela sala.

Tentei me encolher mais e foi impossível não gritar quando o pé dele calcou minha mão.

_ Ai! – tentei abafar o grito mais não deu com nada. Ele me viu. A sala estava escura e só a luz do visor de nossos celulares é que brilhava.

_ Quem é você? – Perguntei, depois que me levantei e desamarrotei minha roupa.

_ Isso pergunto eu. Quem é você?

_ Desculpe quem questionou primeiro fui eu por isso exijo uma resposta primeiro. – não sabia que justificação iria dar para ele, mas tinha que arranjar alguma, se não estava encrencada muito encrencada.

_ Eu, eu sou filho do diretor! – ele falou meio inseguro, percebi logo que estava mentindo o que ajudou eu a ter uma resposta para dizer quem era. – E você vai me dizer quem é e o que está fazendo aqui?

_ Como é possível você ser o filho do diretor? Eu sou filha dele e não lembro de ter um irmão? Será que meu pai escondeu de toda a família? – fiz ar de pensativa, zombeteando. – Acha que eu sou boba? Não vale a pena mentir, diga lá o que está fazendo aqui!

_ Eu… Quer dizer… Foi… Aquilo do… - ele estava atrapalhado. Muito atrapalhado diria eu.

_ Sim? Vai falar ou quer que eu ensine você a formar uma frase?

_ Vai contar para seu pai, que eu estive aqui?

_ Vai me falar o que está fazendo aqui?

_ Eu vim procurar a prova de Geografia. – ele falou olhando em volta e coçando na cabeça.

_ Parece que andamos os dois buscando o mesmo! – respondi rápido e baixo.

_ Como assim os dois. – ignorei sua pergunta e pousei na mesa a prova que antes segurava na mão. – Pera aí. Se você é filha do diretor, por que precisa de vir cá pegar a prova com tudo apagado?

_ Você acreditou mesmo que eu fosse filha do diretor?

_ E não é ?

_ Não! Eu sou… - se ouviu o barulho de fortes passadas do outro lado da porta, mais propriamente do corredor.

_ Vem aí alguém. – o garoto falou.

_ A gente precisa se esconder! – falei olhando á volta e apontando com a luz fraca do celular para o que me rodeava. – Mais aonde?

_ Ali. – ele me puxou e nos escondemos atrás de um armário que por lá havia. O espaço entre o armário e a parede era tão pequeno que eu quase não cabia lá, por muito magra que fosse.

Ele tapou minha boca com sua mão e pôs o dedo indicador em cima da sua para me falar que era para estar de boca fechada.

Alguém acendeu a luz. Era o diretor. Foi até á secretária e abriu gaveta por gaveta. Depois pegou em alguma folha de cima da mesa e voltou a sair, desligando tudo de novo.

Voltamos a sair de trás do armário. Mais um minuto que estivesse ali escondida eu saía que nem um pacote de bolacha quadrado.

_ Disse que estava procurando o mesmo que eu! Também quer a prova de geografia?

_ Quero.

_ E já achou?

_ Já. Está aqu… - não terminei a frase, porque justamente no lugar em que eu a deixei, já não estava lá nada. Apenas documentos todos escritos falando de luz e de água com números e mais números.

_ Está… - ele pediu que eu terminasse.

_ Estava. Acho que ele levou.

_ Tá brincando, certo?

_ Tá me vendo com cara de brincadeira? Não, pois não? Eu a deixei aqui e tal como você observou ele pegou algo daqui de cima e temo que seja o que a gente queria.

_ Merda! – ele falou rápido chutando a lixeira. Que só num virou porque, porque… - Você é mesmo boba. Porque não levou a prova para ali pra trás?

_ Desculpe. Eu que tinha que levar? Porque não pegou você nela?

_ Porque eu ainda não tinha descoberto! E… Onde você vai? – Não estava pra ficar o ouvindo por isso dei de ombros e me dirigi á saída.

_ Vou pra meu quarto. E você devia fazer o mesmo. – falei já andando até ás escadas.

_ Mas espere aí, eu vou com voc…

Ainda o ouvi mais nem liguei. Fui em busca de meu quarto. Será que o garoto que o dividiria comigo já estaria lá?

Não estava. Tudo estava igualzinho. Como não tinha mais nada pra fazer pensei em arrumar minhas malas num dos roupeiros.

Entretanto a porta se abriu. E meu olhar se vidrou em quem lá estava.

_ Você?

_ Você?



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou legal? Quem será o garoto?

Deixem reviews! Fico esperando!

Beijão.

Duda =D